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DSP REAFIRMA DISPONIBILIDADE PARA A RECONCILIAÇÃO INTERNA DO PAIGC
O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, reafirmou ontem a sua disponibilidade para a reconciliação interna, durante a celebração dos 60 anos daquela força política.
"Expressamos aqui, também evocando a Amílcar Cabral e os seus ensinamentos, a nossa disponibilidade para o diálogo inclusivo, a reconciliação e a coesão interna do partido", referiu.
Domingos Simões Pereira falava durante o ato central de comemoração do aniversário na sede do PAIGC em Bissau.
O discurso foi feito depois de o partido ver 15 dos seus deputados virarem costas e juntarem-se à oposição (PRS), conduzindo à formação de um novo Governo apoiado pelo Presidente da República.
No entanto, o novo executivo não conseguiu reunir o parlamento para aprovar o seu programa.
A crise já dura há um ano e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu intervir: este mês conseguiu que todos os intervenientes subscrevessem uma solução, em que se inclui a constituição de um novo governo.
"Não há nenhum mal que não possa ser corrigido, nenhum pecado que não possa ser perdoado, nem nenhum homem incapaz de se recuperar", referiu Simões Pereira no discurso de hoje.
"Estamos dispostos a todos os sacrifícios e concessões para resgatar o direito e a responsabilidade de construir a nação prometida pelos combatentes da liberdade da pátria", acrescentou.
O presidente do PAIGC acredita que "é chegado o momento de experimentarmos algo de novo, diferente".
Ainda assim, defende que o PAIGC deve ser reconhecido "como a formação política escolhida pelo povo para governar nesta legislatura".
"O PAIGC já provou que nenhuma corrupção ao sistema, nenhuma ameaça aos seus militantes ou à população em geral e nenhum tentativa de instauração da tirania o amedronta", concluiu.
JOSÉ MÁRIO VAZ ENCONTROU COM BAN KI-MONN
O secretário-geral das Nações Unidos reuniu-se com o Presidente da Guiné-Bissau e "elogiou os progressos alcançados pelos líderes políticos" do país.
Em nota divulgada depois do encontro Ban Ki-monn revelou a sua satisfação pelo acordo assinado por todos os intervenientes na vida política guineense.
Um dos pontos em realce foi o que prevê o entendimento para a nomeação de um novo Governo, inclusivo que leve o país até ao fim da actual legislatura, em 2018.
José Mário Vaz e Ban Ki-moon, conclui a nota, "também discutiram o impacto socioeconómico da crise sobre a população da Guiné-Bissau e a importância de criar condições para a retoma completa do apoio financeiro internacional à Guiné-Bissau"
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