Imigrante guineense salta fronteira de Ceuta

Imigrante guineense salta fronteira de Ceuta

Um cidadão da Guiné-Bissau conseguiu saltar, esta terça-feira, a vala fronteiriça que separa Ceuta de Marrocos, entrando em espanha ilegalmente.

O cidadão guineense sofreu cortes ao atravessar a dupla vedação de arame farpado e foi assistido, já em território espanhol, pela Cruz Vermelha, estando livre de perigo.
               

Projecto Água para todos



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Oitenta e oito tabancas vão beneficiar de água potável, distribuídas em fontanários. Este projecto é do ministério dos Recursos Naturais, com financiamento da União Europeia. O contrato foi assinado recentemente e os trabalhos iniciam hoje.

Das oitenta e oito tabancas, 61 beneficiarão da reparação dos sistemas solares, instalados há sete anos. Em vinte e sete tabancas, serão construídos de raiz novos fontanários, reservatórios e instaladas bombas solares. A obra será feita pela empresa guineense ASCON. O custo total ascende a mais de um milhão de euros
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Bruma já no País Basco

 


 

Domenico Sanca, secretário de Estado da Ordem Pública, será um dos cinco membros do Governo que fazem parte do grupo dos remodeláveis. O primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, apurou o DC, levará os nomes dos substitutos ainda esta semana ao Presidente da República.

Domenico Sanca, recorde-se, sobreviveu ao ministro Botche Candé, que sucedeu na pasta interinamente, e depois manteve-se no seu cargo. Até agora. DSP e DS não morrem propriamente de amores um pelo outro - e isso nem é segredo para ninguém.

Mário Lopes da Rosa, dos Negócios Estrangeiros, Tomás Barbosa, secretário de Estado da Cultura e Desportos, Ildefonso Barros, secretário de Estado das Pescas e Idelfrides Fernandes, da Cooperação e Comunidades, todos com problemas na Justiça, podem ser igualmente dispensados ainda esta semana. Mas o número pode até aumentar. AAS

A caminho da reconciliação nacional da Guiné-Bissau

A comissão preparatória da conferência nacional “caminhos para paz e o desenvolvimento” realizou no sábado um retiro em Canchungo com o objectivo de identificar, elaborar, e ajustar as definições do conceito reconciliação e adaptá-lo de forma a preparar os passos que se seguirão.
O Padre Domingos da Fonseca presidente da comissão preparatória da Conferencia Nacional Caminho para a Paz e Desenvolvimento, disse ao correspondente da rdn que “o encontro visa entre outros, identificar, elaborar e ajustar as acções já feitas com vista a elaborar os próximos passos.”
“O objectivo deste retiro é ajudar-nos a entender, apropriar, assimilar, “mastigar” os trabalhos feitos até aqui. Para sabermos a partir dali qual deve ser o pontapé de saída para podermos continuar bem este trabalho”, assegurou o clérigo.
O Eclesiástico garantiu que a comissão que preside pretende preparar a conferência nacional através de um trabalho de fundo. Por isso esclarece: “Uma coisa deve ficar clara para toda a gente: esta comissão foi criada para preparar a conferência nacional sob o lema PAZ PARA O DESENVOLVIMENTO. Não é comissão da reconciliação. Não é esta comissão que vai reconciliar os guineenses, não. Vai fazer um trabalho de fundo, tendo em conta a nossa história. Esse trabalho é que será levado à conferência.”
Conforme o Padre Domingos da Fonseca, na conferência é que vão sair as recomendações. Também vai ser criado o novo órgão que “vai reconciliar o coração dos guineenses”.
Vão sair vários aspectos em todas as instituições, cada qual de acordo com a sua especialidade saberá que trabalho deve assumir para poder, de facto, ajudar os guineenses a reconciliarem-se, explica Padre Domingos da Fonseca.
Durante os três dias do retiro os participantes vão debater entre outros temas reconciliação; conferência nacional; missão e objectivos da comissão preparatória.
Recorde-se que o Padre Domingos da Fonseca, da Igreja de Buba, sul da Guiné-Bissau, foi investido como presidente da Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação no dia 18 de Maio na Assembleia Nacional Popular.
A comissão integra 32 personalidades guineenses, de diversas origens - membros de organizações da sociedade civil, juristas, académicos, militares, dirigentes políticos e religiosos – tem como objectivo principal a promoção da paz que deve desembocar na reconciliação dos guineenses.

Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular, congratulou-se com a escolha do sacerdote para liderar a comissão e apelou aos guineenses para que enfrentem «os factos do passado para perspectivar o futuro do país». Com RDN

PRS torna-se membro da Internacional Democrática do Centro

O dia 10 de Julho de 2015, fica como a data histórica para os dirigentes e militantes do Partido da Renovação Social da Guiné-Bissau (PRS). Nesse dia o partido foi admitido como membro de pleno direito da Internacional Democrata Centrista (IDC). Neste momento a IDC, é a família com mais peso político na Europa, sendo que os partidos que a integram são governos Na Alemanha, Portugal e Inglaterra.
A confirmação dessa integração na IDC aconteceu no México, onde decorreu no passado dia 10 de Julho, o Congresso dessa família política. Para testemunhar a entrada na IDC, o PRS fez representar-se por uma delegação de peso composta por, Martina Moniz, vice-presidente, pelo porta-voz, Victor Pereira e o actualmente quadro do PRS, Dr. Domingos Quadé. Toda a delegação foi chefiada, pelo Dr. Florentino Mendes Pereira, Secretário-geral do Partido.
Em declarações ao site do Partido da Renovação Social, Florentino Mendes Pereira, considerou de importante e histórica vitória, a integração do PRS na IDC, porque o partido terá a partir de agora, os parceiros de peso na sua luta para o bem-estar da nação guineense.
O que mais dá peso a essa vitória, segundo Mendes Pereira, é que a integração do partido foi aceite por todos, porque foi admitido por “aclamação.

Importa sublinhar que, há quatro meses, em Bissau, o PRS recebeu uma reunião da IDC, antes de ser membro de pleno direito.


Bissau 13 Jul. 15 (ANG) - Associação Guineense de Reabilitação dos Cegos (AGRICE) e a União Africana dos Cegos (AFUB), realizam entre 13 e 14 do mês em curso um workshop sobre a convenção dos direitos das pessoas com deficiência, com o propósito de contribuir para a divulgação do tratado e troca de experiência em prol da classe.

Em declarações à ANG, o Presidente de AGRICE, Manuel Lopes Rodrigues,disse que o encontro é uma parte de advocacia pelas pessoas com deficiência, salientando que o país deve ser mais dinâmico no capítulo da promoção das pessoas com insuficiência físicas. 

Manuel Rodrigues adiantou que é preciso mais intervenção do governo, porque até a data presente não foi promulgada a convenção ratificada pelo parlamento guineense.

“Por isso, este encontro é mais uma chamada de atenção ao governo e aos governantes, para o respeito pelas pessoas com insuficiência porque todos somos iguais e a sociedade é inclusiva e o executivo deve assumir essa responsabilidade”,disse Lopes Rodrigues.

Por seu turno, o Coordenador da União Africana dos Cegos, Lucas Amona disse que a intenção é de partilhar o que já foi feito pelo governo em termos da assinatura da ratificação e reflectir em conjunto para que um dia os executivos possam transformar parte da convenção em leis nacionais.

“Nos eventos como este é importante passar informações aos beneficiários de que já existe uma convenção e que eles devem monitorar para que o que está no tratado possa tornar realidade no país “ explica o Coordenador da AFUB.

Amona adiantou que o encontro visa a sensibilização dos participantes a fim de saberem quais os seus direitos e deveres.

“A resolução dos nossos problemas não quer dizer que deixaremos de ser deficientes físicos. É arranjar meios alternativos de acomodação de pessoas deficientes, isto é, ter uma vida normal. Só o estado ou governo pode ser um grande parceiro para o comprimento deste objectivo” disse Lucas Amona.

O coordenador da União Africana dos Cegos convidou à todas as forças vivas da Nação a caminharem juntos segundo a realidade de cada país para que a convenção se torne numa lei.

«UM ANO DE GOVERNAÇÃO AVALIAÇÃO POSITIVA» "NUNCA FIZ NEGÓCIOS DE MADEIRA...NUNCA FIZ NEGÓCIO DA PESCA" DIZ PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU




"Eu nunca fiz negócios de madeira... Nunca fiz negócio da pesca e estou aqui perante todo o mundo a dizer que não tenho nenhum interesse em relação a esse negócio... Em relação aos recursos naturais estou a dizer perante esta plenária, todo o povo guineense, este Governo ainda não assinou um único contrato de concessão em relação aos recursos naturais”, Domingos Simões Pereira,
Como prometido é devido, não obstante, a “Conferência Um Ano de Governação”, proferida pelo Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, ter decorrida no passado dia 04 de julho, atendendo o elevado interesse da matéria para o público, não poderia deixar de concluir o ciclo destas notas, que nos propusemos fazer.
Uma debate de quase de três horas, cuja iniciativa inédita foi do Gabinete do Primeiro-Ministro, promovida pelo INEP, deveras interessante, que ninguém rodou o pé, até ao fim. Antes pelo contrário, a medida que as pessoas, foram tomando o conhecimento do evento pela transmissão, em direto, da rádio, lotaram por completo o Anfiteatro Manuel Nassum.
Desta feita, como dizemos anteriormente, depois da exposição introdutória alusivo à governação, da interpelação dos jornalistas e da audiência, em geral, apesar do orador ter sido tão explícito e dissipado todas as dúvidas, à imprensa quis saber mais. Assim, terminado este interessante momento, o moderador Rui Ribeiro passou a palavra aos analistas políticos convidados, que sob o olhar atento, durante o debate sempre estiverem a tomar notas.
O primeiro a falar foi Toni Tcheca, que começou por tecer um paralelismo, entre a intervenção do Chefe do Governo no INEP, o ato de empossamento, com o Programa aprovado na ANP, para em seguida concluir: “dificilmente se encontram contradições... tudo nos faz crer que nós então estamos bem. Analisando a situação não teria razões nem motivo para estar preocupado. Mas, confesso sinceramente continuo preocupado.” Porque, apesar do discurso “primeiro magistrado na nação, quis parecer que tinha por fito sossegar o país, acalmar uma certa onda de boatas, que se apoderou do país, uma vez mais”, de que “nunca disse que vou derrubar o Governo...” é preocupante. Não sabemos “Quem propagandeia o boato... À verdade é que fica tudo num diz que diz enorme...” Houve “coerência na governação... de Simões Pereira”, mas denoto “algum défice cheio de comunicação. O governo precisa de uma comunicação mais proactiva, mais frequente, mais regular,” que não deixe espaço ao boato... à desinformação. Reclamou que as “questões de corrupção sejam devidamente esclarecidas... porque fica sempre uma nódoa, fica sempre algo por explicar, fica uma duvida...“ E, que todo esse ruído acaba por atormentar o cidadão guineense. Defendeu que “essa explicação tem que ir para além do aspecto meramente jurídico...” Tem que se fazer uma radiografia, ter em conta os bons costumes, as atitudes, os comportamentos, a higiene política, a ética, no geral, sobre em assuntos do Estado. Elogiou a estratégia adotada pelo PAIGC, vencedor das eleições, em alargar o leque de governação a outras cores políticas, exclamando: “excelente! Eis o caminho...”, rematando, mesmo sabendo que nem toda a gente do PAIGC esteve de acordo, “à verdade porém é que está a dar resultados...” Permitiu ter “um governo com programa próprio de gente entregue, indo para além daquilo que é partidário.” Nesse sentido, sugeriu que por forma a evitar situações de ruptura, que estamos hoje a viver, que o PAIGC devia olhar um pouco mais para dentro de si próprio, colocando outras sensibilidades internas na sua governação. Finalizou, declarando estar deveras “preocupado com o avanço do fundamentalismo religioso em Bissau”, que é “deveras ameaçador e vai para além da burka...”, estão coisas terríveis a acontecer. “Nós estamos a perder a nossa identidade... Estou preocupado com a fronteira norte, que até agora não está esclarecida...”
Seguidamente, falou Suleimane Cassamá, que dissertou o seu ponto de vista, à volta do conceito do “princípio da presunção da inocência”, em que classifica o suspeito, como o elemento mais forte de todo processo. Em jeito de aconselhamento disse, “essa situação não conforta o próprio Primeiro-ministro, que teve a coragem de por o que é seu ao público... Ele não tem problemas nenhuns. Isso cobre todos os outros membros do governo que não têm problemas...” Assegurou que compete “o próprio visado, não o Primeiro-ministro” a por o seu cargo à disposição. “Quem pressupõe que está prejudicar o país, deve fazer isso, para que o país se recupere...”, sublinhou. Identificando a abordagem do Chefe do Governo como “um balanço sintético” de um ano de governação, num mandato de quatro anos, enfatizou que não se deve só fazer criticas e “que todos nós de forma objectiva conhecemos e não só, a própria comunidade internacional... através de várias intervenções reconheceu os bons trabalhos que o Governo tem estado a fazer.” Chamou à atenção, não se devia deixar passar por despercebido, o trabalho do combate ao mal, nomeadamente, a recolha de armas... à saída dos militares dos quartéis, para tentar interagir com a população, entre outros situações, que o Governo vem sendo desenvolvendo. Afirmou concordar com o seu colega Toni Tcheca, de que: “Este governo herdou o que eu chamo... mufunesa... A corrupção no aparelho de Estado não começou com este governo. Outras males que grassam este país, o desábito ao trabalho, a inversão de valores entre tantas outras situações não começaram com este governo.” Não entanto, sublinhou que o “Partido ao se candidatar as eleições” propôs-se para resolver os problemas e que o governo por estar no campo tem “uma visão um pouco menos clara” dos que estão nas bancadas, cujas condições são melhores para se poder “observar de perto e pelo menos ter alguma avaliação isenta do que se está a passar.” Terminou o seu raciocínio dizendo “reconhecemos os vossos esforços.” Mas, temos que trabalhar 10 vezes mais, como o próprio PAIGC declarou num dos seus dísticos. Portanto, “nô mistida stá na bó mon! Se não o resolverem como deve ser nós vamos agir.” Interrogou ao Chefe do Governo se a expressão “deixe-me governar” é dirigida à população ou a outra camada? Se for para nós, vamos exercer os nossos direitos democráticos até ao fim do vosso mandato, expressando a nossa opinião, não só criticando, mas também tentando contribuir para melhorar o vosso desempenho e trabalho. Prosseguiu o seu comentário, dizendo: “também o sigo com alguma atenção, porque tem sido um informador importante. Esse é o papel de todo o governante. ” Ao referir à onda de boatos, do que diz, diz, comentou que: “certos funcionamentos do Presidente da República que não nos deixam tranquilos” e “não se fundamentam na posição dele. O presidente da República não deve ser uma oposição ao Governo. Deve ser um facilitador. Deve abrir o caminho. Deve apoiar o Governo para que possa fazer o trabalho. O Governo também tem responsabilidades politicas perante o Presidente da República... E, que não é suficiente “dizer que o discurso é para obstaculizar uma outra situação” quando “no fim acabou levantando muitas questões...” Contudo, de uma forma geral pode-se dizer que o discurso do Presidente da República baixou um pouco a temperatura, assegurou o analista político. No fim, apelou a uma maior colaboração entre os três órgãos de soberania, que devem “estar mais colados”.
O contexto em que o governo assumiu os destinos do país, foi bastante difícil e complicado, afirmou o último painelista, Jamel Handem, ao intervir. Tínhamos acabado de sair de uma transição, que trouxe muitos problemas. “Nós vemos com muita satisfação, que este Governo tomou o tempo de pensar o país. Isso é um ponto muito positivo. Esse tempo permitiu que houvesse um diagnostico sério e aprofundado sobre os problemas e os obstáculos que impedem a resolução de vários problemas... Nós vimos uma Visão a ser construída. Portanto são as aspectos que eu tenho a louvar da atuação do governo. Acentuou que como disse o Sr. Primeiro-ministro a questão reside nas distrações, neste um ano de governação, “houve muitas distrações, que culminaram com os rumores nos últimos meses sobre a possível queda do Governo e que o Presidente da República no seu discurso de ontem tentou acalmar as pessoas reafirmando que não era a sua intenção derrubar o governo.” Assumiu que “Essas distrações não foram tratadas num fórum próprio. Foram tratadas na comunicação social. Isso levou aos rumores...” e “que deviam ser tratados a nível institucional e através de mecanismos próprios... Os órgãos da soberania da Guiné-Bissau devem ter mais responsabilidade, ter mais cuidado ao trazerem determinados assuntos para o público.” Não escondeu que perante as situações criadas, “aquele animo, aquela esperança que foi criada depois das eleições praticamente se esvaneceu e estamos hoje numa situação de incerteza de novo. Portanto, pensamos que alguns assuntos do Estado deviam ter sido tratados com mais transparência.” Referindo os recursos naturais, disse: “há muita dúvidas na cabeça dos guineenses. Porque vimos como as nossas florestas foram devastadas. Até hoje não há uma solução... Nós temos muitas duvidas se não estaremos vitimas de algumas calamidades nos próximos tempos.” Criticou que o orçamento-geral do Estado não presta nenhum atenção aos vulneráveis: mulheres, crianças e pessoas deficientes, que “isso entra em contradição com o próprio Programa do Governo e com as prioridades que estabelece, sobretudo para área social”. Devendo pensar-se numa revisão do orçamento-geral dando mais atenção ao sector social. “O sector social não pode continuar a viver só com um orçamento que só paga os salários”, declarou. Demonstrou o seu descontentamento, em relação o controlo dos preços dos produtos básicos, dizendo: “a situação não mudou e continua a agravar-se...” Os aumentos são “na ordem de 150% e em alguns casos e 200%.” Concluiu, falando dos Direitos Humanos que avalia como sendo positiva, pois durante este um ano de governação, não houve no país tantas violações como no passado.
Considerações Finais
Foi uma excelente ocasião, para Simões Pereira comungar o mesmo sentimento de preocupação, no tocante a situação política do país, com a sociedade guineense, em geral. “O guineense que diz que neste momento não está preocupado não estará a contar toda à verdade... Ouvimos com muita atenção a Sua Excelência, o Presidente da República... também espero com alguma atenção que nos próximos tempos possam demonstrar se o ambiente está completamente desanuviado ou não? ” Garantiu que não gostaria que se fizesse um aproveitamento político do debate, nem num sentido, nem noutro. Colocou o acento tónico de que “há o bom senso, há elementos de razoabilidade que podem instruir as nossas ações, mas depois há lei... E quem assume a governação é esperado que possa encorpar todas essas dimensões.” Sendo que “a parte de lei é para se cumprir” e o resto para ser encarado com uma certa flexibilidade. “Pretendo com isto dizer que tenho que assumir as minhas responsabilidades. Se sou investido para o cargo do Primeiro-ministro tenho que exercer as competências do Chefe do Governo. E tenho que ir verificar de acordo com a constituição e leis aplicáveis na Guiné-Bissau, quais as responsabilidades que me incumbem...” Em caso de confrontação de dificuldades com outras instâncias “temos que dizer a entidade que está errada, que está errada”, porque “ se há coisa que não sei fazer e espero não aprender fazer isso, enquanto Primeiro-ministro... ter medo... Eu nunca terei medo enquanto Chefe do Governo, a cumprir as minhas obrigações”. Informou, que semanalmente tem audiências de trabalho com o Presidente da República e com o Presidente na ANP, sempre que este lhe chama, dizendo: “tenho as caracterizadas como de trabalho sério... Quem me ouve com alguma atenção, já há uma frase que conhecem de mim, sempre que dizem que há uma situação é tensa, eu digo que o assunto é que difícil. Não são necessariamente as pessoas... E, perante situações difíceis é normal que as nossas posições não sejam sempre coincidentes.” Defendeu que se cada um aplicasse os três ingredientes: a razoabilidade, a ponderação e as leis, que em princípio deviam ser capazes realmente de sair dessa situação. Que tem se colocado sempre à disposição dessas entidades para colaborar, em busca de uma solução. Aceitou de que o governo tem que melhor a sua comunicação, que o facto de se comunicar menos, isso deve-se ao facto de não pactuar que qualquer diferença do ponto de vista, deve ser logo tratada na comunicação social e que para não estoirar, alguém terá que ficar calado. Mas, quando a comunicação para fazer alusão as diferenças de opinião são feitas na comunicação social demonstrando a partida a ruptura “assumo a posição de ficar calado. Porque chego à conclusão de que se falar, tenho de dizer a verdade.” Quando confrontado com situações de ruptura, estende à mão a palmatória, muito embora não seja o melhor mecanismo, preferindo ficar calado. Em relação a exigência da sociedade guineense de os órgãos da soberania avaliarem melhor a comunicação para fora e das promessas do Sr. Presidente da República e do Presidente da Assembleia, assegurou que naquilo que lhe compete irá colaborar com todos nesse sentido. Registou de bom agrado, a ideia de que o PAIGC, também devia olhar mais para dentro de si, incluindo alguma oposição interna na governação. Mas, ressalvou que “é o que temos tentado fazer... Talvez, provavelmente não é possível também fazer a todos os níveis.” Porque no exercício democrático até que se tome uma decisão, há que respeitar a diferença de opinião e o contraditório, que “ainda não aprendemos” sublinhou. Interrogou a audiência se será normal, mesmo adotada a decisão, que cada dirigente continue a fazer oposição à direção, pondo em causa a disciplina interna? “Não penso que seja assim!,” exclamou. Para ilustrar o seu pensamento, citou a dificuldade por que passou ao formar o Governo de Inclusão, elucidando de que “...foi aplaudido por muitos, mas como podem imaginar foi muito criticado por muitos hostes do Partido. No final foi validado.” Esclarecendo que com a decisão tomada, muitos dirigentes se reservaram no direito de fazer campanha pelo interior de “que só não estavam no executivo ou em outras instâncias de governação, porque o Presidente do Partido e Chefe do Governo, está mais preocupado em acautelar e a confortar a oposição do que a confortar o próprio Partido.” Que perante a situação não tomou nenhuma decisão isolada, convocou os órgãos do Partido que no final se chegou a uma conclusão coincidente. Quanto a questão do fundamentalismo religioso disse ser uma questão de facto premente e preocupante. Ter consciência dos riscos e das ameaças, que pode parecer que nesse matéria se está a recuar, mas já um diálogo encetado com várias instâncias do poder religioso, pois a solução deve ser apoiada numa “liderança forte, convergente e que possa lhe realmente trazer para o debate todas as sensibilidades nacionais para que no final a resultante seja aquilo que preserva a nossa unidade nacional e desenvolvimento do país.” Igualmente, sobre a problemática da fronteira norte, admitiu que é um assunto delicado, que abrange outro Estado, que a via de confrontação nunca será a melhor solução, mas que deverá ser acautelada e resolvida. Ao falar da corrupção fez uma analogia, com os esforços da Mesa Redonda, cujo essencial é a procura de recursos, perguntando: “se partimos de um pressuposto que o governo é não credível, como é que vocês esperam que a comunidade internacional vos dê recursos? Nesse contexto, o Governo sente-se na obrigação de comprovar que é uma estrutura credível. Por isso, fizemos um pedido de auditoria internacional junto a comunidade internacional, nomeadamente aos sistema das nações unidas e ao Banco Mundial. “Pensamos que é a única forma, de a população poder saber à verdade sobre os vários rumores que pairam.” Assim, lançamos uma auditoria a gestão pública, que inclui o tesouro público e os fundos públicos, portanto “se já está a acontecer a auditoria baixemos o tom desse debate e aguardemos pacientemente que o resultado da auditoria venha dizer, quem é que fez uma utilização correta dos fundos e quem não fez?”: Acabou questionando: “porque é que nós queremos antecipar esta acusação.”
Acerca da incompatibilidade de uma pessoa exercer determinados cargos, a partir do momento que é indiciada e é suspeita, defendido pelo Suleimane, disse concordar. Ressalvando porém, de que não sabe se isso é disputada por outros juristas, pois recebeu vários pareceres baseados em outros figurinos e que mesmo assim vai aceitar o seu parecer. Estando de acordo com o parecer do painelista, colocou dois elementos para a reflexão: primeiro, na altura que esse debate veio a superfície e ganhou a proporção que ganhou, o membro do Governo que estava em causa, ainda não tinha sido ouvido. Face isso notificamos as estâncias competentes e dissemos se estão na posse de algo que faz pensar que há indícios suficientes digam, para colocarmos o membro do Governo à disposição e “podermos separar a ação da governação dos outros atos. Isso não aconteceu.” Portanto, “não estou de facto à vontade, com o pressuposto, se o acusado é automaticamente culpado”, declarou o Chefe do Governo. Segundo, nessa ocasião, em que se falava da corrupção, 12 membros do Governo de forma sistemática, sob alegação de que elementos da Comissão que estava a gerir a questão da Madeira, teriam feitos acusações, foram intimados as instâncias judiciais. “Isso é sério?” indagou. O que acontecera é que após uma avaliação, ao meio do percurso, chegou-se à conclusão que havia falta de seriedade e de rigor por parte dessa Comissão. Suspendem-mo-lá, pedimos a Procuradoria-Geral e a Policia Judiciaria para investigar esses casos. As pessoas suspensas foram convidadas a proferir declarações que se transformaram em acusações contra os membros do Governo. E, se os colocasse disponíveis para a Justiça “de uma assentada só, teria que tirar 12 membros do Governo”, frisou. Referiu-se ainda que na ausência dos titulares dos Ministérios os agentes da justiça fizeram apreensões de uma lista muito grande de documentos, sem que a parte visada tivesse a possibilidade de ter presente os seus advogados. Será que “este procedimento é transparente e justo? Nós pesamos que não... Nenhum membro do Governo se irá escudar em seu estatuto .... para não responder à Justiça.” Ultimou dizendo: “Mas, por favor sejamos capazes de nos tratar com dignidade e o respeito que todos merecem.” Sobre o combate ao narcotráfico e ao crime organizado, lembra as ações da UTC, UACI, Scientifique Geaba e os acordos bilaterais para aproximar à justiça das populações e de que hoje “a comunidade internacional dá sinais de acreditar na atual administração.” Tomou a critica do absentismo na função público como positiva, esclarecendo que inclusive havia dado instruções aos ministros para que tomassem medidas a fim de o corrigir. Disse saber, que as pessoas preferiam que fosse à frente dos ministérios e perguntasse: quando é que você entra? “Mas, eu gosto dessa imagem. Eu não gosto da imagem do general... Eu acredito num outro mecanismo”, consubstanciado no Estado para exigir tem cumprir (É o que temos estado a tentar fazer); que o Estado tem criar mecanismos de motorização (A reforma da Função vai permitir os Ministérios adotarem-se de mecanismos de motorização). Há muitas criticas ao absentismo e nós aplaudimos, quando é de nós próprios que estão a falar. Este é daqueles domínios que deveria ser liderado com exemplos. Em vez de chamamos a comunicação social, para pronunciar à viva voz, que eu sou contra o absentismo, “tenho de trabalhar para eu próprio não promover esse absentismo... Quem pensa ao contrário tem o meu respeito. Mas, não me pode pedir para eu fazer exatamente, como ele pensa. Vamos chegar a esses resultados... Eu não quero ser general à frente dos Ministérios para fazer esse tipo de papel.” Advertiu, que acredita na critica e no contraditório, que “quem quer fazer política tem que estar preparado para ouvir, quem não está de acordo com ele. Penso que estou preparado para ouvir. Dói muito quando você está a ser criticado por algo que não fez. Dói ainda mais, quem lhe está a criticar sabe que você não fez.” Portanto, “se ainda não me ouviram a responder tais acusações é porque acredito nas instituições que têm a vocação para o efeito. Vão traze-la à luz do dia e vão permitir que a população saiba daquilo, que nós estamos a falar. Eu acredito não instituições, por isso, é que eu não precipito qualquer tipo de confrontação.”
Pactua com o analista político, Jamel Handem que as diferenças não deviam ser tratadas na comunicação social e que por causa disso os ganhos se esvaneceram, resumindo que é isso que exatamente “eu chamo distrações”. Deu exemplo, que aquando da preparação da Mesa Redonda, após o encontro em Lisboa, com o Diretor-geral da 8ª Visão do Desenvolvimento da UE, que lhe permitiu ter uma ideia do que ia acontecer, de regresso de Lisboa, disse aos membros do Governo que o acompanhavam: “nos próximos 20 ou 30 dias que nós temos até a Mesa Redonda, vão ser consagrados por mim exclusivamente a trabalhar na Mesa Redonda... Quando cheguei ao país fui confrontado com outras situações e nesses 20 dias... fiz tudo menos pensar na Mesa Redonda... É assim que nós estamos a contribuir para o desenvolvimento do nosso país? É assim que realmente nós estamos a materializar e a trazer aquilo que a população nos pede? Num clima que diariamente é chamado para responder, que “há mais acusações contra ti,” que “ouvimos dizer que a tua mulher fez isso; o teu filho fez isso, ouvimos dizer que o teu irmão faz não sei o quê?”, sendo o seu Partido testemunho desse facto, fez manifestou desse jeito: “eu sou um ser humano. Posso errar, posso-me enganar... Estou preparado para ser confrontado com os meus erros. A única coisa que eu peço, mas quando tiverem elementos para me confrontar. Confrontem-me. Não me poupem e estou a gerir fundos públicos, até terem essa prova, deixem-nos trabalhar! É simples.” Relembrou que entrou para a função publica em 88, tendo desempenhou muitos cargos, aonde geriu valores e nunca foi acusado desse ato. Voltou a reafirmar “quem tem provas que as exiba.” E, quem tiver elementos para lhe “considerar suspeito que as faça.” Reiterou a sua “disponibilidade para autorizar a todo o mundo poder aceder aos seus dados”, inquirindo “que mais ou posso fazer?” Concluiu “tem que haver algum momento de alguma trégua. Vamos parar! Vamos permitir que as pessoas trabalhem. Falamos muito absentismo. Absentismo não só estar no local de trabalho. É estar no local de trabalho a trabalhar. Não é estar no local de trabalho a tratar dos rumores daquilo que se diz à nível da comunicação.” Ao falar da floresta devastada, mencionou um velho ditado: “quando é muita coisa dita de uma forma tão repetida, não é possível que isto tudo não seja mentira” e que há sempre “uma pequena dose de que você não está limpo em tudo isto que se diz. Minha gente eu estou limpo em relação a tudo isto... completamente. E desafio as pessoas a provarem o contrário.” No dia 18 de setembro, em Conselho de Ministros, “proibimos novos cortes de madeira... porque governar é continuidade “tentamos ser coerentes com os nossos antecessores,” sendo ou não a medida adotada por eles correta. Daí que separamos as cortes que foram feitas antes e depois do dispositivo de proibição. No entanto, vimos a descobrir uma prática muito interessante, que como o Parque de Estacionamento do Porto de Bissau estava cheio de contentores de madeira, que nos tentaram enganar, despachando a do interior, como se fosse a estacionada antes de dia 18, no Parque. Atentos chegado o navio fomos ao Porto e mandamos descarregar toda a madeira e entregamos o processo a Procuradoria-geral e a Policia Judiciária, que pedimos “tirem-nos a limpo essa situação.” Nesse mesmo momento, estavam a tentar acusar-nos de sermos nós a fazer o negócio da madeira. “Se não fossemos capazes de apreender essa madeira, com que prova que eu estaria aqui hoje a falar convosco. Quem é que não eu ouviu, que eu é que tinha o negócio da madeira por estava a criar problemas... Se pessoas querem de facto conhecer à verdade” ela está lá para ser digitada.
O Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, fechou a sua intervenção que foi bastante esclarecedora, dissipando todas as dúvidas, declarando: “eu nunca fiz negócios de madeira e estou aqui perante todo o mundo a dizer que não tenho nenhum interesse em relação a esse negócio... Nunca fiz negócio da pesca e estou aqui perante todo o mundo a dizer que nem eu próprio, ninguém da minha família, mais próxima tem qualquer negócio ligado as pescas. Em relação aos recursos naturais estou a dizer perante esta plenária, todo o povo guineense, este Governo ainda não assinou um único contrato de concessão em relação aos recursos naturais. O que nós estamos a gerir são contratos que foram assinados no passado, que temos a obrigação de facto dar essa gestão.”
Bissau, 12 julho de 2015
Gabinete de Comunicação e Informação do Primeiro-ministro
Carlos Vaz










BAD financia rede de energia eléctrica da capital Guineense



O Banco Africano de Desenvolvimento aprovou um financiamento de 16,7 milhões de euros para melhorar o abastecimento de energia elétrica na capital da Guiné-Bissau, anunciou a instituição em comunicado divulgado na passada quinta-feira.

O comunicado indica que aquele financiamento contempla um empréstimo no montante de 9 milhões de euros e uma doado dos restantes 7,7 milhões de euros.

O financiamento prevê a reparação das instalações de 31 mil clientes, ligações para 10,5 mil novos utilizadores e melhorias na gestão comercial e boa governação da empresa pública de Electricidade e água da Guiné-Bissau (EAGB), refere o comunicado do BAD.

O Programa de Melhoria do Fornecimento de Electricidade à Cidade de Bissau tem um prazo de execução de três anos com o objectivo de reduzir o número de cortes de energia diários de 22 para menos de dois, refere o BAD.

Ao mesmo tempo, pretende-se reduzir as taxas de perda comercial e técnica de 47% para 20%.

“Só 20% dos residentes na capital tem acesso a electricidade e quem receber energia está ligado a uma rede fraca, em que metade da electricidade produzida se perde devido a infra-estruturas obsoletas e ligações ilegais e com Apagões por mais de 20 horas nalgumas zonas devido a excesso de carga, descreveu o BAD.

O programa conta com financiamento adicional do Banco Europeu de Investimento e do governo da Guiné-Bissau.

Empresários Caboverdianos não vão integrar a comitiva do PM em visita à Guiné-Bissau


Image result for jose maria correia nevesOs empresários cabo-verdianos já não vão integrar a delegação oficial do Primeiro-ministro, José Maria Neves, que efectua uma visita oficial à Guiné-Bissau de 15 a 20 de Julho, devido a falta de lugares disponíveis no voo da companhia aérea cabo-verdiana (TACV).

Em declarações à agência «Inforpress», um dirigente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS), responsabilizou o gabinete do Primeiro-ministro por não ter feito as diligências necessárias para que a missão empresarial integre a delegação governamental.

«Infelizmente, desde o momento em que fomos comunicados oficialmente da missão, contactámos a TACV para as reservas e fomos informados da indisponibilidade de lugares, uma vez que o gabinete do Chefe do Governo bloqueou 35 lugares para os membros da comitiva e o avião-ATR só dispõe de 62 lugares», lê-se num comunicado da CCISS enviado aos seus associados.

A CCISS disse, entretanto, que em conjunto com a sua congénere de Barlavento tentou várias alternativas, como um voo charter em avião fretado à TACV, em avião fretado no Senegal e da Royal Air Maroc, mas nenhuma das hipóteses se revelou exequível ou por questões financeiras ou por questões de indisponibilidade de lugares.

No comunicado, a CCISS afirmou que as duas Câmaras fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que, à semelhança da missão empresarial feita anteriormente com o Ministério do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, tudo decorresse da melhor maneira.

O XXV encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP)


O XXV encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) irá decorrer de 15 a 17 de julho na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na cidade da Praia.O fórum desenrolar-se-á sob o lema "Novos desafios para o ensino superior após os objectivos do Desenvolvimento do Milénio", anunciou uma nota da Uni-CV.


Da agenda dos trabalhos constam diversos aspectos relacionados com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), designadamente políticas e estratégias de cooperação para o desenvolvimento nos países de língua portuguesa e perspectivas para o pós-ODM.

Entre outros temas agendados figuram a questão da difusão e do desenvolvimento da língua e literatura portuguesas, a plataforma continental marítima, a presença do mar na cultura expressa em português e os novos desafios das universidades membros da AULP.

O primeiro dia do encontro será dedicado a uma reunião do Conselho de Administração da AULP, enquanto os dias seguintes serão destinados a conferências e sessões paralelas de apresentações temáticas.

No último dia do encontro acontecerão excursões aos centros históricos da cidade da Praia e da Cidade Velha, tendo sido esta último declarada, desde de 2009, pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO), Património Mundial da Humanidade.

A AULP, integrada por mais de 140 membros de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau, é uma Organização Não-Governamental (ONG) Internacional que promove a cooperação e troca de informações entre universidades e institutos superiores.

Fundada no dia 26 de Novembro de 1986, a AULP promove a colaboração multilateral entre universidades dos países de expressão portuguesa e multiplica esforços no sentido de consolidar laços e encorajar acções conjuntas entre os seus membros, para que se opere o reconhecimento da importância e da força desta comunidade de pessoas que falam a língua portuguesa e, sobretudo, que fazem a investigação em estudos superiores.

A reunião na cidade da Praia estarão presentes o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, do ministro cabo-verdiano do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, Alexis Tam, e o reitor da Universidade de Macau, Wei Zhao.
 

 
 
 

Base de dados jurídica comum dos PALOP será alargada a Timor-Leste


A base de dados jurídica oficial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Legis-PALOP) será alargada a Timor-Leste, informou hoje a coordenadora regional do projecto, não descartando a entrada, no futuro, de Portugal, Brasil e Guiné Equatorial.


Em declarações à agência Lusa no âmbito do 5.º Encontro da Legis-PALOP, que decorre até quinta-feira na Cidade da Praia, Teresa Amador disse que será replicado em Timor-Leste aquilo que já está em curso nos cinco países africanos que falam o português (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe).

Após a entrada, Timor-Leste vai criar a sua unidade nacional, que vai depois encarregar-se de fazer a recolha e inserção da legislação e de fazer sua classificação jurídica.

Segundo Teresa Amador, o alargamento a Timor-Leste vai colocar novas questões que serão discutidas durante o encontro na Cidade da Praia, como o novo nome para a base de dados.

"Há uma série de questões que vão derivar desta discussão e, para isso, vamos contar com a presença do Envangelino Belo, chefe de gabinete do ministro da Justiça de Timor-Leste", indicou.

O Legis-PALOP é um projecto que disponibiliza uma plataforma de conhecimento e partilha de informação jurídica entre os PALOP e por todos aqueles que pretendem conhecer os ordenamentos jurídicos. A base de dados pode ser consultada na Internet com o endereço electrónico
www.legispalop.org.

Questionada pela Lusa, a coordenadora regional não descartou a possibilidade de, no futuro, o portal ser alargado ao Brasil, Portugal e Guiné Equatorial, mas garantiu que, por agora, está em cima da mesa apenas o alargamento a Timor-Leste.

"O Legis-PALOP tem uma unidade em cada país e tem uma coordenação regional que funciona junto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). E uma das questões que se coloca é se deveríamos também evoluir para passarmos a ser Legis-CPLP. Mas essa questão não está em cima da mesa, por agora", salientou.

Teresa Amador disse que os seis primeiros anos têm sido de muito trabalho, de alguns desafios e, sobretudo, de grande crescimento, tendo o portal já cerca de 12 mil utilizadores e garantido mais segurança jurídica aos PALOP.

"Há segurança jurídica, no sentido que sei exactamente o que está em vigor. Sei também se um diploma já foi alterado ou se sofreu algum outro tipo de vicissitude. Há também a garantia que a informação que disponibilizamos é fidedigna porque é fornecida pelas Imprensas Nacionais e é disponibilizada por entidades públicas de maior credibilidade nacional", sustentou.

Relativamente à sustentabilidade da base de dados, Teresa Amador sublinhou que depende dos acessos, das subscrições e das dotações orçamentais dos Ministérios da Justiça dos PALOP, mas o grande objectivo é a autonomia, para o qual, defendeu, "ainda existe um caminho a percorrer".

A coordenadora indicou que há muitos utilizadores fora da lusofonia, pelo que há possibilidade de se avançar para a tradução e disponibilização de documentos em outras línguas, como inglês e francês, para responder à demanda a este que é o único projecto do género no mundo.

Sobre o encontro, que conta com a presença de todos os coordenadores nacionais, responsáveis das Imprensas Nacionais e pela classificação jurídica, a coordenadora regional espera que sirva para o reforço do processo de consolidação e de intercâmbio entre as delegações.

Alguns dos pontos altos será a inauguração do Gabinete Legis-PALOP em Cabo Verde, uma mesa redonda por videoconferência entre os ministros da Justiça dos PALOP, lançamento da publicação "O quadro jurídico sobre o branqueamento de capitais, combate à corrupção e tráfico de drogas nos PALOP" e celebração do sexto aniversário da base de dados: 15 de Julho.
 
 
 
 
 

A partir de Outubro de 2016 Inpharma vai fabricar medicamentos para G-Bissau


A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos (Inpharma) vai, a partir de Outubro de 2016, começar a fabricar medicamentos para Guipharma, da Guiné-Bissau, informou ontem a instituição.


“Estamos a alinhavar os pormenores para a partir de Outubro de 2016 começarmos a fabricar os medicamentos para Guiné Bissau”, confirmou o director comercial da farmacêutica cabo-verdiana, Gil Évora.

A exportação dos medicamentos ocorrerá no âmbito de uma parceria firmada entre a Inpharma e o Governo da Guiné-Bissau, que visa também a construção da farmacêutica Guipharma, um projecto que ficou parado após o golpe de Estado de Abril de 2012.

Em entrevista à Inforpress, o presidente do conselho de administração da Inpharma, Luís Vasconcelos Lopes, disse que a Guiné-Bissau vai construir e instalar de raiz a sua empresa farmacêutica Guipharma com o apoio técnico da farmacêutica cabo-verdiana.

O processo de negociação para a construção da farmacêutica guineense foi concluído em Junho de 2015, durante uma reunião entre a administração da empresa cabo-verdiana e a ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, Valentina Mendes, que se encontrava em visita de trabalho de três dias a Cabo Verde.

“Conseguimos materializar os propósitos da Inpharma de se tornar um parceiro estratégico para a implementação da indústria farmacêutica na Guiné-Bissau, sendo que hoje estabelecemos as linhas mestras para a constituição, por parte do Governo da Guiné-Bissau, de uma empresa similar a nossa que se chamará Guipharma”, disse na ocasião, Luís Vasconcelos Lopes.

Segundo o responsável, a futura empresa farmacêutica a ser construída na Guiné-Bissau, irá procurar “replicar a experiência” da farmacêutica cabo-verdiana.

Entretanto, durante a fase de implementação da farmacêutica bissauguineense, a empresa cabo-verdiana vai produzir medicamentos com a marca Guipharma para exportar para Guiné-Bissau.

“Iremos ter o privilégio de ser o fornecedor e aumentar as nossas exportações, o que representa o reconhecimento da nossa capacidade do conhecimento, porque já somos reconhecidos como instituição capaz de poder vender a sua tecnologia e conhecimento a países terceiros”, frisou.

A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos que neste momento exporta para Angola, São Tomé e Moçambique, produz mais de 60 produtos, nomeadamente pomadas, cremes, xaropes, comprimidos, cápsulas, entre outros.

A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos nasceu em 1990 fruto de uma parceria entre a empresa cabo-verdiana Emprofac e a empresa portuguesa Labesfal, às quais se juntaram privados nacionais. Iniciou a sua produção em 1993.

Entretanto, em 2008 ganhou a acreditação internacional do Instituto Português de Acreditação (IPAC) e transformou-se no único laboratório de qualidade acreditado na sub-região africana.

A empresa conta com 55 por cento de capital cabo-verdiano e 45 português.
 

 
 
 

"... direitos humanos ainda precisa de muito trabalho na G-Bissau"


"A situação dos direitos humanos ainda precisa de muito trabalho na Guiné-Bissau. Ainda há muito trabalho a ser feito. Apesar de reconhecer o trabalho feito pelas organizações das mulheres pela Liga dos Direitos humanos, comissão nacional dos direitos humanos, o trabalho que eles fazem de sensibilização enorme junto das populações”, disse ontem Ovídeo Pequeno, através das antenas da RDN. 


Segundo o representante da União Africana em Bissau, “é preciso continuar a fazer mais e melhor. O problema da Guiné-Bissau vem de um conflito, vem de uma situação de transição, vem de ciclos de instabilidades prolongados é evidente que não houve tempo até este momento para que as pessoas pudessem concentrar e resolver algumas questões mais urgentes que têm. Eu creio que com este Governo, uma nova administração depois das eleições legislativas e presidenciais está-se a dar passos no sentido de melhorar a qualidade da recepção e de protecção dos direitos humanos na Guiné-Bissau.”

Ovídeo Pequeno apresenta por outro lado a preocupação da União Africana em relação à constante violação dos direitos das mulheres e s crianças africanas.

“É uma decisão que vem da recente cimeira de Malabo que o ano 2015 seria o ano de empoderamento das mulheres. E é esse o trabalho que está a ser feito. Concretamente aqui na Guiné-Bissau posso dizer que temos estado a trabalhar com as associações e organizações de todas as mulheres a nível da Guiné-Bissau no sentido de criar um documento que possa permitir que a União africana saiba exactamente que mecanismos existem na Guiné-Bissau de protecção às mulheres por um lado, e por outro, quais são as vias para o acesso ao desenvolvimento dessas mulheres. Um documento de trabalho que comporta uma série de eixos apresentada pelas mulheres guineenses.”

Ovídeo Pequeno destacou os frequentes conflitos africanos e a fraca escolarização como um dos factores de violação dos direitos humanos.
 
 
 
 
 

"O YALI é um programa muito promissor para os jovens africanos"


Ilsa Sá tem uma voz forte que reflecte a força de vontade de mudar o mundo, mas especialmente a forma como as pessoas vêem a Guiné-Bissau.


Na conversa com a VOA, horas antes de viajar para os Estados Unidos, Ilsa falou de como o seu país está a tentar reerguer-se e de como é importante que cada um contribua com as suas capacidades para mudar a imagem da nação de Amílcar Cabral.

Ilsa está em Nova Orleãs, inserida no programa de liderança cívica, onde espera perceber qual a origem dos problemas para que consiga encontrar soluções e aplicá-las na Guiné.
 
 
 
 

 





CEDEAO preparase para implementar Biometric ID Cards


Moradores da Comunidade Económica dos Estados Oeste Africano, ou CEDEAO, poderá em breve ser capaz de viajar entre os países membros que utilizam cartões de identificação biométricos. CEDEAO é composta de Cabo Verde, Benin, Gana, Burkina Faso, Nigéria, Gâmbia, Libéria, Guiné, Guiné Bissau, Togo, Níger, Serra Leoa, Cote d 'Ivoire, Senegal e Mali.

 

O movimento foi sugerido pelo vice-presidente da CEDEAO Toga McIntosh Gayewea numa conferência de imprensa durante o Comité de Coordenação de Planeamento Estratégico (SPCC) 's décima reunião. Ele sugeriu que a partir do início de 2016, os cartões biométricos facilitaria o fluxo de viagens entre os Estados membros, e que os cidadãos nem sequer precisa ter seus passaportes para atravessar fronteiras. O desenvolvimento vai ser parte do mais amplo quadro estratégico comunitário, que vai ver os membros da CEDEAO trabalhar uns com os outros, ONGs e meios de comunicação para buscar melhorias em diversas áreas de interesse, incluindo a segurança.

O plano ecoa iniciativas semelhantes de outras redes inter-estatais, como a União Europeia, cuja Comissão Europeia começou a explorar de leitura biométrica para viagens entre os seus próprios Estados membros. Enquanto isso, a agência de controlo das fronteiras dos Estados Unidos tem em si comecei a olhar para o rastreio biométrico em aeroportos e Arábia Saudita tem implementado um programa de identificação biométrica nacional que vai ajudar a gerir a segurança das fronteiras e migração. Embora tais iniciativas têm por vezes dado origem a direitos civis e preocupações com a privacidade, eles são cada vez mais popular em todo o mundo como um meio de melhorar a segurança e a facilidade de viajar através das fronteiras.

FMI e a avaliação Conselho Executivo

 

Directores Executivos elogiaram as autoridades para a sua determinação em promover a estabilidade política e macroeconómica. No entanto notar que Guiné-Bissau continua a enfrentar importantes desafios socioeconómicos Administração sublinhou a necessidade de continuação de um forte compromisso com políticas prudentes e de reformas abrangentes. Eles concordaram que a retomada do apoio financeiro dos parceiros de desenvolvimento será fundamental para a melhoria das perspectivas económicas do país e reduzir a pobreza.


Administração enfatizou a importância da disciplina fiscal e da despesa pública eficiente. Eles encorajaram esforços sustentados para reforçar a mobilização de receitas e criar espaço fiscal adicional para enfrentar vastos défices de desenvolvimento da Guiné-Bissau. Em particular Administração sublinhou a necessidade de reforçar a gestão das finanças públicas, nomeadamente os processos de execução orçamental. Apelaram também para a continuação dos progressos com a reforma do sector da segurança.

Administração enfatizou a importância de se assegurar uma posição fiscal sustentável, buscando financiamento em condições altamente concessionais. Endividamento prudente será essencial à luz das grandes planos de investimento público da Guiné-Bissau e da sua vulnerabilidade a choques.

Administração concordou que a estabilidade do sector financeiro é fundamental para o crescimento. Neste sentido eles encorajaram as autoridades a reforçar o sistema bancário, especialmente através do reforço de supervisão bancária e abordar empréstimos non-performing. Medidas para promover o aprofundamento financeiro em colaboração com as instituições da União Monetária em questão será também importante.

Administração sublinhou que são necessárias reformas estruturais para reforçar a competitividade e atingir um crescimento diversificado e inclusivo. Eles concordaram que, a fim de impulsionar a atividade do setor privado prioridade deve ser dada à melhoria do ambiente de negócios e melhorar a infra-estrutura e acesso a serviços financeiros. Administração congratulou-se com a auditoria do fundo para promover o desenvolvimento agrícola e encorajaram as autoridades a rever a sua governação e as operações em função dos resultados.

Administração sublinhou a importância de melhorar as estatísticas económicas de a qualidade ea pontualidade da Guiné-Bissau. Eles encorajaram as autoridades a melhorar a coordenação entre as várias instituições envolvidas na produção de dados e garantir que sejam atribuídos recursos adequados para eles.

 
 
 
 
 

 

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...