ÁFRICA OCIDENTAL PEDE ACORDO URGENTE NA GUINÉ-BISSAU PARA ACABAR COM CRISE POLÍTICA





Os países da África Ocidental pediram ontem aos dirigentes da Guiné-Bissau para que se entendam com urgência e acabem com a crise política no país, lê-se num comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

"A CEDEAO apela a todas as partes envolvidas na discussão em curso a aproveitar esta ocasião para pôr termo ao bloqueio institucional que afeta o país, atendendo aos superiores interesses dos cidadãos" e pede um acordo "urgente", refere-se no documento.

"A comunidade reitera a necessidade urgente de se chegar a um acordo durável para garantir a estabilidade da Guiné-Bissau", sublinham.

O presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, na qualidade de mediador da CEDEAO, está a acolher na sua capital, desde terça-feira, uma mesa redonda de negociações com os dirigentes de Bissau - encontro ainda sem fim à vista, disse fonte no local à Lusa.

A reunião surge depois de Condé e Ernest Koroma, presidente de Serra Leoa, terem conseguido em setembro, numa visita a Bissau, que os dois principais partidos (PAIGC e PRS), o atual primeiro-ministro e o presidente do parlamento assinassem um compromisso de seis pontos.

O primeiro deles prevê a formação de um governo de inclusão, que consiga ver aprovado no parlamento o seu programa e um orçamento de Estado, e assim desbloquear o país e garantir estabilidade até ao fim da legislatura (2018).

Os outros cinco pontos preveem que uma reforma da Constituição, da lei da administração territorial, da lei eleitoral e dos partidos, que haja fortalecimento do sistema de justiça e que avancem as reformas nos sectores da defesa e da segurança.

"A CEDEAO reafirma o seu apoio à colocação em marcha do roteiro de seis pontos que deverá levar o país a seguir o caminho da coesão social e da erradicação progressiva da pobreza", conclui-se no comunicado.

Lusa/Conosaba/MO

FALTA DE CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS DO GOVERNO GUINEENSE MOTIVA ESCASSEZ DE PEIXE NO PAÍS




A falta de peixe que se verifica nos últimos meses nos mercados do país tem a ver com o não cumprimento das medidas do governo que obrigam os barcos de pesca a desembarcarem só uma parte do pescado para o consomo nacional
Numa entrevista á Rádio Sol Mansi (RSM) o director do Centro de Investigação Pesqueira, Vitorino Incada, em nome de o ministro das pescas, a margem de a abertura do seminário de instalação do comité de seguimento de recursos marinhos, denuncia ainda que quando passam a licença uma parte em função de pescaria deve desembarcar uma certa quantidade de peixe para abastecer o mercado nacional.
“Tudo está explicado em função da pescaria. Já houve várias reuniões com os armadores para obriga-los a cumprir caso não cumprirem e vamos retirar as licenças da pesca”, ameaça.
Entretanto, também ouvido pela RSM, Mário Dias Sami, da Comissão Especializada para as Pescas da ANP, disse que é vergonha as pessoas se deslocarem a vizinha Senegal para comprar o peixe.
“O estado tem uma tarifa que dá aos nacionais para venderem. Então estas pessoas não desembarcam os pescados no país. Os únicos que desembarcam são os chineses. Então, teríamos que ter situações como estas. É vergonhoso quando temos que ter pessoas a irem ao Senegal comprar peixe que possivelmente saíram das nossas próprias águas”, lamenta Dias Sami, antigo Secretario de Estado das Pescas, que chama atenção na necessidade de haver uma banca de combustível, uma frota nacional e o investimento sério no apoio as pescas artesanais. 
A Guiné-Bissau é considerada um dos países com mais recursos pesqueiros da África ocidental, no momento em que a população continua sem acesso a peixe de qualidade para consumo nacional e os preços do pescado estão elevados.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes com Conosaba/MO

«OPINIÃO» GUINEENSE, FERNANDO GOMES DIZ QUE NINGUÉM TEM DIREITO DE “HIPOTECAR” O PAÍS



Depois de longo período de silêncio político, Fernando Gomes, militante do PAIGC e antigo ministro do interior até golpe de estado de 12 de Abril, decidiu voltar ao público afirmando que na Guine Bissau assiste-se uma crise de liderança sem precedente na sua história recente que “prejudica bastante” o povo
Em conferência de imprensa, ontem quinta-feira (13), Fernando Gomes afirma que nunca pensou em abdicar da vida política mais era preciso dar tempo na sequência do que aconteceu com ele durante o período de transição politica.
Sobre o actual momento do país, Gomes defende que chegou a hora de por fim a crise pondo os interesses comuns em acima dos interesses pessoas porque “ninguém tem o direito de hipotecar o destino do país”.
Em relação a iniciativa de reconciliação interna anunciada pela direcção do PAIGC, reconhece que o partido atravessa uma crise interna muito grave que segundo ele só pode ser ultrapassada com a promoção de uma “verdadeira reconciliação”.
Fernando Gomes critica o facto de nunca o partido libertador ter tomado posição para regresso deCarlos Gomes Júnior e outros membros do partido, asilados no estrangeiro.
“Porque o regresso destas pessoas continua a ser tabu. Porque a liderança do PAIGC nunca fala publicamente do regresso de Carlos Gomes que conseguiu tirar o partido da vale de morte em que se encontrava nos meados do ano 2000”, questiona Fernando Gomes que aponta que também deve se fazer uma reconciliação não só com os 15 mas também com os asilados.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo com Conosaba/MO

«AS REAÇÕES SURGEM EM TODO LADO SOBRE A CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU!» OPINIÃO: "A ATUAL CRISE POLÍTICA É UMA VERGONHA", DIZ FERNANDO DELFIM DA SILVA





Bissau, 13 Out 16 ANG) – O analista político guineense Fernando Delfim da Silva considerou ontem quinta-feira de “vergonha nacional” a atual crise política do país.

Delfim da Silva que falava à Rádio Sol Mansi na cerimónia de abertura do ano pastoral reafirmou que actual sustentou que uma vergonha nacional porque desde 1999 que os mediadores estão a procurar soluções para estabilização do país e até ao momento não aconteceu.

Questionado sobre o que pode acontecer se o encontro de Conacri fracassar, Delfim da Silva respondeu que o povo está cansado e a paciência de todos chegou ao seu limite.

Aquele político disse que é normal que a Sociedade Civil manifeste o seu descontentamento sobre a crise vigente no país, mas não tem capacidade estratégica para mudar nada com manifestações.

Afirmou que quem tem estratégica de mudar algo neste momento é a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) porque tem um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o efeito.

Disse que igualmente as Forças Armadas tem a capacidade de mudar o cenário esclarecendo contudo que não está a pedir a intervenção destas no processo. 

Fernando Delfim da Silva almeja que o encontro dos atores políticos em Guiné-Conacri corra bem e tira a Guiné-Bissau no marasmo em que se encontra.

ANG/JD/SG com Conosaba/MO

JORNALISTAS E GESTORES GUINEENSES DEBATEM FINANCIAMENTO DA IMPRENSA





Caso Cabo Verde anima os debates.

Cerca de uma centena de jornalistas e gestores de órgãos da comunicação social da Guiné-Bissau estão a discutir estratégias para libertar os profissionais da dependência dos interesses políticos e económicos.

O caso de Cabo Verde está a ser estudado como ponto de partida para o debate no Fórum Nacional dos Media.

Num mercado pequeno e frágil, os gestores e jornalistas da imprensa privada da Guiné-Bissau consideram que tem havido concorrência desleal, quando os órgãos estatais vão ao mercado publicitário, não obstante serem subsidiados pelo Governo.

Outro tema que está a suscitar um forte debate é saber se é aconselhável ou não um jornalista ser gestor de uma empresa de comunicação social.

Sobre este particular, Salvador Gomes, jornalista e director da Agência de Informação Guineense, aponta a vantagem de um profissional de imprensa ser gestor de uma empresa de comunicação.

“Não significa que sendo jornalista a pessoa fica complemente impossibilitada de fazer uma gestão que possa ter resultado positivo. O problema é ter a vontade de aprender. Há vantagem do jornalista estar a dirigir um órgão porque tem sensibilidade e pode dar pistas sobre os problemas de fundo”, argumenta Gomes.

Cabo Verde é uma das experiências que está a animar os debates com a presença do gestor da Inforpress, Agência Cabo-verdiana de Notícias, Carlos Santos.

Júlia Alhinho, do Escritório das Nações Unidas em Bissau, entidade co-organizadora do Fórum, falou das razões que motivou a ONU a apoiar este encontro de gestores e jornalistas guineenses:

“Faz parte do nosso mandato apoiar a boa governação e a promoção da democracia e os media têm um papel fundamental para a boa saúde da democracia guineense, e este evento ajudar o Ministério da Comunicação Social a encontrar contributos para uma política nacional para o sector”, concluiu Alhinho.

O encontro termina amanhã, 14, em Bissau.

Voa com Conosaba/MO

EMBAIXADOR M. DJASSI DOOU EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS AOS "BALANTAS DE MANSOA"



GUINÉ-BISSAU: OIM APOIA REPATRIAMENTO DOS MIGRANTES ENCONTRADOS EM BUBAQUE





A Organização Internacional de Migração (OIM) anunciou que já estão criadas as condições logísticas necessárias para o regresso voluntário dos migrantes que no mês passado foram encontrados em Bubaque, região de Bolama, Bijagós.

Em declarações à e-Global, António Infanda, responsável para a Reintegração de Emigrantes, disse que os trabalhos estão a ser feitos em parceria com a Direção-geral de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau. “Iniciamos o nosso trabalho de apoio à Direção-geral da Migração e Fronteiras no sentido de prestar assistência humanitária a estas pessoas com toda a logística, desde a deslocação a partir de Bubaque para Bissau onde vão ser instalados num hotel nos arredores de Bissau”, disse Infanda.

António Infanda informou também que o processo da reintegração dos migrantes vai ser feito na fronteira da Guiné-Bissau com a Republica da Guiné-Conacri, em Buruntuma no leste do país na presença do Embaixador deste país na Guiné-Bissau, Abduramane Kaba.

De acordo ainda com o responsável, os migrantes foram submetidos na segunda-feira a exames médicos, e terão seguido viagem esta terça-feira. “Aguardamos a confirmação médica, através de um exame, para que possamos decidir o regresso deles para o país de origem”, informou este responsável.

© e-Global com Conosaba/MO

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...