VENEZUELA E GUINÉ-BISSAU ASSINAM NOVOS ACORDOS DE COOPERAÇÃO





Representantes dos Governos da Venezuela e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um novo acordo de cooperação bilateral nas áreas da agriculturacomunicação, defesaenergia e saúde.

O acordo foi assinado em Caracas, à margem de um encontro entre a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodrigues, o seu homólogo da Guiné Bissau, Artur Silva, e os ministros guineenses da Defesa e da Comunicação Social, Adiatu Djaló Nandigna e Agnelo Regala, respetivamente.

"Hoje vamos redimensionar a cooperação em distintos âmbitos, o agrícola, saúde, comunicação,educação, energia, segurança e defesa, enquadrados na Agenda Económica Bolivariana", disse a ministra venezuelana aos jornalistas.

Por outro lado, explicou que na área da comunicação, a Telesul, estação pública de televisão com sede em Caracas, passará a transmitir para a Guiné-Bissau.

"É muito importante porque sabemos que com a Telesul estará chegando a verdade do povo venezuelano, a verdade dos países da América Latina e das Caraíbas, e estará chegando a verdade do mundo, rompendo o cerco mediático das corporações da comunicação", disse.

O ministro de Relações Exteriores da Guiné-Bissau, Artur Silva, precisou que entre os acordos assinados encontra-se a construção, em território guineense, de um centro de hemodiálise, a formação de especialistas em medicina e a construção de um complexo educativo que terá o nome do falecido Presidente da Venezuela Hugo Chávez.

Durante o encontro, os dois responsáveis condenaram o terrorismo e avaliaram a possível participação da Guiné-Bissau na próxima cimeira dos Países Não Alinhados, que terá lugar nos próximos meses na Venezuela.

Desde 2008 que a Venezuela e a Guiné-Bissau intensificaram conversações para fortalecer a cooperação bilateral.

Em 2009, ambos países assinaram sete acordos de cooperação, em áreas como o combate ao tráfico de droga, a saúde, energia, minas e educação.

Em Bissau a 17ª Assembleia dos Ministros de Saúde dos países da CEDEAO

A Guiné-Bissau acolhe, até a próxima sexta-feira (8 de abril), a 17ª Assembleia dos Ministros de Saúde dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).


Sob o lema “Integração regional e segurança sanitária no espaço CEDEAO: Papel do Centro Regional de Vigilância e Controlo das Doenças”, os 15 países da sub-região irão abordar temas ligados ao papel da Organização Oeste-Africana da Saúde (OOAS) na promoção de desenvolvimento sanitário e integração dos países.

De acordo com o programa de trabalho, durante os cinco dias do evento serão ainda realizadas reuniões dos pontos focais, de peritos e do fórum de parceiros, culminando com o encontro dos Ministros da Saúde da OOAS.

Dada a importância do evento, o país recebeu em Fevereiro uma delegação da OOAS presidida pelo seu director-geral, Dr. Xavier Crispin, para acompanhar os preparativos para a assembleia.

Em Guimarães, Seminário celebra 20 anos da CPLP


O Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães, recebe quinta-feira, o seminário "A CPLP e a Projecção Internacional da Língua Portuguesa".


A iniciativa vai decorrer das 9h30 às 18h30, celebrando os 20 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e é organizada pela Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, pela Universidade do Minho e pelo Município de Guimarães.

A sessão de abertura junta, às 9h30, Anacoreta Correia, coordenador da comissão temática do Observatório da Língua Portuguesa, Antonito de Araújo, representante permanente de Timor-Leste junto da CPLP, Rui Vieira de Castro, vice-reitor da UMinho, Domingos Bragança, presidente do Município de Guimarães, e Adelina Pinto, vereadora vimaranense. Segue-se às 10h30 a conferência inaugural, por Murade Murargy, secretário executivo da CPLP e, às 11h00, um painel com Micaela Ramon e José Almeida Pinto, respectivamente professora da Universidade do Minho e representante permanente do Brasil junto da CPLP.

De tarde, a partir das 14h30, intervêm Fernando Luís Machado, vice-reitor do ISCTE-IUL, Paulo Aparício, do Grupo MCA, Simone Silva, do Grupo 3B’s da UMinho, Isabel Domingues, presidente da Câmara de Mé-Zochi (São Tomé e Príncipe), Maria Araújo, vereadora da Câmara de Complégne (França), e Paula Oliveira, vereadora do Município de Guimarães. Segue-se um momento musical e, às 18h30, a sessão de encerramento.

O seminário visa sublinhar a relevância da língua portuguesa como pilar da identidade da CPLP, a par da concertação político-diplomática e da cooperação multilateral entre os nove Estados-membros. O programa reúne oradores de vários países e aborda temas como a língua portuguesa no mundo e a sua importância enquanto língua de cidadania e de empreendedorismo e conhecimento. A entrada no evento é livre, mediante inscrição prévia em: observalinguaportuguesa.org/apoios-6.
 
 

 

Bissau: Centro médico para a África Ocidental

A criação de um centro de prevenção e controlo de doenças para a África Ocidental, incluindo as lições obtidas na luta contra o Ébola, está desde ontem em debate num encontro internacional, em Bissau, anunciou a organização.


“O tema central tem a ver com a criação de um centro” que permita “a fácil mobilização de técnicos para apoiar países confrontados com situações epidémicas”, explicou à Lusa, Plácido Cardoso, director do Instituto Nacional de Saúde Pública (INASA) da Guiné-Bissau.

O país acolhe esta sexta-feira o 17.º encontro de ministros da Saúde da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O evento é precedido de outras reuniões, que arrancaram ontem, com um encontro de pontos focais do sector de saúde dos diferentes países.

Para terça e quarta-feira estão marcadas reuniões de peritos em diferentes áreas.

Plácido Cardoso reconhece que o surto de Ébola que afectou a região nos últimos dois anos foi uma lição para todos os países da sub-região – mesmo para a Guiné-Bissau, que não registou nenhum caso, mas teve que pôr em prática diversas medidas de prevenção.

Para a configuração do novo centro de controlo de doenças, “cada país é chamado a designar uma estrutura de referência nacional” que vai integrar a nova organização.

A reunião de Bissau pretende ser mais um passo com vista à sua entrada em funcionamento, com o objectivo de dar uma resposta o mais eficiente possível “às solicitações que cada país vier a fazer” aos vizinhos da África Ocidental, em caso de epidemia.

Um novo caso de Ébola foi identificado na Libéria na última semana, mais de dois meses após a proclamação oficial do fim da transmissão do vírus no país. Poucos dias antes houve também um ressurgimento do vírus na vizinha Guiné-Conacri, que já causou sete mortos.

A última epidemia do vírus do Ébola teve início em Dezembro de 2013 na floresta da Guiné-Conacri e espalhou-se para a Libéria e a Serra Leoa. Os três países concentraram mais de 99 por cento das vítimas. O surto provocou 11.300 mortos.
 
 

LIVRO: Estratégias de vivência e de sobrevivência em contextos de crise: Os Macanhas na cidade de Bissau





QUANDO? Dia 8 de Abril
A QUE HORAS? Às 18h00
ONDE? Centro cultural Português.

missão empresarial à Guiné-Bissau prevista para os dias 07 a 12 do corrente

A classe empresarial cabo-verdiana responde com “algum cepticismo” à proposta das câmaras de comércio do Barlavento e do Sotavento para uma missão empresarial à Guiné-Bissau prevista para os dias 07 a 12 do corrente.

Para as duas câmaras de comércio a do Barlavento, até hoje, não regista “qualquer inscrição”, segundo Adriano Cruz, e a do Sotavento “apenas sete inscrições”, conforme adiantou Ângela Sapinho, da organização da missão empresarial.

Os dois responsáveis ligam a “fraca adesão” dos empresários à proposta da missão à “situação de indefinição” política que se vive na Guiné-Bissau, mas Ângela Sapinho colocou “fora de hipótese” a “não realização da missão”.

“Abortar a missão, não, até porque ainda hoje iremos realizar uma reunião para fechar a viagem à Guiné-Bissau”, concretizou Ângela Sapinho.

Adriano Cruz, por seu lado, considerou que, afora a “situação de indefinição” reinante na Guiné-Bissau, outro factor que poderá estar a afastar os empresários prende-se com os custos da missão, de cerca de 150 mil escudos/pessoa, o “que não é barato”, sustentou.

O encontro de Bissau, de empresários, para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (CPLP) objectiva “aproximar as comunidades” de negócios da República da China, da Região Administrativa Especial de Macau e dos Países de Língua Portuguesa.

Tudo para, em conjunto, discutirem-se questões de interesse mútuo e estabelecerem-se contactos empresariais, particularmente, as formas de incrementar as relações comerciais bilaterais e fortalecer os laços económicos, comerciais e de investimento entre os países.

Participarão no encontro delegações oficiais e empresários de Angola, Cabo Verde, China, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

O programa do encontro contempla actividades de promoção de encontros de negócios entre os promotores privados, apresentação de oportunidades de negócio e investimento em cada um dos países e a realização de painéis sectoriais com discussões sobre temas estruturantes e apresentação das oportunidades de investimento existentes em cada um dos sectores.

 
 

 

Guiné-Bissau - Professores e profissionais de Saúde em greve


O Sindicato Democrático dos Professores decretou uma greve de 30 dias, a partir desta segunda-feira, 4 de Abril, como forma de exigir melhores condições de trabalho. Mas a nova direcção do Sindicato Nacional de Professores não se pronunciou sobre o assunto.
Entretanto, os alunos encontram-se sem aulas e muito preocupados com a situação.
Também os profissionais da Saúde começaram uma greve hoje de uma semana, com exigencias de pagamento de salario, melhores condições de trabalho e retroativas, enquanto mantêm apenas o serviço mínimo.
Até agora não houve qualquer reacção do Governo

«GREVE/SAÚDE» MINSAP DA GUINÉ-BISSAU PROMETE CRIAR COMISSÃO INTER-MINISTERIAL PARA ANALISAR AS REIVINDICAÇÕES



Bissau, 05 Abr 16 (ANG) - O Ministério de Saúde Pública (MINSAP) comprometeu-se a criar uma Comissão Inter-ministerial com a finalidade de analisar as reivindicações dos sindicatos do sector.
De acordo com uma nota de imprensa do MINSAP à que a ANG teve acesso, a referida Comissão Inter-Ministerial será constituída pela própria instituição e os ministérios da Economia e Finanças e da Função Pública.
O documento informa que a Comissão vai ter como mediadora a Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau, sublinhando que Já foi cumprido o pagamento de 10 meses de subsídio de vela aos funcionários de saúde, exigida pelos sindicatos do sector.
"O Ministério de Saúde privilegia o diálogo como forma para a resolução de qualquer conflito, e tem consciência clara das consequências da greve para os guineenses", lê-se na nota.
O documento adianta que já foram realizados dois encontros negociais com os sindicatos do sector da saúde presididos pelo Secretário-Geral do Governo, em representação do ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares.
O Ministério de Saúde explica que no que concerne aos recém colocados, as suas remunerações dependem da aprovação de Orçamento Geral de Estado de 2016, acrescentando que o Secretario Geral do Governo, Olívio Pereira prometeu diligenciar para que lhes sejam pagos o subsídio de instalação e de vela. 
O Ministério da Saúde Pública apela ao bom senso dos três sindicatos e manifestou total abertura ao diálogo tendo em conta o interesse do país e do povo guineense.
Está em curso desde segunda-feira uma greve geral no sector de saúde e cuja duração é de 7 dias, decretada pelos três sindicatos da área, SINETSA, SINQUAS e STS, que exigem, entre outras, a colocação dos novos ingressos e o pagamento de subsídios de vela aos funcionários dos hospitais. 

ANG/AALS/JAM/SG/Conosaba

MINISTÉRIO DA SAÚDE PÚBLICA GUINEENSE DISCORDA COM A GRAVE DOS SINDICATOS DO SECTOR



Bissau, 05 Abr 16 (ANG) - O Ministério da Saúde Pública (MINSAP) fez saber que, o cumprimento de certos pontos do Memorando de Entendimento assinado em Dezembro de 2015 com os sindicatos, dependem da aprovação do Orçamento Geral de Estado (OGE) deste ano.
A informação consta numa nota de imprensa do MINSAP a que a ANG teve hoje acesso.
De acordo com o documento, por exemplo, em relação aos novos ingressos a partir de Maio do ano passado, as suas remunerações dependem da aprovação do OGE de 2016.
Contudo, segundo a nota, o Governo promete diligênciar com vista ao pagamento dos subsídios de instalação e de vela.
O MINSAP refere que já foi cumprido o pagamento de 10 meses de subsídio de vela aos funcionários e o reembolso de quantia monetária referente as caixas fúnebres dos profissionais de saúde falecidos, no valor de 17 milhões de Fcfa.
Sobre os restantes pontos no Memorando de Entendimento, o Gabinete da Ministra da Saúde Pública informa que foi criada uma comissão interministerial constituída pelos Ministérios da Saúde, da Economia e Finanças e da Função Pública e com a mediação da Ordem dos Médicos que, conforme a nota, requer um trabalho técnico aprofundado.
Por fim, o MINSAP diz estar aberto ao diálogo, tendo em conta aos superiores interesses da Guiné-Bissau e promete continuar a honrar os compromissos na medida das suas possibilidades. 

ANG/QC/SG//Conosaba

«ENSINO» GOVERNO GUINEENSE E ONG "ESSOR" ASSINAM ACORDO DE TRANSFERÊNCIA DE BASE DE DADOS DE CENTROS FORMAÇÕES PARA MEN


Bissau, 05 Abr 16 (ANG) – O Governo e a ONG de Solidariedade Internacional (ESSOR), assinaram ontem um acordo de transferência de Base de Dados dos Centros de Formação Profissionais para o Ministério da Educação Nacional.

Pretende-se com a iniciativa a apropriação, actualização e divulgação das informações através dos canais apropriados pelo MEN.
O acordo rubricado pela titular da pasta da Educação Nacional, Maria Odete Costa Semedo e pela representante da ONG Essor, Suzana Mendes Pereira, recomenda ainda a conjugação de sinergias entre os actores da formação e inserção profissional e possibilitará a harmonização de informações.
Permite ainda o aceso fácil a informação sobre a formação técnica profissional, servindo de um elemento facilitador na escolha do curso e lugar de formação.
Segundo o acordo, o Ministério da Educação passa a ser o responsável pela elaboração e partilha do calendário de recolha de informações para actualização de Base de Dados, a cada três meses com as organizações da rede.
O acordo prevê que a ONG ESSOR monitorize e sugira a melhoria de Base de Dados em função da amplitude e das resoluções no espaço e solicitar a convocação da reunião técnica pelo Ministério da Educação Nacional para analisar o impacto e avaliação dos resultados.
Por seu lado, a Escola de Artes e Ofícios tem a responsabilidade de dar assistência técnica pontual aos técnicos informáticos do Ministério da Educação, favorecer a selecção dos conteúdos para Base de Dados, incluindo a selecção da melhor opção viável. 
ANG/LPG/JAM/SG//Conosaba

Técnicos de saúde da G-Bissau deixam utentes sem atendimento

Alguns doentes que se encontravam internados disseram à Lusa que preferem "ir para casa" do que ficarem no hospital onde não terão assistência devido à ausência de pessoal médico.


O presidente do sindicato de Técnicos da Saúde, Domingos Sami, lamenta a situação, mas disse que a greve "vai até ao fim", no dia 12, caso não haja "uma resposta positiva do Governo" às reivindicações dos trabalhadores.

Para hoje está prevista uma nova ronda negocial entre o sindicato e o Ministério da Saúde Pública.

Domingos Sami lembra que, por duas vezes, a equipa negocial do sindicato já se encontrou com o Governo "sem qualquer resultado", frisou.

Se até ao dia 12 não houver uma "resposta satisfatória", o STS vai desencadear uma nova paralisação laboral, "desta feita de 15 dias úteis", acrescentou.

Entre as reivindicações, o STS exige do Governo o pagamento de dez meses de salário aos técnicos recém-contratados, o pagamento em retroactivo aos técnicos promovidos desde 2010 e o reajuste salarial dos profissionais que, entretanto, se especializaram, mas que continuam a receber a verba relativa a categorias antigas.

O sindicato exige ainda o pagamento de 15 meses de "subsídio de vela", pago aos profissionais que prestam serviço nocturno nos centros médicos, mais sete meses de subsídio de isolamento (profissionais colocados em locais de difícil acesso).

«PRS» JORNADA DE ESCLARECIMENTO NAS REGIÕES



DISCURSO DE ABERTURA

DO VICE-PRESIDENTE ENG. ORLANDO VEIGA NAS JORNADAS DE ESCLARECIMENTO NO CIRCULO ELEITORAL N. 1 – TOMBALI – CATIÓ
2 de abril de 2016
Começamos por saudar os nossos irmãos da região sul, com palavras de encorajamento e de esperança. Tenho a certeza de que apesar da distância que nos separa da capital, os vossos corações estarão sempre connosco nesta luta diária, labutando pela vida difícil e atribulada, que nos está sendo imposta pelo governo do chamado partido libertador, o PAIGC.
Estas palavras de crítica, têm mais significado, quando nos lembrarmos de que foram nestas matas, e com o sacrifício consentido deste heróico povo do sul, é que foram travadas as maiores batalhas pela luta de libertação, que vieram a conduzir à emancipação e à independência do nosso país.
Por isso mesmo, não podemos, hoje, em democracia, e enquanto maior partido da oposição, com as responsabilidades que nos incumbe o povo guineense, deixar de testemunhar na vossa presença, o abandono e o ostracismo, a que foram votadas esta região, que um dia, foi considerada o celeiro da Guiné-Bissau.
A gritante falta de infraestruturas, a ausência de bons serviços médicos e de boas escolas, a falta de boas acessibilidades e de pessoal qualificado, em número suficiente para acudir as necessidades básicas de toda uma população carente, são apenas alguns pontos críticos que caracterizam as insuficiências desta zona do país, cuja responsabilidade teremos que, necessariamente, imputar ao governo do PAIGC, que há quarenta anos, e agora numa nova versão, de há cerca de nove meses, têm paralisado completamente o país.
E as consequências desta paralisia, não se fizeram esperar. As greves na educação e na saúde são disso um exemplo. A onda de assaltos à mão armada, por grupos de malfeitores presos que se organizam, a partir das instalações de detenção, não é, certamente alheia à falta de responsabilidade do governo do PAIGC, que até hoje não consegue nomear um Ministro do Interior. O mesmo se pode dizer no setor mineiro, com a falta de um Ministro dos Recursos Naturais.
Exigimos ao governo do eng. Carlos Correia, que canalize os dinheiros gastos em missões sumptuosas e supérfluas, para minimizar o sofrimento do povo, nos problemas mais candentes e graves que são diariamente detectados nas várias unidades hospitalares e na educação.
Pedimos igualmente à Mesa da Assembleia Nacional Popular, que não confunda o povo, e que se limite a cumprir a lei e o regimento da ANP. Assistimos hoje, a uma autêntica palhaçada, quando, para subtrair dividendos políticos, o vice-presidente da ANP, numa atitude patética, não se furta de tentar iludir a opinião pública com o argumento de que o PRS teria reconsiderado uma alegada posição fictícia, e por isso mesmo, regressara às reuniões da Comissão Permanente da ANP.
Caros irmãos, a lógica desta desgovernada direção do PAIGC, assenta, exatamente, na desinformação. O Partido da Renovação Social, felizmente, continua firme e responsável, na sua decisão de cumprir a lei. Por isso, e apesar de nunca ter abandonado a Assembleia Nacional Popular, órgão para o qual foi democraticamente eleito, também nunca pactuou, e nem nunca pactuará com os desmandos que o PAIGC, através dos ilustres representantes na Mesa tentaram impor.
Na esteira dessa posição, o Partido da Renovação Social, limitou-se a comparecer à reunião da Comissão Permanente, cumprindo o despacho do Tribunal Regional de Bissau, que insta a Mesa da ANP a readmitir os deputados alegadamente expulsos.
Portanto o PRS, mais não fez do que cumprir a lei. O PAIGC, o partido libertador, de quem o povo já se cansou de pagar a dívida da libertação, e por conseguinte, de quem deveria libertar-se, continua a surpreender pela negativa.
Numa verdadeira fuga para a frente, porque não é digno de outro nome, o PAIGC, através da Mesa da ANP, finge que o Orçamento Geral do Estado vai ser discutido na próxima sessão marcada para o dia 3 de maio. Esta atitude sugere-nos uma reflexão: Como é que um Governo inconstitucional, porque não conseguiu fazer passar o seu programa no hemiciclo guineense, pretende agora que se analise o Orçamento Geral do Estado. E já agora, o Governo que não se esqueça de proceder à apresentação da Conta Geral do Estado da execução do ano 2014.
Ora, estas manobras de diversão, obedecem à máxima que é por todos, mais do que conhecida: NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO, MAS FAZ O QUE EU DIGO, ou seja, os 15 que vão à justiça, se as coisas correrem de feição, o PAIGC acata. Se as pretensões forem contrárias à vontade do PAIGC, o PAIGC, não acata, porque ele é o “guia do nosso povo”, o regime de direito democrático que o povo votou fica na gaveta. O PAIGC pode, quando bem entende desobedecer a lei, os outros que se limitem a cumpri-la.
Ao invés deste triste espetáculo que agora é, gratuitamente, oferecido ao povo guineense e à comunidade internacional, a Mesa da Assembleia Nacional Popular, deveria, na sua qualidade de órgão fiscalizador da ação governativa, dar o exemplo de cumpridor da lei.
O PRS ao pautar-se pelo estrito cumprimento da lei, quer lembrar ao país, e aos nossos irmãos residentes no sul do país, que nenhum deputado pode ser expulso, sem ser nos termos da lei. Esta estratégia de desgoverno do PAIGC, que já vem do seu Congresso de Cacheu, só sobreviveu graças ao empenho patriótico do PRS, que por 4 vezes, ao longo do período de um ano de governação, salvou, através da aprovação de moções de confiança, o governo de Domingos Simões Pereira.
Contrariamente às teses veiculadas, muitas vezes as pessoas esquecem-se de que o mandato de 41 deputados que foi confiado ao PRS, configura, claramente um estatuto de oposição. Aliás, prontamente, interiorizado, e demonstrado num gesto inédito nas nossas lides eleitorais. Foi com dignidade e elevação democráticas, que o Partido da Renovação Social, saudou, em primeiro lugar, o vencedor, o PAIGC, como justo ganhador das últimas eleições legislativas.
Portanto, o que se exige em termos constitucionais, é que o partido que ganhou as eleições e que assegure uma maioria parlamentar, que governe bem em nome do povo. O partido que perdeu as eleições, que faça uma oposição construtiva, também em nome do povo. Esta harmoniosa construção teórica que encontra respaldo na nossa teoria constitucional, não colhe nas hostes libertadoras, porquanto, os mesmos entendem-se endeusados, e como tal, acima da Constituição da República da Guiné-Bissau.
Por isso, é difícil compreender que se peça ao PRS, depois de uma saída voluntária, do governo de inclusão do PAIGC, um "seguidismo" cego às manipulações do PAIGC. Ao PAIGC foi confiada a responsabilidade de governar, porque obteve um maior número de votos, e garante uma maioria parlamentar. Então, se assim for, que governe.
O que o PAIGC não diz, é que já não dispõe de uma maioria no parlamento, daí que se tenha enveredado pela manigância da expulsão expedita, ilegal e inconstitucional de 15 membros da sua bancada parlamentar, que, no entanto, lhe foi negada por sentença do Tribunal Regional de Bissau, e que tem dificuldade em acatar, incorrendo mesmo, em crime de desobediência, passível de punição judicial, que por este andar, também não acatará.
O PAIGC e os seus seguidores, dificilmente serão capazes de incorporar uma lógica de cultura democrática, daí as grandes dificuldades de relacionamento no seu próprio seio. Por isso não espanta que enfrentem as mesmas dificuldades a relacionar-se com outros atores da cena política e democrática guineense.
O partido libertador é incapaz de se libertar das amarras totalitárias do seu passado de centralismo democrático, por isso continua a mostrar-se incapaz de conviver de forma sã em democracia.
Perante estas manobras dilatórias e de clara desobediência, que mais não obedecem do que a estratégia de política de terra queimada, que o PAIGC tem em curso, e que só servem para prolongar o desgoverno, e consequentemente, a paralisia do aparelho do Estado, e com ela o colapso das instituições sociais e económicas, o Partido da Renovação Social, pede ao povo uma maior vigilância e serenidade, mas também determinação na sua fé inabalável nas virtudes e bondade do regime democrático.
O PRS também pede ao senhor Presidente da República e as instâncias judiciais que sufraguem, o mais rapidamente possível, medidas conducentes à viabilização do normal e regular funcionamento das instituições públicas guineenses, a fim de permitir que se comece a vislumbrar o fim desta crise política, que há muito vem sufocando as débeis estruturas da nossa vida social, e quiçá a própria coesão do tecido social guineense.
Viva a Guiné-Bissau
Viva o PRS

SUPREMO TRIBUNAL DA GUINÉ-BISSAU DECLARA NULA A EXPULSÃO DE 15 DEPUTADOS DO PARLAMENTO




Os juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau declararam inconstitucional a decisão da Comissão Permanente do Parlamento do país de expulsar 15 deputados, lê-se num acórdão hoje divulgado pelo órgão.


Esta decisão judicial pode colocar em causa a maioria absoluta do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) no Parlamento já que os deputados expulsos tinham decidido aliar-se à oposição na discussão do programa de governo.
Dez dos 11 juízes que compõem o plenário do STJ votaram favoravelmente o acórdão e um votou vencido, numa decisão sustentada em 23 folhas.
"Os juízes conselheiros em plenário do STJ decidem declarar inconstitucionalidade material e formal da deliberação da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), com força obrigatória geral", refere-se no acórdão, distribuído à comunicação social.
Na opinião dos juízes do Supremo, que na Guiné-Bissau desempenha também o papel do Tribunal Constitucional (que não existe), a deliberação da Comissão Permanente, órgão que substitui o plenário do Parlamento nos intervalos das sessões, tem "vícios de inconstitucionalidade material" na medida em que entra em conflito direto "com as normas constitucionais".
Os juízes acusam também a Comissão Permanente da ANP de "violação flagrante da Constituição" ao não permitir o princípio do contraditório aos deputados alvo de expulsão, agora anulada pelo STJ.
A Comissão Permanente da ANP tinha declarado a 15 de janeiro a perda de mandato de 15 deputados do PAIGC, a pedido do próprio partido, que os expulsou da militância por violarem a disciplina partidária.
Em causa, o facto de quererem aliar-se ao Partido da Renovação Social (PRS), maior força da oposição, para derrubar o Governo - fazendo com que o PAIGC perdesse a maioria no Parlamento.
O Parlamento da Guiné-Bissau voltaria a reunir-se a 28 de janeiro, já com 15 novos deputados na bancada do PAIGC, e aprovou o programa de Governo, sem a participação do PRS na sessão.
Mas o STJ anunciou hoje que quem deve ocupar o lugar são os deputados que tinham sido expulsos.
A próxima sessão plenária no Parlamento guineense está marcada para o período de 03 de maio a 14 de junho.
Lusa//Conosaba

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...