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País teve boa campanha de comercialização de caju, mas falta dinheiro para comer
O caju, a principal fonte de rendimento das famílias da Guiné-Bissau, foi este ano vendido a um bom preço, no entanto, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) afirmou que a população continua a ter dificuldades para comprar alimentos.
«A campanha de comercialização da castanha de caju, este ano, é considerada boa relativamente aos preços praticados», destacou o documento de avaliação da campanha agrícola na Guiné-Bissau, citado pelo site da Visão.
«Os efeitos combinados do fraco rendimento de uma boa parte da população e os níveis dos preços dos produtos alimentares de base não deverão melhorar o acesso das populações aos produtos alimentares», acrescentou.
Encerramento de fronteira pode acentuar riscos de falta de alimentos
O encerramento dos postos de fronteira da Guiné-Bissau com a Guiné-Conacri, para prevenir a entrada do ébola, pode «acentuar riscos de insegurança alimentar».
O aviso é da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) que recentemente fez um estudo para avaliar a campanha agrícola na Guiné-Bissau.
«Se esta situação continuar, pode acentuar riscos de insegurança alimentar, sobretudo das famílias pobres das regiões fronteiriças», refere o documento.
Nações Unidas promovem debate sobre comunicação social na Guiné-Bissau
As sessões culminaram com uma reunião entre chefes de redações dos jornais, agências, rádios e televisões.
O valor humano da iniciativa das Nações Unidas, neste particular, assenta no facto de estar acontecer numa altura em que a Guiné-Bissau caminha para o reencontro do seu percurso normal e democrático, isto é, com a restituição dos seus órgãos legitimamente eleitos.Esta realidade implica o envolvimento da imprensa, enquanto instrumento catapulta dor de uma opinião pública esclarecida, formada e interventiva.
A razão desta iniciativa baseia-se na objectividade da imprensa guineense ser muito activa, refere José Meirelles, Chefe da Unidade de Informação Pública do Uniogbis, om escritório da ONU no pais, para quem ainda a formação dos homens da imprensa guineense é um elemento essencial para uma opinião pública esclarecida.
"Não obstante ser um dos sectores mais carentes do país, em termos de meios humanos e materiais, a imprensa guineense tem tido uma prestação reconhecida e positivamente aceitável em diferentes momentos conturbados do país, sobretudo nas abordagens e formação da opinião públic", observa Francisco Barreto de Carvalho, um dos decanos da comunicação social da Guiné-Bissau.
Para o veterano jornalista guineense, que já foi Director da Televisão Nacional, a influência da imprensa sobre a opinião pública, num país como a Guiné-Bissau, começa com a selecção das notícias.
"E se os jornalistas são chamados como actores determinantes na formação de uma opinião isenta e esclarecida, a organização que os representa, neste caso o Sindicato, tem uma palavra a dizer", adintou Mamadu Candé, presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social.
COAÇÃO A VITOR SANHA
TRIBUNAL REGIONAL DE BISSAU APLICA MEDIDA DE
A Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau aplicou medida de coacção ao Coordenador de Seguimento do dossiê de exploração de areias pesadas de Varela, Victor Sanha, no âmbito da queixa-crime apresentada pela empresa Russa Poto SARL.
O despacho, datado de 20 de Novembro, assinado pelo magistrado Eduardo Mancanha e coadjuvado por um magistrado estagiário, Jailson Fernandes Cabral, considera que a medida é adequada e proporcional à gravidade do alegado crime, e necessária para garantir a presença do suspeito até ao fim do processo.
A medida em causa prevê que o suspeito não viaje por mais de um dia ou se mude da sua residência actual sem avisar previamente o tribunal, sendo ainda obrigatório apresentar-se três vezes por semana diante da justiça.
O advogado de Victor Sanha irá entrar, esta segunda-feira, 1 de Dezembro, com uma acção contra a decisão do delegado do Ministério público junto do tribunal regional de Bissau.
Sobre este assunto. Segundo a PNN apurou, a empresa russa Poto SARL já convidou a Associação «Onenoral» dos Filhos e Amigos da Secção de Susana (AOFISS) para uma reunião, cujo objectivo é a troca de esclarecimentos sobre o desenvolvimento do projecto e a metodologia da sua implementação.
Uma fonte junto da Comissão de Seguimento do Dossiê de Exploração de Areias Pesadas de Varela dos Filhos e Amigos da secção de Susana disse à PNN que uma carta com data de 18 de Novembro, assinada pelo Director Geral da firma russa, Evgueni Volosov, é do conhecimento do Ministério dos Recursos Naturais, Daniel Gomes, e da Célula de Avaliação de Impacto Ambiental (CAIA).
Na missiva, a empresa considera que, no âmbito do desenvolvimento do projecto de areias pesadas de Varela e conforme o artigo 22.º da lei da avaliação ambiental de 13 de Outubro de 2014, foram validados pelo comité técnico Ad-hoc os seis planos/programas prioritários de Gestão Ambiental.
Esses programas, diz a empresa, contêm o plano de desenvolvimento social e comunitário, que inclui os aspectos de saúde, educação, infra-estruturas, agricultura, pescas, entre outros.
A PNN soube que os seis programas não foram ainda validados pela CAIA. A sua legitimação está condicionada pela audiência pública junto da comunidade local.
DIRIGENTES DO PRID ADEREM AO NOVO PARTIDO CRIADO POR NUNO GOMES NABIAM
O Partido Republicano para Independência e Desenvolvimentro (PRID) vive uma situação de ruptura interna. Altos dirigentes desta formação política fundada em em Março de 2008, abandonaram as fileiras e aderiram ao novo partido criado por Nuno Gomes Nabiam, lançado este fim-de-semana (30 de novembro) em Gabú, leste do país.
Na lista dos dissidentes figuram o nomes de Baptista Té, primeiro-vice presidente do partido, Marciano Indi, Secretário Geral, Midana Nantchan, secretário pela implantação de estruturas. O jornal O Democrata apurou igualmente que cinco presidentes das comissões políticas regionais abandonaram igualmente a força política liderada por António Afonso Té.
O grupo dos dissidentes, adianta a nossa fonte, tem vindo a contestar a gestão e a liderança do PRID que nas últimas eleições registou uma derrota retumbante com zero deputado no Parlamento guineense.
De referir que Nuno Gomes Nabiam, candidato derrotado na segunda volta das últimas eleições Presidenciais de maio, lançou ontem, na cidade de Gabú, o projeto político denominado Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB). Tendo garantido no ato que “Não fundámos o nosso partido contra ninguém, nem contra nenhuma outra formação política. Fundámos o nosso partido porque somos o cidadão guineense e temos um projecto político inédito e que queremos liderar legítima e democraticamente, com o objectivo de provocar as mudanças que o país e a sociedade guineense precisam e reclamam, sem nunca terem sido ouvidos e atendidos. Vamos fazer uma oposição democrática, construtiva e contributiva”.
CULTURA NA GUINÉ-BISSAU» NOVO DIRECTOR-GERAL DA CULTURA PROMETE COMBATER PIRATARIA DAS CULTURAIS
Bissau, 01
Dez 14 (ANG) – O Director-geral da Cultura, João Cornélio Gomes
Correia manifestou hoje a sua determinação em trabalhar para por cobro à
prática de pirataria das obras culturais no país, cujos contornos são
preocupantes, segundo os artistas.
João Correia que falava em entrevista exclusiva à
Agência de Noticias da Guiné (ANG), acrescentou que esta luta será
desencadeada, particularmente, pelo Gabinete de Direito do Autor, de forma a proteger os músicos contra os piratas que actuam,
maioritariamente nos mercados da capital.
“Os nossos músicos, por exemplo, enfrentam todo o tipo de sacrifícios e
labutando com os meios próprios para gravar os seus trabalhos vêem-se
defraudados pelos piratas que reproduzem as suas obras impunemente,” indignou-se o DG da Cultura.
Ainda de
acordo com este responsável, a Guiné-Bissau se encontra totalmente
desorganizada no que diz respeito a promoção de eventos culturais.
“Pessoas desprovidas de conhecimentos sobre a cultura aventuram-se na
organização de espectáculos de forma indisciplinada, ou seja quando, onde e
como quiserem”, disse
tendo ainda acrescentado que os proprietários dos salões onde ocorrem estes
eventos não pagam imposto ao Estado.
“Vamos tomar fortes medidas para por fim à essa prática,” advertiu Cornélio Gomes Correia.
Questionado
sobre para quando a construção de um Palácio da Cultura, João
Cornélio , respondeu que “provavelmente” depois de concluído as
obras de construção do palácio da Justiça pela Republica Popular da China.
O titular da
pasta da cultura reconheceu ter encontrado a Direcção da Cultura num
estado de desorganização total e prometeu trabalhar para resgatar àquela
instituição dessa situação em benefícios dos artistas.
PRESIDENTE DO SINDICATO DE BASE DA APGB DETIDO PELA POLÍCIA
O presidente do Sindicato da base da Administracão dos Portos da Guiné-Bissau, Helder Gomes, foi detido na manhã de hoje (1 de Dezembro) nas instalações portuárias em Bissau. Segundo uma fonte da empresa contatada pelo jornal O Democrata, a detenção do sindicalista e de mais duas dezenas de outros funcionários afectos a esta empresa pública guineense, surgiu na sequência de um impasse entre a direção da APGB e o sindicato de base em relação a uma iniciativa de licenciamento de 156 trabalhadores.
A mesma fonte adianta que os detidos estão a ser ouvidos na Segunda Esquadra da Polícia da Ordem Pública em Bissau.
Na sexta feira passada, o colectivo dos funcionários em conferência de imprensa teceu duras críticas ao projecto de despedimento e acusou o actual Director Geral, Mário Musantos da Silva Loureiro, de má gestão e desvio de fundos. A fonte confiou a’O Democrata que a iniciativa da direção é ilegal tendo em conta que alberga funcionários efectivos com contratos definitivos.
“Há funcionários que passaram mais de 10 anos na APGB e foram efectivados no período de transição política e que a actual direção quer mandar para casa e entendemos que isso é um puro ajuste de contas”, denunciou um dos jovens funcionários visados pela medida.
De salientar que o actual Director Geral, militante do PAIGC, desempenhara as mesmas funções até ao golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012, altura em que foi substituído por Augusto Cabi, jovem militante do PRS.
“TAXA DE PREVALÊNCIA MÍNIMA DO SIDA NO PAÍS É DE 5,3 POR CENTO”
Secretário Nacional do SNLS: “TAXA DE PREVALÊNCIA MÍNIMA DO SIDA NO PAÍS É DE 5,3 POR CENTO”
O Secretário-executivo do Secretariado Nacional de Luta Contra Sida (SNLS) revelou hoje segunda-feira, à margem de comemoração do dia internacional de luta contra a Sida que a taxa de prevalência mínima da doença no país é de 5,3 por cento da populacaoentre faixa etária de 15 a 49 anos.
Segundo Anaximandro Casimiro Menut, um estudo realizado em 2009 indica que a Guiné-Bissau tem uma população de risco e com elevado índice de prevalência entre marinheiros. O mesmo estudo revela ainda um índice de prevalência entre mulheres grávidas que frequentam serviços de consulta pré-natal com 5,8 por cento.
O Secretário Executivo do SNLS referiu igualmente que, depois da validação dos últimos dados a 26 de novembro deste ano, há sinais de uma redução para 5 por cento, enquanto os dados programáticos do SNLS mostram uma cifra mais baixa de 4 por cento ” sinal claro de que é possível fazer face ao Vírus de Sida”, notou.
Este responsável lembra que essa luta necessita de uma ajuda financeira consequente, de uma equipa motivada e de um engajamento político de alto nível.
Na mesma ocasião, Anaximandro Casimiro Menut transmitiu o engajamento do Secretariado Nacional de Luta Contra Sida junto do Governo para resolver o processo pendente do caso que envolve o SNLS e jornalistas no acidente de viação a 01 de dezembro de 2005, que vitimou dois jornalistas mortalmente e tantos outros feridos gravemente na zona leste do país quando iam cobrir o evento na cidade de Gabú.
De acordo com Secretário executivo do SNLS, as tendências mundiais apontam que a prevalência do Vírus tende a reduzir significativamente. A Guiné-Bissau também está a seguir essa tendência.
“Há redução dos números de novas infeção e, os números de mortes por causa da Sida, também reduziram-se”, assinala.
Este responsável chama ainda atenção que, apesar destes sinais, muita coisa tem de ser feita, porque se o país olhar para os números de taxa de cobertura de ARV, vê-se que a Guiné-Bissau não está bem. Pois, a nível pediátrico ou seja as crianças que precisam de tratamento ARV, apenas dez por cento tem. Entre 2013 e 2014 registou-se mais de dez por cento.
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