Formação de professores na Guiné-Bissau. Foto: Banco Mundial/Jonathan Ernst
Representante destaca que haverá maior proximidade com a construção dos locais de capacitação;Abubacar Sultan deixa de ser chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância e faz balanço da sua missão.
A Guiné-Bissau deve contar com mais três centros de formação de professores no interior do país ainda este ano.
As obras em execução decorrem nas regiões de Bafatá, Cacheu e Quinara e foram financiadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, com fundos da Parceria Mundial para a Educação.
Financiamento
A iniciativa, que faz parte da estratégia para melhorar a qualidade do ensino, envolve US$ 11 milhões, a construção de 200 salas de aula em áreas abrangidas e a distribuição de manuais escolares para escolas do país.
Com o projeto de parceiros internacionais, o Ministério da Educação da Guiné-Bissau também beneficiou de fundos para criar sistemas de informação sobre o setor.
Estratégias
O representante cessante da Unicef, Abubacar Sultan, revelou que as áreas de fortalecimento das capacidades do ministério e apoio à elaboração de políticas e estratégias do setor também foram apoiadas.
O responsável disse à Rádio ONU que é preciso descentralizar o seguimento de trabalho dos professores, tendo em conta a existência de apenas uma escola de género na capital do país. Ele realçou a importância dos centros de formação na reciclagem dos docentes.
"Haverá maior proximidade dos serviços de educação sobretudo no apoio aos professores, tanto na formação de novos professores, como na atualização, no apoio a formação em serviço e na constante melhoria das suas competências na transmissão de conhecimentos pedagógicos".
Encontro de despedida
A entrevista aconteceu à margem do encontro de despedida que Abubacar Sultan.
Vários representantes de organizações da sociedade civil, do poder tradicional e do Parlamento Infantil participaram na cerimónia onde Sultan foi distinguido com o tradicional "pano de pente da Guiné".
Grande Segurança
No balanço da sua missão na Guiné-Bissau, o representante realçou que o país foi o mais seguro em que já esteve, apesar das cíclicas crises nos últimos tempos.
"A Guiné-Bissau, digo isso de forma franca, é o país mais seguro em que eu estive até este momento. O cidadão, sobretudo estrangeiro, encontra aqui uma grande segurança, circula tranquilamente pelas ruas, é acarinhado pelo povo onde quer que esteja e pode ir a qualquer lugar a qualquer hora".
Depois de pouco mais de três anos e meio de missão, Sultan deixou a Guiné-Bissau esta segunda-feira com destino a Angola para desempenhar as mesmas funções.
Amatijane Candé, de Bissau para a Rádio ONU com Conosaba/MO