NOTÍCIA: BRAIMA CAMARÁ VAI LIDERAR O NOVO EXECUTIVO


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As últimas informações apontam que o Presidente da República, José Mário Vaz, vai pedir às duas principais forças políticas com maior representação parlamentar, nomeadamente PAIGC e PRS, e o Grupo dos 15 Deputados dissidentes do PAIGC que cada um proponha um nome ao cargo do Primeiro-Ministro, confidenciou uma fonte junto da presidência guineense.   

Segundo a mesma fonte, que prefere o anonimato, o Grupo dos 15 vai propor o nome de Braima Camará para liderar o novo executivo e o mesmo será escolhido, entre os três, por José Mário Vaz como o nome de consenso ao cargo do Primeiro-Ministro, acrescentando, no entanto, que Camará ainda não se mostrou disponível para assumir o cargo e o mesmo deve viajar com Presidente José Mário Vaz para os Estados Unidos, onde vai participar na Assembleia-Geral da ONU.

Recorde-se que Braima Camará foi o candidato, à presidência dos libertadores, derrotado por Domingos Simões Pereira no último Congresso realizado em Cacheu.     

De: Lope ku Fundinhu /MO        

1956 – 2016: PAIGC COMPLETA HOJE 60 ANOS DA SUA EXISTÊNCIA


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Numa reunião clandestina efetuada em Bissau, a 19 de Setembro de 1956, Amílcar Cabral e mais cinco outros patriotas, entre os quais, segundo Elisée Turpin, numa entrevista à um dos jornais da capital, estavam: Aristides Pereira, Fernando Fortes, Júlio Almeida, Elisée Turpin, Abílio Duarte e Rafael Barbosa, fundaram o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde – PAIGC.

Um partido cujo objectivo apresenta duas facetas fundamentais: um primeiro que se traduz na conquista da independência – programa menor; e, o outro que consiste no desenvolvimento do país – programa maior.

Infelizmente, já foram 60 anos! 

60 anos de querelas internas dentro do partido; 60 anos de intriga; 60 anos de calúnia; 60 anos de inveja; 60 anos de traição política; 60 anos de falta de fidelidade ao partido; 60 anos de oportunismo; 60 anos de falta de patriotismo dos seus militantes; 60 anos de assassinatos bárbaros; 60 anos de promessas falsas ao martirizado povo; 60 anos de nepotismo; 60 anos de enriquecimento sem causa… enfim, foram 60 anos de sofrimentos do povo guineense. 
      

De: Lope ku Fundinhu/MO          

PUN - DEVOLUÇÃO DO PODER AO PAIGC É A SAÍDA LEGAL DESSA CRISE



O Partido da Unidade Nacional chefiado por Idrissa Djaló voltou em carga mais uma vez em conferência de imprensa para reagir sobre a crise vigente.
Quando tudo vai agravando com moldes diversificados de desentendimento iniciado pelo PR a quando da demissão do 1º governo saído das eleições de 2014.

O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) afirmou nesta sexta-feira em Bissau, que o país está num beco sem saída devido à crise política que marginaliza o povo ao ponto de coloca-lo à sangrar. 

Djalo disse que a Guiné-Bissau não pode constituir-se num cancro maligno na sub-região, envolvendo-se em conflito político continuo, que agora não só bloqueou as atividades políticas como também atingiu gravemente as actividades económicas da população. 
Daí que o politico aponta como solução viável e legal para saída dessa crise a devolução do poder ao PAIGC. Ressalvando de forma clara que a composição da mesa e a Comissão Permanente da ANP são coisas que de forma alguma os tribunais não podem alterar. 

É bastante absurdo como os 15 deputados expulsos do PAIGC conseguem enfrentar aos seus militantes para justificar as razões de deixar o seu partido e aliar com outra formação politica para incendiar o seu próprio partido. Contudo Djaló pede aos políticos para se absterem de disputas do cargo do PM e outros lugares da governação e enaltece a necessidade da revisão da Constituição da Republica e a redefinição do processo de nomeação do Procurador-geral da Republica. 

O presidente de PUN pediu aos políticos e aos responsáveis das organizações islâmicas do país, de absterem-se de misturar a religião e a política. Apontando vários casos que se acontecem com os “fulas” que sempre são transportados como “gado bovino” para se assistirem às manifestações de tirania.
“Eu sou fula. Fulas não são gado bovino. Nós somos donos de gado bovino.” Notou Djaló
Idrissa Djaló confessou ser adversário ferrenho do Presidente Mário Vaz, mas segundo disse, não são inimigos apontando vários casos que submeteu ao Chefe de Estado para a saída à crise, mas não foi tido e nem achado. Com tudo, pede ao PR para convocar o Presidente da ANP, PAIGC e o PRS para se procurarem solução da situação política decorrente e, sublinha que não é justo as sanções decretadas às chefias militares da Guiné-Bissau se mantiverem, até ao momento. Apelando a CEDAO e a Comunidade Internacional para levantarem as mesmas. Mas com certeza que, doravante, qualquer políticos que criar instabilidade na Guiné-Bissau, seja capturado e conduzido ao fórum judicial da CEDEAO.

LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO DE POESIA DO DR. Carlos Edmilson Vieira (Noni)



«JOMAV NA ONU» PR DA GUINÉ-BISSAU VAI DISCURSAR PELA PRIMEIRA VEZ NA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS




O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, partiu ontem do país para Nova Iorque, onde vai discursar na quarta-feira, pela primeira vez, na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Vamos explicar e partilhar", com chefes de estado e a própria ONU, a proposta de saída da crise política mediada em Bissau pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), referiu José Mário Vaz no aeroporto internacional de Bissau

"Há muita movimentação" entre os atores políticos, acrescentou, esperando que todos façam o"trabalho de casa" em busca de um entendimento até à sua chegada de Nova Iorque.

O chefe de Estado guineense viaja em avião cedido pela República do Congo e conta deixar os Estados Unidos logo após o discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.

José Mário faz vai também manter reuniões com "investidores interessados na Guiné-Bissau",concluiu.

Lusa/Conosaba






Palavras de Jomav:
Desloquei-me a Nova Iorque para participar - pela primeira vez enquanto Presidente da República - na Assembleia Geral da ONU. 

No encontro magno das Nações Unidas, vou partilhar com as delegações presentes a situação actual da Guiné-Bissau.

À margem da Assembleia Geral, terei encontros com parceiros internacionais e pessoas interessadas em investir no nosso país. 

Deixo o país tranquilo porque estou convencido de que as movimentações que os actores políticos nacionais estão a protagonizar são no sentido de se encontrar uma solução negociada da crise vigente na nossa terra. 

Volto ainda antes do dia 24 de Setembro, a tempo de participar nas comemorações do dia da independência nacional.

«ONTEM» A REPRESENTAÇÃO DO PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL FOI CONVIDADO PARA ASSISTIR A GALA DE ESTUDANTES



Dr.ª Fatumata Rachide e Dr. Pedro Pã

A Direcção do Partido da Renovação Social em Portugal, na pessoa de Dr. Pedro Pã e Fatumata Rachide a convite de AEGBL, foram assistir a cerimónia de homenagem aos estudantes finalistas guineenses residentes em Lisboa, relativo ao ano letivo 2015/2016 (onde todos os finalistas em diferentes categorias do ensino, desde cursos técnico-profissionais ao pós-doutoramento), vêem o seu esforço, a sua dedicação e sua disciplina serem reconhecidos, para isso, recebem diplomas de mérito, pelas mãos dos responsáveis da Associação dos Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL).

TRADIÇÃO MATA BEBÉS NA GUINÉ-BISSAU, SOBREVIVENTE LUTA A CANTAR





Binham, 38 anos, tem uma canção sobre o pai que nunca gravou na sua discografia: aquela em que conta como ele o quis matar quando ainda era bebé.

“Acho que ele pensava que estava certo. Não tenho nada para odiar o meu pai”, conta Binham Quimor, um dos cantores mais famosos da Guiné-Bissau e que dá espetáculos em todo o mundo.

Tinha um ano quando foi abandonado para ser levado pela maré porque, reza a tradição, algumas crianças são espíritos que têm que ser devolvidos à natureza.
A lei da Guiné-Bissau protege este costume e atenua a pena de quem matar bebés, seguindo a crença. Mas nem era preciso, porque as comunidades encobrem os casos logo à partida e nunca ninguém foi investigado ou julgado. 

O pai de Binham encomendou a cerimónia porque o filho adoecia com frequência e estava a levar muito tempo para começar a andar, sinais de uma “criança irã”. 

Deficiência, convulsões e nascimento de gémeos são outros motivos para abandonar bebés que são também “bodes expiatórios” de “coisas negativas”, como “a morte da mãe no parto”, explica Filipa Gonçalves, 28 anos, psicóloga e coautora de um estudo. 

No trabalho “Crianças irã: uma violação dos direitos das crianças na Guiné-Bissau” da Caritas da Guiné-Bissau, Fundação Fé e Cooperação (FEC) e União Europeia, foram entrevistados 20 membros de famílias que disseram ter crianças possuídas por espíritos. 

Pode até bastar um bebé cair em subnutrição, o que é comum na Guiné-Bissau, para ter atrasos no desenvolvimento e ser sentenciada. 

Um curandeiro chega a receber 150 euros para realizar a cerimónia em que a criança é abandonada, conta Laudolino Medina, presidente da associação Amigos da Criança (AMIC). 

“Os detalhes do ritual dependem da etnia”, mas de uma forma geral envolvem experiências com comida que os “irãs” supostamente apreciam, consoante sejam espíritos de terra ou de água. 

Aos 44 anos, uma residente em Bissau, neta de uma curandeira, aceitou recuar à infância e falar sobre as cerimónias que via a avó fazer. 

Conta a história sob anonimato: “eu via pais levarem filhos”, alguns com quatros anos, e quando caía a noite realizava-se o ritual com farinha e ovos - em que a criança, sem autonomia para se deslocar ou orientar, era abandonada ao ar livre. 

Depois, na casa da avó curandeira, havia festa patrocinada pelos pais que “levavam porco, cozinhavam e davam vinho”. 

Ao contrário do que possa parecer, “estes pais não defendem a morte das crianças”, explica Filipa Gonçalves, que encontra uma certa “legitimação” na vulnerabilidade económica e social das famílias. 

Ter uma criança deficiente ou doente é sempre “uma preocupação”, mais ainda onde “não há respostas”, nem sociais, nem médicas, nem de nenhum outro tipo. 

Esse filho esgota recursos que deviam ser divididos por outros cinco (número médio de filhos por mulher na Guiné) e em sítios onde ninguém tem conhecimentos “para avaliar uma paralisia, trissomia ou outro problema”. 

Binham foi salvo às escondidas, pela mãe, antes que a maré subisse, na zona de Matandim, onde nasceu e foi abandonado, ao relento, nos arredores de Bissau. 

“Vi uma vez o meu pai, quando tinha 13 anos. Não o tornei a ver até ele morrer”, pelo que nunca falaram sobre o assunto, mas Binham gostava que ele visse o artista em que se tornou. 

“A prática continua e não há registo de um único caso julgado e condenado”, lamenta Augusto Mário da Silva, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH). 

O artigo 110 sob o título “Infanticídio” do Código Penal da Guiné-Bissau indica que “a mãe, os pais ou os avós que durante o primeiro mês de vida do filho ou do neto lhe tirarem a vida” por deficiência, doença ou influenciados por usos e costumes do grupo étnico, “são punidos com pena de prisão de dois a oito anos”. 

Desta forma, a pena é inferior à de homicídio, que na Guiné-Bissau vai de oito a 16 anos de prisão, o que no entender de Laudolino Medina é um “incentivo à prática”. 

Por outro lado, Mário da Silva diz serem “inaceitáveis justificações de homicídio com base em razões tradicionais, sob pena de se construir uma sociedade de incertezas”. 

Que o diga Vilma, oito anos, que sobreviveu depois de a família tentar matá-la quatro vezes quando era bebé por nascer com uma deficiência ligeira. 

O que lhe valeu foi que houve sempre familiares que se arrependeram e, da última vez, não conseguiram juntar 100 mil francos CFA (150 euros) para pagar ao curandeiro. 

Hoje é apadrinhada por Laudolino, que conseguiu mudar a perceção do pai, mas “há muitas mais ‘Vilmas’ na Guiné-Bissau e nem todas se salvam”, alerta. 

Encontrar escapatória não é fácil: Nida da Silva, guineense, 36 anos, teve que fugir de casa porque o marido e o resto da comunidade em Nhacra, arredores da capital, queriam sacrificar a filha que nasceu com deficiência nas pernas e mãos. 

“A história da mãe de Nimade mostra o heroísmo do amor”, retratou a freira Romana Sacchetti, da Missão Católica de Bula, que acompanhou este e outros casos durante 35 anos na Guiné-Bissau. 

Quando as crianças ficavam saudáveis, “a população começava a questionar a tradição”, contou Sacchetti antes de falecer num acidente de viação, poucos dias depois de falar para esta reportagem - mas a missão em Bula continua a servir de porto de abrigo para “crianças irãs”. 

A canção de Binham nunca gravada sobre os infanticídios encobertos da Guiné vai tentar trazê-los para a ordem do dia, espera o cantor, que quer incluí-la no próximo disco. 

Até lá, para ouvir, só pedindo num concerto pelo título em crioulo, “Mames Mansia” (As mães não são todas iguais).

Fonte: Lusa com Conosaba/MO

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