GUINÉ-BISSAU E MOÇAMBIQUE QUEREM "RELANÇAR COOPERAÇÃO" BILATERAL



Foto/arquivo -  tirada em Dar es Salaam, 1965. Da esquerda, o Dr. Pascoal Mocumbi, Dr. Mondlane, a Sra. Cora Wiess, uma legendária activista de esquerda norte-americana, e o não menos carismático Amílcar Cabral. Não sei quem é o senhor à frente. (Foto da colecção particular da Sra. Weiss)

Os primeiros-ministros da Guiné-Bissau e de Moçambique disseram ontem que querem "dinamizar as relações" e "relançar a cooperação" bilateral, após um encontro em Macau.

Baciro Djá e Carlos Agostinho do Rosário reuniram-se em Macau à margem da V conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau.

"Moçambique e a Guiné-Bissau são dois países irmãos que fizeram uma luta comum e é nesta perspetiva que entendemos que era necessário de facto dinamizar as nossas relações. Estamos longe em termos de distância geográfica, mas perto do coração. Portanto, temos que dinamizar esta perspetiva no âmbito da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e no âmbito dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]", disse o primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, no final do encontro.

Conosaba com 24.sapo.pt/MO

TENTATIVA DE ENTENDIMENTO ENTRE POLÍTICOS GUINEENSES TRANSFERIDO PARA CONACRI




Os políticos da Guiné-Bissau compostos por 23 elementos sem contar com os assessores já estão concentrados de forma desagradável na vizinha republica da Guiné-Conacri onde entoaram com muita dicepção na humilhação e vergonha para a classe, o facto de terem que ir para Conacri negociar soluções internas, com um agravante de não irem com nenhuma coisa palpável que de la poderá surtir uma solução consensual.
O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, disse acreditar na solução consensual, pois vão a Conacri formalizar a demissão do Governo de Baciro Djá e consequente formação do novo Executivo Inclusivo e de Consenso. E garante que "Os 15"  deverão voltar ao partido imediatamente.

Florentino Mendes Pereira, Secretário-geral do partido da Renovação Social, disse que entregou a sua proposta para a saída da crise ao Presidente da República.  Num tom revoltado falou na vergonha de terem que ir Conacri, sem nenhuma agenda em mãos  como se estivéssem a ser obrigados a aceitar um acordo que ja assinaram. 
Agnelo Regala, líder da União para Mudança, partido com assento parlamentar, entende que seria uma proposta inconstitucional e que trará mais problemas ao país.

O grupo dos quinze deputados recusou-se a prestar declarações aos jornalistas no aeroporto.
Tal como escrevemos, a organização das Nações Unidas que está a monitorizar todo o processo, enviou hoje um avião para levar "todo mundo" à Guiné-Conacri para a mesa redonda desta terça-feira.
Quanto à possibilidade de vir a ser indigitado um independente para liderar o futuro governo, o PRS diz que não se opõe desde que seja uma figura de consenso, e na perspectiva de se acabar definitivamente com a crise.
Por seu lado, Augusto Mário da Silva, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, em nome das organizações da sociedade civil, afirma que é urgente que haja um entendimento em Conacri para minimizar o sofrimento do povo.
Antes de partirem, vários políticos recusaram assinar o termo em que se diz abdicar do seguro de viagem das Nações Unidas, ou seja em caso de um eventual acidente a ONU não responsabilizará pelas consequências.

UE MANTÉM PROJETO DE REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNO-INFANTIL NA GUINÉ-BISSAU




A União Europeia anunciou ontem que vai dar continuidade a um projeto de redução da mortalidade materno-infantil, iniciado na Guiné-Bissau em 2013 pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) e outros parceiros.

"A saúde é uma das prioridades" no âmbito dos apoios da UE à Guiné-Bissau, nomeadamente através do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), referiu Victor Madeira dos Santos, representante da UE em Bissau.

A UE pretende "assinar o mais depressa possível" o contrato do novo FED com a Guiné-Bissau, para que os fundos "possam já ser usados em 2017".

"Independentemente dos problemas de instabilidade que nos levam a ter tido até agora alguma dificuldade em assinar o programa indicativo nacional", há que "desligar as questões políticas das questões do apoio direto e imediato às necessidades das populações - e o setor da saúde é talvez o mais carenciado", acrescentou.

Uma ideia em que foi acompanhado pelo embaixador português em Bissau, António Leão Rocha, que apontou a área como "uma das mais importantes da cooperação bilateral".

Ambos os responsáveis falavam hoje no Centro Cultural Português, em Bissau, numa cerimónia de entrega de diplomas de formação em prática de cesariana e de anestesia, no âmbito do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-Infantil (PIMI).

A instrução para 20 formandos revelou-se essencial num país onde reside "apenas um médico anestesista", para uma população de milhão e meio de pessoas, sublinhou Maria Sanhá, secretária de Estado da Administração Hospitalar, também presente na cerimónia.

Esta foi uma das últimas atividades do PIMI, mas a continuidade está garantida em 2017, com alargamento "a todo o país, incluindo as ilhas", realçou Alice Vilas Boas, coordenadora clínica - reconhecendo à Lusa que a nova fase vai ser "um grande desafio".

Desde 2013, o programa representou um investimento de 10 milhões de euros, financiado a 80% pela UE e sendo o restante assegurado pelas organizações executantes: IMVF, UNICEF e Ajuda Médica Internacional (EMI, sigla francesa).

As atividades desenvolvidas pelo IMVF beneficiam também do apoio da Cooperação Portuguesa.

Além da formação, houve mais de 800 mil consultas de pediatria, 295 mil consultas pré-natais, distribuição gratuita de medicamentos para crianças com menos de cinco anos, grávidas e puérperas, entrega de equipamentos a 43 unidades sanitárias e construção de algumas infraestruturas hospitalares em cinco regiões.

Segundo Alice Vilas Boas, os dados que estão a ser recolhidos apontam "já, claramente", para uma redução da mortalidade infantil nas zonas de intervenção e para uma melhoria dos serviços prestados a grávidas e a quem deu à luz recentemente.

Lusa/Conosaba/MO

CHINA ANUNCIA PERDÃO DE DÍVIDA À GUINÉ-BISSAU



Image result for Li KeqiangA China vai conceder um perdão da dívida à Guiné-Bissau na ordem dos 30 milhões de dólares, revelou ontem o primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, após um breve encontro com o homólogo chinês, Li Keqiang, em Macau.

"O primeiro-ministro [chinês] anunciou o perdão da dívida que a Guiné-Bissau contraiu com a China", na ordem dos 30 milhões de dólares, e um donativo de mais de 15 a 20 milhões para a Guiné-Bissau", revelou Baciro Djá, aos jornalistas, manifestando-se "satisfeito" após o encontro, que descreveu como "caloroso e fraterno".
"A China sempre foi um país irmão e amigo da Guiné-Bissau", começou por realçar o primeiro-ministro guineense, para salientar que tal anúncio surge nessa base.
Já no âmbito do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa -- conhecido como Fórum Macau --, Baciro Djá destacou que "há vários projetos a ser assinados".
"É nesta perspetiva que nós entendemos que a nossa visita foi coroada de êxito e [que] é uma oportunidade de facto poder estar com o primeiro-ministro da China, uma potência mundial", sublinhou.
Além disso, existe a perspetiva também de a Guiné-Bissau poder oferecer à China, através do Fórum Macau, um mercado ao qual pertence: o da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] que "tem mais de 300 milhões de habitantes".
"É uma oportunidade para a China também" de poder entrar no mercado CEDEAO e "a Guiné-Bissau pode ser uma ponte importante", argumentou o primeiro-ministro guineense, sublinhando que, ao mesmo tempo, "o fator língua é importante no investimento".
"Estamos satisfeitos e esta é a cooperação que carateriza a Guiné-Bissau e a China, e eu penso que é uma cooperação na base da solidariedade, de não-ingerência nos assuntos internos do outro país, respeitando a autodeterminação e independência dos povos", realçou.
Baciro Djá chefia uma delegação composta por 18 membros ao Fórum Macau, cuja V Conferência Ministerial, a de mais alto nível de sempre, decorre na terça e quarta-feira.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003.
No mesmo ano, criou o designado Fórum Macau, que tem um Secretariado Permanente e reúne ao nível ministerial de três em três anos.
A conferência ministerial do chamado Fórum Macau vai ter por base a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", estando o foco apontado ao desenvolvimento, "de modo a promover as relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa".
"Uma Faixa, uma Rota" é a versão simplificada de "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI", o projeto de investimento impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e financeiro da Ásia.
No final da conferência ministerial vai ser assinado, como tem sido prática, o plano de ação para a cooperação económica e comercial para o próximo biénio (2017-2019).

Cacheu, terra de cultura



“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...