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OPINIÃO DE UM GUINEENSE MUITO LONGE DO PAÍS, MAS PERTO DA REALIDADE
Iaia Maria Turé (IMT), Distinguished International Student
Sociólogo e Administrador Público
PhD Candidate, School of Public Administration and Policy, Remin University of China
“POLÍTICA, CARÁTER E LIDERAÇA: TUDO EM TORNO DA VERDADE”
A verdade e o exercício do poder
Para o político as convicções representam a verdade; se cultivasse a dúvida não teria domínio sobre a realidade e a ação sob a realidade é a sua razão de ser.
Às vezes sucede que afirmar as próprias convicções se transforma não apenas em obstáculo ao exercício do poder como em obstáculo para lá chegar. O político tem de ter isso em conta, tem de saber adaptar-se e terá, porventura, de dissimular sem contudo abandonar os seus objetivos. Aliás, quem terá o direito de exigir dele que torne públicas as suas intenções, antes dos outros? Revelar os seus propósitos, quando os outros os disfarçam, seria uma atitude de grande risco que resultaria em pura perda.
Para o verdadeiro político - o político que quer ficar na memória das pessoas - a conquista e o exercício do poder não são um fim em si mesmo, mas apenas um meio; o que verdadeiramente conta é traduzir em atos as intenções que proclamou. E que não funcione como um cata-vento das ideias do dia-a-dia. O importante é que a realidade tenha passado a ser diferente do que era. É esse o critério de aferição da verdade.Para deixar marca não basta o cinismo utilitário. É preciso acreditar em qualquer coisa, dedicar-se a ela e triunfar.
A relação entre a verdade e o exercício do poder deve estar á distância certa entre o Cassandra que se compraz em antecipar os perigos e a complacência demagógica que máscara os riscos e disfarça as dificuldades para mais facilmente atrair os votos e mais se fazer aplaudir. Não é só por não ser sincera, meritória ou corajosa que uma afirmação ou uma ação não merecem apoio; não o mereceu porque se apregoam falsos otimismos e alimentam ilusões. O que marca a diferença entre mentiras que são úteis e mentiras que são perigosas é o sucesso que se consegue. Quando fica satisfeito com o resultado, o povo esquece, mas, quando o desiludem, passa a alimentar uma raiva sem quartel contra quem o enganou e, depois, vota-o ao esquecimento que é a sanção suprema.
Inovação na política
Para tornar mais duradoura a adesão do povo o político terá de afirmar sempre os mesmos princípios e de referir as mesmas convicções. Repetir-se não será exprimir um pensamento que fixa limites, que indica o sentido e que dá segurança aos que necessitam de saber com quem contam? No caso de as decepções e os fracassos o forçarem a retirar-se durante algum tempo, deverá voltar e, porque já tem a sua imagem na opinião pública, não deverá afastar-se dela. Mas, falando de liberdade, de justiça, de autoridade, de segurança, de generosidade, de patriotismo, não credível quem quer; cada um tem a sua originalidade; os políticos não são trocáveis entre si; cada qual tem a sua personalidade com características próprias marcantes. Não se modificam facilmente a imagem, sob o risco de graves inconvenientes.
No entanto não é contra-indicado inventar para se adaptar as mudanças dos tempos. O povo pode compreendê-lo porque, também ele, sem ter consciência disso, não se fixa para sempre à mesma maneira de reagir. O político poderá, consequentemente, posicionar-se na vanguarda, sem qualquer perigo, se o povo ainda não tomou consciência das inexorabilidade dos tempos como sejam, a título de exemplos: no passado, emancipação das colônias, hoje a adaptação das leis as novas realidades e aos novos costumes. Poderia fazer-se uma antologia de opiniões contraditórias dos políticos sobre a Europa, sobre o conceito de Estado e de Nação sobre a liberdade e sobre o moral. O problema não é andar nem demasiado depressa, nem demasiada devagar, nem contra a corrente e de não parecer constrangido ou forçado. O político tem de se esforçar por ser natural. O povo vê com bons olhos que mude de opinião desde que o faça ao ritmo da evolução geral das formas de pensar.
Político informado
É fácil para o político dar a imagem de mais inteligente que o comum dos mortais: estando mais informado do que eles e mais ao corrente das intenções dos seus camaradas/companheiros e dos seus rivais, tendo mais experiência em lidar com as realidades, a sua visão é necessariamente mais perspicaz, o seu discernimento mais seguro e a sua decisão tem mais probabilidade de ser justa.
À inteligência não é uma qualidade abstrata mas assenta no conhecimento da realidade. O risco está em pretender saber tudo a respeito dos homens e das coisas, sem se limitar ao que é essencial; as cabeças tipos navios de guerra não são as mais lúcidas.
A Política e as promessas
Tornar-se lembrado através do silêncio é uma arte difícil. Só está ao alcance dos políticos de excepção cujo passado lhes confere um estatuto especial e cujo silêncio pesa em razão do que significa. Regra geral, pedir a confiança do povo obriga a dizer-lhe os objetivos em jogo, pelo menos nos casos em que se deseja, de facto, o poder.
Então: prometer apenas quando se está seguro de poder cumprir? E como se pode estar seguro de o poder fazer? O político terá de ter cuidado: quando formula desejos, as pessoas tomam isso como compromisso. Que seja econômico nas palavras! Ninguém estará disposto a desculpá-lo e, se se mantiver no poder durante muito tempo, toda a gente lhe há-de lembrar os compromissos que assumiu ou os serviços que lhe prestaram.
Ser fiel às promessas
O objetivo inicial pode permanecer imutável, mas os meios para lá chegar podem variar em função das relações de força e da situação do momento. O povo admite que os métodos mudem, mas não os fins, de que os métodos são instrumentos: se foi criada riqueza e essa riqueza foi distribuída de modo mais justo em benefício de todos, que importa ao povo que isso tenha sido através da ação do Estado ou através do jogos das relações? Da mesma forma, se o objetivo é conseguir a paz, o fim de um conflito, a emancipação das colônias, que importa ao povo que o político o tenha conseguido através do recurso à força ou através da negociação de acordo com as circunstâncias?
O povo andará sempre bem ao ser indiferente aos meios utilizados pelo político? A guerra e a negociação não são a mesma coisa, conforme o demostra a experiência dos franceses na Indochina e na Argélia, a hoje no Cáucaso e ontem na Europa Oriental. E quanto ao progresso e ao desenvolvimento, de que formas os fomentam as nacionalizações das empresas e o controlo geral da economia?Os métodos escolhidos não revelam apenas de opções ideológicas mas de interesses diversos ou opostos e, até, de uma moral diferente.
Pense o que pensar lá no fundo, o político não se pode mostrar realista de modo demasiado frio; imaginar que, conquistado o poder, nada mais importa é que todos os jogos lhe são permitidos e todas as contradições autorizadas, é outorgar-se um facilitismo que rapidamente se transformará em inabilidade. Respeitar a palavra é tão útil à sua ação como à sua reputação e é mais importante do que possam pensar os cínicos.
O povo tende a pensar que não é enganado e que as promessas feitas para conquistar a sua adesão serão cumpridas. É como se fosse um contrato moral. O povo quer acreditar que o governante é pessoa estimável e com princípios. Respeitar a palavra não é ser obstinado quando as circunstâncias se alteram. Nessa altura, o político deverá explicar as dificuldades que encontra, os obstáculos que se opõem e o obrigam a deferir – ou mesmo renunciar – aquilo com que se tinha comprometido, e terá de se mostrar persuasivo, o que não será fácil. Mudar de opinião é muito perigoso; se a isso for obrigado, deverá reconhecê-lo francamente e explicar as razões. É, até, de uma forma de criar alguma convivência entre ele e o povo e de o levar a partilhar as perplexidades do poder. O importante é tonar-se compreendido. Se for assim, se pretender fazer coincidir o que faz com que o diz, quando todos vêem o que é o contrário, toda confiança nele se vai. O pior: o político pode transformar-se em motivo de chacota,e, então, nada pior.
Os fracassos dos políticos têm origem nas esperanças traídas. A melhor demonstração disso do que a história da democracia em África e em particularmente, na Guiné-Bissau já há anos - 1994-2015? Nenhum governo, nenhuma maioria no poder, qualquer tenha sido, ganhou e/ou conquistou o coração do seu povo ao nível esperado. A esperada boa governação: Construção e a Produção (desenvolvimento social). A ineficácia governativa passou a ser a moda.
Comprometer-se, como fizeram os políticos desde 1994, a lutar contra a injustiça, desigualdade, dominação da minoria a maioria, a atenuar a {fratura social} justifica-se desde que se esteja decidido a desencadear todos os meios para atingir um tal objetivo. Caso contrário, se vinte anos depois, o desemprego é aflitivo, a fome aumentou, as desigualdade se acentuam, a precariedade das condições da vida piorou, então a {fratura social} continua em aberto e cada um de nós sabe-o bem. Recorrer a fórmulas que não são traduzidas em atos tem riscos, pois sabemos bem que essa tradução nunca aparece de repente.
A boa verdade é que, na política, nada está garantida para toda a vida. Mesmo que conseguissem ser fiéis às suas promessas, os políticos não são eternos: a opinião pública cansa-se, os seus entusiasmos mudam e os seus desejos renovam- se, ao mesmo tempo que o poder esgota a imaginação de quem detém, o que passa a não saber responder a novas aspirações.
Nem escrupuloso de mais nos métodos, nem imprudente
Nenhum político escapa a isto: o poder suja as mãos. O exercício do poder não pode ser conforme aos princípios da moral comum. A hipótese é confiar os golpes da mão – mas sem se enganar – a quem mostrar prazer e capacidade para isso. Não faltam candidatos. Mas não se pense que, desse modo, o político se esquiva-se às responsabilidades: ele é responsável pelo que faz e também pelo o que fazem em seu nome e no seu interesse, quer tenha quer não tenha conhecimento disso. Por vezes, tem dificuldades em admiti-lo mas, na maior parte dos casos, acomoda-se. A vida de quem tem o poder está cheia destes escolhos.
Jogos do dinheiro, ajustes das contas por vezes violentos, os complôs, as calúnias, os compromissos mais variados, as mentiras, correspondem a outras tantas toperzas. Serão elas inevitáveis?É mais prudente recusar alinhar em algumas delas, mesmo correndo o risco de perder vantagens.Isso é preferível a desonra.
Quando não há respeito pela moral, a preocupação de salvaguardar os seus próprios interesses deverá levar o político a ter cuidado: os especialistas de golpes de mão muitas vezes sabem demais, chegam a inventar, julgando que, desse modo, ficam garantidos contra o perigo e até contra o seu próprio chefe, em relação ao qual tentam levar a melhor. O chefe tem, então, de escolher: ou protege os seus comparsas, remetendo-se a silêncio cúmplice, ou abate-os; em todo caso, seria ingênuo acreditar na sua boa-fé e na sua fidelidade, sejam quais forem circunstâncias. Como acreditar na boa-fé e na fidelidade de homens de mão sempre prontos a tudo? Só o receio e as cautelas que devem inspirar a sua ação poderão permitir-lhe estar de sobreaviso contra a traição dos que estão sempre prontos para lhe fazer as vontades. Onde irá parar se não se mostrar temível?
Política e Liderança
"Semi-presidencialista, o sistema político vigente na Guiné-Bissau "Semi-presidencialismo". No meu entender, neste sistema político, o Presidente da República deve ser, no essencial, um árbitro do jogo político e não um jogador ao nível dos partidos políticos. Uma solução e não um problema para o país. Não é o Presidente da República que governa, é o governo que governa. O Presidente da República deve, no entanto, utilizar a sua magistratura de modo a conseguir que as pontes são necessárias entre os partidos, a relação dos partidos com a sociedade, possa funcionar de uma forma mais harmonisiosa. O presidente da República deve: fomentar a unidade nacional, politicamente imparcial e empenhado e atuante em termos sociais, promover as convergências políticas e "redundar" cultura de compromissos e, por fim, "incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos e sociais. O presidente da República deve ser uma pessoa "muito querida de todos, pela sua maneira de ser, pela sua integridade, pela sua modéstia e acessibilidade".
"O Presidente da República não pode e nem deve ter um programa próprio. O programa do Presidente é a constituição. O Presidente não pode nem dever contrapoder. Não é concorrente do governo e da Assembleia da República. Deve coadjuvar. Sobretudo um governo em situação complexa" (Jurista Português, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal)". Ainda no meu ponto de vista, o presidente da República deve ser uma pessoa de grandes qualidades morais, políticas e diplomáticas, capaz de dialogar, ouvir, estabelecer consensos. E isso é essencial para ser presidente. O mais lato cargo da nação tem de ser ocupado por quem "se possa levar a sério".
Guiné-Bissau “De orgulho para vergonha”
A Guiné-Bissau – "De orgulho para vergonha", conquistamos a independência com respeito e honra e reconquistamos a nossa dignidade humana, encantamos com a solenidade e entusiasmo, colocamos a Giuné-Bissau no mapa e fomos reconhecido no mundo inteiro (Orgulho). Com a independência conquistada, ficamos a desfazer no lugar de fazer, destruir quando devíamos construir, em vez de formar um estado, destruímos toda a sociedade, hoje temos um país socialmente destroçado, economicamente depauperado, financeiramente bloqueado e atolado na banca. Olhando para atrás, parece que estamos a ir na direção errada. Todas as conquistas da Guiné-Bissau são postas em causa. Há mais de quatro décadas de independência a classe política continua a ser maior entrave de desenvolvimento do país, problemas intra e inter-partidos, o que vem provar que, perante uma dimensão muito significativa, não foram encontradas respostas organizadas. Infelizmente, a governação política na Guiné-Bissau parece ser uma brincadeira, ninguém assume a responsabilidade, porque ninguém é responsabilizado, o que faz me pensar as crianças num recreio escolar. Quando há um disparate, nunca ninguém teve a culpa, nunca ninguém é responsável (Vergonha). “História da Guiné-Bissau nos últimos anos é um teatro de erros.”
Respeito a democracia e ao voto popular
Na democracia, o povo é, solenemente, o dono do próprio destino, de acordo com o Abraham Lincoln: “a democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo.
Por esta razão, seria importante que os politicos tomassem a consciência de que, “o voto é a ferramenta base da democracia e da nossa representação enquanto cidadãos e enquanto politicos”. Apesar de termos outras formas de nos exprimirmos, mas continua ser o voto que nos liga ao poder". Em democracia não há nada mais precioso do que a vontade do povo. Por isso, temos que respeitar e dar importância para a soberania popular.
Segundo o consagrado filósofo grego, Aristóteles: “Uma das características da liberdade reside em ser governado e governar à vez. A justiça democrática consiste na igualdade segundo o número e não segundo o mérito. De tal noção de justiça resulta que a soberania estará necessariamente no povo e que a opinião da maioria deverá ser o fim a conseguir e deverá ser a justiça. (…) Como resultado disso, nas democracias, os pobres são mais poderosos do que os ricos: são em maior número e a autoridade soberana está na maioria. Esse é, pois, um sinal de liberdade que todos os democratas colocam como marca do regime (…). É que a igualdade não consiste em os pobres possuírem mais poder do que os ricos ou serem os únicos detentores da soberania, mas terem todos, uns e outros, por igual, de acordo com o número. Deste modo poderiam considerar que estavam asseguradas na Constituição a igualdade e a liberdade.
(Aristóteles, A Política, III)
Falta de valores na política actual
Hoje infelizmente, estamos numa sociedade e com nova era (estranha) em que se aprofunda a crise da soberania, em que se assiste a uma alteração de valores e modos de conduta dos políticos, das populações e da sociedade em geral, em que a ideologia já não constitui referência. No passado havia uma convivência política muito ligada a uma ideologia , a princípios, a valores que, de forma absolutamente altruísta, defendíamos esses. Mas, esse tempo passou, vai passando á medida que vamos desaparecendo. "A maioria das pessoas que neste momento está nos partidos (incluindo os seus dirigentes) não sabe o que é isso da ideologia, dos princípios e dos valores porque não conheceram o que era a ausência deles. Os partidos políticos transformaram-se, maioritariamente, em agências de empregado e do maior empregador." Agora ninguém fala da carreira professional e/ou de “carreirismo”.
Neste momento tenho sempre dúvidas sérias quando vejo um político muito interessado nos partidos. Nunca percebo bem se está aí porque está a defender um princípio, e um valor no qual acredita.Ou está aí para defender o seu emprego e garantir a sua sobrevivência? Hoje nota-se claramente que, a classe política ficou sem agenda, e aparentemente, também está sem ideologia.
Crise Política internacional
Visivelmente, estamos a assistir no mundo a uma multiplicação de conflitos políticos, religiosos, culturais e sociais, ao mesmo tempo que velhos conflitos não tem solução, o quer dizer que a comunidade internacional perdeu capacidade de prevenção de conflitos e de solução para conflitos.
A possibilidade de prevenir, conter e resolver os conflitos está hoje consideravelmente diminuída. Há uma impunidade crescente de quem começa conflitos, de quem viola o direito internacional humanitário, de quem faz as mais horríveis violações de direitos humanos. E há imprevisibilidade crescente em relação a que acontecimentos que se desenvolvem com consequências humanitárias trágicas, umas das quais é o dramático do número de refugiados nos últimos anos na Europa.
Um mundo sem líder. Temos um mundo sem liderança desde de invasão dos Estados Unidos da América a Iraque em 20 de Março de 2003. Nos tempos da Guerra Fria, havia "um mundo bipolar", que, "em momentos decisivos, quando a coisa se tomava demasiadamente perigosa, normalmente, o pior erra evitado" e, mais tarde, houve, " a hegemonia de uma única potência no mundo, os Estados Unidos", que determinavam o rumo dos conflitos.
"Hoje já não temos um mundo bipolar, ainda não temos sequer um mundo multipolar, temos um mundo caótico, de alguma forma, em que as relações de poderes não são claras. E, mesmo que tivéssemos um mundo multipolar, é muito perigosa a multipolaridade quando não há "GOVERNANCE AND LEADERSHIP". E, agora temos uma Europa acabada e desentegrada, sem força, sem jeito, sem dinheiro, notavelmente sem respostas organizadas para encontrar soluções políticas e econômicas de problemas que enfrenta: crise económica no Portugal, Grécia, Irlanda e Espenha. Crise política e conômica e militar na Ucrânia, perante a anexação da Crimeia à Federação Russa . Problema do terrorismo aos desafios internacionais, e ainda, o mais recente problema de imigração de refugiados Sírios e de imigrantes Africanos que atravessam mediterrâneo todos os dias para a Europa. Uma Europa vendo a sua união mergulhando numa crise séria, com a possível saída do Reino Unido na União Europeia "BREXIT".
Uma Europa com mini-states e super-states dentro da sua união, com mini-states impostos a seguir princípios fundador da união e enquanto super-state a ser privilegiado de "Special Status". O grande problema da União Europeia é como e quando vai sair da crise. Quando haverá tempo, condições, circunstâncias económicas, políticas, institucionais que permitam um 'salto' para um 'céu aberto', para um tempo não de céu nublado mas de céu limpo.
"A união Europeia parece um coração partido. Ex: um carro quando parte a caixa da velocidades. Você está a acelerar, não entra a caixa de velocidades e o carro não anda. E o carro é bom, os materiais são bons. Mas partiu-se a caixa de velocidades. O dono vai ter que empurrar o carro. Vai sair sarilhos".E com tempestade perfeita lá fora, o dono vai ter que empurrar o carro.
Com os Estados Unidos da América descapitalizado, o mundo ocidental, representado pela Europa está em declínio, hoje temos uma Europa fracassada enquanto potência mundial e jogam o jogo que sempre jogou na humanidade, cada um joga no seu lado. Desde a Europa de Leste até ao Oriente médio, os mais poderosos, ricos, os mais empreendedores, os mais guerreiros, os mais violentos, têm a tendência de impor a sua lei. A hegemonia de séculos vai desaparecendo.
Democracia Forçada e Mudança no Mundo Árabe
"Depois da Primavera Árabe os líderes têm medo do povo. Isso é bom". Houve algumas mudanças nos países Árabes (Tunisia, Libia, Egipto, Siria e Marrocos), um dos aspectos positivos é que em todos estes países, o povo deixou e temer os governos. Antes, se o Presidente ou o Rei dissesse que 5+4= 12, simplesmente, as pessoas diziam 12, ou davam mais 13 e 14 para satisfazer o líderes. Agora são os líderes que temem o povo e isto é um desenvolvimento para democracia. E, é um bom exemplo para seguir na Guiné-Bissau.
Obrigado a todos pelo tempo dispensado!
- Doutorando em Administração Pública – Especializando na “Governação Participativa” School of Public Administration and Policy, Remin University of China. China
- Mestrado em Sociologia em 2014 - Especializado em “Relações Públicas e Humanas”
School of Culture and Social Development, Southwest University.China
- BA em Administração Pública em 2011 – Especializado em “Gestão de Assuntos Públicos”
School of Political Science and Public Administration, Southwest University. China
Projecto Conexões África-Brasil retoma actividades com palestra “Amílcar Cabral e o Conhecimento Endógeno em África”
O Projeto Conexões África-Brasil e Diálogos do Sul volta às atividades nesta terça-feira (15), às 10h, no Auditório do Campus da Liberdade. O retorno será marcado pela palestra “Amílcar Cabral e o Conhecimento Endógeno em África”, com o coordenador do projeto, professor Ricardino Jacinto Dumas.
A figura de Amílcar Cabral teve um papel importante na articulação das independências em África. Suas teorias são universalmente debatidas em diversas universidades do mundo. Sendo assim, a palestra aborda a relevância teórica de Amílcar Cabral para se pensar os desafios contemporâneos no campo de produção dum conhecimento endógeno no limiar de uma nova era.
Serão pensadas questões referentes ao lugar e o papel do intelectual na articulação de novos conceitos e categorias capazes de apreender e interpretar as diversas dinâmicas africanas, inseridas no contexto global mais amplo de relações sociais e políticas, econômicas e culturais. “É uma visão de dentro, ao mesmo tempo em que leva em consideração tudo aquilo que a humanidade historicamente produziu: saberes e histórias”, explana Ricardino.
Projeto Conexões
O Projeto Conexões África-Brasil e Diálogos do Sul tem por objetivo apresentar e analisar a produção científica nas relações entre o Brasil e a África, tendo por base o conhecimento que é produzido pelos estudantes do Instituto de Humanidades e Letras (IHL). A proposta é desenvolver ações educativas, investigar as temáticas e questões, analisar a relevância e o quadro dessa produçãoacadêmica e científica e evidenciar em que medida esses estudos poderão ter efeitos importantes para a ampliação de conexões científicas entre o Brasil e a África. A metodologia consiste em apresentar trabalhos de pesquisa em andamento ou concluído (TCC, dissertações e teses) e debater as relações temáticas entre a África e o Brasil.
LIVRO: Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau
PRESS RELEASE
O quê: Lançamento do livro: Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau – TRAÇOS NO TEMPO – II Vol.
Onde: Centro Cultural Português – Guiné-Bissau - Bissau Quando: Segunda-Feira, 21 de Marco de 2016, pelas 18h30 Quem: Autores: "Djorson Nobu” e Corubal.
Prefácio: Fátima Candé
SINOPSE:
A Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau que neste seu IIo volume editado pela Corubal, conta com a participação de 46 jovens, 12 poetisas e 12 estreias absolutas de novos escritores. Podem-se ler poemas de intervenção, de amor e de paixão. Paixão pela pátria, paixão pela família, pelos laços da construção de uma nova guineidade e sobretudo pela afirmação de uma nova geração de literários. Esta obra tem 416 páginas, mais de 225 poemas escritos em português e em crioulo que visam unir, mobilizar e impulsionar a expansão do espírito criativo literário dos jovens guineenses.
O ato de lançamento é patrocinado pela Câmara Municipal de Bissau, no qual serão expostos poemas originais, animação musical com DJ, dramatização dos poemas pelos autores, degustação dos sabores tradicionais da terra e venda dos livros.
Salienta-se que a obra é financiada pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua através da Embaixada do Centro Cultural Português em Bissau.
Para quaisquer informações contactar:
Edições Corubal
AUTORES:
Adão Quadé/ Adilson Ramos/ Adriano Nafantcham-na/ Aldonça Gomes Ramos/ Ana Nanque/ André Mendes/ António Costa/ Armando Lona/ Cadija Mané/ Danilson Correia/ Danso Yalá/ Dautarin da Costa/ Edson Incopté/ Elson Cabral/ Emílio Lima/ Filomena Umabano/ Flaviano Mindela/ Gabriel Ié/ Gina Có/ Hilário Júnior/ Humaetu Regalla/ Iasminy Lima/ Irina Ramos/ Ivo de Barros/ Jacinto Mango/ Jaime Nhaté/ Jennifer Badji/ Júlio Mendes/ Lourenço da Silva/ Luís Vicente/ Maio V. Baldé/ Mamadú Baldé/ Marcos Djú/ Maria Correia/ Maurício Mané/ Mussá Saní/ Omarildo da Silva/ Pita Correia/ Racinela Silva/ Rita Ié/ Rui N’faca/ Rui Semedo/ Saliatú da Costa/ Sinhote Có/ Umaro Djau/ Vitorino Indeque
VILAVERDENSES VÃO À GUINÉ-BISSAU ESTREITAR LAÇOS ASSOCIATIVOS E EMPRESARIAIS
Troika de empresários vilaverdenses, liderada por José Morais, presidente da Associação de Empresários de Vila Verde (AEVIVER), vai estar presente na Guiné Bissau de 18 a 24 de março.
Para além dos vários empresários do concelho, em representação de empresas como Atelier d’Engenharia, DG Eléctrica, Engimov e JPA Construtora, também António Vilela, presidente de câmara e Luís Filipe Silva, vereador socialista, acompanham a delegação de empresários.
Também os vice-presidentes Carlos Silva, do grupo Ideiacinco, e José Manuel Lopes, FERC, viajam com a comitiva.
“O mote desta viagem passa por estreitar laços associativos e empresariais, bem como por unir os povos irmãos. Para o efeito, estão previstos encontros com os mais altos cargos representativos do povo guineense”, afirma José Morais, presidente da AEViver.
vilaverde.net/conosaba/MO
GUINÉ-BISSAU: MISSÃO OOAS AVALIA ENSINO MÉDIO NO PAÍS
Bissau,14 Mar 16 (ANG) - Uma missão Organização Oeste Africana de Saúde (OOAS), chegou hoje ao país, para uma visita de três dias, durante os quais irá proceder a avaliação do ensino das ciências médicas ministradas na Guiné-Bissau.
Em declarações a imprensa após um encontro com a missão, o secretário de Estado do Ensino Superior,Fernando Dias disse esperar desta delegação indicações que permitam as autoridades nacionais melhorarem a qualidade do ensino em geral e, em particular, no domínio sanitário.
“Não podemos ter médicos sem experiência nenhum para atender os doentes”, fez notar Fernando Dias para realçar a importância da vinda desta delegação cujo resultado de avaliação irá permitir o governo adoptar medidas convista a melhorar a situação no sector de saúde.
O chefe da missão da OOAS, Abdoulaye Diallo informou que no final dos trabalhos, os técnicos vão produzir um documento com recomendações pertinentes em como a Guiné-Bissau pode melhorar a qualidade de formação na área sanitária.
A vinda da missão, segundo uma nota do Ministerio da Educação, se enquadra nos esforços de implementar curriculos harmonizados, especificamente na àrea de saúde, nos países membros da sub-região.
ANG/LPG/JAM//conosaba/MO
«MESA REDONDA\\CONFERÊNCIA» NO BRASIL: A REALIDADE DO CONTINENTE AFRICANO NÃO ENCONTRADA NAS LITERATURAS
UMA NOBRE OPORTUNIDADE
AOS INTERESSADOS SOBRE O TEMA, COMPARECEM DIA 21/03/2016 NA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP
...Pois a África não é país, o continente não tem só florestas e homens conservadores das suas culturais tradicionais.Sobre fome, miséria e conflitos armados, os africanos não são totalmente culpados por tal.
As religiões e regimes políticos europeus e asiáticos são maiores responsáveis pela destruição do continente africano.
O continente africano possui industrias, tecnologias, escritores, governantes e políticos de referencia, arquiteturas milenares e instrumentos de comunicação (Rádios, TV's, Telefones/Telemóveis (celulares)). Senti obrigação de ajudar as pessoas a se informarem por ser abordado várias vezes por estudantes e professores acadêmicas e pessoas comum com seguentes questionamentos: 1-Você sabe falar língua africana?
2- Na África tem celular ?
3-Como conseguiu chegar no Brasil, África tem aeroporto?
4- Como estão seu povo Haitianos e Jamaicanos?
5-Vocês não tem medo de morar com leões?
6- Onde aprendeu falar português, inglês ou francês?
CARTA ABERTA DE DOMINGOS SIMÕES PEREIRA AOS MILITANTES DO PAIGC
Publicado:
14/03/2016 às 14:10
A e-GLOBAL teve acesso em exclusivo à “Carta aberta aos militantes do PAIGC”, redigida em fevereiro, onde Domingo Simões Pereira denúncia “militantes, que mesmo com total disponibilidade da direcção em aproximar, insistiam em declinar o diálogo e nunca colaboraram na fortificação do PAIGC” e considera que “na hora de balanço de dois anos, seria hipocrisia e irresponsabilidade não falar dos problemas que o partido neste momento enfrenta”.
14/03/2016 às 14:10
A e-GLOBAL teve acesso em exclusivo à “Carta aberta aos militantes do PAIGC”, redigida em fevereiro, onde Domingo Simões Pereira denúncia “militantes, que mesmo com total disponibilidade da direcção em aproximar, insistiam em declinar o diálogo e nunca colaboraram na fortificação do PAIGC” e considera que “na hora de balanço de dois anos, seria hipocrisia e irresponsabilidade não falar dos problemas que o partido neste momento enfrenta”.
Carta aberta aos militantes do PAIGC
Valeu à pena!
Caros militantes do PAIGC
Assinalamos no passado dia… (4 a 11) de Fevereiro, o segundo ano da realização do Congresso de Cacheu que conduziu a presente direcção a liderança do nosso grande partido. O segundo aniversário foi assinalado com o país em crise política profunda e que ainda não tem solução. Está situação fez com que a direcção do partido optasse apenas por esta mensagem dirigida aos militantes em particular e guineenses em geral, para reafirmar o compromisso do PAIGC com a nação. Esta direcção está comprometida com os ideais do PAIGC de Amílcar Cabral.
Guineenses e militantes do PAIGC
Há dois anos, os militantes do PAIGC reunidos em Congresso na histórica cidade de Cacheu, confiaram a actual direcção que tenho o privilégio de liderar, o direito a condução do Partido, através da escolha de uma lista mais consensual que se podia esperar numa formação política da dimensão do PAIGC. A lista declarada vencedora do Congresso de Cacheu por mim encabeçada, foi uma mistura entre os veteranos e a nova geração do PAIGC. Esta fusão, não foi nada fácil, mas foi resultado do espírito que sempre nos imbuiu quando manifestamos e aceitamos o desafio de concorrer a liderança do PAIGC. Cedo incutimos em nós e juntamente com aqueles que aderiram o projecto na altura que, a afirmação do PAIGC tinha que ser um projecto inclusivo com a participação de todos os seus militantes. A nossa filosofia de liderança nos indica que, cada militante conta. O partido na sequência dos vários acontecimentos que antecederam o Congresso de Cacheu precisava de consensos para continuar a sua luta na defesa dos seus princípios e objectivos e dos interesses nacionais através da promoção de uma política inclusiva que garantisse a participação de todos na árdua tarefa de desenvolvimento nacional. Aliás, o consenso no PAIGC era inevitável, uma vez que, o processo de disputa para a liderança do partido deixava todos os indicadores de que seria bastante disputado.
Guineenses e Militantes do PAIGC
Dois anos depois, como presidente do PAIGC, gostaria de fazer o balanço que coadunasse com as promessas eleitorais que fizemos primeiro aos militantes do PAIGC para nos confiarem a direcção do partido e a seguir aos guineenses que aceitaram eleger o PAIGC como partido que devia governar a Guiné-Bissau para um período de quatro anos. Apesar de orgulhar do trabalho até aqui feito, acredito que podíamos ter feito mais. Infelizmente, por razões alheias a nossa vontade, hoje, o balanço interno do PAIGC, é influenciado negativamente pela situação política que o país vive. Podíamos dizer de viva voz que, muitos objectivos prometidos aos militantes do PAIGC foram atingidos e desde já a vitória nas eleições legislativas e presidenciais, mas o ambicioso e exequível projecto que dispomos para o partido e a Guiné-Bissau, levam-nos a dizer o contrário. Dizer que, o PAIGC podia fazer mais para si e para o país nestes dois anos. Temos capacidades para fazer muito mais daquilo que temos feito até aqui para o país. Por isso, o balanço que se esperava positivo, ficou extremamente afectado pela situação política e nem as obras ou outras reformas feitas no partido conseguem evitar este evoluir negativo.
Caros militantes do PAIGC
Passados estes dois anos a frente do PAIGC, mantenho a convicção que podíamos e podemos fazer mais para o partido e para o país. Mas para que isso acontecesse, era importante que os apelos da unidade e reconciliação feitos pela direcção saída de Cacheu fossem acolhidos por todos os militantes. Infelizmente, nem todos os que faziam parte do nosso grande partido digeriram bem os resultados de Cacheu e nem todos colaboraram no processo de reconciliação paulatino que a direcção tentava promover entre os militantes. Houve militantes, que mesmo com total disponibilidade da direcção em aproximar, insistiam em declinar o diálogo e nunca colaboraram na fortificação do PAIGC. Estes militantes que recusaram o diálogo em contrapartida exigiam da direcção esforços quase que impossíveis no curto espaço em que vigorava o mandato. Havia quem pensasse que era possível num ano apenas, resolver todos os problemas que um partido vítima de golpe de Estado tinha; Havia quem pensasse que num ano e com responsabilidade de governar, era possível reconciliar todos os militantes desavindos há anos; Havia quem exigisse que, um partido com apenas 4 dias para apresentar a lista de candidatos a deputado no Supremo Tribunal de Justiça satisfizesse as exigências de todos os militantes; Definir uma lista de candidatos a deputado sem qualquer descontentamento. Estas eram sim os desafios que a actual direcção tinha pela frente, mas tinha que ser de forma gradual, visto que havia um programa político que tinha de ser paralelamente implementado para o bem-estar da Nação guineense.
Contudo, e, apesar das contrariedades de ordem temporal, a direcção fez o máximo possível para que o consenso reinasse. Por exemplo na Constituição dos órgãos do partido se tentou ter a maior representatividade de todos as sensibilidades do partido como se pode ver na direcção do PAIGC. Na constituição da lista dos candidatos a deputado, mesmo sendo no período de Carnaval e a sede do partido estar no centro das comemorações desta festa, os dirigentes do PAIGC fizeram tudo e mais alguma coisa para respeitar os prazos, mas principalmente para fazer os militantes se sentirem mais representados. No âmbito da reconciliação, todos os apelos necessários foram lançados nas diferentes reuniões dos órgãos dos partidos; nas reuniões das comissões políticas regionais e nos encontros com militantes nas bases. Tudo era na tentativa de dar oportunidade a cada militante para que expressasse o seu sentimento e as suas opiniões sobre a evolução do partido. Para além destas acções maioritariamente realizadas no quando da política da direcção e no respeito aos estatutos era impossível fazer mais. E mais impossível ainda, quando muitas dessas iniciativas não tiveram a resposta necessária de alguns dos nossos camaradas.
Caros militantes do PAIGC
Na hora de balanço de dois anos, seria hipocrisia e irresponsabilidade não falar dos problemas que o partido neste momento enfrenta. Aliás, a acontecer, muitos que nos iam ler ou ouvir esta mensagem não perdoariam este furtar de não falar do assunto que mais interessa. O PAIGC vive uma crise política provocada por certos camaradas cuja motivação é conhecida, mas que viola de forma grave os estatutos do partido. Não obstante reservarmos o direito de em instâncias próprias (Conselho Nacional e Congresso) explicar a razão que levaram a tomada de certas medidas, importa desde logo lembrar a todos que, o PAIGC é um partido com os seus estatutos. Todo aquele que aceitar ser militante do PAIGC, tem como obrigação primeira, respeitar os seus estatutos. Os estatutos são para respeitar, porque eles é que permitiram até hoje a sobrevivência do PAIGC. Por isso, quando estão em causa os estatutos, a opção é única: respeitar. Não há outra escolha. E foi com base nessa imperatividade de respeitar os Estatutos é que, alguns membros da direcção foram sancionados pelos órgãos competentes do partido e posteriormente se aplicou mesma medidas à outros militantes.
Caros militantes do PAIGC
Como militante deste partido, apoio sem qualquer reserva, todas as iniciativas que visam fortificar o PAIGC. E a fortificação do partido, passa exclusivamente pelo respeito aos seus Estatutos. Mas apesar da direcção tentar ser um exemplo no respeito dos Estatutos, não se conseguiu evitar o velho hábito de certos militantes em desrespeitar a disciplina partidária sempre que se sentirem supostamente inconformados como uma determinada situação. E desta vez, os militantes que deviam ter mais responsabilidade no apoio ao partido na concretização dos seus objectivos políticos, os deputados neste caso, se tornaram em seus primeiros adversários no Parlamento e contra o Governo suportado pelo PAIGC, num claro desrespeito aos Estatutos.
Como presidente acho que este comportamento de certos ex-deputados do partido não se justificava, porque mantenho a convicção de que, muitos dos problemas levantados por estes agora ex-militantes tinham espaço para serem internamente debatido. Mandar o PAIGC para oposição, não é nenhuma opção para resolução de possíveis diferendos internos. Repito que, havendo problemas, os mesmos podiam ser resolvidos no partido e a direcção que dirijo sempre permitiu o diálogo. Lamentavelmente, muitos daqueles que alegam a existência dos problemas num levantaram-nos nem no Bureau Político e muito menos no Comité Central, órgãos que com actual direcção sempre reuniram com regularidade.
Caríssimos militantes,
Este balanço de dois anos não podia deixar passar de forma despercebida a prevalecente crise política que o país vive há seis meses depois da demissão do primeiro Governo constitucional do PAIGC na IX Legislatura. Sendo praticamente um assunto em que o PAIGC é parte incontornável na busca de solução, o nosso comprometimento é tudo fazer para que o país volte rapidamente a normalidade e que se continue a execução de políticas do desenvolvimento e bem-estar do povo guineense.
Mas, apesar deste compromisso, importa esclarecer aqui que, até a data presente só estamos a defender as conquistas eleitorais, os princípios do PAIGC e as leis da República da Guiné-Bissau. Há praticamente dois anos, os guineenses foram as urnas e disseram claramente que, quem devia governar era o PAIGC. Tem sido esta a única exigência que o PAIGC faz ao longo de todos os encontros para que é chamado. O PAIGC não aceitará nunca que o poder que lhe fora confiado pelo povo guineense seja retirado por quem não tem competências para tal. Só compete ao povo retirar o poder ao PAIGC. E enquanto for o presidente do PAIGC continuarei a defender todas as conquistas dos militantes do partido.
Caríssimos militantes,
O país vive uma situação de crise política profunda. A solução dessa crise passa sim pelo diálogo, mas fundamentalmente pelo respeito às instituições e as leis. O PAIGC reconhece e elogia todas as iniciativas que são promovidas para busca de solução desta crise, mas o desejado diálogo deve acontecer entre as instituições da República. No entendimento do PAIGC, vontade ou disponibilidade para o diálogo não pode nunca substituir o papel das instâncias vocacionadas para aplicação da lei. É nosso convencimento que, os problemas que o país vive no campo político, têm solução nas instâncias judiciais. Saudamos as iniciativas internas e externas para a solução dessa crise, mas o PAIGC mantém a determinação em ver as leis e as instituições da Repúblicas respeitadas. Convidamos aqui a todos os promotores das iniciativas de diálogo no sentido de tratarem as instituições com o merecido respeito institucional.
Convocamos a todos os militantes do PAIGC para abraçarem o processo de reconciliação interna há muito iniciada pela direcção, mas também exigir o respeito aos seus Estatutos e os seus princípios. Qualquer organização só prevalece, quando as suas normas são respeitadas pelos seus associados e o PAIGC mão podia nunca fugir a regra.
A todos, o nosso muito obrigado pela confiança. Unidos venceremos, a vitória é certa.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau
Viva o PAIGC
Engº. Domingos Simões Pereira
Presidente do PAIGC
ANP - Comunicado de imprensa
Assembleia Nacional Popular
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
Comunicado de Imprensa
A estatura, a dignidade e a responsabilidade que a Assembleia Nacional Popular detém na constelação das entidades de soberania da Guiné-Bissau, acrescida do dever que tem para com o povo que representa vem por este meio informar e esclarecer a opinião pública sobre a desinformação de que vem sendo alvo a sua postura face ao segundo despacho do Tribunal Regional de Bissau que decide pela suspensão da eficácia da Deliberação nº 1/2016 da sua Comissão Permanente.
A Assembleia Nacional Popular foi notificada no dia 27 de Janeiro de um despacho do Juiz do Tribunal Regional de Bissau sobre uma providência cautelar interposta por ela, que considera válida a Deliberação nº 1/2016 e ordena que os visados nela cumpram integralmente a referida deliberação relativa a perda de mandato, criando condições para o regular funcionamento da Instituição e que abstenham de qualquer acto que possa pôr em causa a integridade física e a vida dos demais deputados da Nação e dos cidadãos ou dos seus bens.
Esse despacho permitiu o cumprimento cabal da Deliberação nº 1 da Comissão Permanente no dia 28 de Janeiro e que consistiu na realização da sessão extraordinária, no empossamento dos 6 dos quinze deputados substitutos que ainda não tinham tomado posse e a aprovação do Programa do II Governo Constitucional da IX Legislatura.
Sucede que no dia 8 de Fevereiro, o mesmo Tribunal Regional de Bissau, através de um outro Juiz, notificou a Assembleia Nacional popular de um novo despacho sobre uma nova providência cautelar que decidiu pela suspensão da eficácia da Deliberação nº 1/2016.
Como se pode depreender, da mesma instância judicial a Assembleia Nacional Popular foi notificada de dois despachos com a mesma categoria, dispondo em sentido contrário.
Perante isso e apesar do primeiro despacho já ter sido integralmente executado, a Assembleia Nacional Popular no seu escrupuloso respeito pelo princípio da separação de poderes e da competência atribuída aos outros órgãos similares, decidiu suspender as suas actividades por forma a permitir o cabal esclarecimento pela instância judicial superior para quem interpôs competente recurso sobre a incongruência trazida pelo segundo despacho do Tribunal Regional de Bissau neste processo de perda de mandato.
Assim, contrariamente ao que tem sido ventilado e insinuado sobre o não cumprimento pela ANP do segundo despacho, vem esta Assessoria de Imprensa vincar que com a suspensão por parte dos órgãos competentes da Assembleia Nacional Popular das actividades deste órgão, demonstra-se cumprida o despacho em causa, porquanto se assim não procedesse as sessões plenárias da ANP estariam a funcionar com 117 deputados em flagrante violação da disposição constitucional que prevê 102 deputados para a Assembleia Nacional Popular.
Nesta ordem de ideia é pertinente que se esclareça que o incidente que aconteceu no dia 7 de Março corrente aquando da visita da missão do Conselho de Segurança, não se trata de um incumprimento de qualquer decisão na medida em que o evento que estava a decorrer na ANP naquele dia relacionava-se com uma reunião de alto nível empreendida pelo CS das NU com as duas principais forças politicas do país, PAIGC e PRS tendo sido solicitado as instalações da ANP para o efeito.
Porém antes dos referidos encontros foi realizada uma reunião com a Mesa da ANP e por razoes de organização ligadas a segurança estabelecida em conjunto com a UNIOGBIS foi restrita a entrada das pessoas as instalações, daí a razão da segurança não ter permitido a entrada dos deputados em questão e fora esta situação especial, nunca foi vedada entrada a qualquer deputado nas instalações da ANP como se pode comprovar no dai a dia desta Instituição.
A pretendida e errónea reintegração dos 15 deputados expulsos conforme a interpretação dada pelos defensores dessa posição, não visa mais do que uma pretensa vontade de expor ao ridículo uma instituição suprema representativa do povo e pilar da nossa estrutura democrática, o que os responsáveis desta Instituição nunca podem permitir que aconteça. Por isso, face ao impasse judicial aconselha a prudência que se recorra as Instâncias competentes, como fez a ANP para desbloquear os obstáculos, após o que se deve dar cumprimento da decisão emanada por órgãos de recurso.
O que a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP quer deixar bem patente, é o facto de constatar com muita preocupação, que Instituições com acrescidas responsabilidades na sociedade guineense, estejam a arvorar-se em Tribunais de Execução, ordenando incompreensivelmente a ANP que cumpra a decisão do Tribunal Regional de Bissau, ferindo com esta atitude as regras mais elementares da convivência democrática entre órgãos de soberania.
Outrossim, importa neste momento colocar a consideração e a reflexão dos guineenses, qual deve ser a atitude de quem se assume como mediador da presente crise?
Temos a certeza de que estar a assumir a defesa cega e intransigente de uma das partes em conflito não é uma atitude propriamente correcta de um mediador.
Mais uma vez, a Assessoria de Imprensa quer reiterar a elevada postura da Assembleia Nacional Popular no tratamento de assuntos de Estado e o seu respeito para com outros órgãos de soberania na construção democrática em que está inserida e deixar clarividente que preservará a dignidade do povo que representa e respeitando sempre as decisões de quaisquer órgãos de Estado legalmente estabelecido.
Bissau, 14 de março de 2016
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
Projecto solidário Para uma África melhor
Estou a trabalhar num projeto ainda pequeno mas com muita vontade de crescer, onde pretendo recolher fundos e ajudar países africanos. Todos os meses, durante 30 dias, irei fazer uma "campanha" e focar-me num país e no final desses 30 dias, doar a instituições.
Como sou filha de mãe guineense e pai cabo-verdiano, comecei pela Guiné-Bissau e já só me faltam 8 dias para terminar o prazo. Gostaria de pedir-lhe, se fosse possível, que partilhasse o projeto de forma a conseguirmos angariar o máximo para a nossa Guiné Bissau!
Conheça o projecto For a Better Africa
É uma aplicação onde podem fazer os donativos de forma rápida e segura! Podem ler sobre o projeto e convidar amigos para doar tambem. É importante frisar que não é nenhuma associação de caridade pois as pessoas tendem a não confiar em instituições pois não sabem para onde o dinheiro vai.
Eu tenho uma página criada no Facebook e farei questão de mostrar todos os meses onde e como foi aplicado esse valor. A aplicação também mostra quanto dinheiro foi doado até ao presente.
Obrigado,
Aakvsha Zulu
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