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Bissau: prisioneiro Al-Qaeda do corredor da morte deportado de volta para a Mauritânia
Um jihadista Al-Qaeda, no corredor da morte até a sua fuga na véspera de Ano Novo, foi enviado de volta para a Mauritânia quarta-feira após sua prisão depois que ele cruzou a fronteira Guiné-Bissau em Guiné, de acordo com uma fonte do aeroporto e as imagens mostradas na televisão nacional.
Cheikh Ould Saleck, 31, e outro homem suspeito de ter ajudado na sua fuga, foram deportados da Guiné-Bissau à Mauritânia na quarta-feira à noite em Vôo especial, disse a fonte.
Acompanhado por um comboio policial, o casal foi levado para fora do aeroporto da capital da Mauritânia Nouakchott para um local desconhecido.
Sua prisão ocorreu na terça-feira à noite cerca de 15 quilómetros (nove milhas) da cidade de Boke na Guiné, perto da fronteira com Guiné-Bissau, um oficial de segurança disse à AFP.
De acordo com um gendarme no local um dos homens abriu fogo contra os policiais, mas errou.
Antes de sua prisão, Ould Saleck, no corredor da morte desde 2011 ao longo de um enredo Al-Qaeda para assassinar o presidente da Mauritânia, foi visto pela última vez por colegas de cela na prisão central de Nouakchott ao meio-dia em 31 de dezembro.
Sua ausência das orações da noite naquele dia alertou seus companheiros de prisão, que foram buscá-lo e encontrou sua cela trancada.
Foram presos esposa e irmã Ould Saleck, que o visitaram muitas vezes na prisão, em 4 de janeiro em Nouakchott.
DESRESPEITO, DESORDEM, DIFAMAÇÃO E INTERESSES PESSOAIS NA ANP
A tempestade continua ensombrar forte as sessões parlamentares da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
Por falta de segurança a sessão parlamentar que devia ter retomada Esta terça-feira ficou mais uma vez protelada para o dia seguinte, ou até quando forem criadas as condições de segurança para o normal funcionamento das actividades parlamentares.
Inácio Correia primeiro-vice presidente da ANP anunciou esta preocupação aos parlamentares evocando as recentes declarações do líder do parlamento guineense. “Não temos condições para trabalharmos, por isso fica suspensa a sessão parlamentar.”
O país continua paralisado com um povo cansado de sofrer. A casa das leis e do povo está abalada de anarquia, da desordem e do desrespeito total. O interesse pessoal toma conta dos homens que dizem ser políticos, que fingidamente falam em nome do povo e que politicamente castigam o povo.
ASSINALOU-SE HOJE EM BISSAU 20 DE JANEIRO DIA DOS HERÓIS NACIONAIS
O país comemora-se esta quarta-feira o 20 de Janeiro, “Dia dos Heróis Nacionais,” data do assassínio do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, Amílcar Lopes Cabral, em 1973 em Conacri.
Em comemoração da efeméride, Presidente da República, José Mário Vaz, depositou silenciosamente coroas de flores na campa Amílcar Cabral, no mausoléu de Amura sem prestar nenhuma declaração a imprensa.
Com a mesma dinâmica para assinalar a data, a direcção do PAIGC igualmente fez deposição de coroas de flores no mausoléu Amílcar Cabral e na sua estátua junto ao aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau.
Falando na cerimonia, o actual líder do PAIGC, disse esperar as ideais de Cabral continuem a inspirar sofrimentos para esquecer o mal e escolher a verdade, a justiça para que os guineenses possam ser capazes de encontrar as saídas de todos os problemas com que passam.
Passados 42 anos do bárbaro assassinato do militante nº 01 do PAIGC, os libertadores ainda continuam a viver entre espada e parede provocando homicídios entre irmãos da mesma trincheira, colocando o país em crises cíclicas sem precedentes abdicando completamente as inspirações do Cabral.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924 em Bafatá foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973 em Conacry, pelos seus companheiros do partido.
De hoje em diante, a Guiné-Bissau dispõe de dois parlamentos, um constituído pelos deputados do PAIGC sob presidência do Cipriano Cassamá e outro pelos 15 deputados dissidentes do PAIGC expulsos do partido sustentado pelo PRS.
Doravante reina a democracia dura sem cedências, o cenário muda só com uma disputa física e sangrenta entre os políticos que poderá descambar e degenerar os espíritos dos militares e cidadãos comuns envolvendo em confrontos.
“Cabral na Gloria ma cu udjus na terra pa dicidi cu Deus em breve sobre futuro di Guiné-Bissau.”
IDRIÇA DJALO CLASSIFICA DE GRAVE PARA DEMOCRACIA O QUE SE PASSA NA ANP
A triste ocorrência que se viveu na casa parlamentar no dia 18 de Janeiro, mereceu um pronunciamento do líder do Partido da Unidade Nacional, numa entrevista (19 de Janeiro de 2016) com a Radio Jovem.
Idriça Djaló, a semelhança do que já disse no dia 30 do Dezembro passado, voltou a lançar criticas a classe politica e avisou mais uma vez que sistema politica do país é uma bomba. Enfatizou a necessidade de marcar referencia, pois segundo o politico, tudo o que hoje vai agravando no país tem origem no factor e na caracter desestabilizadora do presidente da republica.
Tudo começou com a decisão errada do PR que achava ser simples derrubar um governo sem alternativas bem segura na manga. E agora, pode-se dizer que o país tem dois parlamentos, amanha poderá ter dois governos, de seguida dois Presidentes de republica e porque não começarmos a multiplicar os tribunais pessoalmente... Porque cada vez os cidadãos estão a testemunhar anarquia a ganhar força e o PR a desmontar peça por peça a estabilidade da Guiné-Bissau.
Questionado sobre a via possível que o chefe de estado deve adoptar para resolver a difícil situação em que o país se mergulhou, Djaló respondeu que presidente da republica só deve ter dois instrumentos ao dispor:
Primeiro, encarar e respeitar os instrumentos legais de quadro jurídico-constitucionais.
Segundo, deixar de trabalhar com coração e usar a cabeça com único espírito de interesse nacional.
São as únicas duas balizas que devem nortear o PR, sem insultos de o querer orientar o que deve fazer, porque sendo o principal autor da aberturas desse problema do des-funcionamento total que agora passou a alimentar as sucessões de crise no país, cabe a ele procurar soluções ou gerir tudo o que der e vier.
Quando fala da questão sobre a crise da conjuntura actual, sem dar razões a ninguém, Idriça Djalo enalteceu necessidade de todos os actores da vida nacional se pautarem sempre em iniciativas de legalidade para resolução de diferendos.
O que aconteceu no dia 18 de Janeiro no parlamento é um mero atentado contra democracia e um procedimento criminoso que os 15 dissidentes e PRS cometeram, disse Djaló.
Problemas internas nos partidos e as divergências de ideias dentro do parlamento é normal que haja, porque é salutar numa democracia, mas o grave problema dos políticos da Guiné-Bissau está na busca de soluções.
O que aconteceu no dia 18 de Janeiro no parlamento é um mero atentado contra democracia e um procedimento criminoso que os 15 dissidentes e PRS cometeram, disse Djaló.
Problemas internas nos partidos e as divergências de ideias dentro do parlamento é normal que haja, porque é salutar numa democracia, mas o grave problema dos políticos da Guiné-Bissau está na busca de soluções.
É verdade que PAIGC tem divisão interna, que só cabe a eles resolverem o problema. Mas os 15 deputados só tinham que recorrer as instâncias judiciais face as expulsões e não de pautarem em cenas tristes e vergonhosas que em conivência com o PRS mostraram ao mundo, disse o líder do PUN.
Idriça Djaló afiança que o povo da Guiné deverá ser o arbitro final desse desordem, quando se mobilizarem em massa a semelhança do que passou na Burquina Faso e outros países, para demonstrar ao mundo de que já mais consegue aturar a mediocridade perpetua dos políticos.
Rispito.com, 21/01/2016
FILHA DO FUNDADOR DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ-BISSAU E CABO VERDE LAMENTA DIVISÃO NO PAIGC
A filha de Amílcar Cabral, fundador do movimento pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, lamentou que ontem que tenha havido dois momentos de homenagem ao pai, em vez de um só.
"O ideal seria uma única cerimónia, de um povo unido. Agora houve dois momentos, com o Presidente da República e com o Presidente do partido [Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC]. É a situação do país", referiu Indira Cabral.
Hoje é feriado na Guiné-Bissau, o dia em que se assinalam 43 anos do assassínio de Amílcar Cabral.
Tal como é habitual nesta data, as principais figuras nacionais e do PAIGC procederam à deposição de coroas de flores no mausoléu do pai da independência, dentro do forte da Amura, sede do Estado-Maior General das Forças Armadas, em Bissau.
O Presidente da República, José Mário Vaz, fê-lo pelas 10:00, sem prestar declarações.
Indira Cabral acompanhou o chefe de Estado e permaneceu no local para estar também ao lado da homenagem feita pelo partido.
O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e um grupo de militantes chegou pelas 11:00, fazendo votos para que o país consiga chegar à "unidade" sonhada por Cabral, sendo uma nação "onde a paz e a justiça possam reinar".
"Que tenhamos em Amílcar Cabral inspiração suficiente para escolher a verdade e a justiça. Se assim o fizermos somos capazes de encontrar saída para todos os problemas", referiu Simões Pereira aos jornalistas, no local, numa alusão à atual crise política.
Contra a posição das forças vivas do país e da comunidade internacional, o Presidente da República (também eleito pelo PAIGC) demitiu em agosto o governo de Domingos Simões Pereira, alegando divergências pessoais e diversas ilegalidades, mas sem processos judiciais que as sustentem.
O chefe de Estado ainda nomeou um outro primeiro-ministro, mas o novo Executivo seria considerado inconstitucional, obrigando Vaz a recuar e a empossar um governo de continuidade do PAIGC, desta vez chefiado por Carlos Correia.
No entanto, a divisão no partido agudizou-se.
Um grupo de 15 deputados do PAIGC que estão ao lado do Presidente aliou-se à oposição no Parlamento para derrubar o Governo, mas o partido expulsou-os e requereu a respectiva perda de mandato, confirmada na última semana.
Face à decisão, o "grupo dos 15" recusa-se a sair da Assembleia e os protestos levaram esta semana por duas vezes à suspensão da sessão que deveria votar o programa de Governo.
Para quinta-feira esta marcada nova tentativa de continuar os trabalhos em que o PAIGC quer que tomem assento novos deputados de modo a manter intacta a maioria parlamentar.
Lusa/conosaba/MO
«ANP» SESSÃO PARLAMENTAR GUINEENSE SUSPENSA DE NOVO POR DESORDEM
Bissau, 19 Jan 16 (ANG) O vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, Inácio Correiasuspendeu a sessão parlamentar de hoje alegando desordem provocada pelos deputados do PRS e os 15 contestatários do PAIGC.
De acordo com as constatações feitas pelo repórter da ANG , o ambiente vivido depois do anúncio da suspensão dos trabalhos era de autêntica desordem e barulho por parte da bancada do PRS e dos 15 deputados suspensos pelo PAIGC, que recusam acatar a ordem da Comissão Permanente da ANP que que lhes declarou a retirada de mandatos.
Questionado da razão de tanto barulho por parte da sua bancada ,o líder parlamentar dos renovadores ,Cartório Biote disse que se deve a substituição do presidente e do vice-presidente da ANP, nomeadamente Cipriano Cassama e Inácio Correia por parte dos deputados do PRS e os 15 deputados do PAIGC que após a suspensão dos trabalhos no parlamento decidiram, a revelia da mesa, continuar a trabalhar tendo decidido eles também suspender das suas funções o Presidente e o vice-presidente da ANP.
“Já elegemos uma nova mesa ontem a antiga mesa que Inácio Correia, que suspendeu a sessão hoje pertencia, já não existe até a prova em contraria”, afirmou Certório Biote.
ANG/MSC/SG\\Conosaba/MO
GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU RESPONSABILIZA O CHEFE DE ESTADO PELA CRISE NO PAÍS
O Governo da Guiné-Bissau responsabilizou o Presidente da República, José Mário Vaz, pelo"clima de instabilidade" no país e denunciou uma alegada intenção de deter os membros do actual executivo, sem indicar por parte de quem.
Em comunicado, distribuído após reunião do Conselho de Ministros, o executivo diz ser estranho o silêncio de José Mário Vaz perante a crise que assola o país nos últimos dias, lembrando que o chefe de Estado é "o símbolo da unidade nacional e garante da independência".
"Este silêncio do Presidente da República pronuncia, para o Governo, uma atitude não só de cumplicidade, mas também de apoio a uma tentativa de golpe institucional orquestrada pelos dirigentes expulsos do PAIGC e que, em consequência, perderam o mandato de deputado", no Parlamento, refere o comunicado.
Para o Executivo, um "cenário artificial" semelhante foi usado pelo chefe de Estado para demitir o primeiro Governo constitucional da nona legislatura, em agosto.
O Governo responsabiliza "o Presidente da República, José Mário Vaz, pelo actual clima de instabilidade iniciado com a abusiva demissão do primeiro Governo constitucional da IX legislatura", refere-se no comunicado.
Contra a posição das forças vivas do país e da comunidade internacional, o Presidente da República (também eleito pelo PAIGC) demitiu em agosto o governo de Domingos Simões Pereira, alegando divergências pessoais e diversas ilegalidades, mas sem que até hoje tenham sido apresentados processos ou diligências que as sustentem.
O executivo manifesta-se solidário com a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) e exorta ainda as forças de defesa e segurança a manterem-se equidistantes face à situação actual, assumindo a postura republicana que sempre tiveram desde agosto.
O Governo apela ainda às forcas de segurança no sentido de assumirem as suas responsabilidades no actual contexto, garantindo ordem para o normal funcionamento dos trabalhos no Parlamento.
Na quinta-feira, os deputados devem voltar a reunir-se para apreciar o programa de Governo.
A sessão foi suspensa por duas vezes esta semana depois dos protestos de 15 deputados que perderam o mandato e que se recusaram a sair do hemiciclo, contando com o apoio da oposição - o Partido da Renovação Social (PRS).
Lusa/Conosaba
PAIGC ACUSA DEPUTADOS DISSIDENTES DE "TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO"
O presidente do PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, classificou ontem como uma "tentativa de golpe de Estado" a recusa de 15 deputados expulsos do partido em não sair do parlamento depois de terem perdido o mandato.
"Esta tentativa de usurpação do poder pela força é na verdade uma tentativa de golpe de Estado, já há muito em preparação", referiu Domingos Simões Pereira.
O dirigente falava na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) durante uma cerimónia para assinalar os 43 anos da morte do fundador, Amílcar Cabral.
Segundo referiu, a Assembleia Nacional Popular está "sob sequestro" por parte do grupo dissidente do PAIGC que se juntou à oposição para formar uma suposta nova maioria e derrubar o Governo - de acordo com moções aprovadas à revelia dos órgãos do parlamento e já enviadas para promulgação do Presidente da República.
Face à situação, Domingos Simões Pereira apelou hoje aos guineenses para que se mobilizem contra"uma dúzia de indivíduos que procuram a todo o custo assumir o controlo do país para assim apagarem os traços da sua conduta criminosa no passado e perpetuarem a sua voraz sagacidade",sem, no entanto, apontar nomes.
Face aos protestos e à recusa dos 15 deputados em sair da sala, o que tem levado à suspensão dos trabalhos, o presidente do PAIGC lamentou a incapacidade em manter a ordem no hemiciclo.
"Apesar das cautelas para evitar o eventual choque entre forças de defesa e segurança, é hoje evidente a disfunção destas obedecendo a estruturas desconhecidas e que vão sendo orientadas a partir de lugares incertos", referiu.
Para Simões Pereira, "fica agora evidente a verdadeira razão da demissão [pelo Presidente da República] do ministro do Interior do primeiro Governo do PAIGC, os quatro meses que esse Ministério ficou sem titular" e o facto de assim permanecer a tutela das forças de segurança.
No dia em que é assinalada com um feriado nacional a data em que Amílcar Cabral foi assassinado, o presidente do PAIGC referiu que a melhor forma de homenagear todos os que morreram pela Guiné-Bissau é enfrentar hoje "todas as formas de tirania e ditadura".
"Essas são as ameaças que pendem sobre nós", concluiu.
O parlamento guineense deverá reunir-se de novo na quinta-feira para discutir o programa de Governo.
Lusa/Conosaba/MO
PM SÃO-TOMÉ DIZ-SE PREOCUPADO COM A CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU
O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, manifestou-se hoje "preocupado" com a situação na Guiné-Bissau e apelou aos responsáveis políticos daquele país à "calma e a respeitarem a estabilidade".
"Estamos preocupados com a situação na Guiné-Bissau, esse país faz parte das nossas comunidades, quer dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), quer da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e apelamos a todos os autores políticos para a busca de consensos dentro do quadro constitucional", disse Patrice Trovoada.
O chefe do Governo são-tomense falava no final da sessão parlamentar que aprovou na generalidade o Orçamento do Estado e as Grandes Opções de Plano para 2016.
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