A criação de uma companhia aérea da Guiné-Bissau com parceiros internacionais, anunciada em junho, sofreu um atraso devido à queda do Governo do país, em agosto, disse ontem à agência Lusa o secretário de Estado dos Transportes.
"A crise política que afetou o país durante mais de dois meses afetou substancialmente todos os projetos que a Secretaria de Estado dos Transportes tinha com vários investidores", referiu João Bernardo Vieira.
"Estamos gradualmente a recuperar esses projetos", acrescentou.
No caso da constituição da Air Guiné-Bissau, o governante acredita que "está num bom caminho".
De acordo com o anúncio feito a 11 de junho, a Air Guiné-Bissau consiste num consórcio com o grupo romeno Tender, que disponibilizará os aviões, havendo também a possibilidade de a companhia aérea portuguesa Euroatlantic poder estar ligada ao projeto.
A Euroatlantic assegura atualmente a ligação aérea entre Bissau e Lisboa, com dois voos semanais.
A ideia consiste numa companhia com dois aviões e ligações de Bissau para o Senegal, Cabo Verde, Portugal e França -- sendo detida em 40% pelo Estado guineense e em 60% pelo grupo Tender.
Na década de 1990, chegaram a ser criados os Transportes Aéreos da Guiné-Bissau, mas a companhia acabou por falir.