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História de ficção passada na Guiné-Bissau
Filipe Melo e Juan Cavia editam em maio novela gráfica "Vampiros", uma história de ficção passada em 1972, na Guiné-Bissau, durante a Guerra Colonial, é editada em maio, pela Tinta-da-China, foi anunciado ontem.
"É uma reflexão sobre o subconsciente, sobre a guerra e sobre o medo", afirmam os autores, na sinopse de apresentação desta novela gráfica, que se junta a uma escassa bibliografia de banda desenhada portuguesa, dedicada à temática da guerra colonial.
Com cerca de 250 páginas, a história de "Os Vampiros" centra-se num grupo de nove soldados portugueses destacados na Guiné-Bissau e que atravessa a fronteira para o Senegal, "para uma operação aparentemente simples", que acabará por se transformar num pesadelo.
Lusa
Estados falhados !
Um número cada vez maior de países está a entrar na categoria de "Estados frágeis", com os problemas a tornarem-se acentuadamente mais complexos e sem solução à vista, defenderam hoje dois investigadores e ex-funcionários da ONU.
Num artigo publicado hoje na Inter Press Service, Joseph Chamie, ex-diretor da Divisão da População das Nações Unidas, e de Barry Mirkin, que foi chefe da secção de Política de População do mesmo departamento, sublinham que a instabilidade crescente em vários países está a ultrapassar as fronteiras e a desestabilizar países vizinhos e regiões, criando "desafios enormes" às organizações internacionais e aos doadores.
Numa análise aos 25 países que "lideram" o Índice dos Estados Frágeis (IEF) elaborado pelo Fundo para a Paz, entre eles a Guiné-Bissau, os dois investigadores analisam os 12 indicadores sociais, económicos e políticos, que incluem a pressão demográfica, pobreza e declínio económico, legitimidade do Estado, segurança, direitos humanos, estado de direito, elites fraccionadas e intervenção externa.
Chamie e Mirkin dividiram os 25 países, 19 deles africanos, em três categorias - Alerta Muito Elevado, Alerta Elevado e Alerta -, com o Sudão, Sudão do Sul, Somália e República Centro Africana no grupo de maior risco.
No "Alerta Elevado" figuram Afeganistão, Chade, Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Haiti, Iémen, Iraque, Nigéria, Paquistão, RDCongo, Síria e Zimbabué, enquanto no de "Alerta" surgem, além da Guiné-Bissau, outros oito Estados africanos - Burundi, Eritreia, Etiópia, Libéria, Líbia, Níger, Quénia e Uganda.
"Os Estados falhados são incapazes de fornecer os requisitos sociais fundamentais e os serviços básicos aos respetivos cidadãos, como nas áreas da saúde, educação, habitação, bem-estar, emprego, segurança, justiça, governança e direitos humanos", afirmam os dois investigadores.
Para Chamie e Mirkin, entre os vários "fatores-chave" que contribuem para a "edificação" de um Estado falhado estão a pobreza, corrupção, governança ineficaz, crime, violência, deslocação de populações e os conflitos sectários e étnicos, fazendo ainda parte desta "mistura tóxica" as intervenções/agressões externas desestabilizadoras.
Em comum aos 25 países está a elevada taxa de crescimento demográfico e os altos índices de nascimentos (média de quatro por mulher, com "picos" no Níger (média de 7,6), Somália (6,6) e RDCongo (6,2)) e de mortalidade (a média da esperança de vida não ultrapassa os 60 anos).
Por outro lado, os 25 Estados estudados são os maiores geradores de refugiados e apenas cinco deles representam mais de 60% do total, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) - Síria (4,2 milhões), Afeganistão (2,6), Somália (1,1), Sudão do Sul (700 mil) e Sudão (600 mil).
Panorama idêntico é o que se regista com os deslocados internos. Dos 34 milhões protegidos ou assistidos pelo ACNUR, 70% são residentes nos 25 Estados analisados, com quatro deles a representarem quase metade do total - Síria (7,6 milhões), Iraque (4,0), Sudão (2,3) e Sudão do Sul (1,6).
"O fenómeno de Estado falhado não é novo. No passado, as repercussões, porém, eram largamente contidas nas fronteiras nacionais. Com o aumento significativo de globalização, um Estado falhado tem consequências desastrosas internas e nos países vizinhos", sustentam.
Para Chamie e Mirkin, a proliferação de Estados falhados cria condições para regimes repressivos e cleptocratas, crime transnacional, incursões externas, extremistas armados e grupos terroristas, pelo que esta realidade "não pode continuar ignorada" pela comunidade internacional.
Os dois investigadores mostram-se "moderadamente optimistas" numa alteração de paradigma, lembrando que existem "alguns esforços" que estão a revelar-se um sucesso nacional, regional e internacionalmente, sobretudo por privilegiarem o diálogo, o Estado de direito e a realização de eleições livres e justas, entre outros.
Mas essas iniciativas requerem avultados recursos financeiros e um grande apoio dos parceiros internacionais para garantir, a longo prazo, o êxito de questões prioritárias, como segurança, boa governação, alimentação, água, educação, habitação, emprego e ambiente.
"Por não haver um país que já saiu da lista de Estado frágil para estável não dá qualquer tipo de ânimo ou de optimismo de que os esforços em curso possam ter sucesso", admitem os dois investigadores, concluindo que serão necessárias iniciativas "novas, inovadoras e compreensivas" para que possa haver essa transição.
(de: Barry Mirkin, estados falhados, estados frágeis, investigador, Joseph Chamie, ONU)
CONVOCATÓRIA
Nos
termos da alínea a) do artigo 20º do Estatuto da FAGP, convocam-se todos os
Associados da
FEDERAÇÃO
DAS ASSOCIAÇÕES GUINEENSES EM PORTUGAL - FAGP,
para a Assembleia Geral Ordinária a realizar na Universidade Lusófona em
Lisboa, Anfiteatro A 210, Campo Grande 376, 1749-024 Lisboa das 14h00 às 19h00
do dia 23 de Abril do corrente ano.
Fica
desde já mencionado o disposto no nº 5 do artigo 23º, do mesmo estatuto;
Não
comparecendo à hora marcada o número de Delegados exigido, reunirá meia hora
depois com qualquer número de Delegados.
A
ordem dos trabalhos:
1.
Informações. Leitura e aprovação da ata nº1 da reunião de 12/12/2015.
2.
Apresentação, discussão e aprovação do relatório de atividades e contas de 2015.
3.Outros
Assuntos.
Lisboa, 30 de Março de 2016
O
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral
SINDEPROF INICIOU MAIS UM GREVE DE TRINTA DIAS
O Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) iniciou ontem segunda-feira a terceira vaga de greve de trinta dias nas escolas públicas do país, cujo término está previsto para o dia 27 de maio, alegando falta de dialogo e vontade política por parte dos dirigentes do Ministério da Educação Nacional no, quanto ao cumprimento do seu caderno reivindicativo.
As exigências continuam ser mesmas, o pagamento de retroativos, harmonização de letras dos professores oriundos das escolas de formação, efetivação de alguns professores, fixação do salário mínimo no valor de 162 mil francos cfa no sector da educação “a semelhança dos outros órgãos da soberania” bem como a implementação dos estatutos da carreia docente, um instrumento aprovado pelo parlamento guineense em Março de 2011, com vista a melhorar a qualidade de vidas dos professores do país, mas que até agora não foi implementado.
19 DE ABRIL PR COMUNICA A NAÇÃO A PARTIR DA ANP
O Presidente da República, José Mário Vaz, fará hoje terça-feira dia 19, no parlamento guineense, uma comunicação a nação sobre a actual crise sócio-política que assola o país a mais de oito meses sem solução.
Com o efeito, a Mesa da Assembleia Nacional Popular convocou uma sessão extraordinária para 3ª feira, respeitando o plasmado na Constituição da República e no Regimento da ANP, dar oportunidade ao Chefe de Estado falar ao povo na casa parlamentar conforme solicitado por Mário Vaz.
Os analistas em Bissau, não interpretam essa demorada da comunicação a nação do PR de benéfica nem resultado que será acolhida com agrado pelo povo.
Numa altura em que a longa fervura da crise fragilizou todos os órgãos da soberania, onde a especulação mais pronunciada na boca de cada um guineense é a nova intenção do PR derrubar o governo de Carlos Correia.
Daí que muitos questionam porque só agora a intervenção do Presidente da República, pedindo convocação de uma Sessão Extraordinária para falar à nação, após muita disputa política que resultou na sentença judicial do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça!?
Seja como for, bem ou mal, alegre ou chocante, cabe ao PR falar a nação em uso das suas prerrogativas constitucionais atribuídas pela lei.
Nesta base, o povo guineense espera receber o dia 19 de Abril de 2016, que certamente, será uma data de grande marco para a história do país.
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