Leopoldo Amado foi empossado hoje
Diretor-geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) pela ministra
da Educação Nacional Maria Odete Costa Semedo.
Na ocasião, a titular da pasta da Educação Nacional
prometeu todo o apoio do governo ao funcionamento do INEP, instituição que
neste momento depara com dificuldades de várias ordens.
Maria Odete Semedo realçou a importância daquela
instituição de atividades científica e lembrou as contribuições, por ela feita
e que a tornaram conhecida a nível mundial.
“Queremos de volta um INEP a publicar obras
científicas como Bit, Bis, Catchu Martel, Lala-Quema, Kebur, entre outras
publicações”, manifestou a ministra.
Na sua ótica, o governo espera também da INEP estudos
e pesquisas sobre questões da identidade cultural guineense, as politicas
sociais, macroeconômicas, religiosas e, em suma, um INEP “proactivo e
interagido”.
O Secretário de Estado do Ensino Superior e de
Investigação Científica, Fernando elogiou as experiencias acumuladas na
investigação científica e nas publicações anteriormente feitas por Leopoldo
Amado e exortou a aplicar esta mais-valia com vista a recuperar o prestígio de
outrora do INEP.
Por sua vez, o recém-empossado prometeu trabalhar para
restituir o prestígio conquistado outrora por esta instituição de “referência
nacional, sub-região africana e até mesmo Mundial” e que continua a ser
importante para o desenvolvimento do país.
“Temos a consciência do estado em que se encontra o
INEP, por isso tudo farei para torna-lo no nível em que se encontrava”,
prometeu.
Breve
Biografia do novo diretor de INEP
Nasceu em 1960 no Sul da Guiné-Bissau. Licenciou-se em
História em 1985 pela Faculdade Letras de Lisboa - Universidade Clássica de
Lisboa. Antes de voltar à Guiné-Bissau em 1989, concluiu em 1987 o Curso de
pós-graduação em Relações Internacionais (Estudos Islâmicos) pela extinta
Universidade Internacional de Lisboa e frequenta entre os os 1987-1989 o curso
de mestrado em Estudos Africanos no Institituto de Ciências Sociais e Políticas
da Universidade Técnica de Lisboa.
Na Guiné-Bissau, tornou-se investigador do INEP
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas). Nesse país, desempenhou,
sucessivamente, as funções de: Director do mensário "Baguera";
Director Comercial do Geta-Bissau (empresa privada);Vice-Presidente da Liga
Guineense dos Direitos Humanos; Director do "Tcholoná", única Revista
Cultural então existe no país.
Trabalhou ainda na Guiné-Bissau como consultor
nacional e internacional, destacando-se, entre outros, os trabalhos em matéria
de gestão de projectos e planificação estratégica, desenvolvidos com a UNICEF,
PLAN INTERNATIONAL, PNUD, FNUAP, RADDA BARNEN e AMNISTIA INTERNACIONAL, para
além das funções de correspondente e de comentador político da BCC, Rádio
France International, Voz de América, RDP África e RTP África.
No além-fronteiras, com sede em Cabo Verde, e cobrindo
outros países como Senegal, Guiné-Bissau, Gana, Guiné-Conacri e Gâmbia,
trabalhou ainda como Director do SPHAC - Projecto da UNESCO para a Salvaguarda
do Património Histórico da África Contemporânea, entre os anos 1995 à 2001.
Posteriormente,
em Portugal, antes de concluir um Doutoramento em História Contemporânea pela
Universidade de Lisboa (2007), trabalhou como Secretário Executivo da
"Guineáspora" (Fórum Mundial dos guineenses na Diáspora), tendo
posteriormente regressado a Cabo Verde, onde, desta feita, trabalha junto da
Uni-CV (Universidade Pública local), desde 2008 à esta parte, desempenhando aí,
designadamente, as funções de docência em cursos de graduação (licenciaturas em
História e Ciências Sociais) e em cursos de pós-graduação (mestrado em Ciências
Sociais), para além de outras funções que assumiu, concomitante e
alternadamente, como sejam as de Coordenador de Curso de História (Chefe de
Departamento) e de Presidente do Departamento (Faculdade) de Ciências Sociais e
Humanas.