INSTITUTO MARÍTIMO E PORTUÁRIO DA GUINÉ-BISSAU ANUNCIA MEDIDAS DE SEGURANÇA APERTADAS NESTA ÉPOCA DO ANO QUE VAI DE DEZEMVBRO DE 2014 A MARÇO DE 2015, DEVIDO A VENTOS FORTES E NEVOEIROS QUE SE FAZEM SENTIR.


Objetivo único, segundo avançou o Capitão dos Portos da Guiné-Bissau, Mário Domingos Gomes, em conferência de imprensa realizada esta manhã, é prevenir dos males que se não acauteladas podem causar dissabores durante uma viagem no mar.

Mário Domingos Gomes, pediu para isso, que todos os proprietários das pirogas, pilotos e passageiros trabalhem em úníssono para cumprir com rigor as medidas de segurança durante esta época do ano. Medidas que passam por:

-- Reduzir até 50 por cento o número de passageiros,

-- Disponibilizar para cada tripulante da piroga Coletes Salva-vidas,

-- Levar sempre a bordo das pirogas muitos litros de água,

-- 30 litros de combustível de reserva,

-- Levar sempre para cada viagem, dois motores fora de Bordo e,

-- Colocar de forma muito visivel o nº de Telefone (Linha Verde) disponível para casos de emergência: 516 66 66

Pierre Voillery afirmou que a frança está disponível para apoiar Guiné-Bissau


O novo Embaixador da França na Guiné-Bissau, Pierre Voillery disse hoje que o seu país está disponível para apoiar as novas autoridades da Guiné-Bissau.

Falando a’imprensa após a entrega da carta credencial ao Presidente da República, José Mário Vaz, o diplomata referiu que a França trabalhou muito para ajudar o nosso país a reencontrar a estabilidade política através da realização das eleições legislativas e presidenciais.

Reiterando a disponibilidade de Paris em apoiar as novas autoridades, Voillery disse ter visitado ontem, em companhia da ministra da Saúde Pública, o Centro de Distribuição e Venda dos Medicamentos (CECOME). Frisou que a França está engajada na luta contra a Sida.

“Como sabem a França foi a promotora da criação do Fundo Global para ajudar o combate contra a Sida”, afirmou o embaixador, lembrando que o seu país ajudou recentemente a Guiné-Bissau com um montante de um milhão de Euro.

Pierre Voillery reafirmou o empenho de Paris em apoiar as autoridades guineenses na mobilização de apoios junto das organizações internacionais

África de Sul promete apoiar a Guiné-Bissau


O Embaixador de África de Sul, Noel Noa Lehoko, disse hoje à imprensa que o relacionamento entre o seu país e a Guiné-Bissau está num bom caminho. O diplomata sul africano entregou esta sexta-feira a carta credencial ao Presidente da República, José Mário Vaz.

A África de Sul e a Guiné-Bissau são país irmãos e estamos a pensar que no futuro vamos trabalhar mais em consolidar as relações entre os dois Estados”, assegurou.



Lehoko disse ter abordado com o Chefe de Estado guineense diferentes assuntos, entre os quais a possibilidade do seu país vir ajudar a Guiné-Bissau sobretudo nos domínios de agricultura, mina e pesca.

A Guiné-Bissau e o Brasil têm relações históricas muito importante para ambos países


O Embaixador da República Federativa do Brasil, Fernando Apparício da Silva, disse hoje que a Guiné-Bissau é um país muito importante para o Brasil devido às relações históricas existentes entre os dois países.

Numa declaração aos jornalistas depois da entrega da carta credencial ao Presidente José Mário Vaz, o diplomata brasileiro manifestou o desejo de poder corresponder às espetativas do seu país.



Prometeu trabalhar na criação de um bom diálogo político entre os dois Estados, sobretudo nas “grandes questões da agenda internacional”.

ZÉ TURBO DESAPARECEU DOS TREINOS DO SPORTING


image Jovem não aparece em Alcochete para treinar há alguns dias e não volta se o clube não aceitar a contra-proposta que fez.
Depois de Shikabala, que se encontra há alguns meses no Egito e sem dar justificação ao Sporting, há outro jogador que abandonou Alcochete sem autorização: trata-se de José Correia, também conhecido como Zé Turbo, médio ofensivo (embora também possa ser avançado) da equipa de juniores.
Ainda recentemente, aliás, o jovem jogador foi titular frente ao Maribor e acabou por fazer dois dos três golos da vitória leonina, em jogo da UEFA Youth Cup.
José Correia, como o Maisfutebol já escreveu, não tem contrato com o Sporting, estando apenas preso pelo direito de inscrição registado na Federação Portuguesa de Futebol.
Ora nesse sentido, e porque José Correia podia abandonar o clube a custo zero, a direção leonina já apresentou ao jogador uma proposta de assinatura de contrato que não foi do agrado do atleta. Este fez então uma contra-proposta, que o Sporting se recusou a aceitar por considerar demasiado alta.

MC CÁDIO APRESENTA O DISCO “HORA DA VERDADE” AO POVO GUINEENSE


cadio O jovem músico guineense, Cádio Yofa (MC CADIO), lançou no passado dia 17 do mês de Novembro último, o seu segundo álbum discográfico cujo título é “Hora da verdade”. O álbum foi editado pela nova editora do “DJ Paulo Lopes”. Produziu-se um total de 2.500 cópias de “CD´s” que foram vendidos no estrangeiro e contém 16 faixas musicais.
O disco “Hora da Verdade” começou a ser trabalhado no país, depois em Lisboa (Portugal) e a parte final dos trabalhos foi feita em Paris, França. Neste disco destacam-se as seguintes faixas musicais que têm feito furor nas pistas das discotecas do país: Contra Traição; Mindjer Diamante; Hora da Verdade; Macthu Cá; Vitoriosa; Uia; Coração Invadido; Saudade de Jeitosa, entre outras.
A apresentação pública do álbum “Hora da Verdade” de um dos jovens músicos mais ouvidos do país decorreu na cidade de Paris, no palco da segunda maior discoteca daquela cidade francesa.
Nos dias 03 e 05 de Dezembro o artista fez uma apresentação pública do seu álbum no Centro Cultural Franco Bissau Guineense e Espaço cultual Lenox respectivamente, em Bissau e tomaram parte no evento alguns músicos nacionais e jovens músicos da nova geração.

Numa declaração exclusiva ao jornal O Democrata, Cádio Yofa explicou que sentiu enormes dificuldades e experimentou sacrifícios na produção deste disco. Assegurou que o mesmo não tem nada a ver com o primeiro disco apresentado no ano 2010.
Cadio lembrou ainda que o seu primeiro disco teve o apoio de um empresário que lhe pedira na altura que fizesse algumas músicas apenas e que estas seriam editadas como maquete (uma produção não profissional). No entanto conseguiu fazer muitas músicas que impressionaram o empresário que acabaria por editar um álbum com aquelas músicas.
“Desta vez não foi assim. Desta vez custou o meu próprio sacrifício. Dias e noites de trabalho. Fui obrigado a poupar muito, a sacrificar-me para poder editar o meu segundo álbum discográfico e coloca-lo no mercado. Trabalhei três musicais aqui em Bissau. Fiz o trabalho de oito faixas musicais em Lisboa e as restantes cinco foram trabalhadas em França”, espelhou o jovem músico.
O artista contou que dedicou o álbum especialmente às suas três filhas “porque trouxeram–lhe a sorte”. Todavia, agradeceu igualmente a todos os amigos e colegas que sempre se preocuparam com ele porque sempre quiseram saber como iam os trabalhos.
Explicou que todas as cópias do trabalho de um total de 2.500 CD´s foram compradas no estrangeiro. Avançou que no início de Janeiro de 2015 o trabalho irá ser reeditadoem grande quantidade.
BIOGRAFIA
Cádio Yofa nasceu no dia 04 de Setembro de 1983, em Bissau. Descendente da família “Djidiu”, desde criança que gostava de cantar e tocar juntamente com os seus colegas. Iniciou a escola primária em Bissau. Depois fez o ensino liceal na escola 23 de Janeiro e concluiu na escola “Dr. Agostinho Neto”.
Começou a formação superior na Faculdade de Medicina, mas foi obrigado a interrompê-la devido a dificuldades financeiras. O cantor sustentou que o seu maior sonho é ter uma formação superior, por isso está determinado a trabalhar para continuar os seus estudos.
MC Cádio é o seu nome no mundo da música. Produziu o seu primeiro trabalho em 1999, com a música que intitulou “Cadjolas”. Editou em 2010 o seu primeiro álbum discográfico intitulado “

Afonso Té: “TRAZER MAIS CONTINGENTES MILITARES ESTRANGEIROS NÃO É SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DA GUINÉ-BISSAU”

Dr. Afonso Té

O Presidente do Partido Republicano para a Independência e Desenvolvimento (PRID) e candidato derrotado nas últimas presidenciais,António Afonso Té, considerou, na grande entrevista a O Democrata que trazer mais contingentes militares para o país não é,a priori, uma solução para os problemas que os guineenses defrontam. De acordo com a sua visão, a situação do país é, particularmente, muito diferente da situação da República do Centro Africana, da Líbia e do Mali.
“Os nossos problemas internos são problemas que podem ser resolvidos. Em vez de estarmos a trazer mais forças para permitir que se vá pela extravagância no uso dos meios destas organizações internacionais,o que sugeriria é efectivamente trabalhar no sentido de se criar uma plataforma, ou seja, um espaço de concertação e o diálogo nacional. O deficit da Guiné-Bissau reside precisamente ali, no diálogo nacional. É preciso um diálogo nacional, é preciso que as pessoas conversem. As soluções para os problemas candentes, ou melhor, os problemas de grande vulto da Guiné sejam resolvidos é que haja a participação de toda gente ou de todos os guineenses na resolução desses problemas”, defendeu o antigo militar na reserva.
Para o líder do PRID,não existem motivos e razões de trazer mais contingentes militares estrangeiros para o nosso país porque desde que as forças da CEDEAO se instalaram no nosso país não houve mais problemas. Portanto não se justifica mais a vinda de militares estrangeiros à pátria de Amílcar Cabral.
O DEMOCRATA (D): Uma das questões levantadas nos últimos tempos tem sido a ausência da oposição ao Governo do PAIGC, do qual fazem parte o PRS e outras formações políticas. Qual é a sua opinião em relação a esse assunto?
ANTÓNIO AFONSO TÉ (AAT): Acho que é preciso respeitar a decisão do povo guineense em ter dado a vitória ao PAIGC nas legislativas. Penso que é muito cedo para fazer aquela a oposição ferrenha ao partido no poder. É preciso dar um tempo ao PAIGC e o PRS que estão no poder para poderem demonstrar aquilo que podem ou sabem fazer, porque achamos que já é tempo para fazer coisas concretas e boas para a Guiné.Já é tempo de nos preocuparmos com o país no sentido de tirá-lo da situação em que se encontra.
D: Que leitura faz do desempenho deste Governo ao longo de quatro meses do seu exercício?
AAT: Quero deixar até aotempo que entendemos razoável para fazer alguma coisa de concreto para o país. A partir deste momento, eu faço as minhas análises sobre o desempenho do executivo.
D: Tendo em conta as dificuldades enfrentadas pelo país em diferentes sectores,se estivesse no lugar do primeiro-ministro, quais seriam as suas prioridades neste momento?
AAT: Lamento não estar no lugar do primeiro-ministro, por isso tenho muito pouca coisa para lhe dizer. Apresentei a minha moção de candidatura ao cargo de Presidente da República e o partido apresentou o seu programa eleitoral. Se estivéssemos no poder o que faríamos estaria ligado estritamente aquilo que nós traçamos no programa eleitoral.
De acordo com o programa eleitoral que apresentamos publicamente, entendemos que em primeiríssimo lugar é preciso resolver a situação de emergência que se coloca.Emergência em todos os sectores fundamentais, como nos sectores da defesa e segurança, a emergência no sector da educação, da saúde e da agricultura. Avançávamos depois com o programa de contingência para começar a trabalhar o aparelho de Estado, de forma a resolver a pressão sobre a resolução dos problemas que teremos de enfrentar a médio prazo em relação ao país.
Depois disso avançava-se com outro tipo de plano para resolver o problema da energia. Acho que talvez estejam a resolver o mesmo, mas não tenho certeza. Vejo a iluminação na via pública principal. Se nós tivéssemos ganho as eleições teríamos uma solução mais concreta para os problemas que o país enfrenta em diferentes sectores.Há um partido que ganhou as eleições, portanto esperemos que resolva os problemas que o país enfrenta.
D: As autoridades guineenses pediram a vinda de uma força de estabilização multinacional, na qual tomariam parte contingentes militares da CPLP, da União Africana e da União Europeia, para além do contingente da CEDEAO que já se encontra no país. Enquanto militar de carreira com uma elevada experiência, acha que o país precisa de uma força de estabilização no actual contexto sócio-político?
AAT: Seria estar a pôr muita força militar na Guiné-Bissau que a priori não é a solução dos problemas. A nossa situação tem uma particularidade que é muito diferente da situação da República Centro Africana, da Líbia, do Mali ou de outros países. Os nossos problemas internos são problemas que podem ser resolvidos. Em vez de estarmos a trazer mais forças para permitir que se vá pela extravagancia no uso dos meios destas organizações internacionais,o que eu sugeriria é efectivamente trabalhar no sentido de se criar uma plataforma, ou seja, um espaço de concertação e o diálogo nacional.
O deficit da Guiné-Bissau reside precisamente ali, no diálogo nacional. É preciso um diálogo nacional, é preciso que as pessoas conversem. As soluções para os problemas candentes, ou melhor, a tática para que os problemas de grande vulto da Guiné sejam resolvidos é que haja a participação de toda gente ou de todos os guineenses na resolução desses problemas.
Como se sabe já temos uma força que é multinacional no nosso país. Essa força que, apesar de ser da CEDEAO, é uma força composta por contingentes de diferentes países daquela organização e, por isso mesmo, ela é multinacional. Essa força já demonstrou que tem a capacidade para oferecer um quadro securitário indispensável para a situação em que nós estamos, como também de trabalhar no sentido de fazer o país sair da situação em que se encontra.
Essa força instalou-se no país depois de golpe de 12 de Abril. Desde que chegou ao país não se registou nenhuma situação de guerra, ou da eminência de guerra. Tivemos aqui sim, uma tentativa no dia 21 de Outubro que deu no que deu. Essa tentativa de 21 de Outubro ofereceu um quadro macabro de seis ou sete cadáveres. Depois saímos dessa situação e fomos para outra.Criou-se um boato que acabou por custar a vida a um inocente, ou então, o resultado deste boato deu na morte de um cidadão nigeriano nobairro de Massa-Cobra.
Essas são as situações difíceis que se registaram durante a presença da força de CEDEAO, portanto essa é parte negativa que se pode dizer, uma vez que houve vidas que foram ceifadas em consequência daquelas situações todas. Tivemos duas situações aqui, mas uma foi provocada por indivíduos interessados em complicar a situação que prevalecia naquela altura.
Como se sabe até aqui, não há elementos nenhuns que provem que os nigerianos estivessem a tentar traficar os órgãos humanos. Aquela acção de tentativa levado a cabo ao nível do aeroporto, gostaríamos que essas coisas fossem esclarecidas. Entretanto, o que é que tivemos aqui de bom? Tivemos uma situação de calma que permitiu que todo o processo de retorno à normalidade constitucional se realizasse.
É do que nós precisamos. As eleições foram feitas e em consequência disso há um Governo que tomou o poder e que está a tomar as medidas que acha serem necessárias para os problemas que enfrenta. Não temos um quadro onde haja eminência da guerra ou de conflitos tribais que possa descambar numa guerra civil, portanto não há necessidade de se trazer uma força de estabilização para o país.
Quanto maior for o número de forças militares num país, maior poderá ser as possibilidadesde confronto. Eu digo isso, porque cada país tem o seu código de valores e estes códigos de valores podem não ser consentâneos com aqueles que virão mais tarde. Quero dizer aqui, que se aumentarmos mais o número de forças estrangeiras, significa que estamos a aumentar as nossas complicações.
D: Há possibilidade de haver confusão no país com o aumento de forças militar estrangeira?

AAT:Sim.Há a possibilidade de haver mais confrontos no país, se aumentarmos mais forças militares. Também estaríamos a transportar aquela guerra diplomática que aconteceu durante a transição, entre a CPLP e a CEDEAO para um campo já mais prático que é o campo militar. Será que isso nos interessa? Ou quem está interessado nisso nesta terra?Uma presença de forças de estabilização na Guiné-Bissau pode aumentar o risco de confusão. Já temos a situação da normalidade constitucional resolvida, portanto para mim essa força de estabilização da CEDEAO deve começar já a trabalhar no sentido de se retirar. Para quê estarmos a aumentar forças no país? Para quê?
D: Continua a defender que só através do diálogo é que se pode resolver o problema da Guiné-Bissau. Que estratégia acha deveria ser adoptada para a criação de um espaço de concertação nacional?
AAT: Sei que havia muitas iniciativas no passado que não deram bem, mas também isso tem a ver com a metodologia usada. A estratégia que deve ser utilizada passa pela selecção de individualidades neutras para tratarem disso. O que nós propomos dentro dessa metodologia é o seguinte: a criação de três pilares de base para a criação de um espaço de concertação nacional.
Esses três pilares seriam criados da seguinte forma: Um pilar para as organizações internacionais a que nós pertencemos; segundo pilar seria sustentado pela organização da sociedade civil e o terceiro pilar seria constituído pela classe política guineense.
D: Quais seriam as tarefas destes três pilares?
AAT:Cada um teria a sua tarefa muito bem definida. A tarefa do primeiro pilar seria a tarefa do aconselhamento e de contribuição para se encontrar a melhor forma de se sustentar a mesa. A tarefa dos políticos seria de saberem colocar-se acima de querelas políticas ou das quezilhas entre as diferentes facções políticas que existem, a fim de colocarem o interesse da Guiné-Bissau acima de todos os interesses políticos.
Para isso, eles teriam que dialogar entre eles no sentido de assumirem posições que pudessem ser levadas à mesa. Eu não digo que isso eliminaria todos os problemas, mas poder-se-ia encontrar soluções para as questões importantes sobre a vida do país. A intervenção da sociedade civil permitiria regular, porque ela é tida como neutra e, por isso regularia toda a situação dentro do contexto de espaço para que as pessoas pudessem,de facto,falar com serenidade para encontrar as soluções sobre os problemas do país que são gritantes.
D: A Assembleia Nacional Popular pretende retomar a iniciativa da reconciliação levada a cabo no passado, mas que está muito longe do formato que acabou de apresentar. Acha que essa caminhada do Parlamento vai dar certo?
AAT: Simplesmente vamos retomar os trilhos que nos levaram ao fracasso. Porquê é que excluem as pessoas que poderão ter vozes, se calhar, até vozes muitos úteis para a solução dos problemas do país?!É bom que fique claro: ninguém tem exclusividade para resolver os problemas da Guiné-Bissau.Todos os guineenses devem participar na resolução dos problemas que temos enfrentado.
Os guineenses confiaram a resolução dos seus problemas à assembleia. Quantas assembleias existiram? Aos partidos políticos, quantos partidos políticos existem? A sociedade civil, quantos elementos da sociedade civil existem? Aos militares, quantas vezes os militares interviram nos assuntos políticos do país? O que é que aconteceu?Nada… É preciso que haja um espaço em que toda gente esteja. Quero trazer aqui um exemplo, quando chegamos a independência não demos ouvidos a ninguém. Pensávamos que tínhamos o monopólio da verdade.
Pensávamos que podíamos fazer, que sabíamos fazer e até por que combatemos os portugueses e foram-se embora. Deixou-se de ouvir os anciões que podem ter boas soluções para os problemas que temos. Não foram ouvidos, ou seja, não se escutou ninguém. Entramos para um quadro institucional, depois da democracia como se estivéssemos num país onde não hávia problemas.
Ou então, como se estivéssemos num país, onde a democracia já tinha uma longa tradição. Ainda estamos na aprendizagem da democracia. Portanto não vamos entrar na aprendizagem da democracia pensando naquilo que os outros fazem na terra deles, porque a realidade é diferente. Devemos inventar soluções para os problemas que temos, de acordo com a realidade que temos. A Guiné-Bissau tem as suas particularidades como qualquer outro país do mundo. Portanto são essas particularidades que devem ditar o comportamento dos guineenses no sentido de buscar soluções para os problemas.
D: Que leitura faz da demissão do ministro da Administração Interna, Botche Candé?
AAT:Se os factos corresponderem ao que está a circular na comunicação social, o senhor ministro deve apresentar a sua demissão. O titular da pasta da Administração Interna neste momento tem sob a sua alçada a segurança e a contra inteligência do país, a ordem pública interna, as fronteiras, como também tem a administração do território e do poder local.Outra coisa, a função do ministério de Interior é uma função fundacional do Estado, então é uma das funções da soberania onde não se deve cometer erros.
O senhor ministro do interior, para se deslocar a linha fronteiriça é preciso que ele se rodeie de segurança. Os quadros do ministério de Interior são quadros técnicos bons e que já têm muita experiência técnica nos ramos das suas especialidades. Eu não vejo, ou não entendo como é que o ministro do interior terá caido numa emboscada de rebeldes. Isso é muito ridículo, mas muito ridículo mesmo.
D: O que acha que aconteceu de concreto?
ATT: Eu não sei e nem quero imaginar. Quando ouvi que os rebeldes emboscaram o ministro do interior, fiquei muito preocupado e até perguntei se querem invadir a Guiné-Bissau outra vez.Porquê? Para começar, a estabilidade da Guiné-Bissau depende de um relacionamento bom entre ela e os outros países que o circundam.
Porque fazemos parte da mesma região. Costuma dizer-se que podemos escolher os nossos amigos, mas não podemos escolher os nossos vizinhos…A Guiné-Bissau já não deve entrar em outros conflitos para que possa dedicar-se a resoluçãodos conflitos internos que ainda tem. É preciso que ela tenha a paz do lado de fora, ou melhor, que haja uma boa vizinhança com outros países.
Imagina…estarmos aqui a registar casos do ministro de Interior que cai na emboscada de rebeldes. O que é isso? Onde está a soberania? A soberania não é só na boca. Está nos actos práticos que o aparelho de Estado tem que executar para que efectivamente os cidadãos se sintam em segurança. A defesa e a segurança é a segurança colectiva do povo guineense e essa segurança colectiva especializa-se em dois elementos importantes, designadamente: Uma defesa e outro elemento é a segurança para que a população cá dentro esteja segura e que se desloque ou que vá para onde quiser, dentro dos limites das nossas fronteiras.
D: Acha que essa demissão vai aumentar mais a crise a nível interno do PAIGC, tendo em conta o peso político do demissionário?
ATT: Com o PAIGC nada é linear… Eu não gostaria de entrar em comentários que depois podem ser mal interpretados. Porque é preciso termos informações daquilo sobre o qual falamos. E não tenho essas informações.
D: Presidente, se na verdade for apurada a presença dos elementos pertencentes à rebelião casamancesa no território nacional, qual deveria ser a posição das autoridades da Guiné-Bissau, na sua opinião?
AAT:A primeira posição das autoridades guineenses é fazê-los sair do espaço nacional. A segunda é continuar aquelas vizinhanças que já vinham sendo feitas há muito tempo. Estamos a falar de uma situação que leva já mais de 30 anos, portanto imagina se um dia o executivo valorizar a zona de Varela, será que não vai ter dificuldades…
Aquele espaço é nosso, então já chega. Além disso tudo regista-se ainda a pressão dos refugiadosque não nos ajuda, porque o pouco que já temos vamos ter que partilhá-lo com eles.
D: No passado recente uma situação idêntica a essa levou o nosso país ao conflito com uma das facções de rebeldes na região de Cacheu. Acha que o país corre o risco de se envolver mais uma vez num conflito com um outro grupo de rebeldes, desta vez na região de Oio? 
AAT: É por isso que o Governo tem que tomar uma medida eficiente para que a situação não se repita.
D: Que medidas devem ser tomadas neste contexto?
AAT:Muitas.Dentre elas e a principal é fazer sair esses homens do nosso território e a segunda é lançar uma ponte entre as autoridades guineenses e as autoridades senegalesas.A terceira é encontrar uma fórmula comum entre a nossa gente e o Senegal no sentido de se negociar para que essa rebelião conheça o seu fim.
D: Nas últimas eleições o Partido Republicano Independente para o Desenvolvimento (PRID), registou uma derrota retumbante. Essa derrota para muitas vozes, deve-se a falta de uma estratégia política clara e outros entendem que deve-se ao fracasso da liderança de presidente do partido… Quer fazer comentário em relação a isso?
ATT:Que cada um pense o que pensa… O que eu acho é que, para se chegar a uma conclusão e apontar dedos é preciso fazer uma leitura muito mais complexa do que aquela que se faz. O nosso partido estava a liderar o fórum e o fórum foi tido aqui como o maior golpista. A estratégia do PRID com o fórum era concertar a oposição para poder ir para frente. Acho que será difícil uma única organização política combater o PAIGC que já tem mais de 50 anos de implantação no território guineense. É preciso que haja uma estratégia concertada para chegar a este ponto. Enquanto estratega compreendi que efectivamente essa devia ser a solução e continuo a dizer que esta que é a solução. Entretanto, se calhar tenha havido algumas arestas que não foram limadas e que deixaram algumas organizações políticas com quem compunha o fórum na situação de fragilidade.
Essa fragilidade vai desde a propaganda negativa do facto de nós termos assumido a gestão da transição que não correu bem, se não a primeira parte. A primeira parte correu bem, a segunda é que não correu bem, mas toda gente sabe o porquê de a segunda parte não ter corrido bem mas ninguém diz isso.
A segunda parte não correu bem porque efectivamente o PAIGC decidiu entrar e fez tudo que podia para dar cabo daquilo. Houve ainda uma ligação entre o PAIGC e o PRS que criou uma situação de fragilidade. Outra fragilidade residia precisamente no facto de o fórum não ter corpo. O estatuto tinha sido feito, mas não foi levado à execução. Foi sob a minha coordenação que o estatuto foi levado à execução. Quando aproximávamos das eleições toda gente queria ir ao fórum e isso provocou uma pressão sobre o fórum.
Outra coisa: as estratégias são delineadas de acordo com as situações e com a realidade que existem. Essas realidades são projectadas para que efectivamente se possa delinear tantas estratégias. O PRID é que teve a organização das eleições nas suas mãos através de um ministro, que é dirigente do PRID. Esse mesmo ministro foi cabeça da lista do nosso partido para as eleições legislativas, portanto esse senhor tinha uma certa responsabilidade nisso.
De acordo com os nossos estatutos, o presidente do partido é cabeça de lista, mas se for candidato às eleições presidências, quem assume a cabeça da lista é o responsável político em termos dos resultados obtidos nas eleições. Não é que eu esteja passar o fogo para outro não é nada disso… A estratégia delineada no quadro do fórum era a melhor estratégia, por isso no cômputo geral dessa estratégia deveria dar ao fórum 30 por cento do eleitorado.
D: O que falhou de concreto e que vos impediu de atingir esse resultado?
AAT:Falhou porque as pessoas fugiram, por um lado. Por outro lado muitas formações políticas não foram capazes de dizer muito cedo que não estavam numa situação regular para irem às eleições. Esses elementos associados à retirada da União Patriota Guineense (UPG) sem avisar o corpo do fórum dificultaram o fórum.
Por outro lado toda gente considerava o fórum de golpista. Entretanto o fórum fez um trabalho junto das representações diplomáticas a nível interno, porque dentre delas havia os que consideravam o fórum de golpista. Os efeitos negativos da posição que tinham em relação ao Fórum deram cabo do nosso bom nome. Quando o PAIGC passou a liderar a transição o que foi que aconteceu…tudo o que era mau vinha para conta do fórum quando no fundo o fórum já não estava no poder.
D: Há informações que indicam que registou-se muita crítica interna a volta da sua liderança dentro do seu próprio partido, depois das eleições. Quer fazer um comentário sobre isso?
ATT:Não… Não se registou esse facto. Aqueles que deram o cabo do fórum ainda querem dar o cabo de PRID, porque sabem que o PRID é daquelas formações políticas sólidas que já se está a transformar em uma instituição. Há três pessoas que são responsáveis disso tudo e essas três pessoas,entraram em inteligência com outras gentes para poder estragar o partido.
D: Senhor presidente, quem são essas três pessoas?
AAT: Não vou dizer os nomes das três pessoas, até porque estamos a tentar resolver esse problema internamente a nível do partido. Esta liderança não é muito criticada. Essas pessoas é que estão a lançar a mesma coisa, mas porquê? Porque eu pedi ou exigi que me fizessem contas das despesas feitas durante a campanha eleitoral. Eu tenho estado a pôr dinheiro num partido e quero saber como é que este dinheiro é utilizado.
Acho que é normal pedir contas. Não há nada de anormal aqui, mas só que utilizaram o dinheiro de forma negativa e não têm condições de apresentar contas. A única saída para eles é lançar farpas. Dizendo que este presidente é contestado. Mas era bom que estivessem ontem quando fui à Bijimita e registassem o acolhimento que as pessoas me fizeram. Após as eleições fui à Gabú e foi a mesma coisa, tive um bom acolhimento da parte das populações.
A contestação está na cabeça daqueles que produziram os resultados super negativos, porque entraram em situações de fazer contestações ou guerras internas ao nível do partido numa altura em que não era necessário. Mas se calhar, tinham o interesse de o fazer, porque estavam a ser orientados por aqueles que querem acabar com o PRID.
D: Durante a campanha eleitoral o seu partido foi um dos que fizeram uma campanha considerada milionária. Podia falar-nos da proveniência dos fundos utilizados pelo Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento nas últimas eleições?
AAT:O problema é que ninguém questiona a proveniência dos fundos de nenhum partido aqui na Guiné. Porque razão se questiona a proveniência dos fundos do PRID? Por isso é que eu digo que a estratégia com que conduzi a campanha foi a melhor em termos de organização. Por isso tinha que ser atropelado.
As pessoas falaram aqui de muito dinheiro. Não somos nós que pusemos mais dinheiro na campanha. Nós conseguimos colocar uma soma de 350 milhões de francos cfa na campanha eleitoral, mas os efeitos foram como se nós tivéssemos colocados na campanha mais de um bilhão de francos cfa. Porque eu sei fazer este tipo de trabalho e o que conseguimos fazer é delinear muito bem a nossa estratégia de comunicação, que também é algo que sei fazer muito bem enquanto profissional para a estratégia da comunicação.
Tudo o que se fez era a pressão para esmagar o PRID, porque estávamos numa situação de taco a taco com o PAIGC em termos de campanha. Ninguém queria que um golpista ganhasse as eleições, então as baterias convergiram no sentido de dar cabo ao PRID. Eu aluguei não comprei, mas eles pensaram que os carros foram comprados. Eu tive na minha campanha 38 carros, dos quais comprei apenas quatro.
O aluguer de cada um desses carros custou-me 1.200 mil F.CFA (Um milhão e duzentos mil francos cfa) em Dacar por 30 dias. Tenho as facturas e outras coisas mais desses alugueres dos materiais que fiz.Os 35 carros foram alugados por 36 milhões de francos cfa.Paguei pelo aluguer do camião palco uma soma de um milhão de francos cfa por dia. Confeccionei um total de55 mil camisolas, que custaram no total 55 milhões de francos cfa. Paguei 250 mil cartazes que custaram-me 17 milhões de francos cfa.
D: O partido conseguiu algum financiamento para o aluguer ou aquisição destes materiais?
AAT:Nós fizemos angariação de fundos…
D: Fizeram angariação destes fundos da parte dos parceiros ou como?
AAT: Fizemos campanhas de angariações de fundos a nível das comunidades lá fora. Organizamos jantares para a colheita dos fundos. Nós sabemos fazer isso. Portanto o mais importante de tudo isso é a nossa capacidade de comunicação ou de convencer as pessoaspara obter apoios. O problema é a capacidade de convencer, porque partimos de uma base em que não tinhamos nada e fizemos desse nada a nossa força.
As pessoas ficaram muito preocupadas, mas porquê não perguntarem quais os montantes postos por outras formações políticas na campanha? Posso garantir que para as próximas eleições vamos fazer melhor.
D: Muitos guineenses têm admirado muito a sua capacidade académica, mas muitos, evocam o seu passado nas forças armadas como um obstáculo para o seu sucesso. Quer fazer um comentário sobre isso?
AAT: Acho que as pessoas foram surpreendidas pela minha capacidade, porque pensavam que eu era um brutamontes que não tinha conhecimento nenhum e que não sabia senão a sua profissão de militar. Isso foi o que aconteceu. Mas quando descobriram e a partir daquela altura passei a ser uma ameaça. Como ameaça tinha que ser combatido e as pessoas que me combatem foram buscar o meu passado militar.
Sou o militar e tenho orgulho de ter sido militar, fiz muita coisa para a Guiné-Bissau. Primeiro, na idade de 16 anos participei na luta de libertação, quando a luta acabou eu tinha já 20 anos. Antes disso eu estava a estudar aqui em Bissau no liceu e ia ao quadro de honra todos os períodos. Fiz o curso de comandante de castelo e passei, fui promovido ao comandante de castelo. Depois fui promovido ao comandante de grupo.
Cheguei a liderar as forças armadas no sentido de transformá-las numas forças armadas regulares vindas das forças armadas irregulares. Disseram que eu é que criara a confusão, eu não criei confusão nenhuma. Antes pelo contrário os políticos é que entenderam que tinham que deitar a mão às forças armadas para poder tirar o PAIGC do poder. As guerras políticas internas é que levaram o país à guerra civil, mas não aquilo que eles disseram que tinha sido: guerra geracional entre os oficiais das forças armadas.
Fui do tribunal militar superior.Fui nomeado e não voluntariamente. Enquanto militar se eu for nomeado, tenho de aceitar a nomeação. Enquanto militar eu servi o meu país muito bem. Para servir o meu país, eu tinha a obrigação de conhecê-lo, portanto conheço o meu país.
Estes capitais de vantagens é que fazem medo às outras pessoas que dizem que como sou militar, devia ficar nas casernas. O meu arcabouço político é superior ao arcabouço político dos outros, mas as pessoas não conhecem o meu arcabouço técnico. Sou o administrador público, sou jurista, sou um oficial inter-armas por ter feito academia militar. Um mestre em artes e ciências militares.
D: O país prepara a reforma do sector da defesa e segurança que algumas pessoas acham que corre o risco se falhar. O que acha deve ser feito para que não se registe uma falha, tendo em conta a sua experiência nessa matéria?
AAT:O Estado deve assumir o processo da reforma do sector da defesa e segurança. O Estado nunca assumiu a reforma. Se o Estado decidir assumir a reforma, portanto o Estado deve reformar-se a si mesmo. As forças armadas não passam de um grande departamento do Estado.
Não servirá de nada fazermos a reforma das forças da defesa e segurança, sem fazermos a reforma do próprio Estado. Quem gere as forças da defesa e a segurança é o Governo. Então se as instituições políticas e civis não estiverem organizadas como poderão gerir as forças da defesa e segurança.
D: O país neste momento prepara uma mesa redonda com os parceiros internacionais. Está confiante que as autoridades poderão obter algum apoio concreto a partir da realização da mesa redonda?
AAT: O que eu posso dizer é desejar que a mesa redonda corra bem, porque estamos nos limites. Estamos sob sanções há muito tempo. Essas sanções vieram bater numa ferida que já existia. A Economia guineense é uma autêntica ferida, portanto as sanções vieram bater sobre essa ferida e as consequências foram carregadas pela população.Eu desejo que o Governo tenha uma boa performance no sentido de captar os interesses dos investidores e que a mesa redonda seja um sucesso.
D: Qual é a sua leitura em relação à exploração dos Recursos Naturais que se perspectiva no país?
AAT:A primeira coisa que deveríamos fazer era fazer um levantamento para sabermos o que temos em termos dos recursos naturais e qual o valor desses recursos. A partir daí teríamos uma informação concreta sobre os nossos recursos e isso permitir-nos-ia negociar com os interessados. Há uma grande opacidade em relação às informações sobre o petróleo,bauxite e o fosfato.
Acho que estamos a mexer numa possível fonte de conflitos outra vez. Será que temos a garantia de uma distribuição equitativa desses recursos para que o país beneficie por igual? E a segunda coisa, será que tecnicamente estamos preparados para levantarmos ou procedermos a exploração destes recursos?
D: Acha que o país estará em condições de lutar contra a pobreza através de financiamentosde projectos da educação, da saúde e da agricultura, se não explorar os seus recursos naturais?
AAT:Eu não digo que esperemos. O que eu digo deveriamos começar de outra forma e não da forma como começamos. Vende-se aquilo que se sabe que existe. Mas para isso é preciso fazer uma avaliação do que temos para apurar a quantidade e o valor no mercado.

Exército português volta a ter missões em 2015


Os militares portugueses vão voltar a trabalhar em missões de cooperação na Guiné-Bissau no próximo ano, depois de três anos de ausência que se seguiram ao golpe de estado de 2012.

Os ramos prioritários são o Exército e a Marinha, de acordo com o diretor-geral de Política de Defesa, Nuno Pinheiro Torres. No primeiro trimestre devem chegar ao país militares que vão prestar assessoria na reforma do setor de segurança guineense.

Ao mesmo tempo, a partir do próximo ano letivo, a Guiné-Bissau poderá voltar a enviar militares para as academias em Portugal.

Técnicos guineenses recebem formação em Portugal após incidente com a TAP


Um ano depois de as autoridades guineenses terem forçado uma tripulação da TAP (Transportes Aéreos Portugueses) a transportar cidadãos sírios e, como consequência, os voos Lisboa-Bissau terem sido suspensos, técnicos guineenses vão receber formação em Portugal.

Um grupo de quatro técnicos superiores da Direção Geral de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau vai participar, entre 15 e 19 de dezembro, num estágio que envolve aulas teóricas e ações no terreno, durante o qual vão poder observar as técnicas de avaliação de documentos falsos, entre outras.

O plano integra o designado Protocolo TAP, assinado a 28 de julho, em Lisboa, e que prevê cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de fronteiras da Guiné-Bissau, a par da retoma dos voos diretos entre as duas capitais.

A TAP suspendeu os voos para a Guiné-Bissau em dezembro de 2013, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.

As ligações diretas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora asseguradas pela companhia Euroatlantic, com um voo semanal às sextas-feiras.

ARTISTA PLÁSTICO E AUTOR GUINEENSE FLAVIANO MINDELO, TROUXE ONTEM A EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS ( "Um Passeio de Objectiva") A "CASA DA GUINÉ-BISSAU" NO PORTO


No dia(06.12.2014) recebemos o Artista Flaviano Mindela, autor e artista plástico guineense de uma profundidade imensa e um inconformado com o Estado ao que a sua Nação chegou.
Ao Flaviano um enorme obrigado por nos ajudar neste inicio que nem sempre tem sido fácil, muito nos honrou a sua presença e tudo faremos para de futuro a sua obra tenha o destaque e projeção que merece.
 
Por: A Casa da Guiné Bissau
Existe um denominador comum neste "Um Passeio de Objectiva". Chama-seluta pela sobrevivência. Existe nestas imagens captadas na cidade de Bissau um grito mudo, murmúrios que se escutam nos gestos da criança adulta que lava camião para ganhar tostão. O mesmo lamento está escrito nos rostos dos jovens que aguardam pacientemente que haja trabalho. Aliás, esperar é outra realidade bem presente neste registo. É o que fazem os jovens que parecem estudar que algo aconteça. Ou as duas crianças debaixo da sombrinha que esperam vender algo.
E é neste complexo cenário que a intimidade de uma vida é esventrada e trazida ao público nua e cruamente. Porque não há nada a esconder. Porque este povo parece já não temer nada. Esta gente aprendeu a olhar a vida de frente, contornando as desgraças com um sorriso nos lábios. A mesma coragem sente-se nos passos lestos que se misturam no mercado à procura do milagre da multiplicação do pão, tal como no gesto da mulher que teima varrer a sujidade...
Esta mesma coragem ainda escuta-se na alegria estridente das crianças que jogam a bola num descampado, e que de certeza alimenta a esperança que sentimos no olhar terno do alfaiate que não desiste. Esta coragem também salta à vista mesmo quando a objetiva só nos mostra de costas a figura do homi garandi que insiste em vender cesto que ninguém parece comprar.
O palco desta realidade, é uma cidade mártir, onde até mesmo os símbolos altos da Nação dão mostras de abandono.
Porque esta luta tem que ser vencida. I ka na maina!
Por Waldir Araújo
A Exposição "Um Passeio de Objectiva" irá estar patente na Casa da Guiné Bissau durante 1 mês para todos que não tiveram oportunidade de a apreciar na inauguração o possam fazer e possam absorverem a visão nua e crua deste grande Artista que tão bem retrata a vida quotidiana guineense.
A Casa da Guiné Bissau tem o objetivo de juntar a comunidade guineense para a tão almejada estabilidade e união que tanto tem falhado nos últimos anos. Só juntos poderemos ir mais longe e criar condições para que o retorno à Pátria seja feito com condições e seja viável.
A Casa da Guiné Bissau é a vossa casa! Só existimos por vocês e para vocês! 
Apoiem os nossos Artistas e a nossa Cultura!
Contamos convosco! A Guiné Bissau conta convosco!












Fotos Exposição:







«COMÉRCIO NA GUINÉ-BISSAU» ACMC ACREDITA NA RECONSTRUÇÃO DE "FERA DE PRAÇA" PELO GOVERNO ELEITO


Bissau 05 Dez 14 (ANG) – O Presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Central (ACMC), Malam Sanhá, disse que a sua organização está confiante de que o governo democraticamente eleito vai tudo fazer para reconstruir o Mercado Central “fera de praça”.
Malam Sanhá que falava hoje numa entrevista exclusiva à ANG, adiantou que já entabularam contactos com a nova direcção da Câmara Municipal de Bissau, na pessoa do novo Director de Mercados da Guine -Bissau, que deu a garantia e esperança de que o problema será resolvido mais cedo ou mais tarde, salientando que o assunto está a ser tratado ao nível do governo.
O Presidente da ACMC adiantou que o lugar onde exercem actualmente não tem condições mínimas e era para lá ficarem somente por um ano ou seja até o fim da construção do edifício do novo mercado, mas que o golpe de estado de 2012 fez com que os trabalhos de reabilitação, que já estavam avançados, parassem.
“ Como a governação é continuidade dos trabalhos, este assunto da reconstrução da “fera de praça” não é novidade para as novas autoridades eleitos democraticamente”, referiu Malam Sanhá.
Sanhá lamentou a situação dos associados que já estão a abandonar o local improvisado para a venda dos seus produtos e consequentemente a abandonar a associação em busca de melhores condições de vida, facto que esta a deixar o mercado praticamente vazio.

«DIPLOMACIA NA TERRA "DI FIDJU DI HOMI GARANDI"» NOVOS EMBAIXADORES ENTREGAM CARTAS CREDENCIAIS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU




Bissau, 05 Dez 14 (ANG) - Os Embaixadores do Brasil, Portugal, França e África de Sul entregaram hoje ao Presidente da República, as cartas que os acreditam em funções junto ao Estado guineense.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...