HNSM regista diminuição de casos de diarreia e aumento de infeções respiratórias em crianças

 

Maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau
Bissau (RDN, 22 de Janeiro de 2015) – O serviço de pediatria do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) registou este mês de janeiro o abrandamento de casos de diarreia, mas as infeções respiratórias em crianças continuou a aumentar.
De acordo com a diretora desse serviço, Nádia Mendes da Silva, 424 casos de infecções respiratórias e 166 de diarreia foram registados só este mês de janeiro.
Referente às infeções em crianças, Nádia Mendes da Silva pediu às famílias guineenses para evitarem a dar banho cedo de manhã às crianças nesta época do ano, em que o frio e a poeira coabitam com alguma preocupação e a aquecerem a água.
Para já, uma equipa médica italiana está no país realizar intervenções cirúrgicas de diferentes patologias em alguns pacientes na Clínica Pediátrica São José, de Bôr, arredores de Bissau.

Representante da população de Suzana diz que processo de exploração tem novos contornos


Um dos aspectos da zona de Varela, Suzana
Bissau (Bissaudigital, 22 de Janeiro de 2015) – O coordenador da ação de Seguimento do Dossiê de Exploração das Areias Pesadas de Varela admitiu ontem, que o processo de exploração ganhou novos contornos.
Ao falar à PNN, no final de uma audição que durou cerca de uma hora no Ministério Público, junto à Vara- Crime, do Tribunal Regional de Bissau, no âmbito da queixa-crime intentada pela empresa russa Poto SARL, Victor Sanhá disse que foi ouvido na qualidade de suspeito. “O processo está em investigação. Quando é assim, não se pode revelar a investigação, sob pena de estar a cometer crime», frisou.
Este representante da população da seção de Suzana desmentiu também informações segundo as quais a comissão estaria a ser «empurrada» por uma pessoa a fim de prosseguir as reivindicações.
Exportação da areia pesada  de Varela pela empresa russa Poto SARL
Exportação da areia pesada de Varela pela empresa russa Poto SARL
Esta é a segunda vez que Sanhá se apresenta perante o juiz de instrução criminal do MP junto à Vara- Crime, do Tribunal Regional de Bissau, na esteira do processo que envolve representantes da população de Suzana com a empresa russa, que está a explorar as areias pesadas na tabanca de Nhiquim, norte da Guiné-Bissau.
A 15 de janeiro, o ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes, foi interpelado pela Comissão Especializada Permanente da ANP para as áreas dos recursos naturais, pescas e Turismo, para tecer esclarecimentos sobre o processo de exploração em referência, tendo ele mesmo questionado o paradeiro de 13 milhões de USD de bónus de assinatura, pago para o início da extração de bauxite no leste do país.

Empresários israelitas pretendem investir na produção de Arroz

 Arroz
Bissau (ANG, 22 de Janeiro de 2015) – Empresários israelitas pretendem investir no sector agrário da Guiné-Bissau no domínio de  produção de arroz, revelou o jornal estatal Nô Pintchja, na sua edição de hoje.
Segundo o jornal que cita o ministro da agricultura, Anibal Pereira, uma delegação de Israel constituída de especialistas na matéria manifestou recentemente essa intenção no termo de uma visita ao pais.
“As perspectivas são boas porque a missão constatou que existem potencialidades agrícolas. O que faltam são os meios”, disse Pereira acrescentando que a missão ficou por produzir um relatório apos o qual se saberá os passos a seguir.
A visita de técnicos israelitas ocorreu numa altura em que o Ministério da Agricultura prepara o documento que será submetido à mesa redonda sobre a Guiné-Bissau prevista para este trimestre, em Bruxelas.
O ministro não acredita que se possa, à curto prazo, colmatar o défice  de produção de arroz que se verifica actualmente.
“Num curto espaço de tempo não. Terá que ser objectivos fixados para médio e longo prazo. Mas estamos a trabalhar para que à curto prazo se possa reduzir consideravelmente o défice de arroz avaliado em 80  mil toneladas para pelo menos metade, nos próximos cinco anos”, disse.
A delegação Israelita chefiada por Acher Benkemur visitou pela primeira vez Bissau em Setembro tendo mantido encontros com o presidente Mário Vaz e o Primeiro-ministro Simões Pereira.
Benkemur , segundo o Nô Pintcha, reiterou a disponibilidade do seu pais de ajudar na resolução do défice de produção de arroz, base de alimentação da populaçâo guineense, através da  transferência de tecnologias.

ANG/SG

GENEBRA/Bissau (UNIOGBIS, 21 de Janeiro de 2015) –

Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, Palais des Nations
GENEBRA/Bissau (UNIOGBIS, 21 de Janeiro de 2015) – A situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau será avaliada pela segunda vez na Sexta-feira, dia 23 de Janeiro, pelo Grupo de Trabalho do Exame Periódico Universal (EPU) do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, no Palácio das Nações, em Genebra.
A Guiné-Bissau faz parte de um grupo de 14 Estados, cuja situação de direitos humanos será examinada pelo Grupo de Trabalho do EPU durante a sua próxima sessão a ter lugar de 19 a 30 de Janeiro. A primeira avaliação a que foi submetido o país teve lugar a 4 de Maio de 2010.
Os documentos nos quais se baseia a avaliação dos países são: (1) relatório nacional – informação facultada pelo Estado sob revisão; (2) informações constantes dos relatórios de peritos e grupos independentes de direitos humanos, conhecidos como “Procedimentos Especiais”, dos órgãos dos tratados internacionais dos direitos humanos, e de outras entidades das Nações Unidas; (3) informação facultada por outras partes interessadas, incluindo as instituições nacionais de direitos humanos, as organizações regionais e os grupos da sociedade civil.
Entre as questões levantadas pelos documentos acima referidos estão: violações dos direitos humanos ocorridas desde a primeira vez em 2010; criação de condições para a governação e estabilidade institucional; combate à discriminação e violência contra as crianças; prevenir a mutilação genital feminina; combate à discriminação contra a mulher e à violência baseada no género; erradicação do trabalho infantil; combate ao crime transnacional organizado e tráfico de drogas; reforma do sector da segurança e justiça; luta contra a impunidade; combate à pobreza; taxa de mortalidade materno-infantil; entre outras.
A delegação da Guiné-Bissau será chefiada pelo Sr. Idelfrides Manuel Gomes Fernandes, Secretário de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades e Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Os representantes de três países que servem como relatores (“troika”) para a revisão da Guiné-Bissau são: Botswana, Estónia e Cazaquistão.
O EPU é um processo único que envolve um exame periódico da situação dos direitos humanos de todos os 193 Estados membros das Nações Unidas. Desde a sua primeira reunião realizada em Abril de 2008, todos os 193 Estados membros das Nações Unidas foram submetidos ao exame durante o primeiro ciclo do EPU, até agora é 112, durante o segundo ciclo. A segunda revisão dos Estados tem como objectivo destacar a evolução da situação dos direitos humanos no país desde a sua primeira avaliação, e oferece uma oportunidade para que os Estados sob avaliação enunciem as medidas tomadas para implementar as recomendações efectuadas na sua primeira avaliação.

Documentos a luta pela Independência da GUINÉ-BISSAU




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NOS 50 ANOS DO INÍCIO DA GUERRA COLONIAL
A LUTA DE LIBERTAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU
Por Armando Teixeira
Barreiro

A fundação na clandestinidade rigorosa do Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde, em 18 de Setembro de 1956, foi o culminar de um processo de tomada de consciência nacionalista e revolucionária, por uma vanguarda política onde pontificava o líder carismático, dotado de natural simpatia, que congregou à sua volta muitos apoios e foi dos mais representativos chefes da guerrilha africana nos países de domínio colonial português - Amílcar Cabral.

NOS 50 ANOS DO INÍCIO DA GUERRA
COLONIAL

[ PARA A HISTÓRIA DO COLONIALISMO
PORTUGUÊS]

13. A LUTA DE LIBERTAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU

INTRODUÇÃO

Quando se assinalam os 48 anos do início da luta de libertação nacional na Guiné-Bissau ( em Janeiro de 1963 foi atacado o quartel de Tite), desaparece um dos últimos lideres históricos da guerrilha guineense, companheiro de Amílcar Cabral na fundação do PAIGC ( Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde ), Aristides Pereira.
Associamo-nos à homenagem à memória do combatente da liberdade agora desaparecido, publicando mais um capítulo sobre a Guiné-Bissau, que fará parte do livro em preparação com o título e subtítulo em epígrafe.
*
Apesar de se tratar do primeiro território africano onde os navegadores portugueses acederam ( Gil Eanes em 1445 ), a Guiné-Bissau sempre constituiu, desde o século XV até à época contemporânea, a possessão portuguesa mais desprezada.
Se do ponto de vista económico a situação era muito frágil quando o PAIGC iniciou a luta armada em 1963, do ponto de vista do ensino e da religião, a realidade mostrava o carácter irrisório da “missão civilizadora” de Portugal em África, como gostavam de evocar os próceres do regime. No respeitante á acção missionária, apenas 2% da população estava convertida ao cristianismo, e a língua portuguesa jamais teve significado no meio rural, com múltiplos dialectos próprios, nem sequer no meio urbano, onde se encontrava generalizado o crioulo, uma espécie de português africanizado.
Tímidas acções no campo da educação só foram iniciadas depois de 1936,mas os resultados eram confrangedores : 1% da população tinha a instrução elementar portuguesa e até 1960 sé cerca de 0,5% dos nativos atingira o estatuto de “assimilado”. Apenas 11 guineenses tinham obtido uma licenciatura no exterior!
Entre eles estava Amílcar Cabral, que nos princípios da década de 50, estudou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, participando nas lutas estudantis da época, uma “escola onde muitos futuros revolucionários aprenderam o a, b, c, da luta política organizada. Quando se formou em engenharia agronómica e foi trabalhar para a junta de Investigação do Ultramar, teve a oportunidade de fazer viagens à Guiné natal, a Angola e a Moçambique, onde percepcionou a realidade terrível em que viviam os povos coloniais. Entrementes entreteceu as ligações e estabeleceu os contactos que levariam à emergência do movimento nacionalista guineense.
Enquanto estudante, esteve ligado às actividades da Casa dos Estudantes do império, no Arco do cego, onde se desenvolvia, ao arrepio de uma comissão administrativa imposta pelo governo, uma programação associativa de carácter progressista, com estudantes vindos de todas as colónias. As suas intervenções nas assembleias gerais mostravam o homem caloroso, sorridente e de maneira de ser contagiante, que viria a colaborar secretamente com agostinho Neto na criação do MPLA, ao mesmo tempo que preparava a constituição do PAIGC.
A fundação na clandestinidade rigorosa do Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde, em 18 de Setembro de 1956, foi o culminar de um processo de tomada de consciência nacionalista e revolucionária, por uma vanguarda política onde pontificava o líder carismático, dotado de natural simpatia, que congregou à sua volta muitos apoios e foi dos mais representativos chefes da guerrilha africana nos países de domínio colonial português - Amílcar Cabral.
Um acontecimento terrível viria a acelerar o processo de consciência independentista dos povos da Guiné, quando a 3 de Agosto de 1959, as tropas coloniais massacraram estivadores em greve no porto de Pidjiguiti, em Bissau, assalariados da CUF, em luta pelo aumento dos salários miseráveis, inspirada pelo PAIGC. Contaram-se cerca de 50 vitimas mortais!
Outros acontecimentos marcaram este período fundamental para o arranque da luta armada na Guiné-Bissau : a independência de vários países vizinhos da África Ocidental ( Guiné-Konakri em 1958, Senegal em 1960) ; a 1º Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas ( CONCP), em Rabat, Marrocos , em1961, dando um forte contributo para a unidade e acção dos movimentos de libertação de Angola, Moçambique e Guiné Cabo Verde, e para a sua popularidade na Europa (também estiveram presentes os independentistas de Goa e observadores do CLSTP - Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe) ; em Agosto de 1961, o Daomé ocupa o forte de S. João Baptista de Ajudá, completamente degredado e abandonado, num acto simbólico bem perto da Guiné/ Cabo Verde ;invasão pela União Indiana de Goa, Damão e Diu, em 19/12/1961, pondo fim à soberania colonial portuguesa de quatro séculos, que ignorava a realidade histórica em transformação e o coro internacional de protestos quase unânimes nas Nações Unidas.
Pressionado, Salazar ensaia uma medida dilatória e nomeia em Abril de 1961, Adriano Moreira como ministro do Ultramar. O professor universitário de orientação pró-neocolonialismo, acabará por desentender-se com o caudilho e sairá em Dezembro de 1962.
Salazar entretanto não responde à carta aberta que Amílcar Cabral dirige ao governo português, em 13 de Outubro de 1961, onde , numa missiva de boa vontade, reclama a independência a prazo, da Guiné e de Cabo Verde, e reafirma o desejo de cooperação com Portugal.
Não restou a Cabral e ao movimento nacionalista outra alternativa senão a luta armada de libertação nacional, desencadeada no dia 23 de Janeiro de 1963, com um ataque ao quartel de Tite.

5 de Outubro de 2011


Armando Teixeira

NOVO EMBAIXADOR DA UE PROMETE TRABALHAR PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

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O novo embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Victor Luís Madeira dos Santos prometeu hoje, quinta-feira, trabalhar para o desenvolvimento do país. O diplomata europeu de nacionalidade português falava à imprensa depois da entrega de cartas credenciais ao Presidente da República, José Mário Vaz.
Em declaração à imprensa, Victor Luís Madeira dos Santos disse estar satisfeito em assumir a partir de agora as funções do representante da União Europeia junto da Guiné-Bissau e prometeu contribuir para o avanço do país.
“As condições estão a ser criadas para que as ajudas da União Europeia bem como dos outros parceiros possam contribuir para um desenvolvimento pacífico, consistente e sustentável. Penso que as contribuições da União Europeia serão anunciadas mais tarde”, assegurou o diplomata.

Afirmou por um lado que a organização que representa (União Europeia) está fortemente empenhada a ajudar a Guiné-Bissau e o seu povo para se desenvolver e a integrar cada vez mais a economia mundial.
Solicitado a pronunciar-se sobre as áreas que serão priorizadas pela União Europeia em termos de ajuda ao desenvolvimento, o representante escusou-se de falar no assunto, alegando que as prioridades estão contidas nos projectos do décimo primeiro Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED).
“Como se sabe é do décimo primeiro FED que vai sair o envelope principal de apoio aos próximos cinco anos de colaboração institucional entre a União Europeia e o Governo da Guiné-Bissau. Não quero ainda falar nem do montante, nem dos sectores que serão priorizados; deixo isso para a mesa redonda que tudo indica se realizará em Bruxelas no dia 25 de Março próximo. Será o momento privilegiado para a União Europeia avançar com as suas intenções para com a Guiné-Bissau, de forma mais aprofundada ou mais concretizada em termos dos envelopes financeiros e dos sectores que serão priorizados”, explicou.
Em relação à política da sua organização em matéria das pescas, explicou que a delegação da União Europeia na Guiné-Bissau tem uma responsabilidade que considera de “muito importante”.
“Tudo faremos para que a política das pescas da União Europeia e os interesses da Guiné-Bissau do domínio das pescas sejam de preservação dos recursos e de obtenção de maior potencial para a economia do país”, assinalou o diplomata.

EDITORIAL: POVO NÃO DEVE PAGAR FACTURA DE QUERELAS DO PROTAGONISMO DOS DIRIGENTES!

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As questões que assumiram, nos últimos tempos, a relevância na esfera pública nacional provam, sem margem para dúvida, que o Estado tornou-se um espaço de querelas inúteis dos dirigentes. Por isso, a gestão dos assuntos públicos é feita com uma certa dose de individualismo. Protagonismo. O que deforma e de que maneira a qualidade da nossa esfera pública que transformou, neste contexto de mediatização generalizada dos assuntos de Estado, num mero espaço de visibilidade de figuras públicas nacionais que criam, sem necessidade, tensões fragmentárias no espaço público.
Os factores que mais contribuíram para as tensões fragmentárias no nosso país destacam ambições pessoais e pressão do mercado eleitoral com vista a apresentar uma nova imagem distinta dos pretéritos governantes guineenses. Mas, infelizmente, os traços mais vincados desta pretensão de instaurar uma nova imagem na resolução de assuntos de Estado estão ligados ao mercado de ostentação para Zé-povinho de Bandim ver do que reais intenções em resolver verdadeiramente o problema de Estado da Guiné-Bissau.
Há fórum próprio e dispositivos legais constitucionais para resolver os problemas que emergem na definição das políticas públicas de Estado da Guiné-Bissau. Os assuntos de Estado não deviam ser resolvidos na praça pública, como tem acontecido, através de “entrelinhas de comunicados ou a margem de declarações, eventos” ou ainda através de silêncio inconfesso.
Aliás, o Zé-povinho de Bandim ficou agora com a ideia que, se nos governos sob a batuta da presidência de Koumba Yalá reinava o sentido de nomear e desmear em fracções de segundos, este governo de Domingos Simões Pereira, sob presidência do Presidente José Mário Vaz, a regra de oiro é silêncio.
Ninguém compreende a razão de não nomear até então um novo Ministro de Administração Interna. Um Ministério tão importante na vida do nosso país porquanto é o garante da segurança interna dos nossos cidadãos. Será que este silêncio e atraso de nomeação do novo Ministro de Administração Interna deve-se ao facto de pessoas que afastaram Botche Candé reconhecerem agora que ele tinha razão? Ou é mais uma guerra palaciana silenciosa, de sempre, que marcou o início da nossa jovem democracia?
Os guineenses não estão mais interessados em guerras palacianas silenciosas que desembocam na comunicação pública de gestão da nossa economia rendeira. A nossa economia rendeira não pode nem deve ser o objeto de conflito entre o Presidente da República José Mário Vaz e o Primeiro-ministro Domingos Simões Pereira sob olhar atento do Presidente de Assembleia Cipriano Cassamá. Se na verdade há uma guerra palaciana silenciosa entre Primatura e Presidência, então a imprensa tem e deve “Meter mão na Lama” para trazer ao público a verdade.
Como disse e muito bem, o Presidente da República José Mário Vaz, a imprensa tem o direito e dever de tornar público tudo o que está relacionado com interesse nacional – independentemente do órgão da sobeania, má gestão das nossas políticas públicas.

Dia 24 de setembro que não seja só o dia da festa mas também da reflexão!


Por, JAMES WILBONH FLORA

Dia 24 de setembro de 1974-2014
Que não seja só o dia da festa mas também da reflexão!
Como Cidadão, e alguém que a sua alma vibra para uma Guiné-Bissau Positiva, nesta data Histórica, entendi que a minha contribuição podia ser aquela também de partilhar as minhas reflexões para com todos Guineenses em Festa.

Este dia Simbólico que representa o Primeiro objectivo da Luta (acabar com qualquer tipo de exploração ou dominação imperialista na Guiné-Bissau e Cabo Verde), como dizia Amílcar L Cabral. Dizia eu, além da Festa, era também importante, Cada um de nós como Cidadão e sobretudo as classes dirigentes actuais e anteriores (detentores ainda de uma influencia política), Sociedade Civil e religiosa em geral, todos refletindo sobre se realmente este Primeiro objectivo da Luta foi cumprido em pleno.

Eu tenho a minha opinião, mas acho que o importante hoje, não são apenas as nossas opiniões. Acho que o refletir desejável, devia basear em avaliar no que fizemos desde 1974 para consolidar estes objectivos. Baseando nisso, queria simplesmente abordar aqui o conceito daquela Independência em que Amilcar Lopes Cabral, quis referir na sua parábola.

A Independência (no seu todo), como primeiro objectivo para construção da nação Guineense, implicava uma Independência total contra todas formas da exploração e descriminação.

Implicava também Criação do Homem Guineense novo, Livre, capaz de pensar com a sua própria cabeça.

Também esta Independência, preconizava Reorganização Social isento de preconceitos, baseado nos consensos entre diversos tipos das sensibilidades etnoculturais que constituem o Mosaico étnico Guineense, num único substrato Social homogéneo, base fundamental de edificação da nova entidade Social Guineense Genuína que em outra palavras reflita a nossa GUINENDADI.

Cabral lembrava que a base da luta e a sua logística em geral, foi conseguida em larga maioria pelo Sacrifício do Povo, sobretudo nas zonas em que às frentes da Luta era mais dura, no Sul de País (Quinará e Tombali).Aí onde por motivo da Guerra, não havia construído qualquer tipo de infraestrutura. E por sendo zonas com alta potencialidade Agrícola, teria urgente prioridade em termos de criação das infraestruturas para combater as assimetrias das oportunidades (estradas, escolas, saúde).

A nossa Independência, contemplava também a instituição do Poder Popular, o poder do Povo. Através do seu descentralização (autarquias, comités de Tabancas...) para que a autoridade do Estado seja sentida nas remotas aldeias do País.

Agora a nossa reflexão Hoje devia centrar sobre estes aspecto que Cabral pensava sobre o que seria o depois da Independência...

Queria convidar a todos fazer uma analise profunda de consciência, se realmente hoje estes aspectos são ou foram salvaguardados. E se não, qual será a nossa contribuição como Cidadão, para ajudar diminuir o sofrimentos dos mais desfavorecidos?

Antes de passar para Objectivo numero dois como dizia Cabral, Vamos pensar todos em conjuntos, qual seria a melhor forma ou rumo a seguir para poder atingir estes objectivos...Vamos tentar, até porque todos temos uma obrigação desde moral até o dever patriótico.

Quanto ao Segundo Objectivo da Luta, é ligado a Parábola da Ponte de N’SALMA:

Que tudo quanto fizemos até a Independência era centrada em expulsar os exploradores do nosso território. E que Partindo da N’SALMA, que simbolizava a passagem da fase da Luta para fase da Reconstrução e Governação Administrativa do Pais, o panorama da governação do País seria entregue aos Quadros Técnicos Capacitados na base da Meritocracia.

E que cada Combatente da Liberdade da Pátria, teria que ser reorientado enquadrado na Administração, segundo a sua competência Técnica.

Também nunca falou em Quotas étnicas nem coisa de género, assim como referencia em instituição dos Poder dos Régulos, pois pensou que isso refletia a ineficiência do Estado, e que a nossa Sociedade é uma mista em que a realidade dos Régulos, não era transversal a todas etnias. Falou sim da Criação dos Comités de Tabancas.

E para aqueles Combatentes da Pátria que não tivesse Capacidades técnica na Administração, seria Criado condições para sua Reforma condigna (se assim entenderem), ou novas oportunidades que proporcione uma vida condigna.

Dito isso, ou melhor feito isso Cabral também chamou atenção sobre a linha a seguir, em termos da orientação Política. Ele preconizava duas Vias.

--Seguir o caminho que o País tem vindo a seguir, Lutando contra exploração e qualquer dominação Estrangeira em favor do Povo.

--Ou enveredar pela outra ao contraio deste.

Hora, ai esta, aqui queria deixar a minha segunda Reflexão Hoje. Saber, se cumprimos com o Segundo objetivo que o Cabral propôs? E entre duas vias qual é aquela que escolhemos?

Mas antes de acabar, Cabral tinha deixado um Conselho! Ele dizia, que para Qualquer Político convicto, com visão sobre o que é uma revolução para melhorar as condições da vida do Homem, só há uma via a seguir, ou seja aquela que converge com o supremo interesse do Povo. Avisou que vai haver muitas Guerras para desviar os objectivos da Luta, mas Pessoalmente Ele aconselha continuar o caminho já traçado.

Portanto fica um Convite para Todos cidadãos Guineenses, como ato da Cidadania refletir Profundamente sobres estes Objectivos da Luta da Libertação Nacional, virados para melhorar as condições da vida Humana do Homem Guineense. 

Abraço a todos Guineenses nos quatro Cantos do Mundo e um Bom aniversário pela Independência.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...