Sociedade civil guineense apela ao desbloqueamento rápido dos fundos prometidos

O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, esteve na conferência de Bruxelas (fotografia de arquivo) 


O Movimento das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau apelou, esta segunda-feira, à comunidade internacional para que seja feito um rápido levantamento dos fundos prometidos ao país durante a realização da mesa redonda de doadores, em Bruxelas (Bélgica), que decorreu a 25 de março.

A sociedade civil guineense exortou também, em comunicado, aos «titulares dos órgãos de soberania a terem maior cooperação, colaboração institucional e diálogo de forma a garantirem a estabilidade político-institucional condição essencial para que o país possa merecer a confiança da comunidade internacional e desta forma desbloquear os fundos anunciados».

A conferência internacional reuniu diversos parceiros internacionais, tendo marcado presença uma comitiva guineense, na qual figuraram o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e o Presidente da República, José Mário Vaz.

Na altura, recorde-se, Portugal comprometeu-se a ajudar com 40 milhões de euros, enquanto a União Europeia prometeu cooperar com um total de 160 milhões de euros.


Associações promovem cultura local

 
 Um conjunto de associações da Guiné-Bissau vai promover a realização do espetáculo «Chill Out Cultural», esta quinta-feira, na capital Bissau, com o objetivo de promover a cultura local.

O «Chill Out Cultural» tem entrada gratuita e inclui atuações de dança, teatro e música ao vivo e um desfile de moda com peças tradicionais, no espaço ao ar livre do X-Club de Bissau.

A iniciativa representa «uma etapa inicial para uma série de eventos organizados pelo Movimento Cultural Ubuntu, pela Artissal Cabaz di Terra e ainda pela Associação Pé Na Djon, em parceria com diversas organizações de apoio ao desenvolvimento cultural na Guiné-Bissau», refere a organização em comunicado.

Reunião da Confederação da Publicidade da CPLP

A cidade da Praia acolhe de 31 de março a 1 de abril a 11ª sessão ordinária da Confederação da Publicidade dos Países de Língua Portuguesa (CPPLP), tendo como tema "A internacionalização das agências publicitárias no espaço lusófono".


O evento contará com a participação dos representantes das empresas e agências publicitárias de Cabo Verde, Portugal, Angola, Moçambique e Brasil, segundo informações avançadas à Inforpress pelo representante da Associação Cabo-verdiana de Profissionais e Entidades de Publicidade e Marketing (MARKA).

Giordano Custódio indicou que durante o encontro de dois dias vai ser elaborado um guia de boas práticas que permita informar e balizar, numa perspectiva construtiva e positiva, os requisitos aconselháveis para a internacionalização das agências e empresas publicitárias.

O foco vai ser colocado, sobretudo, nas questões que têm afectado os países cujo mercado ainda não está devidamente regulado.

Aponta como exemplo o caso cabo-verdiano, que segundo adiantou tem sido confrontando com situações de empresas internacionais, que "captam" trabalho no mercado sem se quer estarem instaladas no país.

"Cabo Verde, Angola e Moçambique vamos tentar juntamente com aqueles países que têm um conhecimento maior nesta área, caso de Portugal e Brasil, encontrar formas de proteger o nosso mercado", disse Giordano Custódio, indicando que a ideia não é de fechar o mercado às agências internacionais.

"Nós queremos que essas agências quando vêm para o nosso país e se estabeleçam aqui, que paguem os impostos como as empresas nacionais, que recrutem profissionais nacionais e criem postos de trabalho, porque caso contrário é o país que fica em prejuízo", explicou.

Por isso durante esse encontro de dois dias vai-se analisar os mecanismos para "evitar casos de trabalho à distância", ou seja, que as agências de outros países façam trabalho num país terceiro sem a sua devida instalação.

A reunião, que será marcada pela ausência de São Tomé, Guiné-Bissau e Timor-Leste será oportunidade para actualização o Estatuto da Confederação, elaboração do programa de actividades até a 12ª sessão da Assembleia Geral, que terá lugar em Abril de 2016 e fazer um ponto de situação das suas relações existentes no seio do grupo.


Algumas mensagens de Ramos Horta

Nova Iorque: Mais de 100 Chefes Militares reúnem-se para falar de Paz


Por iniciativa do Secretário-Geral da ONU reuniram-se na sua sede em Nova Iorque mais de 100 Chefes de Estado-Maior das Forcas Armadas para reflectirem sobre as ameaças à paz e segurança no mundo. Um encontro nunca antes realizado em qualquer lugar do mundo em que os "Chefes de Guerra" são chamados para falar de como fazer a paz.

Timor-Leste esteve representado pelo Chefe de Estado-Maior Adjunto Brigadeiro-General, Filomeno Paixão, militar e jurista.

O Chefe do Painel Independente de Alto Nível da ONU para as Operações de Paz, José Ramos-Horta, e vários colegas membros do Painel - Ameerah Haq, Gen. Guha, Rima Salah e a Prof. Henrieta Mensa-Bonsu - também participaram como intervenientes.

Acabado de regressar de Timor-Leste, Ramos-Horta fez duas intervenções: no dia 26 e 27 de Marco em que reflectiu sobre os desafios e ameaças à paz e segurança mundiais e delineou possíveis medidas de prevenção de conflitos e de intervenção armada quando estão esgotados os esforços de solução via diálogo.

Como já foi publicitado nesta página, o Painel dirigido por Ramos-Horta, empossado em Novembro de 2014, já realizou muitas consultas públicas e à porta-fechada, em várias cidades-capitais do mundo, com vista à elaboração de um Relatório e Recomendações ao Secretario-Geral da ONU no final do próximo mês de Maio. Estão previstos debates sobre as recomendações do Painel em sessões do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral.

Algumas mensagens transmitidas frequentemente por Ramos-Horta:

1. A prevenção e solução de conflitos dependem da qualidade das lideranças e elites nacionais que terão ou não o sentido de Estado, coragem e humildade para o diálogo e a busca dos caminhos da paz e unidade.

2. A ONU ou qualquer entidade internacional externa poderá contribuir ajudando a criar condições de segurança e espaço para o diálogo entre as partes em conflito mas não se substitui aos actores nacionais e regionais.

3. A ONU pode e deve aperfeiçoar os mecanismos de Paz e Segurança para que ela possa intervir mais rapidamente e com maior eficácia na prevenção e resolução de conflitos.

4. A raiz dos problemas - fragilidades dos Estados, má governação, corrupção, extrema pobreza, desigualdades sociais, exclusão e discriminação - não será resolvida a curto prazo com uma forca de intervenção de Paz da ONU. A comunidade internacional pode e deve apoiar a resolução desses desafios mas cabe às elites políticas nacionais democraticamente eleitas a responsabilidade de diálogo e construção nos consensos em torno de uma visão comum do futuro.

5. A ONU não deve intervir em todas as situações de conflito. O Secretário-Geral deve explicar claramente os limites da capacidade de intervenção da ONU e devendo ela ter lugar só quando existe um consenso internacional e forte vontade política dos Estados Membros, comprovada pela disponibilização pronta de meios financeiros e materiais adequados, proporcionais ao mandato exigido.

Depois de dois dias intensos em Nova Iorque, Ramos-Horta e os seus colegas seguiram para Salvador da Bahia, Brasil, a convite do Governo Brasileiro, para a realização de mais uma consulta regional alargada, a última da série, completando-se assim as consultas regionais alargadas.

Mais de 20 Países estarão representados nesta consulta regional co-presidida por Ramos-Horta e pelo Ministro de Defesa do Brasil.
(via: Ramos Horta)


Entre Nós Cu Nós!



"Sou Presidente de todos os guineenses, dos que me apoiaram e também de todos aqueles que não me apoiaram. Vamos esquecer os combates políticos, o passado e avançarmos juntos".


A 28 de Março, no Fórum de Lisboa, bom tempo, dia de sol, a sala composta, as pessoas expectantes no que o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, tinha a dizer à Diáspora.
Encontro agendado pela sua iniciativa, primeiro encontro com a comunidade desde que tomou posse, segundo o Presidente para ouvir conselhos e fazer o ponto da situação do país.

Fiz questão de marcar presença, importante para puder ouvir e ver o Presidente. Muito se tem escrito e falado sobre o seu ainda curto mandato, e nestas situações não há melhor juízo do que os nossos olhos e ouvidos.Opinar exige ter a certeza de que as nossas ideias estão assentes numa base de verdade e não de meras especulações e presunções das informações que nos chegam por terceiros, muitas vezes com "alterações climáticas".
Os cidadãos têm uma responsabilidade na construção de uma sociedade esclarecida, de verdade sem tabus, uma sociedade em que as pessoas não precisam de se esconder sobre anonimatos ou falarem sem responsabilidade nos "cafés" sobre temas tão sensíveis como é a política.
Mas como tudo na vida, os comportamentos são escolhas individuais,e em democracia temos de aceitar os que não dão a cara e preferem como "sábios" que são, opinar sobre tudo e sem nenhuma responsabilidade ou conhecimento de causa.

Eu preferi sair do conforto do meu lar num fim de semana de descanso para exercer o meu acto de cidadania. E ouvir a escolha feita pelo povo do meu país de viva voz, para que hoje também possa pela primeira vez dedicar na minha página algumas palavras sobre o Presidente do nosso país, José Mário Vaz.

Numa altura em que o bom jornalismo está escasso torna-se imperativo os cidadãos sempre que possível marcarem presença neste género de acontecimentos para melhor formar a sua opinião, pensar pela suas cabeças sem influências e saber fazer a escolha do essencial na informação do acessório. Infelizmente, muita informação que nos chegam são apenas palavras, descontextualizadas, sensacionalistas e com o único sentido de "baralhar"o povo e criar instabilidade, inquietação na sociedade.
Adiante.

O Presidente chega, as pessoas levantam-se para o aplaudir de pé. Junto à mesa onde se iria sentar, olha para a sala, agradece e faz o gesto para que as pessoas se voltem a sentar.
O Presidente nas suas primeiras palavras quis criar aproximação, empatia e dar algum conforto a todos quadrantes da sociedade, quando fala por conhecimento de causa, como que a dizer: "estou aqui a falar não é apenas retórica, mas por experiência própria":
- Conhece as dificuldades da imigração porque, é produto da imigração, filho de imigrantes.
- Conhece as dificuldades com que os estudantes se deparam porque foi estudante em Portugal.
- Conhece a luta dos trabalhadores e empresários porque foi trabalhador/estagiário e empresário também na condição de imigrante.

Num discurso quanto a mim fechado, com conteúdos de carácter de esclarecimento e dissipação de dúvidas. Deu-me a impressão que vinha com respostas de perguntas já conhecidas. O Presidente da República continua o discurso na mesma linha de raciocínio, reconhece as dificuldades que as economias europeias se confrontam e as consequências disso na degradação das vidas dos imigrantes, por isso, convida-os a voltarem e assumirem riscos que teriam de enfrentar em qualquer país. Acrescenta e diz que quando se devem assumir riscos e dificuldades, que seja no nosso próprio país. Sem pretensões de cargos, como ministros, secretários de estados etc... como se fossem estes os únicos cargos dignos de se trabalhar.

Desafia os guineenses a terem um papel activo no desenvolvimento do país, quando propõe, a competirem com os demais na apresentação de projectos e aproveitarem a disponibilidade financeira ao dispor da GBissau conseguida na Mesa dos Doadores, onde reconheceu o sucesso do acontecimento tendo em conta os resultados, e consciência que é um indicador de que a comunidade internacional nunca abandonou a GBissau.
O Presidente continua e alerta para um bom momento de oportunidades importantes que devem ser consideradas, em que todos são chamados a desempenhar um papel activo e determinante na construção do país.
Questiona para a necessidade de definição clara de "Que Estado é que nós Pretendemos" ?

Fala da importância do Estado como regulador e não como maior empregador, como ainda se verifica e a necessidade de inversão desta posição com a dinamização do sector privado, fazendo com que este assuma um papel mais pró-activo.
As reformas têm de ser implementadas, são urgentes e necessárias para pôr o país a funcionar, a produzir. Criar riqueza, criar empregos aos jovens e melhorar as condições de vida das pessoas. Com algum humor pelo meio, arranca aplausos do público quando dá o exemplo da falta de cultura de trabalho, falta de rigor, assiduidade no cumprimento dos deveres laborais. Da existência de muitas horas" mortas" que se verificam nas várias estruturas do Estado.

Referencia a importância do governo de respeitar os compromissos assumidos aquando da negociação das ajudas financeiras solicitadas em Bruxelas. Em sequência disso, faz menção à conversa tida com seu homólogo Presidente de Portugal Aníbal Cavaco Silva, em que este lhe diz que a GBissau não pode desperdiçar esta oportunidade. Vista por ele como a última oportunidade.

Houve momento de pausa, para que outras personalidades, e também associações participassem a fim de apresentar as suas preocupações ao Presidente, que foi tomando nota com a devida atenção.
"Nunca pensei mal para a GBissau e nem pretendo fazer mal à GBissau e seu povo".
O Presidente José Mário Vaz, volta ao microfone, para mim a última intervenção marca o momento mais alto e mais emocionante do dia, na medida em que estava mais espontâneo, menos técnico e fala nos pontos que muitos pretendiam ver esclarecidos, mas que ninguém perguntou.

Começa por explicar a expressão "Mão na lama" expressão que segundo ele tornou-se motivo de algum humor na sociedade.
Continua, a expressão surge porque entende o Presidente que as economias que se desenvolveram a nível mundial, como EUA, França, Alemanha etc... se desenvolveram à custa principalmente do sector primário (exploração dos recursos da natureza), sendo que o desenvolvimento começa na agricultura e similares.
Diz insistir nesta linha, porque enquanto estava na campanha para as presidenciais, viu no interior do País, pessoas com fome, "barrigas coladas às costelas".

Para o Presidente este sector assume uma grande importância na medida em que:
- Cria auto-suficiência alimentar
- Evita gasto de divisas nas importações do arroz
- Gera emprego

Em sequência de terem falado nas intrigas existentes na política, abordado por uma interveniente, o Presidente aproveita para concordar e a propósito menciona conversa também tida com antigo Presidente da República Portuguesa, Ramalho Eanes, em que este afirma "o que pode matar a esperança de dias melhores na GBissau, são as intrigas, calúnias, invejas, ódios".
Quanto este ponto, o Presidente Mário Vaz no seu entender já começam a existir melhorias, e deu como exemplo a força e união com que foram para Bruxelas, a volta do mesmo objectivo.

O Presidente olha de forma fixa para o público, e esclareceu que GBissau é dos guineenses e não do Presidente Mário Vaz. A GBissau não está assente num único homem "todo poderoso".
Na qualidade de Presidente da GBissau diz não estar imune às críticas, aos conselhos e está disponível para todos os guineenses de igual, sem divisões étnicas, status social ou religiosa.
Não pretende privilégios para sua família, só porque são família do Presidente, segundo ele, obedece às regras da boa conduta, luta contra corrupção e pretende igualdade de direitos e oportunidades para todos os Guineenses sem excepção.

Outro ponto que fez questão de abordar foi a problemática da Constituição da República e a separação de poderes.
A esta questão salienta que havia prometido na campanha eleitoral, respeitar a constituição e separação de poderes entre os órgãos de soberania, mas reconhece existir "zonas cinzentas".

A este propósito, eu, Amélia Costa Injai, apraz-me dizer de que se se reconhece existir algo que possa suscitar dúvidas, devem todos os órgãos da soberania, desenvolver esforços para tornar a nossa constituição mais clara, "preto no branco".
Mas mesmo assim fiquei esclarecida e de alguma forma aliviada, porque quando se reconhece e se tem noção da existência de fragilidades, é um indicador para a sua resolução.

O presidente da República da GBissau diz ser sua única ambição contribuir para a mudança radical do país. E buscar sempre consensos, para que haja estabilidade política necessária. Esse é seu objectivo.
Mais o Presidente terá dito, mas tentei partilhar aqui o que para mim foram os pontos mais importantes e significativos do seu discurso.
Gostei do que ouvi. Acredito que o nosso Presidente é convicto nas suas ideias e de que mesmo nas dificuldades vai privilegiar o diálogo, reunir consensos, e no fim pensará pela sua cabeça, pelo bem das pessoas e do país, pelo supra interesse nacional.

Sou objectiva optimista por natureza e até prova em contrário eu acredito nas pessoas e na sua boa intenção e defendo a ideia de que a coerência na política é fundamental e a nossa honra é a palavra proferida.
E como mulher que quer ver acontecer um futuro melhor na sua terra natal, para o bem dos nossos filhos, acredito que tem de ser mais forte o que nos une, do que aquilo que nos separa.

Porque no fim, GBissau 1°
31/3/2015, ACI (Amélia Costa Injai)



(foto: Amélia Costa Injai)

EUA FELICITAM "VISÃO DE DESENVOLVIMENTO POLÍTICO E ECONÓMICO" DA GUINÉ-BISSAU



Bissau, 30 Mar - Os Estados unidos de América felicitaram aquilo que consideram de “visão de desenvolvimento político e económico” da Guiné-Bissau apresentada na Mesa Redonda no passado 25 em Bruxelas, Bélgica.

Em nota distribuída à imprensa, a embaixada americana para a Guiné-Bissau, com residência em Dakar, Senegal, refere que o documento apresentado pelas autoridades de Bissau neste certame internacional, está “claramente” articulado com as aspirações e os planos específicos necessários para erguer um país “forte, vibrante e próspero” dentro da comunidade da África Ocidental”.

Por isso, segundo o documento, a administração norte-americana agradece a União Europeia, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e o próprio Governo da Guiné-Bissau pela organização desta conferência “e que resultou em sucesso”.

Washington afirma-se como um parceiro da comunidade internacional para construir uma relação forte e duradoura com a Guiné-Bissau e que culminará com o cumprimento dos objectivos delineados na conferência de Bruxelas”.

De acordo com a nota, os objectivos do plano é a criação de uma economia “forte e diversificada”, que ofereça oportunidades aos jovens, a reformar e fortalecimento das instituições democráticas, o combate a corrupção, promoção da boa governação e redução da pobreza.

“A Casa Branca está empenhada em continuar a cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, no sector da Defesa e Segurança e na reforma do aparelho judiciário guineense, e vai continuar a sua assistência técnica no sector da saúde”, lë-se no comunicado.

Finalmente, os Estados Unidos de América realçaram o progresso alcançado pela Guiné-Bissau nos dez meses que se seguiram as eleições gerais de 2014 e garantiu o apoio contínuo da administração Barack Obama ao país.

A mesa redonda de Bruxelas culminou com o anúncio de apoio financeiro dos parceiros à Guiné-Bissau no valor 1.5 bilhões de dólares americanos para materialização do Plano Estratégico e Operacional de Desenvolvimento da Guiné-Bissau, a médio e longo prazos.

«CPLP» BISSAU ACOLHE ENCONTRO DA JUVENTUDE NA PRÓXIMA SEMANA




Bissau. 30 Mar – A Guiné-Bissau vai ser palco de 5 à 9 de Maio próximo de um encontro internacional da juventude da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em declarações exclusivas à ANG, o vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude da Guiné-Bissau disse que o objectivo do certame é de promover um intercâmbio cultural e organizacional entre jovens de Angola, Moçambique, São Tomé, Cabo verde, Portugal, Brasil, Timor Leste e os da Guiné-Bissau.

Uffé Vieira disse que o evento se realiza na sequência do término do mandato da presidência da juventude da CPLP que até aqui era assegurado pela Guiné-Bissau, acrescentando que durante a cimeira serão realizadas várias actividades entre as quais um seminário internacional sobre o futuro da organização.

Precisou que o encontro vai servir ainda para a definir uma agenda pós 2015, o que permitira a juventude lusófona mostrar suas aspirações e preocupações em relação a novas apostas que o mundo vai implementar nos próximos tempos.

Informou ainda que a Assembleia-geral desta organização vai decidir sobre a transferência do mandato ao país que vai assumir a presidência da juventude da CPLP, acto que será seguido de actuação de artistas de renome internacional.

Vieira explicou que o festival musical vai servir para projectar a imagem do país pela positiva ao mundo, e que serão proferidas canções com mensagens de esperança para um futuro próspero aos guineenses.

O vice do CNJ apelou ao Governo e a comunidade guineense em geral no sentido de acarinharem o evento, uma vez que vai permitir arrecadar receitas nas áreas turísticas e chamar a atenção do mundo sobre a Guiné-Bissau.

«VIH/SIDA» TÉCNICOS DA SUB-REGIÃO TROCAM EXPERIÊNCIAS DE COMBATE DA DOENÇA



Bissau 30 Mar– As praticas tradicionais constituem factores de propagação do VIH/SIDA nos centros urbanos e nas linhas fronteiriças na sub-região.

A constatação é do Director de Promoção e Prevenção da Saúde Pública, Nicolau de Almeida, e foi revelada na abertura do ateliê sobre a melhoria do atendimento e seguimento clínico aos grupos vulneráveis, que hoje teve início e organizado pela ONGs Não Governamental ENDA Tiers-Monde.

Almeida agradeceu aos promotores do evento e disse que o projecto “Fronteiras e Vulnerabilidades do VIH / SIDA na África Ocidental (FEVE) ”, visa reduzir a vulnerabilidade a transmissão e o impacto de VIH/ SIDA no seio das populações. 

“O evento se reveste de uma importância singular visto que o VIH / SIDA constitui um problema de saúde pública no nosso país. Todos nós sabemos que as capitais das regiões são as que apresentam maior prevalência de infecções da doença e as zonas fronteiriças de grande influência são sítios onde ocorrem boa parte das transmissões “ disse Nicolau de Almeida.

O Director Geral a Prevenção destacou ainda os aspectos da excisão feminina, o casamento precoce ou a pratica da poligamia envolvendo maridos muito mais velhos, pratica de herança, aleitamento de crianças órfãs por outras mulheres que são muito frequentes nas comunidades.

Nicolau de Almeida disse ainda que a referida pratica aceite nas comunidades africanas pode contribuir para a propagação do VIH / SIDA, como a negação da existência da doença, medo do SIDA, inicio precoce da vida sexual principalmente com parceiros muito mais idosos, sexo comercial disfarçado entre outros.

“Apesar de todas estas adversidades, tem-se estado a verificar resultados importantes na luta contra este flagelo graças a uma ampla parceria e a promoção de sinergia entre os principais actores e intervenientes tanto político como financeiro que operam nesta área", informou, acrescentando que esta reunião é um exemplo disso “concluiu o Director Geral de Saúde. 

Por seu turno, a Coordenadora da ONG ENDA, Magda Lopes Queta disse que a sua organização está a operar no país desde 2008 nas áreas da saúde, educação e protecção ambiental e que o seu foco são pessoas cuja vulnerabilidade económica as obriga a recorrerem ao comércio de sexo, ou ao relacionamento entre homossexuais.

Magda Lopes Queta elogiou a cooperação com o Ministério da Saúde, frisando que a estratégia da ENDA é levar a saúde junto à população alvo e é por isso que depois de oito anos de exercício decidiu-se que os responsáveis das clínicas móveis dos quatro países que fazem fronteira com a Guiné-Bissau se reunissem para partilhar experiências e principalmente poder harmonizar os pacotes de serviços que são oferecidos aos grupos alvos. 

O ateliê conta com as presenças dos responsáveis da clínica móvel do Senegal, Cabo Verde, e da Guiné-Conakry, e termina terça-feira, 31 e Março.

PROJECTO DE SOLIDARIEDADE


Naufrágio no Rio Cacine: EQUIPA DE BUSCA ENCONTRA DOIS CORPOS SEM VIDA

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A equipa de busca da brigada costeira da Guarda Nacional conseguiu encontrar esta manhã entre às 9 e 10 horas, os corpos sem vida de militares da Marinha de Guerra Nacional, Carlitos Santim (Bebe) e Armando Joaquim Sambú (Babadji) que desapareceram no naufrágio da vedeta de FISCAP no passado dia 28 de Março.
Soube de uma fonte que os responsáveis da Fiscalização e Controle das Atividades das Pescas da Guiné-Bissau (FISCAP) estão a transladar os dois corpos encontrados, para proceder a entrega aos familiares com vista a realização da cerimónia fúnebre.
Ainda de acordo com a mesma fonte, durante a operação da busca iniciada ontem sob coordenação dos agentes da FISCAP, mobilizou-se 14 meios de transporte, as pirogas de particulares e vedetas da brigada costeira. As equipas de busca foram distribuídas por diferentes zonas, sobretudo no sítios mais próximos do rio em que ocorreu o naufrágio.
De referir que no passado dia 28 de março, registrou-se um naufrágio da embarcação da FISCAP que regressava de uma operação de desmantelamento dos acampamentos clandestinos de pesca nas ilhas de Caiar, Catabam e Cadicó. onde seguiam 11 pessoas, das quais nove foram resgatadas com vida e desapareceram dois militares da Marinha de Guerra Nacional.
De acordo com um dos sobreviventes contactado no mesmo dia, pel’O Democrata por via telefónica, a causa principal do naufrágio teria sido o excesso de velocidade da embarcação que andava contra ondas do mar.

TACIANA BALDÉ CONQUISTA MEDALHA DE BRONZE NA TURQUIA

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A judoca nacional, Taciana Rezende Lima Baldé conquistou no passado Domingo (28 de Março) medalha de bronze em Grand Prix Samsung da Turquia.
Baldé começou o ano 2015 em grande, conquistando a terceira colocação na sua categoria numa prova internacional como é o caso do Grand Prix Samsung realizado no solo turco.
“A medalha de 2015 chegou e que venha mais e mais… Obrigada a todos que longe ou perto estão sempre a me enviar energias boas e que torcem por mim”, escreveu a judoca na sua página oficial da rede social facebook.
Com a terceira posição obtida naquela prova internacional de judo, Baldé esta a arrecadar pontos que lhe coloca cada vez mais perto dos jogos Olímpicos Rio de Janeiro 2016, no Brasil a terra que a viu nascer.
Numa entrevista exclusiva em Dezembro do ano passado, Taciana revelou a’ O Democrata que o seu maior sonho é de desenvolver um projecto de judo escolar na Guiné-Bissau com o apoio da Federação Internacional (FIJ) da modalidade que já ajudou alguns países.
A judoca avançara na mesma entrevista ao nosso jornal que pretende pendurar a sua “Kimono”, roupa que profissionais de judo usam na arena para os combates, depois dos jogos Olímpicos 2016 no Rio de Janeiro para de seguida assumir os comandos da selecção nacional de judô.
Recorde-se que, Taciana Baldé arrecadou nove títulos em 2014. Nomeadamente, o ouro no Campeonato africano de Judô realizado nas Ilhas Maurícias, quando defendeu com êxito o seu título de campeã de 2013 em Maputo (Moçambique). Esta última vitória fez da Taciana a bicampeã africana, primeira classificada no ranking africano e sexta colocada no ranking mundial da Federação Internacional de Judô.
Além do título de campeã africana, Baldé foi bronzeada na grand slam de Abu Dhabi – Emirados Árabes, Grand Slam Tyumen, Rússia e Grand prix Zagreb, Croácia. Foi medalha de bronze na Grand prix Samsung, Turquia e European Open Varsóvia, Polónia, medalha de prata na European open em Roma, Itália e foi a medalha de ouro nos jogos da lusofonia em Goa, Índia. A atleta sublinhou que o ano 2014 foi a melhor em toda a sua carreira de judoca.

A Guiné-Bissau rubrica contrato com o FIDA – Investir na população rural, num valor, cerca de 19 (dezanove) milhões de dólares americanos

Uma delegação do Governo guineense chefiada pelo Ministro de Economia e Finanças, Sr. Geraldo Martins, que integra o Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Sr. João Aníbal Pereira e elementos de ambos Ministérios, hoje desloca-se a Dakar, para rubricar um contrato com o FIDA – Investir na população rural, num valor, cerca de 19 (dezanove) milhões de dólares americanos.


Trata-se de um contrato com duração de 6 anos, cujo início será ainda este ano, no mês do junho, que destina-se a financiar projetos de agricultura, a nível do cultivo do arroz, do desenvolvimento da pecuária e sócio profissionais, na Região de Quinará, Tombali e uma parte de Bolama.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...