Ministra de justiça da Guiné-Bissau, Carmelita pires, disse hoje que tem “Um sonho de mudança”



  • Sua Excelência Senhor Presidente da República;
  • Sua Excelência Senhor Primeiro Ministro;
  • Venerando Presidente do Supremo Tribunal da Justiça;
  • Venerando Presidente do Tribunal de Contas;
  • Venerando Presidente do Tribunal Superior Militar;
  • Digníssimo Procurador-Geral da República;
  • Ilustre Bastonário da Ordem dos Advogados;
  • Senhores Ministros, Excelências;
  • Senhores Chefes das Bancadas Parlamentares, Excelências;
  • Venerandos Juízes Conselheiros;
  • Digníssimos Procuradores-Gerais Adjuntos;
  • Venerandos Juízes Desembargadores;
  • Suas Excelências Senhores Deputados da Assembleia da República;
  • Senhor Presidente da Câmara Municipal de Bissau;
  • Senhores Membros dos Conselhos Superiores da Magistratura Judicial e da Magistratura do Ministério Público;
  • Senhora Presidente da Comissão de Direitos Humanos;
  • Senhores Membros do Corpo Diplomático e de Organismos Internacionais acreditados na Guiné-Bissau;
  • Caros parceiros de cooperação;
  • Senhores Magistrados e ilustres Advogados;
  • Senhores Funcionários do Ministério da Justiça;
  • Distintos convidados;
  • Minhas Senhoras e Meus Senhores;
  •  

Excelências;

Nesta Abertura Solene do Ano Judicial 2015, decorrido meio ano de governação, não vou queixar-me da imensidão de trabalho com que deparei. No nosso país, quase tudo continua por fazer. Quando aceitei tomar a peito este grande desafio, tinha plena consciência das dificuldades que me esperavam e de que seria necessário enterrar as «mãos na lama».

O Governo executa, de momento, um Plano de Urgência e elaboramos um Programa de Reforma a apresentar à Mesa Redonda de Doadores - a realizar brevemente - com os primeiros passos de uma inadiável Reforma do sector, na expectativa de conseguir arranjar financiamento para o cumprimento desse ambicioso Programa, sem prejuízo de uma abordagem estratégica estabelecendo prioridades, para uma utilização racional dos magros recursos de que podemos dispor.

A pretexto da abertura deste ano judicial, permitam-me que, no cumprimento das minhas incumbências institucionais, partilhe publicamente um DIAGNÓSTICO SUCINTO do setor da Justiça, arrolando os múltiplos constrangimentos com que este se depara.

As principais críticas reportam-se:

À morosidade do sistema judicial, com atrasos processuais crónicos, redundando numa perceção pública de inconclusividade, agravada pela ideia de um produto errático, caro e vulnerável à corrupção;

À absoluta necessidade de atualização dos registos de identidade individual e coletiva, de instituir uma cobertura geográfica e cadastral sobre todo o território nacional;

Ao facto de a legislação se encontrar, na maioria dos casos, obsoleta e carente de adaptação aos vários acordos internacionais assinados;

Ou ainda a um deficit de procuração pública em relação a crimes não esclarecidos, cometidos desde a Independência, casos cuja improcedência tem contribuído para a generalização de um sentimento de impunidade.

Excelências,

Reconhecendo pragmaticamente a incapacidade da Justiça para recuperar os atrasos que foi acumulando na sua atuação, chamamos a atenção para a novidade que representa a proposta de criação de uma AUTORIDADE DA MEMÓRIA E JUSTIÇA. Com este gesto de reconciliação com o passado, pretende-se assumir o DIREITO DAS VÍTIMAS A UMA REPARAÇÃO, bem como o direito da posteridade a conhecer a VERDADE HISTÓRICA, fomentando o espírito de ARREPENDIMENTO DOS CULPADOS.

Ora, plagiando um poema guineense recente, a culpa será sempre culpa. Devemos guardar as nossas forças para encarar os desafios que o futuro nos reserva. Simplesmente, não queremos voltar a cair nos mesmos erros e por isso a condição que colocamos aos autores confessos de crimes de cariz político-militar enquadrados nessa figura, é a da NÃO REINCIDÊNCIA. Queremos inaugurar uma NOVA ERA DE JUSTIÇA COM J GRANDE. E para isso, muito trabalho nos espera. E estamos perante um DILEMA GERACIONAL: se as atuais lideranças políticas não conseguirem institucionalizar o Estado, recuperando a confiança das populações, sobretudo agora que para isso possuem MANDATO POPULAR INEQUÍVOCO, perderemos definitivamente o comboio do desenvolvimento, esgotando-nos em querelas internas inúteis.

Ambicionamos criar as condições para UMA NOVA PARTIDA. Para que ninguém se sinta tentado a tomar essa benevolência e magnanimidade - de que agora usamos, por compreendermos o anterior período de fragilidade judicial e a forte reatividade envolvida - como um sinal de fraqueza. Que não é. Antes pelo contrário. Tem por contrapartida fortes exigências e conotações, no sentido da IMPLACABILIDADE FUTURA.

Sua Excelência Senhor Presidente do Supremo Tribunal da Justiça,

O Ministério da Justiça está empenhado não só em aumentar drasticamente a celeridade processual, aumentando o nível de exigência, como em recuperar os atrasos que se verificam no panorama judicial. NÃO PODEMOS CONDESCENDER, QUANDO É A CREDIBILIDADE DA JUSTIÇA QUE ESTÁ EM CAUSA.

O Governo está a fazer um grande esforço para REGULAMENTAR E CODIFICAR, por vezes coisas tão básicas como o Código da Estrada, que há muito se revelava desadequado. Esperamos enquadrar muita legislação avulsa, incompleta e desatualizada. Nessa consolidação, que se impunha, esperamos incluir não apenas as obrigações de transposição para a lei nacional, decorrentes de acordos internacionais ou sub-regionais já assinados, como considerar igualmente as RECOMENDAÇÕES DE BOAS PRÁTICAS, sempre levando em consideração a sua exequibilidade nas NOSSAS CONDIÇÕES SOCIOLÓGICAS E IDENTITÁRIAS ESPECÍFICAS. Perante esse NOVO QUADRO LEGAL, a Justiça terá então plena legitimidade para exigir o seu integral cumprimento, decretando tolerância zero para com os infratores.

Sua Excelência Senhor Procurador-Geral da República,

Defendemos igualmente um papel mais pró-ativo da Procuradoria-Geral da República, coadjuvado pela nova figura que consiste no Promotor, para que crimes públicos, ou até simples suspeitas sobre crimes supostamente cometidos por titulares de cargos políticos quando publicamente denunciadas, sejam exaustivamente indiciadas, investigadas e processadas, até ao seu cabal esclarecimento, para que A IMPARCIALIDADE E OPERACIONALIDADE DA JUSTIÇA SE MANTENHAM ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA. Pela mesma ordem de ideias, torna-se necessário tipificar crimes fazendo uso de recursos informáticos, como por exemplo de DIFAMAÇÃO ATRAVÉS DE BLOGUES OU REDES SOCIAIS, no caso de se revelarem infundadas tais acusações, contribuindo assim para moralizar alguns excessos que se têm vindo a verificar.

Excelências,

Distintas Personalidades,

A Constituição da República reconhece a independência do poder judicial, no entanto, também reconhece o DIREITO À JUSTIÇA PARA TODAS E TODOS OS CIDADÃOS, independentemente das suas possibilidades económicas. Por essa razão, considero que o principal desafio é o do estabelecimento de uma plataforma orgânica setorial que nos permita obter resultados palpáveis rapidamente. CADA UM DEVE DESEMPENHAR O SEU PAPEL, em benefício do valor supremo que representa a Justiça, a qual deve ser administrada em nome do povo. Se, ao titular de um cargo de magistratura, se exige que responda com a sua consciência perante a Lei, independentemente do poder político, essa independência não deve significar que a sua atuação se transforme em caixa negra, seja isenta de avaliação ou da obrigação de prestar contas. Em caso algum podemos tolerar que se constituam feudos em torno da defesa de interesses corporativos.

Um dos eixos de governação e cavalo de batalha do Ministério da Justiça é a TRANSPARÊNCIA: quem não deve não teme. A qualidade percebida do sistema judicial melhorará substancialmente caso sejam devidamente publicitados os seus resultados, com uma produção de estatísticas fiáveis e sempre atualizada. A curto prazo, o Ministério da Justiça dará início à sua presença na internet, com notícias e algumas funcionalidades simples, como por exemplo a publicação de tabelas de preços, a transferência de formulários, ou a apresentação de reclamações. Posteriormente, essa presença virtual deverá evoluir para um Portal da Justiça, onde virá a ser possível consultar on-line todas as estatísticas do setor, ou mesmo efetuar pagamentos.

A TRANSPARÊNCIA É A MELHOR FORMA DE LUTAR CONTRA A CORRUPÇÃO: corta-se o mal pela raiz. E esse combate tem de ser travado em todas as frentes, tanto face a corruptos como a corruptores, seja face ao pequeno seja ao grande. Justifica-se uma GRANDE MOBILIZAÇÃO SOCIAL contra esse género de prática imoral, penalizando como opróbrio aquele que o pratica. Neste campo, seria desejável que se funcionalizassem os instrumentos jurídicos já existentes, ou se agilizassem outros meios para esse fim, configurando a corrupção como crime público que é.

Excelências,

Quero ainda chamar a atenção para o projeto de itinerância da Justiça «CARAVANA DA CIDADANIA», cujo objetivo é o de aproximar vários serviços às populações do interior, incluindo os de identificação. Os primeiros passos deverão servir de projeto-piloto para um sistema nacional de identificação e cadastro, a disponibilizar sob a forma de Sistema de Informação Geográfica, integrado no âmbito do Portal da Justiça.

Todos estes objetivos de credibilização da Justiça não poderão ser alcançados sem a PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS ATORES ENVOLVIDOS. É urgente aproveitar a capacidade local de formação de quadros, consubstanciada na Faculdade de Direito de Bissau, para promover uma massa crítica nacional no ramo, oferecendo estágios que proporcionem verdadeira experiência profissional, num ambiente de qualidade, para que esses jovens possam no futuro garantir a renovação das gerações mais antigas. Se todos estiverem conscientes do seu papel e das vantagens de trabalhar em prol do bem comum, havemos de conseguir, juntos, dignificar o nome da Justiça na Guiné-Bissau.

Que seja já este ano o bom ano judicial!

Gostaria de terminar citando a célebre frase de Martin Luther King: "I have a dream" - Também eu tenho um sonho para o meu país. Um sonho de mudança.

Jornadas do campeonato de futebol antecipadas




A Federação de Futebol da Guiné-Bissau antecipou para quarta e quinta-feira os jogos da sexta jornada do campeonato da I Divisão. A partir da sexta jornada estão marcados encontros a meio da semana, de forma a tentar evitar que a temporada desportiva se prolongue até à época das chuvas (meados de maio). Com este objetivo, procedeu-se a uma alteração justificada com a necessidade de «acelerar o campeonato». 


À sexta jornada, o Sporting da Guiné-Bissau lidera a classificação e vai jogar a Bula, vila situada 40 quilómetros a norte da capital e onde mora o campeão em título.




A formação leonina lidera com 13 pontos, apenas mais um que o segundo classificado, o Sporting da Bafatá, que vai jogar à ilha de Bubaque com a equipa local, penúltima classificada. Abola

Missão de Avaliação Conjunta inicia atividade



A missão de Avaliação Conjunta, que se encontra no país por um período de cerca de duas semanas, reúne-se esta terça-feira com a missão da União Europeia, com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com a Representação da Força da ECOMIB e com a Missão de Reforma. No encontro será discutida a questão de ajuda multilateral e bilateral, e a governação do setor de Defesa e Segurança.

De acordo com o programa dos trabalhos desta Missão, que termina a 12 de março, esta terça-feira serão discutidos os estatutos das instituições de defesa nacional.

Abola

Cabo Verde apoia processo de reforma da Assembleia Nacional guineense

Cipriano Cassamá é o presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau
A Assembleia Nacional (Parlamento) de Cabo Verde vai apoiar a Guiné-Bissau no domínio das reformas parlamentares. Este é um dos objetivos da visita de Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, que esteve reunido com o homólogo cabo-verdiano. 

Para além do reforço das relações de cooperação entre os dois países, Cipriano Cassamá assegura que, durante a visita, será «assinado um protocolo de cooperação em áreas que há muito estão identificadas».

«Esse protocolo», adiantou, será assinado no quadro da reforma que está em curso no parlamento da Guiné-Bissau «e que abarca as áreas de informatização, comunicação e novas tecnologias».

«Aproveitamos esta oportunidade para analisar as ações de cooperação que vão ser confirmadas com a assinatura de um protocolo entre os dois parlamentos», afiançou.

Da parte cabo-verdiana, Basílio Ramos, presidente da Assembleia Nacional, garante que o parlamento está disponível «a apoiar as autoridades guineenses em tudo o que acharem conveniente». 

No âmbito desta vista a Cabo Verde, Cipriano Cassamá tem em agenda visita a diversas Câmaras Municipais, ao Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação, ao Centro de Energias Renováveis, à Câmara de Comércio Indústria e Serviços de Sotavento, à Fundação Amílcar Cabral e ao Hospital Agostinho Neto, entre outras instituições.

Cipriano Cassamá deslocar-se-á, igualmente, aos municípios do interior da ilha de Santiago onde manterá contactos com as autoridades locais.Abola

Inauguração da mini-rede híbrida mais ampla do mundo

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Hoje, pelas 09h00, em Bambadinca, a Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau e a ONG TESE Sem Fronteiras, irão inaugurar o Serviço Comunitário de Energia de Bambadinca (SCEB), com a prevista participação de S.E. o Primeiro-Ministro e de outros membros do Governo da Guiné-Bissau, bem como do Embaixador da União Europeia em Bissau e do Comissário da CEDEAO para Energia e Minas.

A entrada em serviço do SCEB permitirá aos 8 mil habitantes de Bambadinca ultrapassar os constrangimentos no acesso à electricidade, beneficiando de um abastecimento permanente de energia renovável, garantido por uma inovadora central fotovoltaica híbrida de 312 kW de potência.

Este é o resultado do programa "Bambadinca Sta Claro", financiado pela União Europeia, pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e pela Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, com o apoio da Direcção-Geral de Energia.


O projecto foi desenvolvido e executado pela TESE Sem Fronteiras e pelos seus parceiros, a Associação Comunitária de Desenvolvimento de Bambadinca (ACDB), a ONG guineense DIVUTEC e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O SCEB será gerido pela ACDB, que garantirá o fornecimento de electricidade a um preço acessível, assim como um modelo de gestão sustentável, com vista à sua replicação futura noutras localidades da Guiné-Bissau e da sub-região.

QUEM BENEFICIA?

 Os beneficiários directos do projecto são todos os habitantes de Bambadinca (cerca de 8 mil pessoas) e nomeadamente os grupos mais vulneráveis, que para iluminação podiam utilizar apenas petróleo, pilhas ou velas.
 As instituições e comerciantes passam também a ver assegurado o seu abastecimento de energia eléctrica, graças a um serviço moderno e fiável.

Quem FINANCIOU e quem COORDENOU?

 O financiamento, de cerca de mil e 450 milhões de Francos CFA, foi assegurado a 75% pela União Europeia, a 23% pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a 2% pela Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
 A coordenação e a execução do projecto foram confiadas à ONG portuguesa TESE Sem Fronteiras, em parceria com a Associação Comunitária de Desenvolvimento de Bambadinca (ACDB), a ONG guineense DIVUTEC, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Direcção Geral de Energia da Guiné-Bissau.

Porque é um PROJETO INOVADOR?

 Bambadinca será a primeira cidade da Guiné-Bissau a usufruir da energia renovável
produzida por uma central fotovoltaica híbrida operacional 365 dias por ano.
 A partir de agora, a rede eléctrica de Bambadinca é considerada, pelos actores do sector energético, como a mini-rede híbrida mais ampla do mundo.

Um táxi a circular em Bissau...com matrícula portuguesa!!!

Um táxi a circular em Bissau...com matrícula portuguesa!!! Ai, se a moda pega...Foto: Albano B.

O que faz a Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres? E a polícia de trânsito? Será que ninguém, nessa cidade, tem olhos no sítio? Como é que uma viatura entra no País, é pintado de azul e branco e faz com toda a calma o serviço de táxi?

Combate à fuga ao fisco



O tesouro público guineense situa a sua margem de receita vinda de imposto fiscal em apenas 11 por cento, enquanto o Senegal, seu vizinho, com o qual tem um fluxo comercial muito expressivo, ronda os 20 por cento, o tesouro público guineense situa a sua margem de receita proveniente do imposto fiscal em 11 por cento.

Este quadro vem de longos anos e deve-se a uma profunda corrupção que domina o aparelho administrativo estatal, sobretudo, os sectores directamente envolvidos na execução das políticas governamentais para coleta das receitas.

O Ministério das Finanças assume-se como o principal responsável pela tal execução, enquanto as suas células, nomeadamente as direções-gerais de contribuições e impostos e as alfândegas, apresentam-se como estruturas motoras para este propósito.

Só que, na verdade, com a rede de corrupção instalada, envolvendo alguns operadores económicos e os próprios agentes do Estado, estima-se que, por mês, o Governo perca cerca de 350 milhões de francos Cfa, o equivalente a 700 mil dólares americanos.

Consciente desta realidade, o actual Executivo pôs um plano em marcha, que, segundo o ministro Economia e das Finança, Geraldo Martins, consiste a combate a fuga ao fisco e os resultados já são evidentes.

Entretanto, os desafios são enormes. É que o critério da convergência adoptado ao nível da União Económica e Monetária Oeste Africana (Uemoa), define que os países membros devam atingir uma média de 17 por cento da sua receita fiscal.

Uma exigência que, para o titular da pasta das finanças, impõe a implementação de uma reforma fiscal justa, equilibrada e eficiente, sem querendo, para isso, asfixiar o sector produtivo ou os operadores económicos. Geraldo Martins perspectiva para o presente ano um crescimento económico na ordem de 4,7 por cento, contrariamente aos anos últimos três anos.
VOA

Preparativos da Mesa Redonda: COMITÊ DE PILOTAGEM REALIZA FÓRUM NACIONAL DE CONCERTAÇÃO


Degol Mendes_SE Plano e Integraçao Regional

O Secretário de Estado do Plano e Integração Regional, Degol Mendes anunciou ontem que o governo conta realizar no próximo dia 10 do corrente mês, um Fórum Nacional de concertação e reflexão entre os guineenses radicados no país e na diáspora.
Degol Mendes, Coordenador do Comité de Pilotagem dos preparativos da Mesa Redonda prevista para 25 de Março, em Bruxelas, disse hoje em conferência de imprensa que o referido Fórum, denominado de “Regresso à Madina Boé”, visa criar um espaço de concertação entre todos os actores da vida nacional para uma discussão sobre o futuro do país.
“Estamos bastante atrasados. Mas acreditamos que ainda podemos realizar o referido encontro e conseguirmos o êxito desejado com a iniciativa”, explicou.
O governante disse que para o Fórum Nacional serão convidados todos os sectores, nomeadamente a sociedade civil, sector privado e todas as franjas da população para que juntos possam reflectir sobre a Guiné-Bissau.
O Secretário de Estado do Plano e Integração Regional, disse que o objectivo inicial do Comité de Pilotagem é de deslocar-se ao interior do país para poder partilhar com as populações o documento que irão levar a Mesa Redonda.
“Infelizmente, devido ao tempo que nos resta para chegarmos à Mesa Redonda, decidimos aumentar o nível de representação dos actores regionais no Fórum Nacional para que efectivamente todos possam dar a sua contribuição”, informou.
Adiantou que para o efeito, a participam no evento não só o poder moderno, mas também o tradicional “para darem as suas contribuições de forma a enriquecerem o documento que consideramos de Alcorão, Bíblia e Guia para os próximos anos”.
Degol Mendes frisou que a Mesa Redonda é apenas uma etapa nesse processo, acrescentando que “o mais importante é o Documento reflectir as aspirações das populações e que sirva de Guia que possa tirar a Guiné-Bissau da situação em que se encontra”.
Aquele responsável afirmou que, na preparação dos dossier da Mesa Redonda, o Comité de Pilotagem não contou apenas com os técnicos que elaboraram os textos, mas também com artistas, “porque cada sector tem a sua forma de interpretar a realidade tanto, escrita, desenhada ou cantada”.
“Por isso, está em curso a produção de um filme com a sua banda musical que vai no sentido de inculcar os novos valores que queremos efectivamente que venham a orientar as acçoes que temos. De igual forma vamos ressuscitar a figura da banda desenhada NTori Palan, com base numa linguagem mais adequada à explicações estratégicas do documento.
Os apoios que as autoridades da Guiné-Bissau vão pedir aos doadores deve cobrir o período 2015-2020 e deverão representar cerca de 500 biliões de francos CFA (um bilião de dólares americanos) e para financiar mais de 200 projectos.
Fonte: ANG

FEDERAÇÃO DE TÉNIS PRECISA DE 12 MILHÕES DE FRANCOS CFA PARA ORGANIZAR CAMPEONATO NACIONAL


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O Secretário-geral da Federação de Ténis da Guiné-Bissau, Lelo Té revelou que a sua instituição precisa de doze milhões de francos CFA (18 mil euros) para organizar o campeonato nacional da modalidade para época desportiva 2014-2015 previsto para Abril e Maio.
Em declarações ao GOLO-GB, este dirigente desportivo, anuncia que, não obstante as dificuldades financeiras, já estão reunidas todas as condições técnicas para o início de todas as provas da federação de ténis.
“Já planificamos todos os preparativos para abertura do campeonato nacional, só que ainda não recebemos a verba prometida pelo executivo” explicou o dirigente da federação de ténis.
Segundo Lelo Té, a Federação de Ténis do país luta com os seus próprios meios com vista a superar as dificuldades financeiras no cumprimento das suas actividades ou calendário desportivo, virado para a promoção dos novos atletas nacionais.
Entretanto, de acordo com este responsável, graças ao esforço da direção que dirige foi possível, no passado dia 21 de fevereiro, receber do seu parceiro – clube de ténis da Costa da Caparica de Portugal, 40 bolas e seis raquetes.
O Secretário-Geral da federação de tênis, Lelo Té, relembra ao executivo o cumprimento da promessa.
“A nossa federação nunca recebeu apoios da parte das autoridades do país. É neste quadro que apelamos a direcção geral dos desportos a fazer o possível para desbloqueamento do fundo, caso contrário a prova ficará comprometida” alertou.

GUINÉ-BISSAU: GOVERNO DEFENDE TIPIFICAÇÃO DE CRIMES ATRAVÉS DE RECURSOS INFORMÁTICOS



Bissau – O Governo da Guiné-Bissau defendeu a necessidade de tipificar o crime através dos recursos informáticos, citando como exemplo a «difamação através de blogues ou redes sociais», no caso de se revelarem acusações infundadas contra uma pessoa, contribuído para corrigir alguns excessos em relação a esta matéria, como se tem vindo a verificar nos últimos tempos.

«Torna-se necessário tipificar crimes fazendo uso de recursos informáticos, como por exemplo o de difamação através de blogues ou redes sociais», disse a ministra da Justiça guineense, Carmelita Pires.

Em declarações à PNN durante a sua mensagem por ocasião da abertura do ano judicial, Carmelita Pires pediu ao Ministério Público para assumir neste sentido um papel pró-activo coadjuvado pela figura do promotor, para que os crimes públicos ou simples suspeitas sobre crimes supostamente cometidos por titulares de cargos políticos, quando publicamente denunciados, sejam exaustivamente indiciados, investigados e processados até ao seu cabal esclarecimento.

«A Constituição da República reconhece a independência do poder judicial, no qual entendo que também reconhece o direito à justiça para todos os cidadãos, independentemente das suas possibilidades económicas», referiu.

Neste sentido, a responsável pela pasta da Justiça guineense disse que o principal desafio é o estabelecimento de uma plataforma orgânica sectorial, que permita obter resultados palpáveis e de forma rápida. 

«Cada um deve desempenhar o seu papel em benefício do valor supremo que representa a Justiça, que deve ser administrada em nome do povo», apelou Carmelita Pires.

No que diz respeito ao funcionamento do seu Ministério, a governante disse que um dos eixos de governação desta instituição é a transparência, tendo sustentado que a qualidade da Justiça vai melhorar substancialmente caso sejam devidamente tornados públicos os resultados dos trabalhos feitos por parte da instituição.

A terminar, a ministra disse que todos os objectivos de credibilização da Justiça não podem ser alcançados sem a participação de todos os actores envolvidos no sector judicial.

(c) PNN Portuguese News Network

PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU CRITICA FALTA DE CREDIBILIDADE DA JUSTIÇA



Presidente da República da Guiné-Bissau voltou ontem a criticar a falta de credibilidade da Justiça na Guiné-Bissau e pediu união a todos os agentes do setor para o reformarem durante o presente mandato.

"Como primeiro magistrado da Nação", José Mário Vaz, que intervinha na cerimónia de abertura do ano judicial, em Bissau, disse ser "o primeiro dos inconformados" e "o último a desistir deste combate" por um setor sem "vícios".

Nos últimos meses, em diferentes ocasiões, Vaz tem repetido o tom incisivo das críticas.

Ao mesmo tempo, fez um apelo à denúncia de casos de corrupção ou de outros crimes que afetem o funcionamento da Justiça.

"As denúncias e críticas bem fundamentadas, com base em provas concretas, são bem-vindas, porque queremos que, com a nossa Presidência, o medo seja coisa do passado", sublinhou.

Os problemas "que mancham a imagem da Justiça" estão, no entender do Presidente, "perfeitamente identificados: a voz popular apelida-os todos os dias de enriquecimento ilícito, corrupção, peculato, nepotismo, tráfico de influência, morosidade processual, decisões tardias e inúteis, entre outros males".

Paulo Sanhá, presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, que também discursou na cerimónia, referiu que, apesar das limitações, "os tribunais judiciais têm respondido com eficiência às demandas dos cidadãos e pessoas coletivas".

"Nos dois anos do nosso mandato, nos diferentes tribunais, a evolução da situação processual foi consistente e positiva", garantiu Paulo Sanhá.

Segundo referiu, os magistrados também estão entre os que se queixam, mas "não têm merecido dos sucessivos governo a atenção devida".

Sanhá considera que a situação no setor se degradou, sobretudo por causa da "inexistência de meios e de esforços de capacitação dos recursos humanos, da responsabilidade do governo" e diz que faz mais sentido focar esse ponto do que procurar responsabilizar "os operadores judiciais".

"Há pois que investir na Justiça e investir cada vez mais", sublinhou.

A exiguidade de espaços, condições laborais precárias e nalguns casos até "deploráveis", bem como a legislação ultrapassada, são alguns dos problemas que o setor tem pela frente, resumiu.

A reforma do setor da Justiça é uma das que está na linha da frente para beneficiar do apoio de doadores internacionais na mesa redonda com parceiros que o Governo da Guiné-Bissau está a organizar para o próximo dia 25 de março, em Bruxelas, Bélgica, recordou a ministra da Justiça, Carmelita Pires.

"No nosso país quase tudo continua por fazer", referiu.

No caso da Justiça, considera importante acabar com os atrasos crónicos nos processos, que dão uma sensação de inoperacionalidade e fomentam impunidade, assim como considera prioritário rever a legislação guineense, muita dela obsoleta.

Na cerimónia, também discursaram o Procurador-Geral da República, Hermenegildo Pereira, e o novo bastonário da Ordem dos Advogados, Basílio Sanca, com palavras de apoio ao desenvolvimento do setor.

CÂMARA DO COMÉRCIO DA GUINÉ-BISSAU DISPUTADA POR DOIS CANDIDATOS




Bissau - Dois candidatos recorrem neste mês de Março na liderança da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, num contexto semelhante a comícios eleitorais.

No fim de semana, os empresários Mama Saliu Lamba, do sector dos combustíveis, eBriama Canté, que se dedica ao comércio da castanha do caju (principal produto de exportação da Guiné-Bissau), apresentaram em comícios a sua candidatura à liderança da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços, considerada uma das mais dinâmicas organizações da sociedade civil guineense.

A data das eleições na CCIAS ainda não está marcada mas fonte da organização garantiu a Lusa que deverá ser antes do final do mês do marco, "de acordo com os estatutos".

O mandato da actual direcção encabeçada por Braima Camará, deputado ao Parlamento e conselheiro especial do Presidente guineense, deve terminar na primeira semana do mês de marco, notou a fonte da CCIAS, salientando que uma nova liderança deve entrar em funções já no mês de Abril.

Actual vice-presidente para as relações internacionais, da Câmara do Comércio, Mama Saliu Lamba,disse que a sua candidatura foi impulsionada "pela velha guarda do sector privado" guineense.

"Os mais antigos na nossa actividade sentiram que estou preparado, que sou capaz, pelo que decidiu avançar", destacou, Saliu Lamba, num comício popular em Bissau.

Prometeu mudanças na liderança e uma Câmara de Comércio "longe do jogo político", numa clara alusão ao facto do actual presidente ser um conhecido político e dirigente do partido no poder na Guiné-Bissau.

Saliu Lamba, que foi conselheiro para os assuntos económicos do presidente guineense de transição,Serifo Nhamadjo, disse.

PAULO TORRES AJUDA A FORMAR TREINADORES DE FUTEBOL NA GUINÉ-BISSAU


Paulo Torres, selecionador nacional da Guiné-Bissau

Técnico português quer ajudar a elevar o nível de treinadores na Guiné-Bissau.

Por SAPO Desporto c/Lusa sapodesporto@sapo.pt
O antigo jogador internacional português Paulo Torres, atual selecionador nacional de futebol da Guiné-Bissau, vai ajudar a formar treinadores naquele país, anunciou hoje a Federação guineense.

A Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) abriu um curso para 45 treinadores de base que trabalham diretamente com crianças, explicou o vice-presidente do organismo, Carlos Teixeira.

O curso vai decorrer durante sete dias, é orientado pelo técnico guineense Abu Mané e contará com a participação do selecionador do país, o português Paulo Torres.

Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia da abertura da formação, Paulo Torres considerou que este é "um dia importante para o desenvolvimento do futebol da Guiné-Bissau".

"Estes treinadores são os guardiões da esperança de um futuro melhor para o futebol guineense, pois é do seu trabalho que iremos colher frutos daqui a alguns anos", observou.

O vice-presidente da FFGB e responsável pela área do desenvolvimento do desporto-rei, Carlos Teixeira, referiu que o trabalho dos 45 técnicos que ensinam as crianças nas escolas e academias de futebol "é complicado, mas muito importante".

"Lidar com crianças não é uma tarefa fácil, mas, acreditem, o vosso trabalho é o caminho certo para o futuro do nosso futebol", destacou Carlos Teixeira, antigo internacional guineense que jogou futebol profissional em clubes portugueses e suíços.

Para o número dois da Federação, a ação dos técnicos de formação de base não poderá falhar porque é a partir dela que o país poderá pensar em ter jogadores como Messi, Ronaldo e outros.

FFGB tem vindo a organizar nos últimos dois anos cursos de formação para treinadores de jogadores seniores, treinadores de guarda-redes, de futebol feminino e agora também daqueles que lidam com crianças.

O português Paulo Gonçalves "Russo", adjunto de Paulo Torres e especialista em treino de guarda-redes e metodologias técnicas, também vai transmitir aos formandos a sua experiência.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...