O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, pretende apresentar aos deputados uma proposta para erigir estátua do ex-Presidente Nino Vieira



O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, vai apresentar aos deputados uma proposta para que seja erigida na capital uma estátua do ex-Presidente Nino Vieira, anunciou o próprio à agência Lusa.

Segundo referiu, a obra conta com o apoio de Cuba, país de onde Cipriano Cassamá regressou na última semana, após uma visita de trabalho de sete dias.

Nino Vieira foi assassinado no dia 02 de marco de 2009, na sua residência particular, em Bissau, por homens armados, em circunstâncias nunca apuradas pela Justiça.

Foi Presidente da Guiné-Bissau durante cerca de duas décadas, em duas ocasiões diferentes, durante e após a era do partido único (PAIGC).

O monumento pretende ser uma homenagem da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense) a Nino Vieira que foi, também, o seu primeiro presidente, e nessa qualidade o autor do discurso da proclamação da independência unilateral da Guiné-Bissau, em 1973.

João Bernardo Vieira é igualmente "um dos líderes incontestáveis" da luta pela autodeterminação do povo guineense, reforçou Cipriano Cassamá.

A homenagem "aos símbolos do Estado guineense revela-se importante na construção do presente" do país e na "edificação do futuro", justificou o presidente da ANP.

"Queremos que o passado fale", para que se reconheça o "papel importante" de Nino Vieira na edificação da Nação, acrescentou.

"É uma homenagem que deve colher o consenso de todos os deputados da Nação pelo papel desempenhado por esta importante figura nacional que foi também um deputado", declarou Cipriano Cassamá.

A sessão parlamentar em que o assunto será submetido a discussão e votação ainda não tem data marcada.

//Lusa

Comunicado do conselho de ministros do governo da Guiné-Bissau, realizado no passado dia 30 de Abril de 2015



Opinião: PORQUE É IMPROVÁVEL A DESTITUIÇÃO DO GOVERNO, APESAR DA DELICADA COABITAÇÃO DO PRESIDENTE COM O PRIMEIRO-MINISTRO?


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Já havia indícios insofismáveis de que a relação do Presidente da República com o Primeiro Ministro da Guiné-Bissau não é das melhores. Portanto, a declaração do Presidente no último dia 1 de maio, externando sua preocupação com o que qualificou de elevado índice de corrupção na administração pública, independentemente de sua veracidade, pela forma que foi expressa corrobora e faz transparecer o estridente estado de mal-estar entre ele e o chefe do Governo.
Contudo, o momento que evidenciou com maior contundência a sua rivalidade foi o período que sucedeu à demissão do ex-ministro de Administração Interna, Botche Candé. Demitido em novembro de 2014, o sucessor de Candé, Octávio Alves, veio a ser dado posse só em 6 de março de corrente ano. O intervalo de praticamente quatro meses em que o Ministério de Administração Interna – instituição cuja função chave é aprovisionar a ordem e segurança dentro das fronteiras do país – ficou sob tutela de um ministro interino (o secretário de Estado da Ordem Pública foi provisoriamente elevado ao cargo de ministro) se deve à intransigente dissonância do Presidente da República e o chefe do executivo em torno de um nome consensual para assumir a referida pasta. Penso que a cedência de uma das partes decorreu da necessidade de transmitir aos doadores internacionais, naquele momento, a impressão de inexistência de rivalidades entre o executivo e a presidência da República e dentro das próprias estruturas do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) – haja vista que a mesa redonda se realizaria em Bruxelas, dia 25 do mesmo mês. Lembra-se também que Simões Pereira, durante um discurso alusivo ao dia 20 de janeiro (data comemorativa do assassinato de Amílcar Cabral) na sede do PAIGC, obsecrou à elite política do PAIGC – meio em que não há consenso em torno de sua figura – voto de confiança.
Bem, o semipresidencialismo é o sistema político da Guiné-Bissau e, portanto, a constituição do país reparte, teoricamente, o poder entre o Presidente da República (chefe de Estado) e o Primeiro Ministro (chefe do Governo/Executivo). Entretanto, conforme consta no ponto 2 do artigo 104da carta magna guineense, realmente o sistema político em questão responde por um semipresidencialismo presidencial. A despeito do Governo e o Presidente da República serem eleitos em fóruns eleitorais distintos, eleições legislativas e presidenciais, respectivamente, o Presidente é assistido constitucionalmente a destituir o Governo e o Primeiro Ministro em algumas situações. De acordo com o supracitado artigo, “o Presidente da República pode demitir o Governo em caso de grave crise política que ponha em causa o normal funcionamento das instituições da República, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos políticos com assento parlamentar”.
Tudo bem. Mas em quais condições pode-se dizer que há grave crise política que ponha em causa o funcionamento normal das instituições? As respostas a esta questão são múltiplas e permanecem no âmbito subjetivo. A questão é que o ponto 2 do artigo 1040 nutre hermenêuticas ambíguas, estando à mercê de interpretações e enviesamentos diversos, além de potenciais arbitrariedades políticas que nele repousam. Mas, paradoxalmente, é um dispositivo que oferece condições práticas ao Presidente a viabilizar politicamente o país em eventuais situações de ingovernabilidade e em estado de interrupção de relação interinstitucional. Entretanto, se tratando de um país cuja democracia é jovem, esse dispositivo constitucional deveria ser retrabalhado no sentido de ser protegido de interpretações ambíguas, haja vista que esse artigo assistiu, no passado, aos saudosos Presidentes Vieira e Yalá a derrubarem vários chefes do Governo e respectivos Governos.
Voltemos à questão central do presente artigo. O Presidente José Mário Vaz poderia lançar mão desse mesmo artigo para derrubar constitucionalmente Domingos Simões Pereira e seu Governo, uma vez que há rivalidades e mal-estar entre os dois? Seria muito difícil, ou seja, insustentável, pelo menos a curto prazo. Penso que não há condições reais e substanciais que justificam a deposição do Governo. No hodierno contexto sócio-político guineense, eventuais deliberações políticas substantivas – mormente as que tendem a provocar significativas mudanças estruturais de cunho institucional – tomadas à luz de dissimulações jurídicas e legais tendem a produzir resultados graves e contraproducentes a todos. Portanto, a ponderação política sustentada na real evolução conjuntural do país torna-se fundamental.
A Guiné-Bissau acaba de sair de um período de transição política (2012-2014) decorrente do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, no qual o país conheceu um dos períodos mais críticos de sua história pós-independência, tendo sido suspenso da maioria de organizações internacionais – inclusive da União Africana – e sofrido cortes de recursos oriundos de cooperação internacional para o desenvolvimento (discordo veementemente dessa política de condicionalidade, mas essa análise fica para outra ocasião). A suspensão de cooperação com o Governo da Guiné-Bissau – país dependente de recursos de cooperação internacional – era justificada pela boa parte de comunidade internacional, especialmente pelo Ocidente, como pressão para que o país possa trilhar caminhos de estabilidade política e institucional, desencorajando práticas de golpe de Estado.
Com a eleição de novos órgãos de soberania nacional, a qual permitiu que o país saísse do já referido árduo quadro sócio-político e econômico, criou-se interna e externamente boa expectativa em relação ao desempenho do atual governo, cujos resultados, até aqui, pode-se considerar razoáveis – não desconsiderando, contudo, o alerta do Presidente sobre notável grau de corrupção. Todavia, entre outras coisas, as relações do país com a comunidade internacional se restabeleceram, naturalmente, e o governo obteve, a título de promessa (uma boa parte será a título de empréstimo), recursos financeiros que giram em torno de US$ 1,5 mil milhões, no recente encontro com seus parceiros internacionais em Bruxelas. Ademais, o chefe do Governo, Simões Pereira – ex-secretário executivo da Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa (CPLP) – conta com amplo capital político-diplomático internacional, especialmente de Portugal – número considerável de viagens do Primeiro Ministro a Portugal revela o quanto a ex-metrópole tem ocupado (voltou a ocupar) um lugar de destaque na política externa do atual Governo.
No plano doméstico, o Governo de Pereira conseguiu cooptar a elite política do Partido de Renovação Social – a principal força de oposição. Ao concedê-la alguns cargos ministeriais, asfixia a sua legitimidade política de oposição crítica à sua governação. No que concerne à relação com as Forças Armadas, me parece que o executivo tem conseguido estabelecer relação de diálogo pertinente com a classe castrense, cujo objetivo é minorar espíritos de desconfianças entre os dois atores, os quais caracterizaram historicamente sua relação, sobretudo desde o conflito político-militar de 1998. É nesse sentido que as reformas no setor de segurança e defesa devem merecer muita transparência, sendo uma matéria muito sensível à segurança do Estado e do próprio Governo.
Todo esse cenário de otimismo, sobretudo em termos de efetivação de estabilidade e paz duradouras que se vive no país depois de fatídicos dois anos de transição política, fortalece a legitimação do Governo pela comunidade internacional e sociedade guineense. Neste último caso, o povo já demonstra estar fatigado de distúrbios políticos, e pela história e experiência própria – a despeito de considerável índice de analfabetismo – o cidadão comum guineense já adquiriu consciência de que a instabilidade político-institucional é potencial fator de estagnação e/ou retrocesso socioeconômico. Desta feita, o povo não seria transigente em estigmatizar atores de eventuais iniciativas (de destituição do Governo ou coisa de gênero) que ponham em causa a estabilidade que se busca no país. E os parceiros internacionais não só tenderiam a virar as costas ao país, como também tenderiam a suspender seus recursos de cooperação.
Sendo assim, o Presidente Mário Vaz, devido à sua consciência sobre a atual conjuntura política do país, não arriscará um ato que poderá pôr em risco sua imagem política. Por isso, apesar de ser verdade que as coisas mudam na política rapidamente, é improvável que ele ouse a destituir o governo. Acho que a delicada coabitação do chefe de Estado com o chefe do executivo tende a limitar-se a nível pessoal e pode até atravessar o domínio político (a exemplo do braço-de-ferro em torno de nomeação do ministro de Administração Interna), mas nada que pressuponha “extermínio político” de um ou outro, pelo menos a curto prazo, digo a curto prazo.



Por: Timóteo Saba M’bunde, Mestre em Ciência Política.

Casting de Caça a novos valores: EDITORA SOLIDSTUDIOS ELEGE ABU, DDT E VADUKA

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Uma editora portuguesa (Solidstudios) divulgou na passada terça-feira, 28 de Abril, três nomes de novos valores seleccionados da música guineense, num Casting que tinha dezassete concorrentes jovens músicos da Guiné-Bissau. Entre os seleccionados, figuram Varcelino Urgercio Dantas Carvalho Pussick (Vaduka), Abubacar Bailo Camará (Abu) e Djiru Duarte Tchuda (DDT).
O evento decorreu nas instalações do Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense, e, visou captar novos talentos musicais na Guiné-Bissau devido ao facto de não existir nenhum cantor guineense em Portugal destacado nos ritmos quizomba, estilo musical no qual a editora Solidstudios tem trabalho com muitos cantores africanos.
Entre os três seleccionados, apenas Abubacar Bailo Camará chegou a gravar um disco caseiro (produzido no país) intitulado “mais um chance”.
O Casting teve como um dos critérios interpretar uma ou duas músicas da sua autoria e uma enviada previamente pela Solidstudios, cantada em português.
A intenção, segundo o produtor musical português, Sérgio Sousa, era seleccionar três novos talentos da Guiné-Bissau que cantem ao ritmo de quizomba para serem lançados posteriormente no mercado internacional, assinalou o próprio ao Democrata.
Dados apurados pelo Democrata indicam que os três novos talentos seleccionados pela Solidstudios terão direito a um financiamento, nesta primeira fase, de cem mil euros (100 mil euros) cada, para assegurar concertos em mais de vinte e cinco países do mundo, promoção televisiva em grandes canais mundiais e actuação em palcos reconhecidos com cantores de renome internacional.
Para o director executivo da editora radicada em Portugal, era também para sua equipa uma honra poder levar para Portugal um cantor guineense.
“Não só em Portugal, mas também em toda Europa e no mundo, os músicos africanos, através dos ritmos de quizomba, têm tido uma grande projecção nos últimos dois anos”, notou Sérgio Sousa.

Grande Entrevista: “BARRAGEM HIDROELÉCTRICA DE KALETA ENTRA EM FUNCIONAMENTO EM AGOSTO DE 2015”

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O Secretário Executivo da Organização de Aproveitamento para a Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), o guineense Justino Vieira, revelou à Grande Entrevista do semanário “O Democrata” que a “barragem hidroeléctrica de Kaleta entrará em funcionamento em Agosto de 2015”. Segundo o Secretário Executivo da OMVG contou igualmente que a construção da barragem é financiada a cem por cento pela República vizinha da Guiné-Conakry, que decidiu endividar-se junto do Exibin Bank da China.
Este responsável disse, durante a entrevista, que a dívida atrasada da Guiné-Bissau junto aquela organização se estima em mais de dois biliões de Francos CFA. Informou ainda que a sua organização leva a cabo um outro projecto de construção da barragem de Sambagalou (Senegal) que terá uma capacidade de produção avaliada em 128 megawatts.
Justino Vieira assegurou que a construção das barragens hidroeléctricas no Senegal e na Guiné-Bissau não põe em risco o futuro da barragem de Kaleta, mas sim vai ajudar os países membros da organização a beneficiarem, ou melhor, a colmatar as suas necessidades em termos de consumo de energia. O responsável da OMVG contou que a sua organização vai apoiar as autoridades guineenses na construção da barragem de Saltinho.
“O Democrata” (OD): A construção da barragem eléctrica de Kaleta na Guinée-Conakry é um projecto que envolve quatro países, designadamente a própria Guinée-Conakry, a Guiné-Bissau, a Gâmbia e o Senegal. O financiamento da construção da barragem é assegurado por esses quatro países ou existe um potencial financiador?
Justino Vieira (JV): A barragem de Kaleta está situada no rio Konkouré na República da Guinée-Conakry. Quero explicar aqui que essa barragem foi financiada exclusivamente pela República da Guinée-Conakry. E como se sabe, o rio Konkouré é um rio inteiramente daquele país vizinho. O rio nasce e desagua na Guinée-Conakry, mas pela vontade da cooperação sub-regional, esse sítio do rio esteve sob alçada da Organização para a Valorização do Rio Gâmbia (OMVG). A nossa organização tomou o engajamento de fazer todos os estudos detalhados de caderno de encargos, estudos ambientais e entre outros a fim de permitir que a Guinée-Conakry pudesse lançar a construção da barragem de Kaleta em 2012.
OD: A Guinée – Conakry financiou integralmente a construção da barragem. Isto quer dizer que em termos de ganhos e lucros, receberá cem por cento dos lucros provenientes da receita de fornecimento de energia?
JV: Não vai receber os cem por cento de lucros proveniente de venda da energia. Como se registou um grande atraso na construção da barragem devido a falta de financiamento, e tendo em conta a necessidade enorme de energia elétrica que se faz sentir ao nível da sub-região, fez com que a Guinée-Conakry decidisse endividar-se sozinha junto da Exibin Bank da China de forma a poder construir a barragem.
Conakry conseguiu endividar-se em 85 por cento do orçamento total da construção da barragem junto do banco chinês, como também decidiu financiar os restantes 15 por cento do custo da construção da barragem. Isto significa dizer que foi a Guinée-Conakry que financiou a cem por cento a construção da barragem de Kaleta.
OD: Qual é a estimativa do custo total da construção da barragem de Kaleta?
JV: O custo total da construção de barragem se estima em 500 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 85 por cento são assegurados pelo banco chinês (Exibin Bank) e que deverá ser reembolsado com os lucros provenientes de venda da energia elétrica e o restante 15 por cento do orçamento é financiado pelas autoridades conakry-guineense.
OD: Há uma quota instaurada pela organização que cada país membro deve custear conforme o período acordado. Será que a Guiné-Bissau tem cumprido regularmente com  o pagamento das suas quotas?      
JV: Infelizmente o nosso país tem problemas sérios com o pagamento das quotas. Não estamos a cumprir com o pagamento das quotas regularmente em termos de contrapartidas do projeto e de funcionamento do mesmo, pelo que o atrasado da Guiné-Bissau em termos de pagamento das quotas se estima em um bilião e trezentos milhões de francos CFA.
O governo de transição, através de uma iniciativa do Presidente de Transição, Serifo Nhamadjo, desembolsou um valor de 200 milhões de Franco CFA para pagar a dívida do país. O actual governo liderado por Domingos Simões Pereira, pagou recentemente uma soma total de 427 milhões de Francos CFA. Isto tudo no sentido de liquidar a dívida da Guiné-Bissau, o que mostra o interesse do país em ultrapassar esse problema.
A OMVG tem muitos projectos, ou seja, várias actividades, pelo que o orçamento aprovado este ano obriga os países membros da organização à contribuírem com um montante de 356 milhões de francos CFA. Temos ainda outros projectos que serão desenvolvidos, pelo que os países membros serão obrigados a entrar com mais contribuições.
Para o ano 2015, a dívida da Guiné-Bissau vai ser estimado em mais de dois biliões de francos CFA (2.805.847.421 FCFA). Esse montante inclui todas as contribuições que o país deve avançar a semelhança de outros, em relação a diferentes projetos ou actividades levadas ao cabo pela organização.
OD: Qual é a medida aplicada pela organização aos países membros que não têm a quota em dia?
JV: A medida é sensibilizar os países pela pertinência dessas infrasestruturas implementadas pela organização e não só, como também a vantagem das suas contribuições que irão permitir a organização trabalhar afincadamente para o desenvolvimento do projecto. A organização tem ainda um outro projecto que é a construção da barragem de Sambagalou no Senegal e a criação de uma linha de Interconexão de energia, que terá a capacidade de trânsito de 800 mega watts.
OD: A barragem de Kaleta está na fase avançada de construção. Quando é que entrará em funcionamento para o fornecimento da energia eléctrica?
JV: A barragem de Kaleta deve entrar em funcionamento em Agosto de ano 2015. Mas vai fazer a evacuação apenas para a Guinée-Conakry, porque mesmo ao nível daquele país se regista o problema da rede interna de distribuição da energia. Todos os países membros da organização devem esforçar-se para regularizar a situação da linha interna de distribuição da corrente, mas particularmente a Guiné-Bissau que deve fazer o esforço no máximo para que a linha interna seja financiada e construída.
E quanto ao trânsito, ou seja, a linha de transporte é bom lembrar que o país conseguiu assinar em Março último um acordo com o Banco Mundial. O acordo que visa o financiamento de troço de 218 quilómetros que atravessa a fronteira da Guiné-Bissau até ao norte junto a fronteira com o Senegal.
O Banco Mundial decidiu financiar com um valor de 78 milhões de dólares norte-americanos para a construção da rede de interconexão, que permitirá a evacuação da energia produzida de Kaleta para a Guiné-Bissau no horizonte do fim de 2017 a 2018.
Além da linha de interconexão, o Banco Mundial também contempla o financiamento de duas subestações de transformação de corrente eléctrica de 225 a 230 kilowatts (kw). As duas subestações de transformação da energia permitirão que a distribuição da corrente seja feita na Guiné-Bissau com esse nível de tensão.
OD: Qual é a capacidade prevista de produção da barragem de Kaleta em megas?
JV: A capacidade de produção da barragem em termos da potência instalada é de 240 mega watts. O que interessa aqui é a energia que vai produzir. Essa energia é estimada em 946 gigawatts por hora. O primeiro grupo da barragem entrará em serviço a 31 de Maio do ano em curso e o último grupo vai começar a funcionar no mês de Agosto, com a capacidade de produzir 240 mega watts.
Desses 240 mega watts de energia, 70 por cento vai exclusivamente para o consumo da Guinée-Conakry. Os restantes 30 por cento são para os outros três países membros da organização, através de um formato de distribuição definido.
OD: Como será processada a distribuição da parte restante dos 30 porcento de energia hidroeléctrica da barragem de Kaleta ao nível dos três países restantes e membros da organização?
JV: As quotas de energia hidroeléctrica de Kaleta para cada um dos três países membros da organização é feita da seguinte forma: a Guinée-Conakry ficará com (168 megawatts – 662 gigawatts por hora); a Gâmbia receberá, (14,4 MW – 57 GWh); a Guiné-Bissau recebe (9,6 MW – 38 GWh) e o Senegal fica com o consumo de (61,4 MW – 194 GWh).
Também já fizemos a repartição da energia hidroeléctrica que será produzida pela barragem de Sambagalou (Senegal) que terá uma capacidade de produção avaliada em 128 megawatts. Senegal recebe (61,4 MW – 194 GWh); Gâmbia leva (23 MW – 72 GWh); Guinée-Conakry vai tomar (25,6 MW – 80 GWh) e a Guiné-Bissau fica com (18 MW – 56 GWh).
Quero aproveitar para informar que a energia hidroeléctrica das duas barragens permitirá a Guiné-Bissau satisfazer entre 36 a 37 por cento da sua demanda em electricidade a um preço muito competitivo, a partir do segundo semestre de 2017 e primeiro trimestre de 2018.
Aliás, como se sabe, está-se a trabalhar no projecto da linha de interconexão que terá a capacidade de trânsito de 800 mega watts. Portanto, essa linha permitirá importar ou exportar a corrente electrica que será produzida através da barragem de Kaleta e da barragem de Sambagalou no Senegal, no quadro da Organização de Aproveitamento para a Valorização do Rio Gâmbia (OMVG).
Então, se a Guiné-Bissau, a Gâmbia ou o Senegal implementarem uma barragem térmica nos respectivos territórios, a energia produzia naquela barragens poderá ser evacuada através dessa linha de interconexão.
Para além de ligação da linha feita para os quatro países membros da organização está-se a pensar ainda numa linha de conexão que fará a ligação com a sub-região, a fim de permitir que os países interessados beneficiem da energia.
OD: As autoridades da Guiné-Bissau estimaram um montante de mais de 100 milhões de dólares norte-americanos para  a construção da rede de distribuição da energia. O custo da construção da rede interna de distribuição da energia será assumido integralmente por cada país ou haverá uma contribuição da organização no sentido de apoiar os países membros?  
JV: Na verdade este é o custo estimado pelas autoridades da Guiné-Bissau para a construção da linha interna. No que diz respeito a OMVG é que nós temos a responsabilidade de construir 1.677 km (mil e seiscentos e setenta e sete quilómetros) de linha internacional que ligará os quatro países da organização que terá uma capacidade de trânsito de 800 mega watts.
Eu sei dos esforços que foram feitos pelas autoridades da Guiné-Bissau para a construção da rede interna de distribuição da energia. Tivemos reuniões com diferentes ministérios, portanto registamos os esforços que estão a ser empreendidos neste sentido. Então, respondendo a sua questão devo informar que o custo da linha interna é assumido integralmente por cada país membro.
Nós podemos fazer o lóbi junto dos doadores internacionais no sentido de apoiarem os projectos apresentados pelos países membros. Quero informar da disponibilidade do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da União Europeia (UE) em apoiar a Guiné-Bissau na construção da rede interna de transporte e de distribuição de energia eléctrica.
OD: Quem vai gerir a barragem de Kaleta é a OMVG ou será criada uma empresa para o efeito?
JV: Em termos de gestão da linha de interconexão é uma empresa privada que será encarregada deste trabalho.
OD: Já se fez o concurso para a escolha da empresa?
JV: Sim. Já fizemos o concurso para a escolha da empresa gestora. Mas, primeiro há que fazer uma avaliação prévia. E neste momento estamos na fase de avaliação das empresas que vão construir a linha antes do gestor da linha propriamente dito.  Quanto à avaliação da linha vão  participar todas as empresas do mundo.
Neste momento temos por volta de trinta a quarenta consórcios de empresas interessadas em participar na construção dessa linha. Talvez daqui a meses de Maio e Junho próximos podemos estar em condições de começar a requalificação das empresas concorrentes antes do concurso propriamente dito, para permitir que os trabalhos se inicie em Novembro ou o mais tardar até Dezembro 2015 com a duração de dezoito meses.
Portanto, se fizermos os cálculos, podemos concluir que a entrada em serviço dessa linha de interconexão terá lugar em finais de 2017 e princípio de 2018.
OD: O concurso inclui também a participação dos países membros da organização?
JV: Não. Em detalhes talvez as empresas privadas dos países membros. Mas que eu saiba vários países incluindo os da sub-região estão interessados em participar com subempreiteiros ou mesmo com empresas de construção no projecto. O importante é que o concurso está aberto a todas as empresas que se sintam capacitadas para construções desta natureza.
OD: A energia produzida a partir da barragem Kaleta é apenas para os estados membros ou abre-se possibilidades a outros países?
JV: Primeiro, todos os países são deficitários. A prioridade vai com certeza para o consumo interno entre países membros da OMVG e depois para exportação. O potencial hidro-eléctrico da Guiné-Conacri dá para exportar. Contudo, reconhecemos que as duas barragens (Kaleta e Sambagalou 368 mega watts) não são suficientes para os países membros, mas graças a Deus há outros sítios potenciais. Entre estes pequenos sítios  potenciais, podemos referir Saltinho na Guiné-Bissau e outros. Maiores sítios são: Suapitia Maria e Grankinkom na Guiné-Conacri, que podem, uma vez realizados os projetos, permitir aos países membros da OMVG, sobretudo a Guiné-Conacri, exportar energia e com a possibilidade de outros Estados como a Guiné-Bissau importar a energia de onde ela vier e se for mais barata.
OD: Já se fez uma avaliação sobre o impacto ambiental e social (dois elementos chaves) para a construção da linha de transporte da energia – O que é que o estudo recomenda por exemplo, neste sentido?
JV: O estudo ambiental por exemplo, foi um trabalho detalhado, bem feito e aprovado pelos países membros e pelas organizações da conservação da natureza inclusive UICN, WWF, WETLANDS, bem como outras organizações de proteção ambiental. A recomendação que sai depende de cada e dos impactos ambientais em cada país. O que significa dizer que houve recomendações precisas para cada país. No caso concreto da Guiné-Bissau, temos quatro postos de transformação: Saltinho, Bambadinca, Mansoa e Bissau mas, sobretudo o posto de Bissau. Já há uma indeminização a pagar ao proprietário deste poste de transformação de Antula. Uma das primeiras exigências é indemnizar essas pessoas antes do início dos trabalhos. Já temos um calendário de execução e o governo da Guiné-Bissau deve compensar essas pessoas o mais tardar até Junho a Julho deste ano para que os trabalhos possam começar em Novembro ou Dezembro de 2015.
OD: Neste momento se perspectiva a construção de mais barragens no Senegal e não só, como também na Guiné-Bissau, em Saltinho. Isso não põe em causa o futuro da barragem de Kaleta ou será que temem que depois a barragem de Kaleta não venha a ter a capacidade de corresponder as suas necessidades?
JV: Não, a barragem de Kaleta é apenas uma gota de água de 240 mega Watt, que durante a época seca não produz para além de 60 megas. Devem ser construídas outras barragens hidroeléctricas e térmicas. Neste momento alguns países da sub-região como Senegal e Guiné-Conacri, mas também a Guiné-Bissau, têm um plano conjunto para construir barragens e centrais térmicas. Uma vez construídas essas barragens, teremos uma linha que será linha facilitadora para o transporte de energia e colocá-la onde a população quiser. Portanto será uma vantagem, visto que, a nossa linha tem a capacidade para transportar 800 mega Watts.
OD: A construção da barragem  de Saltinho contará com apoio de alguém?
JV: Sim. Estamos avançados nesse processo. O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) foi informado e está a tomar as diligências necessárias para o financiamento do estudo. O estudo de que estou a falar foi feito nos anos 80 e deve ser atualizado, sobretudo a sua parte ambiental deve ser feita de novo de A a Z. Para que Saltinho seja rentável está prevista a construção de uma barragem a montante (nascente), na Guiné-Conacri, para regular o caudal do mesmo rio que na Guiné-Bissau chamamos de Rio Corubal e na Guiné-Conacri Coliba, que pode aumentar a capacidade de Saltinho em 25 por cento em termos da energia e também em termos de rentabilidade económica.
OD: Em termos de conclusão tem informação que pode avançadar em relação a essa matéria?
JV: Tenho várias informações. Por exemplo, não falamos da parte agrícola do vale de Geba. Toda uma visão de como podemos aproveitar a água de Geba.
OD: Então, a OMVG tem em mão um projecto sobre o aproveitamento do Vale do Rio Geba?
JV: Já temos projetos inclusive um caderno de encargos para o projecto da construção da barragem de Campossa em Bafatá (leste do país), a fim de aproveitar a água do Vale do rio Geba. Essa barragem multifuncional que se prespectiva construir em Campossa, terá a capacidade de acumular quatro milhões de metros cúbicos de água. Sendo uma barragem multifuncional torna-se salutar aproveitar essa água para a questão ambiental.
Como é de conhecimento de todos, o Rio Geba vem sendo ameaçado pela intrusão salina e a primeira preocupação é estancar esse avanço da água salgada. Fizemos todos os modelos táticos e a conclusão aponta que não vamos utilizar 94 milhões de metros cúbicos de água para irrigação e teremos que deixar pelo menos 30 a 40 milhões de metros cúbicos para estancar o avanço da água salgada e a outra parte vai beneficiar o país na recarga do lençol friático. Como se sabe a região leste é uma zona de concentração de animais. Temos que pensar na água de consumo humano e do gado. Temos igualmente de pensar no lençol friático bem como criar um microclima que possa ajudar nas diferentes intervenções que vão ser feitas na construção de barragens no país.
Para além de aproveitamento do vale de Geba, temos outros dezoito sítios sobre o afluente do Rio Geba, que vão ser feitos num período de 15 anos para a produção agrícola, abeberamento do gado, lençol friático de estanque de água salgada e outras produções agrícolas. Portanto é o país que assume o custo de tudo isso.
Por: Assana Sambú / Filomeno Sambú

GRUPO HERDERUS DI GUMBE


Disparos de tiros no Bairro Internacional: POLÍCIA DETEVE QUATRO JOVENS SUSPEITOS

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A Polícia de Ordem Pública (POP) deteve no início da tarde deste domingo, 3 de Maio, um grupo de quatro jovens com idade aparentemente compreendida entre 17 a 20 anos, por estarem alegadamente envolvidos no jogo de dinheiro e consumo de canábis (iamba). Os jovens foram todos detidos numa casa abandonada denominada de “Torto”no Bairro Internacional, em Bissau.
A operação envolveu cerca de uma dezena de agentes da POP que chegaram ao local a bordo de uma viatura duplo cabine azul claro e sem chapa de matrícula.
O repórter d’O Democrata apurou no local a detenção pela polícia de três indivíduos, todos jovens. Um dos elementos da banda, de nome Pansau, tentou no meio da confusão com os agentes de segurança, escapar a detenção. Cercado por homens em uniforme, Pansau percorreu o telhado da casa abandonada durante alguns minutos e acabou por ser capturado depois de a polícia ter disparado três vezes em jeito de intimidação.
Uma testemunha ocular contou a’O Democrata que agentes da ordem pública têm vindo a efectuar operações de patrulhamento naquela zona à procura do mesmo grupo de jovens. Segunda a mesma fonte, os jovens que se encontravam a jogar o dinheiro no famoso “Torto”, foram hoje surpreendidos pela polícia.
A nossa interlocutora informou que entre os quatro detidos pela polícia, figura o “conhecido” Pansau, morador do Bairro Internacional.
A casa denominada de “Torto” foi atingida por uma bomba durante o conflito militar de 07 de Junho, em 1998, e desde então tornou-se numa base para jovens delinquentes. De acordo com as testemunhas, a mesma  casa serve igualmente para o jogo de dinheiro e venda de canábis.
O DemocrataGB

MAIS DE 20 TONELADAS DE CAJU APREENDIDAS NO CONTRABANDO


Image result for Guiné-Bissau cajuO ministro do Comercio da Guiné-Bissau, Serifo Embaló, disse  à Lusa terem sido já apreendidas nas fronteiras do país com o Senegal mais de 20 toneladas da castanha do caju em contrabando.
No ano passado, disse o governante, passaram em contrabando mais de 70 mil toneladas da castanha guineense para o Senegal, situação que o Governo de Bissau quer prevenir, adotando medidas repressivas na campanha de colheita e comercialização deste ano, que arrancou a 18 de Abril.
Quem for apanhado a tentar vender castanha de caju da Guiné-Bissau para o Senegal, em circuito ilegal, terá o produto confiscado, bem como o transporte, e ainda pagará uma multa ao Estado, esclareceu o ministro do Comércio guineense.
Serifo Embaló disse ainda que o denunciante de uma tentativa de venda da castanha ao Senegal terá direito a 40 por cento do valor da venda dos produtos apreendidos, igual valor vai para os agentes estatais que tenham participado na apreensão e os restantes 20 por cento para um fundo de fiscalização.
Como forma de estancar o contrabando da castanha de caju, o Governo decidiu este ano centralizar toda a exportação no porto comercial de Bissau.
"São medidas tomadas pelo Governo para sustentar a economia nacional. O nosso país é frágil em termos de receitas", declarou o ministro do Comércio guineense.
Em condições normais, a Guiné-Bissau exporta (sobretudo para o mercado indiano) entre 150 mil e 170 mil toneladas da castanha do caju por ano, mas com o contrabando do produto em 2014 foram vendidas apenas 136 mil toneladas, salientou Serifo Embaló.
A meta do Governo para este ano é exportar 200 mil toneladas, disse.
Lusa, 20 de Abril de 2015

MINISTÉRIO DA SAÚDE DESMENTE SUSPEITAS DE ÉBOLA NA GUINÉ-BISSAU


Ministério da Saúde desmente suspeitas de Ébola na Guiné-BissauO diretor-geral de Saúde da Guiné-Bissau, Nicolau Almeida, desmentiu a existência de casos suspeitos de Ébola no país, concretamente na região de Tombali, que faz fronteira com a Guiné-Conacri.

"Dadas as informações que estão a ser veiculadas sobre a existência de casos da doença pelo vírus Ébola na Guiné-Bissau (...), o Ministério da Saúde Pública informa que, até à data, não existe nenhum caso confirmado ou suspeito da doença no país", declarou Nicolau Almeida em conferência de imprensa, em Bissau.
O responsável reconheceu ser "fundamental manter os níveis de prevenção" e pediu o reforço dos "níveis de prevenção e de higiene".
Na última semana, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Guiné-Bissau, Ayigan Koffi, afirmou ter a sensação de que existe "um certo relaxamento" em termos de medidas de prevenção do vírus Ébola no país, referindo que em certos locais públicos já não há baldes de água para a lavagem das mãos e se existirem esses dispositivos a população nem sequer se dá ao trabalho de os utilizar.
Afirmou ainda que em certos casos há baldes com água, mas já não existe lixivia nem sabão para a lavagem das mãos.
O diretor-geral de promoção da Saúde guineense não comentou as afirmações do representante da OMS.
Lusa, 30 de Abril de 2015

FMI ACONSELHA GUINEENSES A MANTEREM O MOMENTO DE PAZ E ESTABILIDADE


Image result for fmiO Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou os guineenses no sentido de manterem o actual momento de paz e estabilidade política de que o país goza há praticamente um ano, após as eleições Gerais que tiveram lugar na Guiné-Bissau, em 2014.
Falando à PNN em conferência imprensa esta quarta-feira, 29 de Abril, em Bissau, à margem da apresentação do retrato sobre a instabilidade na Guiné-Bissau, o chefe da missão do FMI que se encontra no país, Felix Fischer, justificou o conselho com o facto de a Guiné-Bissau apresentar, no passado, mais ciclos de instabilidade em relação aos restantes países lusófonos.
«Temos feito uma comparação com os outros países lusófonos, e vimos que este país infelizmente teve uma incidência muito mais alta de instabilidade e de golpes repetidos, pois a instabilidade tem um impacto directo sobre a capacidade da Guiné-Bissau em crescer e motivar o sector privado, de investir e de avançar com a educação e formação», revelou.
«A conclusão é a importância de manter a paz e a estabilidade política e resolver todos os problemas e diferenças, através de meios pacíficos e debates de lições de uma democracia viva», referiu Fischer.
O economista do FMI falou ainda sobre a situação económica do país, dizendo que «estamos a fazer uma avaliação que ainda não acabou e não posso dar as conclusões, mas pelo que estou a ver, as receitas internas ultrapassaram as nossas expectativas, o que é um factor muito importante porque está a criar as condições ao Governo para fazer os gastos públicos que são urgentes, principalmente nas áreas sociais», enalteceu.

Esta missão do FMI, que permanece na Guiné-Bissau até 5 de Maio, está para uma consulta ao abrigo do acordo IV e possível negociação de facilidade de crédito alargado. A missão vai ainda manter contactos com as autoridades nacionais e instituições bancárias.
PNN, 29 de Abril de 2015

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...