ONTEM O PRESIDENTE GUINEENSE FAZ VISITA "RELÂMPAGO" À GÂMBIA



Foto-arquivo


Com um forte aparato de segurança, José Mário Vaz disse que foi visitar seu “amigo irmão”Yahiia Dieme.

O Presidente da Guiné-Bissau realiza ontem terça-feira, 27, uma visita de algumas horas à Gâmbia, onde, disse, vai ver o seu “amigo irmão” Yahiia Dieme, com quem tem uma boa relação de amizade.

A partida do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira foi marcada, uma vez mais, por um enorme aparato de segurança, que tem marcado as recentes aparições públicas de José Mário Vaz.

As deslocações do Presidente, nos últimos tempos, ao estrangeiro, tem sido motivo de muitos comentários em Bissau.

Algumas opiniões qualificam-nas uma ofensiva de “charme” para tentar inverter o quadro desfavorável da sua magistratura face à comunidade africana sub-regional, em virtude da incessante crise política que se arrasta há mais de um ano.

Fonte da Presidência da República, indicou à VOA que José Mario Vaz deverá seguir esta quinta-feira, 29, para Cuba.

Conosaba/MO

«OPINIÃO» 'LINDO FOI DESCER A GALERIA PARA HOMENAGEAR AS VELHAS GLÓRIAS DO FUTEBOL' - MUNIRO CONTÉ





Sambaro de UDIB, Sete Camara, Danar Bangura, Muniro Conté e Mussa Cambaio



Guineenses do Porto celebraram o 43º Aniversário da independência

A comemoração da independência nacional, seja em que canto do mundo for, suscita em cada guineense uma certa carga de simbolismo. Quanto não seja a efeméride, um momento exaltante da guinendadi, senão mesmo o culminar de um ciclo que visava a conquista da soberania e auto-determinação. Bem acesa, mantém-se na nossa memória colectiva aquele momento solene de proclamação do Estado da Guiné-Bissau numa das zonas mais recônditas do país (as Colinas de Boé) e num dos teatros da guerra (as matas de Logadjol). Um momento único que nos enche a todos de orgulho, sobretudo após o brilhantismo de uma luta. Singularizada, quer de ponto de vista da ideologia que a norteara – e nisso Amílcar Cabral foi o principal obreiro e arquiteto. Quer do ponto de vista da acção guerrilheira. Aliás, este último, até hoje referenciada como uma das mais movidas contra o então colonizador português.

Nos últimos anos, pela circunstância ou coincidência, tenho quase sempre comemorado a independência fora do país. Em 2013 em Lisboa, na antiga Metrople, Portugal. Em 2014 em Espanha, país dos “Nuestros Hermanos”. Em 2015 na China, Pátria de Mao Setung, China. E este Ano novamente em Portugal, na invicta cidade do Porto.

Se nas anteriores ocasiões, contribui na promoção de actividades comemorativas, na produção de alguns escritos (entenda-se crónicas e poemas), este ano de 2016 tive a oportunidade e o privilégio de estar ao lado das Velhas Glórias do Futebol guineense, no âmbito da realização de um Torneio comemorativo dos 43 anos da Independência. Uma iniciativa bem sucedida sob organização da Comunidade Guineense na Vila de Maia. 

No meio dessas celebridades experimentei uma sensação rara. De estar a rever um filme da qual fui um dos figurantes. Como adolescente e na pele de adepto, onde, por  vezes e a revelia dos meus pais, trepava os muros, empoleirava nas árvores ou subia  a varanda da então “Casa dos Solteiros”, hoje actual sede da PJ, para ver os jogos que decorriam no mítico Estádio Lino Correia. E mais tarde, como jornalista e repórter recolhia dados sobre aqueles momentos memoráveis.

Os leitores devem imaginar o que é estar numa mesma ocasião e simultaneamente com ex-nomes sonantes do futebol nacional  como Agostinho, Almeida, Apatche, Adérito, Bobo, Coda, Cláudio, Canhão, Danar, Estácio, Fanfali, Mandundo, Mussa Cambai, Nhaga, Nhu-Rei, Rodolfo, Sambaro. É qualquer coisa como estar numa tarde/noite de constelação de estrelas. Ou com alguns génios de mil e uma noites.

Este reencontro com o passado, relembrado e revivido com nostalgia, deu para reavivar na nossa memória alguns momentos marcantes e mágicos do futebol guineense da década de 70 e 80.

Nessa viagem no tempo, nas entranhas do desporto-rei guineense, o destino nos fez cruzar com as façanhas deAgostinho, um dos primeiros laterais que vimos fazer incursão de mais de 70 metros quando o Benfica atacava e que tinha uma capacidade repentista de recuperação,  reposicionando na defesa para travar as investidas do seu marcador directo. Internacional-A na primeira Selecção Nacional de 1975 – chegou a final da Taça Amilcar Cabral e foi copiosamente derrotada pela Guiné-Conakry) - Agostinho, era um futebolista extrovertido que mantinha sempre a boa disposição. Facto que lhe valeu a alcunha de  “Amonhongo”. Na mesma época, Rodolfo (Sporting de Bissau) e Nhu-Rei (Benfica) eram apontados como dos melhores avançados que actuavam no futebol nacional. O atacante, que metia velocidades que nem uma Ferrari, culmidados com remates e golos espantosos. O extremo encarnado que com dribes e fintas estonteantes e em velocidade punha os defesa em koAdérito (Bafatá e Sporting), Estácio (UDIB) e Mandundo (FC Cantchungo), pertenciam a essa fornada de belos jogadores da época, sendo que nós só tivemos a oportunidade de ver em acção o avançado da então cidade de Teixeira Pinto. Oportuno e com bom toque de bola, Mamdundo deixou uma marca indelével nos adeptos do seu clube e do publico guineense em geral.
Nessa viagem ao passado histórico e glorioso do futebol guineense, fizemos uma paragem obrigatória nos anos 80 para rever a passadeira vermelha que fora estendida aos centro-campistas Bobó (FC Cantchungo), Almeida (Sporting de Bissau,  Claudio (UDIB), Fanfali e Nhaga (Bula, Sporting e Benfica)   e Mussa Cambai (Sporting). (Bula, Sporting e Benfica).   

Bobo vem na fila da frente, com uma ascensão rápida e meteórica que lhe fez chegar aos melhores palcos do futebol africano (vide a Taça Amílcar em 1983 na Mauritânia) e português, tendo em terras lusas sido o jogador guineense com mais títulos de campeão e de vários troféus (no Maia, na Estrela de Amadora, no Porto e no Boavista). Seguem-lhe, Almeida que, no Sporting de Ciro, o fenómeno,  e do Mister Demba Sanó fora o cérebro do meio-campo, com uma leitura perfeita do jogo e uma visão periférica do campo, Cláudio, que começou no Desportivo de Farim, tendo rapidamente subido os degraus  para envergar as cores da UDIB e da Selecção e depois Fanfali (UDIB). Veloz na função de médio-extremo, com incursões rápidas que atropelavam os adversários, Fanfali marcou grandes golos, como os que ajudaram os udibistas a arrecadarem o título de Campeão na época 1984/86 e o remate esplendoroso que deu golo da Selecção Nacional frente ao Togo, com o país inteiro a vir a baixo num dos torneios de futebol da Zona Oeste da Africa, disputado no Lino Correia em Bissau. Nhaga, com quem jogaram como adversários na mesma época, era mais frio mas muito calculista e portentoso nos remates. Era uma espécie de atirador de meia-distancia, com os seus livre e bolas disparadas fora da área a marcarem a sua passagem pelo Sporting e Benfica.

 A nossa viagem no tempo estava quase a terminar. Chegamos aos finais da década de 80, com os avançados Danar (Estrela Negra de Bissau e UDIB), Sambaro (Desportivo de Gabú e UDIB), Coda (Desportivo de Gabú e Benfica de Bissau) e Apatche (Bula FC e Sporting) no horizonte. Os 3 primeiros eram extremos, sendo Coda e Danar esquerdinos e Sambaro dextro. De comum, eram todos jogadores fugazes e rápidos. Danar, quando lhe era pedido pelo Mister Benjamim, acelerava fundo estrangulando a defesa contrária, enquanto que Sambaro e Coda, em muitas ocasiões, aliavam a velocidade ao bom poder de remate. O reencontro com o último desse quarteto, Apatche, fez-nos lembrar a sua pujança física. O avançado fugaz que no alto dos seus 1 metro e noventa irrompia com frequência a área para desferir remates e apontar golos de belo efeito. Na defesa,Mussa Cambai dava nas vistas, embora sendo jogador de baixa estatura. Tinha muita personalidade e estava sempre na hora do desarme. A sua polivalência expressava bem a sua irreverencia, podendo jogar no eixo central ou nas laterais, sendo que neste último gerou alguma polémica quando na 5ª Edição da Taça Amílcar Cabral o Técnico Cipriano Jacinto viu fracassada a sua utilização…

Terminamos a viagem de recuo do Dia 24 de Setembro de 2016 aos tempos áureos do futebol, com essa singela homenagem as nossas Velhas Glórias do Futebol guineense. Valeu a pena termos estado ao lado deles cerca de 40 anos depois. Obrigado e melhores votos em mais uma quadra da Independência da Guiné-Bissau. Venha daí mais comemorações como a da tarde noite de Gaia, na cidade invicta!

Por: Muniro Conté *


Lalau Djerbas, Almeida de Sporting e Muniro Conté

 Rodolfo de Sporting com Nhu Rei de Benfica


Austâcio Fonseca, Bobo, Sete Camara, Muniro Conté, Agostinho de Benfica, Rodolfo, Clode Sani, Nhu Rei e Mussa Cambaio

Rodolfo, Pate Cabral Djob, Mussa e Canhão de Benfica 

MAMADÚ BOBO DJALÓ, UM DOS MELHORES FUTEBOLISTAS DA GUINÉ-BISSAU, APELA O ENTENDIMENTO ENTRE POLÍTICOS DA GUINÉ-BISSAU, PARA O BEM DO PAÍS






Mamadou Bobó Djalo. O médio que começou por ser avançado e marcou uma era em Portugal, com quase duas décadas nos relvados lusos.

Nasceu na cidade guineense de Chanchungo, de pouco mais de dez mil habitantes. Havia uma filial do FC Porto e, por isso, era, por assim dizer, uma cidade pintada de azul e branco. Bobó cresceu lá no meio.

O percurso de Bobó em Portugal: 
1980/81: Vilanovense (Juniores) 
1981/82: FC Porto (Juniores) 
1982/83: Águeda 
1983/84: FC Porto, 8 jogos (2 golos) 
1984/85: Varzim, 26 jogos 
1985/86: V. Guimarães, 30 jogos (5 golos) 
1986/87: Marítimo, 23 jogos 
1987/88: Marítimo, 21 jogos (2 golos) 
1988/89: Estrela da Amadora, 31 jogos (2 golos) 
1989/90: Estrela da Amadora, 33 jogos 
1990/91: Boavista, 32 jogo (1 golo) 
1991/92: Boavista, 30 jogos 
1992/93: Boavista, 41 jogos 
1993/94: Boavista, 37 jogos 
1994/95: Boavista, 26 jogos (1 golo) 
1995/96: Boavista, 10 jogos 
1996/97: Boavista/Gondomar 



BISSAU ACOLHE COLÓQUIO DOS MINISTROS DAS PESCAS DE PAÍSES DA UEMOA



Iniciou, ontem terça-feira, na capital Bissau, o encontro preparatório para a conferência dos ministros das pescas dos oito países da UEMOA. Este encontro deverá ter lugar na próxima Sexta-feira, na capital Bissau (30)
No início do encontro participaram peritos ligados ao sector das pescas dos respectivos países no qual serão analisados os documentos sobre a harmonização das políticas das pescas que posteriormente serão submetidos à aprovação no conselho dos ministros.
Ao presidir a cerimónia de abertura dos trabalhos o ministro das pescas afirmou que os recursos haliêuticos estão sob pressão sem precedente, divido a fraqueza dos sistemas de controlo da capacidade de pesca, da fiscalização marítima e das actividades das pescas.
Neste contexto defende que a coordenação e harmonização das políticas e das legislações nacionais sobre a pesca e a aquacultura no âmbito da UEMOA torna se uma necessidade urgente para todos os países membros.
Entretanto sobre a situação da pirataria que assola os países da África ocidental, Luísa Ferreira, directora geral dos recursos haliêuticos da UEMOA, garante que a organização que representa já adoptou as directivas para harmonização do processo de segurança e de fiscalização das águas territoriais dos seus estados membros.
“Estamos a pensar implementar um sistema de fiscalização conjunta entre os países que têm a mesma fronteira Marítima. Portanto estamos hoje como uma directiva que tomamos sobre o que o Estado deve fazer o que a UEMOA deve apoiar em equipá-los com sistemas de satélite para poderem detectar os navios piratas e é um programa que ronda mais ou menos 10 milhares de francos cfa”, explica esta responsável que adianta ainda que a Organização estuda estratégia para conseguir financiamentos para ajudar a implementar este sistema e de lá cada país assumirá a sua responsabilidade.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo com Conosaba/MO

STJ INDEFERE O REQUERIMENTO DE PROVIDENCIA CAUTELAR








Mais um parecer judicial concernente a desentendimento entre os órgãos e a crise insistente no país.
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau, depois  de uma analise profunda e percorrido todos os trâmites judiciais legais, acabou por responder de improcedente o requerimento da providencia cautelar interposto pelo Governo de Baciro Djá.

A reposta desta instância judicial vem expressa no  Acórdão nº 02/2026 do processo nº 04 de 2016, assinado por sete dos onze juízes Conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça com uma clara menção de que  “O poder judicial não pode substituir os órgãos próprios instituídos, ordenando-os à prática de atos administrativos que só a estes competem, sob pena de manifesta e grave violação do princípio constitucional de separação de poderes. 

STJ ainda enaltece que a conduta em causa é insidicável em sede da jurisdição administrativa.”
Eis o acórdão:







“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...