O conselheiro do
Presidente da República admitiu no passado sabado em Bissau que o primeiro- ministro
guineense deve apresentar a sua demissão ao Presidente da República para
a sua recondução ao cargo com vista a sair mais reforçado na
governação.
António Adelino
Cabral, que participava neste sábado 27 de Junho, num debate na rádio
Bombolom FM, em Bissau, indica que de nada tem efeito a moção de louvor
aprovada pelo Comité central do PAIGC, assim como de nada também
justifica o pedido de moção de confiança a ANP ao favor do governo.
Porque tanto um como outro não têm efeito positivo, pois a principal
figura de confiança para o Primeiro Ministro é o presidente da
república.
O ministro
conselheiro relembra que o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira,
terá dito que o presidente da república o considera quase como persona
non grata.
E na politica,
quando se trata de falta de confiança, melhor recurso é pedir a
demissão, para melhor dissipar a dúvida perante o seu
superior hierárquico, porque o mesmo ainda lhe pode recusar o pedido ou
então lhe aceitar o pedido mas lhe voltar reconduzir ao mesmo cargo.
Quando o
Conselheiro falava de momento conturbado e da coabitação tensa entre os
órgãos da soberania, sublinhou de que a melhor prenda que o Presidente
da República pode dar aos guineenses nesta devida circunstancia é
permanecer-se em silêncio sobre a atual crise política institucional até
desembocar-se à fossa.
Para o António
Adelino Cabral, as correrias do Primeiro Ministro a procura de moções de
confiança é resposta de que desobedece aconselhamento ou que tenha
procedimentos incorrectos no seu percurso, porque quem não praticar algo
não estremece policial.
O conselheiro do
Presidente da Republica, foi ainda mais longe em afirmar que o
Presidente da República do Senegal Macky Sall e o representante do
Secretario Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o santomense Miguel
Trovoada não têm lições de moral para dar ao Domingos Simões Pereira
porque segundo António Cabral, esses também envolveram-se nas crises sem
precedentes nos seus países.
Com tudo, o
conselheiro tranquiliza aos guineenses e a comunidade internacional de
que nada indica que o Presidente da República vai derrubar o governo de
Domingos Simões Pereira. Muito embora essas declarações
do ministro conselheiro deixaram os cidadãos ainda mais preocupados com
a crise, mas por outro lado, os depoimentos serviram para esclarecer as
dúvidas que realmente pairam no ar, sobre a existência ou não de um relacionamento péssimo entre os titulares dos órgãos da soberania do país.