QUEDA DO GOVERNO: EUA apelam ao diálogo e ao consenso


Os Estados Unidos apelam aos líderes da Guiné-Bissau que procurem um consenso para resolver da melhor forma a crise política, que resultou no afastamento do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.

"Com a demissão do primeiro-ministro, a Guiné-Bissau enfrenta a sua primeira crise governativa desde as eleições livres e justas de 2014", refere em comunicado o Departamento de Estado norte-americano.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu na quinta-feira o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, num decreto presidencial.

«GUINÉ-BISSAU» PRESIDENTE DA REPÚBLICA INICIA CONSULTAS PARA NOMEAÇÃO DE UM NOVO PRIMEIRO-MINISTRO



O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, dá hoje início às consultas com vista à nomeação de um novo primeiro-ministro, anunciou a Presidência da República em comunicado.

O processo, baseado no "cumprimento das formalidades constitucionais", arranca com "a audição dos partidos políticos com assento parlamentar", refere-se no documento.

O Presidente da República demitiu na quarta-feira o Governo liderado por Domingos Simões Pereira,num decreto em que se justifica com quebra mútua de confiança, dificuldades de relacionamento e sinais de obstrução à Justiça por parte do Executivo.

Num discurso à nação, Vaz acusou ainda o primeiro-ministro e o Governo de corrupção, nepotismo e de falta de transparência na gestão pública.

Domingos Simões Pereira anunciou na quinta-feira estar "chocado" pela maneira como o Presidente faltou à verdade e remeteu-o para documentos como o mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que enaltece o trabalho do Governo.

O Executivo estava em funções há um ano, depois de o PAIGC vencer as eleições com maioria absoluta e de ter recebido duas moções de confiança aprovadas por unanimidade no Parlamento - para além de ter o apoio da comunidade internacional.

Apesar de todas as forças políticas e várias entidades, dentro e fora do país, terem feito apelos públicos dirigidos ao Presidente no sentido do diálogo e estabilidade, José Mário Vaz decidiu derrubar o Governo e deverá agora pedir ao PAIGC que indique um novo nome para primeiro-ministro.

Os dirigentes do partido já reiteraram a confiança em Domingos Simões Pereira, presidente daquela força política, pelo que o seu nome deverá ser novamente apresentado a José Mário Vaz.

Lusa/SOL

«OPINIÃO» "SOLUÇÃO DA CRISE POLÍTICA SÃO ELEIÇÕES ANTECIPADAS NA GUINÉ-BISSAU" - PEDRO MORATO MILACO




O nosso Convidado é Pedro Morato Milaco, Politólogo da Universidade Colinas de Boé, na Guiné Bissau, que analisa connosco a crise política naquele país, depois da demissão do Primeiro-ministro, pelo Presidente da República.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, alegou grave crise política geral, pondo em causa o bom funcionamento das instituições do Estado, para demitir, na noite, de 12 de agosto, o Chefe do governo,Domingos Simões Pereira.

Para o Politólogo guineense, Pedro Morato Milaco, "a decisão do Presidente da República, não surpreende, ninguém, porque desde a formação do governo, que começou a haver um mal-estar entre, os dois, [José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira] e a situação agudizou-se, até chegar a este ponto."

"Mas, só que, a decisão do Presidente da República, não está de acordo com a própria constituição. A constituição, diz que o Presidente da República, pode, demitir o Primeiro-ministro, quando haja grave crise, que ponha em causa, o funcionamento das instituições (...)"

"Eu acho que tem havido crise, mas a crise que existe, não põe em causa, de maneira nenhuma, o funcionamento das instituições(...)"

"Os Presidentes da República, têm tido um procedimento um bocado contrário à constituição; sempre que demitem o Primeiro-ministro, criam um governo iniciativa presidencial, ou um governo de unidade nacional, mas este figurino, não existe na constituição (...)"


Mapa da Guiné Bissau, de novo em crise política, com o Presidente a demitir o Primeiro-ministro, na noite de 12 de agosto de 2015.
DR

"A única coisa é ir para eleições gerais legislativas e as próprias presidencias, no sentido de legitimar, de novo, os órgãos, devolver o poder ao povo, para o povo escolher, novos órgãos." 

Palavras de Pedro Morato Milaco, Politólogo da Universidade Colinas de Boé, na Guiné Bissau.

portugues.rfi.fr

CIPRIANO CASSAMA PEDE DESCULPAS AO POVO GUINEENSE


O Presidente do Parlamento guineense pede desculpa ao povo da Guiné-Bissau, por enquanto o Governo do Domingos Simões Pereira, não ter cumprido o seu mandato. 
“Povo da Guiné-Bissau. Desculpem-nos por mais uma vez não temos conseguido ter uma governação que terminasse o seu mandato. E mantenha a calma. Da nossa parte, a ANP, estamos serenos e a tentar ser parte da solução e não mais um problema.” Concluiu
Cipriano Cassamá, lamentou o estado de espírito do PR, do seu posicionamento incompreensível e de que a intenção dele como presidente de ANP era de servir de um ponte de dialogo e de mediar as partes, mas não de meter a chama na fogueira tal como foi entendido e interpretado pelo PR.
Nisso, recorda Cassama, num espaço de sete meses reuniu varias vezes o PR e PM,  para procurar uma boa coabitação entre os dois e de evitar o que agora aconteceu.
Contudo, Cassama considera de falsas e sem nível as acusações lançadas pelo  Presidente da República contra a sua pessoa e garante não estar incomodado, por isso está sossegado.
E só está preocupado e incomodado desse mal estar da classe politica que até então nao está na conseguir traduzir os exercícios da atividade politica para o bem estar social do povo. E pelo contrario, continuam a dar péssimos exemplos do que é ser homem de estado...
Mas seja como for, cassama tranquiliza os guineenses como homem de paz e que muito sonha com a estabilidade do país, afiançou que não vai responder a mesma moeda ao PR e nem vai parar de servir do papel de apaziguador,  sempre e quando necessário para bem do povo guineense.
Quinta-feira, 13 de Agosto, no discurso de enceramento da quarta sessão ordenaria da nova legislatura da ANP, o líder do parlamento afirmou que não ha guerras pessoais entre lideres onde povo ganha e pediu o Chefe de Estado para baixar as suas armas e ouvir o povo... Porque os homens políticos passam mas o povo fica.
Com voz emocionado e quase a embargar no discurso, Cipriano Cassama repisou pedir calma ao povo e que ninguém recorra a violência ou no desrespeito na reivindicação dos seus direitos.
Por fim, nº 01 da ANP, lamentou pelo facto de ANP não ter recebido até agora nenhum comunicação por parte da Presidência da República sobre a queda do Governo conforme manda a lei.

ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR - GABINETE DO PRESIDENTE

COMUNICADO

O país atravessa uma situação de divergência entre as instituições da república, que a comunicação social exteriorizou, tendo-se agravado com a demissão do Governo, decretada por Sua Excelência o Senhor Presidente da República após o seu discurso à Nação.
No seu discurso à Nação, o Senhor Presidente da República tentou imputar ao Presidente da Assembleia Nacional Popular parte das responsabilidades no recente despoletar da crise, supostamente pelos seguintes motivos:
Quebra do dever de sigilo e reserva de funções;
Falta de sentido de estado e de responsabilidade;
Falta à verdade;
Pretensão de assumir a Presidência interina do país depois de um caos social.
É dever moral do Presidente da Assembleia Nacional Popular repor a verdade dos factos, a sua imagem, a sua honra e bom nome e a dignidade da instituição que tem a honra de representar.
Com efeito, na tentativa de desbloquear junto de Sua Excelência o Presidente da República a remodelação governamental que paralisava o país há cerca de duas semanas, o Presidente da Assembleia Nacional Popular foi informado da intenção do Presidente da República de demitir o Primeiro-ministro e que, para o efeito, iria iniciar as audições no dia seguinte.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular, como é seu dever, partilhou essa informação com os Senhores Deputados da Nação.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular cumpriu o seu dever legal e institucional de informar os Deputados sobre um assunto de tal natureza, conforme manda a al. g), n.º 1, do art.º 24.º do Regimento da Assembleia Nacional Popular.
Refira-se que o Presidente da Assembleia Nacional Popular estava a tentar desbloquear uma remodelação governamental recomendada pelos Deputados na Moção de confiança que acabara de aprovar. Com efeito, os Deputados, dentro dos limites das suas competências, fizeram um pronunciamento político sobre o assunto. Não se compreenderia que, estando reunido o Plenário, o Presidente da Assembleia Nacional Popular não consultasse os Deputados para se posicionar, em seu nome, na reunião do Conselho do Estado que iria debruçar sobre o assunto.
Portanto, nunca o cumprimento de um dever legal e regimental poderia configurar uma situação de quebra de sigilo e reserva funcional.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular não informou os Deputados sobre nenhum outro cenário de saída da crise, nomeadamente a demissão e recondução do Primeiro-ministro ou dissolução da Assembleia Nacional Popular, porque em nenhum momento tais cenários lhe foram referidos durante a conversa com o Presidente da República.
Aliás, como poderia o Presidente da Assembleia Nacional Popular estar mais interessado em informar os Deputados sobre a possível queda do Governo e ocultar-lhes a possível dissolução do próprio Parlamento? E se o Presidente da Assembleia Nacional Popular induziu os Deputados em erro, como afirma o Presidente da República no seu discurso, por que razão o Presidente da República não o desmentiu sobre esse ponto na reunião do Conselho de Estado?
E se o Presidente da República preza tanto sigilo e reserva institucional, não é preciso ir mais longe para verificar que, com o discurso que antecede a demissão do Governo, caiu no ridículo do que me acusa, divulgando pormenores das suas supostas divergências com os outros órgãos de soberania e as conversas privadas sobre os assuntos do Estado que tem mantido com mesmo. Ou será que uma suposta quebra do sigilo por parte de outros justifica que o Presidente da República também tenha a mesma postura? Ou não estará ele adstrito ao dever de sigilo?
O Presidente da República demorou quase um ano a instalar o Conselho de Estado, e durante esse tempo usou sistematicamente a comunicação social para exprimir as suas preocupações, como o próprio reconhece em várias passagens do seu discurso. E vem agora o Presidente da República dizer que os assuntos do estado devem ser tratados fora do círculo mediático. Ou não se lembra, por exemplo, de ter abordado a questão do pedido de desculpas ao povo angolano no discurso de posse de membros do Conselho de Estado, quando poderia ter convocado a reunião desse órgão para o efeito?
No seu Discurso à Nação, o Presidente da República chamou de irresponsável e de falta de sentido de Estado ao Presidente da Assembleia Nacional Popular.
Logo após a sua investidura, o Presidente da Assembleia Nacional Popular propôs, por escrito, ao Presidente da República a criação de um espaço de concertação a três (Presidente da República, Presidente da Assembleia Nacional Popular e Primeiro-ministro), proposta que nem sequer mereceu o seu pronunciamento até à presente data.
De seguida, por diversas vezes, inclusive no seu discurso proferido na cerimónia de cumprimentos de fim do ano ao Presidente da República, lembrou a este a necessidade de instalação do Conselho de Estado, órgão que só foi investido passado quase um ano depois da tomada de posse do Chefe de Estado.
Como pode o Presidente da República arrogar-se da postura de homem de Estado e acusar o Presidente da Assembleia Nacional Popular de falta de responsabilidade, se leva quase um ano a instalar o Conselho de Estado, bloqueando paralelamente todos os canais de diálogo com as instituições da República?
Foi o sentido de Estado do Presidente da Assembleia Nacional Popular que lhe moveu a interceder junto do Presidente da República para normalizar as suas relações com o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, embora não o tenha conseguido em relação ao Primeiro-ministro.
Onde estava o sentido de Estado do Presidente da República quando mandou retirar as motorizadas bem como as forças de Segurança Reforçada do Presidente da Assembleia Nacional Popular, pondo em risco a sua segurança e a da sua comitiva, em flagrante violação do Regimento da Assembleia Nacional Popular e da Lei que criou a Guarda Nacional?
Sentido de Estado teve, sim, o Presidente da Assembleia Nacional Popular, quando na sequência da retirada de motorizadas e de forças de segurança reforçada, em nome de superiores interesses da Nação, nunca ter pronunciado uma única palavra em público sobre o assunto.
Presidente da Assembleia Nacional Popular, para as pessoas que o conhecem, construiu a sua personalidade com verdade, respeito e lealdade como valores que norteiam a sua estatura de homem de Estado.
O Presidente da República insinua ainda que o Presidente da Assembleia Nacional Popular terá tentado criar condições para o substituir como Presidente da República Interino. Fosse a ambição do Presidente da Assembleia Nacional Popular ser Presidente da República, certamente que não teria apoiado o actual Presidente da República, primeiro, para ser delegado ao Congresso de Cachéu; segundo, para se eleger nas primárias do Partido como candidato; e terceiro e último, durante a campanha eleitoral para as presidenciais. Aliás, em toda a campanha da segunda volta das eleições presidenciais de 2014, a actuação do Presidente da ANP foi de solidariedade e de grande empenhamento a favor da candidatura do Dr. José Mário Vaz.
Em toda a sua vida, o Presidente da Assembleia Nacional Popular pautou-se pela defesa da legalidade, não pertenceu a nenhum governo de transição. Portanto, não é agora que, como segunda figura de Estado, e após ter abdicado de ser candidato presidencial pelo Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde a favor do actual Presidente da República, iria se contentar com uma presidência interina que duraria apenas 60 dias.
O Presidente da República qualifica de “circo mediático” um debate de urgência feito pelos Deputados da Nação. O Presidente da Assembleia Nacional Popular lamenta profundamente e estranha que um Presidente da República, principal responsável pela preservação da dignidade das instituições, considere de “palhaços” aqueles que representam o povo na sua maior diversidade.
Se no seu discurso, o Presidente da República faz uma resenha de factos desde a investidura do Governo, por que razão nunca se dignou chamar os outros órgãos de soberania para pronunciarem sobre os tais problemas?
O Povo guineense precisa de um sinal claro de estabilidade para acreditar no seu próprio futuro. O Presidente da Assembleia Nacional Popular não tem feito outra coisa senão procurar passar essa mensagem e manter viva a esperança do nosso povo no seu futuro.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular tem a noção clara das suas responsabilidades no meio da crise que se criou com a demissão do Governo e mantém a sua disponibilidade para procurar uma saída para a crise.
Publicamente, tem defendido a manutenção da estabilidade política e a continuidade do Governo até ao fim, do mesmo modo que as autoridades eleitas devem cumprir o seu mandato.
A estabilidade das instituições sempre foi sua preocupação. Foi por isso que solicitou desde o início um espaço de concertação a três, porque o considera que decisivo na manutenção da estabilidade das nossas instituições e da coesão nacional; promoveu a elaboração de um Projecto de Lei sobre o Estatuto do Líder da oposição, que contém direitos, privilégios, deveres e responsabilidade políticas claras a nível da estabilidade política.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular pensa que a comunidade internacional precisa de um sinal claro de estabilidade para acreditarem na viabilidade do Plano Estratégico e Operacional submetido à consideração dos parceiros antes de desembolsarem os fundos.
O Povo guineense precisa de um sinal claro de estabilidade para acreditar no seu próprio futuro, pelo que o Presidente da Assembleia Nacional Popular não tem feito outra coisa senão procurar passar essa mensagem e manter viva a esperança do nosso povo num amanhã melhor.
Com o impulso do Presidente da Assembleia Nacional Popular foi reativada e instalada a Comissão Preparatória da Conferência Nacional “Caminhos para a Paz e Desenvolvimento”, prova inequívoca do seu compromisso em prol da paz, estabilidade política e consolidação das instituições da República.
Por isso, o Presidente da Assembleia Nacional Popular jamais constituirá o foco de instabilidade na relação com os outros órgãos de soberania e não abandonará sua linha de conduta tendente a uma melhor harmonia social e ao diálogo político e institucional.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular apela a calma e serenidade de todos, porque o momento actual não aconselha a discursos e decisões politicas que comprometem os grandes desígnios dos guineenses a viver em paz e estabilidade.
Bissau, 13 de Agosto de 2015.
BEM-HAJA!

Polícia Marítima multou 14 vendedores ambulantes

A Polícia Marítima instaurou este verão 14 autos de contraordenação a vendedores ambulantes nas praias e apreendeu mais de 200 artigos entre óculos de sol, toalhas, roupa e bijutarias, referem dados enviados à Lusa.

Segundo a Autoridade Marítima Nacional (AMN), os agentes da Polícia Marítima (PM) realizaram este verão 50 ações de fiscalização aos vendedores ambulantes nas praias, que resultaram em 14 multas, não tendo sido efectuada qualquer detenção.

As 14 contraordenações foram aplicadas a oito cidadãos de nacionalidade senegalesa, um marroquino e a outro do Bangladesh.

Destes 14 cidadãos, quatro fugiram, pelo que não foi possível à PM apurar a sua nacionalidade, adianta a AMN.

Nas ações de fiscalização realizadas este verão, a PM apreendeu também 37 vestidos, cinco toalhas de praia, 74 óculos, oito bolsas de óculos, 77 pulseiras, 24 chapéus, 15 túnicas e duas colchas.

As infracções foram detectadas pelos comandos regionais da Polícia Marítima do Sul (11) e do Centro (três).

Para vender no areal das praias durante o verão, os vendedores necessitam da licença denominada por "saco às costas", que é autorizada pelo capitão do porto onde pretendem exercer a actividade, após ter sido feito o licenciamento da actividade de venda ambulante pela Direcção-Geral das Actividades Económicas.

No verão de 2014, a Polícia Marítima realizou 92 acções de fiscalizações a este tipo de vendedores que resultaram na detenção de três pessoas que se veio a constar serem imigrantes ilegais, tendo aplicado 13 multas a cinco pessoas do Senegal, três de Marrocos e um da Guiné-Bissau, tendo os restantes fugido.

No total, a PM apreendeu 662 artigos, nomeadamente bijutaria, biquínis, óculos de sol, toalhas de praia e tererés, tendo sido as infracções detectadas nos comandos regionais do Sul (oito), Centro (quatro) e Norte (um).


QUEDA DO GOVERNO: Brasil apela a que se busquem soluções



"Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota nº 331
12 de agosto de 2015

Situação na Guiné-Bissau

O Governo brasileiro tem acompanhado atentamente desdobramentos políticos recentes na Guiné-Bissau, país com o qual temos importantes vínculos históricos, culturais e conduzimos relevantes projetos de cooperação.

O Brasil conclama as lideranças bissau-guineenses a buscar soluções negociadas para a superação de divergências, com vistas à manutenção da estabilidade política e institucional, de modo a permitir a integral implementação da visão estratégica e do plano operacional apresentados por ocasião da Conferência de Doadores de Bruxelas, em março último.

O Governo brasileiro reitera sua disposição de continuar a apoiar a consolidação do regime democrático e o desenvolvimento da Guiné-Bissau, bilateralmente e em conjunto com os países da CPLP, da União Africana e da CEDEAO, entre outros parceiros internacionais, bem como no âmbito da ONU, inclusive por meio da Configuração Guiné-Bissau da Comissão da Consolidação da Paz."

CONVOCATÓRIA




O Movimento "PENSA GUINÉ-BISSAU", convoca a todos os cidadãos Guineense em Portugal e os amigos da Guiné-Bissau amantes da PAZ e Estabilidade, para participar numa manifestação contra instabilidade politica institucional provocada pelo PR JOMAV na embaixada da Guiné-Bissau, cita na Rua da Alcolena nº 17 A em Lisboa.

> Hora: das 15 horas a 24 horas sexta-feira do dia
> 14/08/2015.

> A comissão
> Cesar Barbosa.

GOVERNO ESTAVA NUM BOM CAMINHO


“O Governo não só cumpriu as metas programadas, também ultrapassou claramente esse resultado.” Palavras do Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC.
O Primeiro-ministro guineense demitido contestou ontem 13 de Agosto, em Bissau, as acusações feitas pelo Presidente da República sobre alegado desvio de avultadas somas de dinheiro e desafiou o chefe de Estado a rever em conjunto com o FMI as contas públicas que pôs em causa.
Simões Pereira que falava hoje na sede do partido perante militantes, dirigentes do PAIGC e alguns membros do Governo convidou o Chefe de estado a rever as suas contas.
"Há um relatório do FMI sobre o desempenho do Governo e esse relatório demonstra que o Governo não só cumpriu as metas programadas que havia fixado, como ultrapassou claramente esse resultado." Disse o PM.
O Chefe do Governo promete em breve; divulgar os números exatos das contas públicas, mas pensa antecipadamente que é fácil responder ao Presidente da República, com base nos números do FMI e mostrou-se surpreendido e questionando sobre as verdadeiras competências de economista do Presidente da Republica.
"Mesmo na componente de justificação da aplicação das receitas, está mais que evidente que o Presidente da República faz uma omissão abusiva de um conjunto de leis para tentar sustentar a tese de que o Governo teria tido um desempenho menos positivo", acrescentou.
Da mesma forma, "quando fala de corrupção e faz ligação a contratos de exploração de recursos" a situação também se complica para o lado do presidente, porque Simões Pereira diz conseguir "provar objetivamente" que não foi assinado "nenhum contrato" de concessão de licenças para a exploração concluindo que fica difícil de manter qualquer tipo de respeito pelas palavras do Presidente da República."
Recordamos que o Presidente José Mário Vaz questionou na quarta-feira o destino de 66 Bilhões de francos cfa detetados no saldo das operações financeiras nos últimos 12 meses. "Em que é que foi gasto todo esse saldo", perguntou Presi-JOMAV.

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA DENUNCIA “INVERDADES” NA MENSAGEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

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O líder do PAIGC denunciou aquilo que considera de “inverdades” por parte do Presidente da República José Mário Vaz na mensagem proferida ontem à nação, momentos antes da divulgação do decreto que demitiu o governo.
Pereira disse que os factos avançados no discurso do Presidente da República obriga a sua formação política a assumir o desafio de trazer a limpo à praça pública todo o conjunto de factos que esclareçam elementos de desgovernação a que o Chefe de Estado faz referências e que aconteceram nas outras épocas e não período da vigência da sua governação.
O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e primeiro-ministro deposto, Domingos Simões Pereira, disse esta quinta-feira, 13 de Agosto não concordar com a decisão do Presidente da República de derrubar o governo, mas disse respeitá-la.
O Chefe do Governo deposto por um decreto presidencial falava durante uma conferência de imprensa realizada na sede do partido, em reacção à decisão do Presidente da República, José Mário Vaz.
Simões Pereira explicou na sua comunicação que a demissão do executivo é uma prorrogativa da Constituição que assiste o Presidente da República.
“Lamentamos profundamente que neste momento o Presidente da República tenha entendido que as dificuldades de relacionamento não sejam elementos suficientes para justificar esta tomada de posição e tenha feito um conjunto de diligências infundadas e que não correspondam a verdade”, afirmou Simões Pereira.
Em relação à indicação do nome para chefiar o próximo governo, o líder dos libertadores afirmou que os estatutos do partido são muito claros sobre o assunto. “Em caso de vitória nas eleições legislativas o nome indicado para exercer o cargo do Primeiro-Ministro e chefe do governo, é do presidente do partido”, esclareceu.
Em relação à corrupção mencionada no discurso do Presidente, Pereira assegurou que o executivo que dirige não assinou contrato algum desde que assumiu a governação no domínio de recursos naturais.
“O Presidente mencionou o caso da corrupção no seu discurso como argumento e falou de contractos da exploração de recursos naturais. Nós conseguimos provar objectivamente que não assinámos nenhum contrato e fica dificilmente manter qualquer tipo de respeito às palavras do Presidente da República”, contou,
Relativamente ao regresso ao país do Contra-almirante, José Zamora Induta, o ex-primeiro-ministro disse tratar-se de mais uma das inverdades do Presidente da República quando afirma não ter sido informado da vinda do ex-Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.
“Lamento quando o Presidente da República afirma não ter sido informado sobre o regresso do Contra-almirante José Zamora Induta. O Zamora está no país e pode testemunhar o facto de ter conversado com o Presidente da República, de lhe ter enviado uma correspondência que por sua vez encaminhou para o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. O segundo elemento é o facto de nós termos um deputado da Nação que intermediou esses contactos entre o Presidente da República e Zamora Induta e que está disposto a testemunhar isso”, afirmou.
Simões Pereira pediu o povo guineense a manter a confiança e esperança no seu partido. Reconheceu que a situação em que se encontra o país é de grande dificuldade, mas mostrou-se esperançado na capacidade de o partido encontrar uma solução que salve o essencial, a paz e tranquilidade
Respondendo à questão de Tabela das Operações Financeiras referida no discurso do Presidente, Simões Pereira explicou que o capítulo da despesa da tabela das operações financeiras não é constituído unicamente de salários.
“Temos a certeza que o Presidente sabe muito bem dessas operações. Qualquer tentativa neste caso, ele corre o risco de não contar a verdade completa. Também corre outro risco de contar alguma coisa de diferente da verdade. Pedimos ao Presidente da República para que corrija os seus dados, pois não são certos”, lançou.
No lugar de 109 bilhões, alegadamente geridos pelo executivo de Julho de 2014 a Julho de 2015, Domingos Simões Pereira avança o valor superior de 118 biliões e promete apresentar proximamente contas detalhadas sobre a gestão do dinheiro.
Acusou o Chefe de Estado de ter ficado desconfortado depois de ter sido informado por uma missão do Fundo Monetário Internacional sobre a performance do governo num período de apenas um ano de exercício.

SOCIEDADE CIVIL CONDENA VEEMENTEMENTE DECISÃO DE PRESIDENTE JOMAV DE DEMITIR O GOVERNO

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O Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, condenou esta quinta-feira, 13 de Agosto, veementemente a decisão do Presidente da República, José Mário Vaz, de demitir o governo dirigido por Engenheiro Domingos Simões Pereira.
O comunicado do Movimento das Organizações da Sociedade Civil, foi lido na voz do seu presidente, Jorge Gomes, durante uma conferência de imprensa realizada na sua sede, em Bissau.
No referido comunicado, a sociedade civil desafiou o Chefe de Estado guineense a apresentar as provas das suas acusações de corrupção ao Ministério Público, que de acordo com a lei, é único detentor da acção penal, para que este possa abrir o inquérito. O movimento exige ainda o respeito pelos valores democráticos e a vontade popular manifestada nas urnas.
O movimento instruiu todas as organizações da sociedade civil a accionarem os mecanismos cívicos à sua disposição para manifestarem a sua indignação face à decisão do Presidente da República.
O comunicado da sociedade civil exorta as forças de defesa e segurança a permanecerem calmos e serenos nos quartéis, permitindo a resolução pacífica, com base nos mecanismos cívicos e políticos existentes.
A nota apela por último à calma e tranquilidade ao “martirizado povo guineense”, instando-o a manter sempre confiante nas organizações da sociedade civil que tudo farão para preservar a paz e tranquilidade que há muito aspiram.
De referir que o Movimento da Sociedade Civil guineense é constituído por várias organizações nacionais, designadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, Sindicato Nacional dos Professores, Organizações Juvenis e Associações de Mulheres.

O LÍDER DO PARLAMENTO GUINEENSE, CIPRIANO CASSAMÁ, APELOU HOJE AO PRESIDENTE DO PAÍS, JOSÉ MÁRIO VAZ, PARA QUE "BAIXE AS ARMAS E OIÇA O POVO"



O líder do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, apelou ontem ao Presidente do país, José Mário Vaz, para que "baixe as armas e oiça o povo" que, diz, clama pela paz e estabilidade.

No seu discurso de encerramento das sessões plenárias que vinham decorrendo desde o dia 18 de julho no Parlamento - que entra de férias até novembro - Cipriano Cassamá apelou a José Mário Vaz "como o mais velho que é" para que escute os clamores do povo.

"Vou-te dizer em público o que já te tinha dito em privado: não há guerras pessoais entre líderes que o povo ganhe. Baixa as armas, que têm sido as tuas palavras, ouve e escuta o povo", defendeuCassamá.

Com a voz embargada, visivelmente emocionado, o líder do Parlamento guineense afirmou ser "incerto"o futuro que se espera do país o que, disse, já não se pode aplicar do seu comportamento enquanto dirigente.

"Aqui estamos firmes e determinados a que se respeite o povo e que se pense pelo povo", pediu Cassamá, que ainda não sabe quais os passos a serem dados pelo Presidente do país depois de demitir o Governo.

Na sua primeira comunicação logo na abertura dos trabalhos parlamentares, Cipriano Cassamá afirmou não ter dúvidas em como o próximo passo de José Mário Vaz seria "a dissolução do Parlamento".

Nesse aspeto, vários deputados, sobretudo, os da bancada que suportava o Governo demitido, advogam pela realização de eleições gerais, legislativas e presidenciais.

Quanto ao facto de mais uma vez um Governo eleito não ter chegado ao final do seu mandato, Cipriano Cassamá disse estar triste, embora esteja disponível para encontrar "uma solução de consenso" para o futuro do país.

Sobre as acusações que lhe foram feitas pelo chefe de Estado - por ter revelado uma conversa privada aos deputados, na qual José Mário Vaz lhe terá dito que perdeu a confiança no primeiro-ministro -, Cipriano Cassamá destacou ter-se limitado apenas a cumprir "com os seus deveres constitucionais".

"Ninguém conhece o Cipriano neste país como mentiroso", sublinhou Cassamá, merecendo a solidariedade da maioria de deputados.

Lusa

ONU VAI ESPERAR PRÓXIMOS PASSOS DO PRESIDENTE GUINEENSE

imageO representante especial do Secretário-geral das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, declarou hoje que a comunidade internacional aguardará os próximos passos do Presidente guineense, José Mário Vaz, que demitiu o governo.

Em declarações à Rádio ONU a partir de Bissau, Miguel Trovoada deu conta dos planos do Presidente, que terá prometido pedir ao partido que venceu as últimas eleições legislativas, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ao qual o Chefe de Estado também pertence, que proponha um novo chefe de governo.
“Estamos convencidos que toda a gente quer trabalhar no interesse do povo da Guiné-Bissau”, declarou o diplomata, acrescentando que a comunidade internacional apenas pode apelar “à solução pacífica de todos os problemas, manutenção de um clima de estabilidade, e que o respeito dos direitos humanos e o respeito pelas regras constitucionais seja observado”.
Miguel Trovoada apelou ainda para que a solução para a crise seja encontrada “no entendimento, no diálogo, e no bom senso”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas irá discutir a situação na Guiné-Bissau em sessão agendada para o fim de agosto.

fonte: Lusa

ALBERTO NAMBEIA FAZ APELO A CALMA


Alberto Nambeia líder do Partido da Renovação Social (PRS), e segunda maior força política do país, afirmou ontem em Bissau que a demissão do Governo do Domingos Simões, era mesmo de esperar, devido à intensidade do colapso entre o PR e o PM.

Nambeia disse efcetuaram varias tentativas do diálogo envolvendo as partes, mas sem sucesso. 

O político dos renovadores disse a queda do Governo representa um retrocesso para a Guiné-Bissau e abertura do caminho para uma nova instabilidade no país que poderá desembocar-se na realização de eleições gerais antecipadas que poderão ser ganhas pelos renovadores. 
Falando sobre eventual derrube do parlamento guineense, o Presidente do PRS disse não esperar que isso vai acontecer. Com tudo, aponta o diálogo como forma de ultrapassar a crise.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...