O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, defendeu esta quarta-feira, 2 de dezembro, que através da União Parlamentar Africana, os parlamentos africanos podem ajudar na governação dos respectivos países e do continente em geral. O chefe do parlamento guineense falava durante a cerimónia de abertura dos trabalhos da trigésima oitava (38ª) Conferência do Comité Executivo da União Parlamentar Africana (UPA) que será seguida da sexagésima sétima Sessão da reunião de presidente da Assembleia Nacional da África.
A conferência dos parlamentares africanos que se iniciou hoje em Bissau sobre fortes medidas de segurança que envolveu forças da Intervenção Rápida e da Polícia Militar, reuniu cerca de 200 participantes provenientes de diferentes países membros daquela organização, bem como corpos diplomáticos, representante da União Africana, União Europeia, entidades religiosas, membros do governo e da classe castrense.
Cipriano Cassamá disse no seu discurso que muitas vezes os parlamentares são vistos como o elo mais fraco nos órgãos de soberania, que segundo ele, são considerados de “máquinas de dizer sim, mas não os são”.
“Bloquearam em África tentativas de alterações de constituições, e cada dia mais, melhoram a fiscalização da governação dos Estados, ganhando cada vez mais uma voz forte”, afiançou o o chefe do hemiclo guineense.
Advertiu ainda aos presentes que a África é uma das regiões do mundo que irá sofrer mais com o efeito do clima, se medidas não foram adoptadas sobre as mudanças climáticas. Por outro lado lançou apelo de apoio e solidariedade para com “irmãos Líbios possam reconciliar, reconstruir o seu país e que as sanções e os embargos sejam levantados”.
O representante da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, disse que a conferência trata-se de uma reunião importante, sobretudo de um país que saiu de conflitos, de uma transição, de uma eleição e de outros problemas que apareceram.
“É sempre uma necessidade de afirmação a nível internacional e é mais uma oportunidade que a Guiné-Bissau tem para apresentar as pessoas que pela primeira vez vieram conhecer este país e aquilo que têm, e que só pode acontecer com trabalho de base que está a ser feita”, assinalou o diplomata.
O Embaixador da União Europeia no país, Victor Luís Madeira dos Santos, disse que o encontro da UPA tem uma extrema importância para a Guiné-Bissau, acrescentando que “Também é uma prova de reconhecimento internacional, que a Guiné tem junto dos seus parceiros, sobretudo seus parceiros africanos”.
Durante a conferência da UPA, serão debatidos temas sobre análise de aplicação das decisões e recomendações da conferência, análise da proposta de emendas aos Estatutos e Regulamento Interno, análise e aprovação do programa anual de trabalho para 2016, análise e aprovação do projecto de Orçamento para o exercício de 2016, análise e aprovação do projecto de ordem de trabalhos da 38ª conferência, projeto de ordem de trabalhos da 68ª sessão do comité Executivo e Data e Local da 68ª sessão do Comité Executivo.