CHIMPANZÉS VOLTAM AOS ATAQUES FEROZES CONTRA CRIANÇAS EM EMPADA



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Três meses depois, os chimpanzés voltaram a atacar na última segunda-feira, 05 de dezembro, no setor de Empada, região de Quinara. Desta vez a vítima foi uma criança de 10 anos, de nome Bacar N’tchassó. O animal selvagem feriu gravemente o menor, que além de levar sessenta (60) pontos de costuração, perdeu ainda um dedo inferior do pé direito.
Geralmente, as vítimas dos ataques dos chimpanzés são crianças de idades compreendidas entre os cinco (5) a dez (10) anos. Este último caso aconteceu mesmo dentro da cidade de Empada, ou seja, a menos de setenta (70) metros do centro de saúde setorial e a escassos metros da missão católica local, assim como da Escola Comunitária Ambiental (ECA).
Segundo os relatos do professor Cesário Quartel da Silva, a criança foi atacada barbaramente pelo chimpanzé por volta das onze (11) horas de manhã, quando a vítima e três outros colegas foram à procura de calabaceira (fruto silvestre) e de regresso, a criança foi agredida por Chimpanzé que os seguia de volta à casa. Depois de um grito de socorro, Bacar, vítima, foi socorrido por um dos jovens que estava na zona de agressão.
“As crianças estavam numa limpeza na ECA, inaugurada no último fim-de-semana. As salas estavam sujas e era necessário deixa-las num ambiente confortável. Despois dos trabalhos na escola decidiram ir buscar calabaceira, o sítio onde foram procurar calabaceira não dista da ECA. De volta foram seguidos por chimpanzé, que acabou por atingir gravemente a vítima Bacar N’tchassó. O resto de outras se dispersou do animal e conseguiu escapar-se do perigo. Bacar N´tchassó que ficou no local por conta própria não conseguiu e foi dominado pelo animal, que deixou ferimentos um pouco por todo corpo do menor”, explicou Cesário Quartel da Silva numa entrevista telefónica ao jornal ‘O Democrata’.
Bacar N’tchassó é natural da região de Tombali, concretamente, na aldeia de Timbó. Foi viver para Empada muito menor, porque a mãe dava luz e os filhos não conseguiam sobreviver, por isso depois do nascimento de Bacar resolveram tirá-lo de Timbó e lavá-lo para setor de Empada para ser educado [criado] pela avó.
A gravidade das lesões sofridas pelo menor foram reportadas pela equipa médica do centro de saúde de Empada (Hospital Rui Djassi), onde Bacar recebeu os primeiros socorros no dia 5 de dezembro, antes da sua evacuação para Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau no dia 6 de dezembro.
Segundo as informações médicas, Bacar N’tchassó vai precisar de uma intervenção cirúrgico-plástica devido às lesões graves, sobretudo na parte direita do rosto, se não ficaria com uma enorme cicatriz traumatizante.
Setor de Empada já registou, de outubro a 5 dezembro de 2016, sete (7) agressões de chimpanzés, apenas uma não foi grave, as seis outras todas foram graves, conforme relatos médicos.
Solicitado a pronunciar-se sobre os mecanismos a serem levados a cabo pelas autoridades locais e populares, Cesário Quartel da Silva recorda que na penúltima agressão de chimpanzés datada de 10 de outubro, a administração do setor, convocou os anciões de Empada para um encontro, onde discutiram a maneira de travar os ataques dos animais, no qual todos prometeram engajar para pôr cobro à situação, mas decorridos três meses o setor volta a registar nova agressão.
Agora as explicações vindas do senso comum e que se pode ouvir dos habitantes de Empada, apontam que os ataques relacionam-se à prática de feitiçaria, Empada.
Cesário Quartel da Silva, professor há dezasseis anos em Empada, disse que ao longo dos anos que trabalhou naquele setor sul da Guiné-Bissau, nunca algo parecido tinha acontecido, acrescentando que mesmo as pessoas que há trinta anos estão em Empada testemunharam que nunca tiveram visto ou ouvido algo semelhante, em Empada.
A priori as explicações recaíram sobre as frutas silvestres que os homens exploram e os animais tentam as proteger, mas neste momento, a principal fruta que é o fole já não há nas matas, mas os chimpanzés continuam com seus ataques.
Os relatos da comunidade local indicam que houve uma reunião realizada numa das tabancas do setor de Empada, segundo as crenças locais, para clarificar a situação dos Chimpanzés que atacam crianças.
Na reunião, de acordo com as informações da população, falou-se do aparecimento misterioso de  chimpanzés e uma das mulheres que estava no encontro reclamou que nunca teria hospedado alguém que se  transforma num animal (Chimpanzé), neste caso específico, e atacar as crianças.
A Fonte de O ‘Democrata informou que a criança agredida pelos Chimpanzés é uma das crianças educadas pela mulher que recusou, no campo de feitiço, ter recebido os Chimpanzés, de acordo com os relatos que circulam no sector de Empada.
Recorde-se que as agressões de Bacar N’tchassó assemelham-se ao do terceiro caso de ataques de chimpanzés ocorridos na tabanca de Buducu, arredores da cidade de Empada.

Por: Assana Sambú/Sene Camará
Foto: Cesário Quartel da Silva

UEMOA PRETENDE FACILITAR TROCAS COMERCIAIS ENTRE PAÍSES MEMBROS




Os intervenientes no sector comercial guineense juntaram-se em Bissau, durante passada quarta-feira (07/11), num seminário nacional de informação e de sensibilização efectiva aos utilizadores do certificado de origem via electrónica no espaço da UEMOA
Este certificado de Origem electrónico irá permitir facilitar as trocas comerciais no espaço da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) e constitui uma etapa importante para o levantamento dos documentos alfandegados e comerciais para facilitar as trocas e o programa é conduzido pela comissão da UEMOA em colaboração com a Aliança Africana para o Comercio Electrónico.
Numa entrevista aos jornalistas o director de serviços de inspecção industrial e especialista no certificado de origem da UEMOA, Francisco José Lopes, disse que com a validação deste documento será reduzido drasticamente o tempo de circulação das mercadorias e de fraudes nas fronteiras.
“O maior problema enfrentado pelos nossos empresários são entraves e fraudes nas fronteiras e muitos foram a falência devido a várias situações anómalas que enfrentam nas fronteiras”, adianta.
Segundo Francisco José Lopes, no seu discurso de abertura, durante este encontro os participantes irão produzir um documento que irá permitir planificar a implementação do certificado de Origem no país.
“Aos actores do sector privado queremos proporcionar-lhes a cultura da mudança necessária colocada a disposição da inovação que implica o uso de novas Tecnologia de Informação”, explica.
Este seminário, que conta com a participação do director internacional de aliança Africana para o Comercio Electrónico, está a ser realizado a semelhança de outros seis países pilotos da UEMOA, depois de dois anos de experiencia na sua fase piloto e lançado oficialmente em Abidjan e Dakar, no ano de 2014, que teve a evolução positiva e avaliada no seminário regional em Ouagadougou que teve lugar em Agosto último.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto/MO

OPINIÃO: DESUNIDOS PARA NOS AUTODESTRUIRMOS E ADIAR O FUTURO DA GERAÇÃO VINDOURA



Adulai Djaló "Lai" (Canada) | wyado@hotmail.com
Fonte: gbissau.com

É verdade que ainda me recordo da formação político-ideológica dos tempos do partido único no país, onde os termos: unidade/união/viva/camarada, assim como outras expressões do gênero unidade e luta/no-uni-no-mama pa no Terra/nha ermon/união faz a força etc, faziam parte dos vocabulários mais utilizados na comunicação quotidiana entre guineenses.

Por Adulai Djaló “Lai” (Canadá) | wyado@hotmail.com

Uma vez isolada o factor influência ideológica socialista daqueles tempos, esses termos e expressões tinham algum sentido no imaginário do guineense transcendendo o sentimento patriótico de pertença identitária para as faixas etárias.

Já nos primordios da independência (periodo de 1973-1979), o partido libertador tem mostrado sinais de incapacidade na captação de apoios tanto externo como da população guineense com o objetivo de usá-los como factores inquestionáveis da reconstrução. O governo de então tem apostado em decisões económicas improvisadas sem visão global de médio e longo termos. O clima reinante era de ódio, de ajuste de contas entre colegas/irmãos da mesma trincheira sem poupar vida aos irmãos/colegas (milícias, soldados e comandos africanos) que prestaram serviço obrigatório ao exercito colonial português.

Quando o governo do PAIGC desencadeou de forma subtil maneiras de usar e instrumentalizar o seu braço juvenil – Juventude Africana Amilcar Cabral (JAAC), o verde das esperanças tornara cada vez mais cinzento e o céu da Guiné-Bissau cada vez menos azul.
Foi assim, pouco a pouco que as contradições vistas como banais se agudizaram até culminar com o golpe de Estado de 1980. Passados os períodos de euforia 14 de novembro, vieram a fase de prisões arbitrárias e de fuzilamentos selectivo-sumários de cidadãos inocentes com a colaboração e a bênção dos maiores traidores da história do povo guineense.

De 1980 a 1998, passados dezoito anos, os malentendidos e divisões internas com ajuste de contas ainda no seio do PAIGC não foram sanados, razões pelas quais deram origem a uma guerra civil fútil com perdas materiais e humanas. Isso forçou o povo guineense a abandonar suas residências em Bissau e arredores a procura do abrigo onde fosse possível, tanto no territorio nacional como no estrangeiro. Perdas humanas, materiais e destruição de parcas infraestruturas existentes assim como estagnação económica sem precedente, constitui o balanço desse período – a odiosa “guerra de 7 de junho”, também baptizado por “guerra de junta”.

Estamos em 2016, portanto, dezoito anos repetidos após a fatadícia “guerra de 7 de junho”, parece cabalístico, continuamos a ser surpreendidos por conflitos de caris interpessoais no seio do PAIGC. Desta vez, tais conflitos do tipo combate de galos (muito popular em Martinica) atingiu proporções desmedidas afectando todas as instituições do Estado guineense. Estamos vivendo o período caraterizado de múltiplos encontros de mediação no solo guineense e além fronteiras, onde a palavra diálogo/consenso dominam o discurso dos actores/intervenientes na crise e, também, onde o discurso privado e o público dos protagonistas parece desarticulado com os sagrados anseios do povo guineense.

Sem falar de consequências político-sociais imprevisíveis que essa instabilidade político-institucional no país poderá acarretar, estamos vivenciando já algumas tragédias em termos de perda de vidas humanas pela precariedade alimentar e pelo nível deficiente de serviços de saúde sem falar do baixo nível do ensino e de serviços de educação como um todo (o pilar e o futuro duma Nação).

Resumindo, em termos de autodestruição assistida entre 1973-2016 temos o seguinte:
  • conflitos fúteis possíveis de apaziguar por diálogo franco e honesto;
  • ódio, traição, intolerância, hipocresia, arrogância e demasiado “apetite” pelo poder;
  • guerra e desinteresse pela vida humana;
  • insensibilidade face a miséria que assola o país
  • o povo guineense passou do estágio da pobreza para a miséria
  • perda gradual de autoestima do cidadão guineense
  • deterioração de qualidade de relacionamento entre NÓS
Quer queiramos quer não, a nossa soberania política parece não ser capaz de dar respostas as questões legítimas de um povo cuja independência custou suor e sangue dos filhos da Guiné.

A independência política sem a procura para a autogestão dos recursos (humanos e materiais) o país não se alavanca rumo a independência econômica, e muito menos sonha com a prosperidade. Triste é de constatar o futuro nebuloso para a sociedade guineense presente e para a geração vindoura.

No plano económico houve muita derrapagem e tomada de decisão puramente populista e improvisada, isso foi fatal. Projectos implementados no país sem enquadramento e visão de médio e longo termos. Por exemplo (1973-1979): com a fraca produção de mancarra (amendoin) no país, a matéria prima para a produção de óleo vegetal usado na alimentação e, também, para a produção de margarina, não justificava a instalação do Complexo Industrial de Cumeré (alguém sabe dizer onde se encontra essa fábrica neste momento?); a fábrica Titina Silá de Bolama foi também um fiasco. Para que serviu a montagem da oficina volvo e fábrica de montagem de veículo Nhae em Bissau? Não seria melhor um ou mais mini complexos agroindustriais?

A Constituição de 1994 trouxe o modernismo político para a Guiné-Bissau, país que até então era governo por um partido único, o PAIGC, com a admissibilidade do multipartidarismo. Com isso e no quadro do programa de ajustamento estrutural foi desenbolsado muito dinheiro para investir e ajudar no arranque económico em projectos de infraestruturas e outros. Em que pese esta vultuosa ajuda e a má gestão de recursos financeiros o país se endividou por roubalheiras institucionalizada e quase todo o recurso foi proveniente de ajuda externa e parte significativo do mesmo desviado parar contas alheias.

Como se não bastasse, apesar do país ter se beneficiado de perdão da dívida, o governo continuou sendo incapaz de estabilizar o servico da dívida, a gestão do serviço da dívida atual é caótica e vergonhosa. É inconcebível que até hoje a Guiné-Bissau continua de joelhos a pedir injecção de fundos astronômicos para projectos populistas.

Apesar da nossa grande e rica bacia hídrica, continuamos sem barragem eléctrica e consequentemente, sem autonomia energética para sustentar a industrialisação do país. Muita irresponsabilidade e brincadeira de mau gosto na gestão de coisa pública.

Os sucessivos governantes têm tido facilidades para contrair fundos de empréstimos e esses fundos nunca foram aplicados nos sectores produtores de riqueza. A situação actual se justifica pelo comportamento repudiande de desvio de dinheiro público, endividando cada guineense e a futura geração por contas de roubalheiras e de implementações de projectos megalómanos sem grandes perspectivas para o país.

A desonestidade soma a insucessos na gestão do destino do país pelos pseudo-políticos falhados. Aceitamos e assistimos passivamente as manipulações com o objectivo de nos dividir, nos enfraquecer e nos convencer que não somos capazes de assumir o nosso destino e de contribuir para o bem estar da população do país e da nossa geração vindoura.

Nenhum homem sozinho pode destruir ou construir algo, que fará um pais.
Ganhamos todos ou ninguém celebra vitória!

Sejamos trabalhadores e indulgentes, antes que seja demasiado tarde, para que os proximos dezoito anos sejam de prosperidade, de paz e de hermonia entre guineenses!…
Adulai Djalo – Lai (Canadá)
Montréal 06 de dezembro de 2016

UEMOA PRETENDE FACILITAR TROCAS COMERCIAIS ENTRE PAÍSES MEMBROS



Radio Sol Mansi, 07 Dez 2016 - Os intervenientes no sector comercial guineense juntaram-se em Bissau, durante passada quarta-feira (07/11), num seminário nacional de informação e de sensibilização efectiva aos utilizadores do certificado de origem via electrónica no espaço da UEMOA

Este certificado de Origem electrónico irá permitir facilitar as trocas comerciais no espaço da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) e constitui uma etapa importante para o levantamento dos documentos alfandegados e comerciais para facilitar as trocas e o programa é conduzido pela comissão da UEMOA em colaboração com a Aliança Africana para o Comercio Electrónico.


Numa entrevista aos jornalistas o director de serviços de inspecção industrial e especialista no certificado de origem da UEMOA, Francisco José Lopes, disse que com a validação deste documento será reduzido drasticamente o tempo de circulação das mercadorias e de fraudes nas fronteiras.

“O maior problema enfrentado pelos nossos empresários são entraves e fraudes nas fronteiras e muitos foram a falência devido a várias situações anómalas que enfrentam nas fronteiras”, adianta.

Segundo Francisco José Lopes, no seu discurso de abertura, durante este encontro os participantes irão produzir um documento que irá permitir planificar a implementação do certificado de Origem no país.

“Aos actores do sector privado queremos proporcionar-lhes a cultura da mudança necessária colocada a disposição da inovação que implica o uso de novas Tecnologia de Informação”, explica.

Este seminário, que conta com a participação do director internacional de aliança Africana para o Comercio Electrónico, está a ser realizado a semelhança de outros seis países pilotos da UEMOA, depois de dois anos de experiencia na sua fase piloto e lançado oficialmente em Abidjan e Dakar, no ano de 2014, que teve a evolução positiva e avaliada no seminário regional em Ouagadougou que teve lugar em Agosto último.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/MO

MAÇARICO. A AVE QUE VOA DA ISLÂNDIA À GUINÉ-BISSAU SEM COMER, NEM BEBER



Uma equipa de investigadores descobriu que o maçarico voa da Islândia à Guiné-Bissau, sem qualquer pausa e sem comer nem beber água.
 
Uma equipa de investigadores descobriu um novo herói no mundo das aves: Chama-se maçarico e abriu “uma autoestrada entre o Ártico e os trópicos” com um voo sem paragens entre a Islândia e a Guiné-Bissau.
Esta ave faz 6.000 quilómetros sobre o oceano sem consumir qualquer alimento e sem beber água, em esforço contínuo, durante cinco dias”, explicou à Lusa, José Alves, investigador do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), que lhe chama um “voo incrível”.
Trata-se de uma “ponte muito estreita a que chamamos quase uma autoestrada entre o Ártico e as zonas tropicais, nos Bijagós”, arquipélago da Guiné-Bissau, detalhou.
José Alves é um dos coautores do artigo científico que explica a descoberta (numa parceria da UA com a Islândia) e que foi publicado na quarta-feira na internet, pela revista Nature. O ciclo é repetido todos os anos pela ave cujo peso ronda as 350 gramas “relativamente pequena para estes voos intercontinentais”.
 
O Maçarico, também conhecido em Portugal como Maçarico Galego (e com o nome científicoNumenius phaeopus) “reproduz-se na Islândia, onde passa três meses por ano” e faz depois o voo direto para as ilhas Bijagós, na Guiné-Bissau, “onde passa sete a oito meses” — quando na Europa é inverno. As ilhas Bijagós servem para o pássaro se alimentar, antes de voltar a viajar para norte, desta vez com paragem na Irlanda e daí para a Islândia.
 
A descoberta foi feita graças ao seguimento da espécie com um geolocalizador, um aparelho que pesa uma grama, que se fixa numa das patas do pássaro e que regista o percurso e tempo das deslocações. Conhecer o Maçarico é importante “para perceber quais são os elos” de uma longa cadeia que se estende por milhares de quilómetros.
“É conhecimento fundamental que está sempre à frente do conhecimento aplicado e que nos permite compreender que conservar só aqui [na Guiné-Bissau] não faz sentido sem conservar na Islândia”, exemplificou José Alves.
Viemos agora até à Guiné-Bissau para perceber como estas aves conseguem adquirir estas reservas de energia” para fazer voos tão longos, acrescentou.
O investigador integra a equipa internacional que está a preparar um novo projeto de estudo e preservação de aves no arquipélago dos Bijagós. Estima-se que as 80 ilhas e ilhéus da Guiné-Bissau no Oceano Atlântico sirvam de abrigo a mais de um milhão de aves que durante o inverno saem de vários países da Europa, um número que tem vindo a baixar.”Há um espetro de espécies que está a ser afetado”, referiu à Lusa, José Pedro Granadeiro, docente e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que integra a equipa.
 
Os cientistas procuram as razões para este declínio que se verifica noutros pontos do globo: Ainda não se percebeu se há problemas “nos sítios onde as aves se reproduzem, se nos locais onde param para se alimentar”, sublinhou. Com a realização de estudos mais detalhados ao longo dos próximos anos nas ilhas Bijagós, os investigadores vão tentar perceber “encontrar a chave para este declínio”, referiu José Pedro Granadeiro.
 
Com o projeto “vai haver investigação, mas também capacitação dos técnicos locais”, realçou Aissa Regalla de Barros, dirigente do Instituto de Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP) do país. “Já é tempo de haver investigadores locais que possam acompanhar os técnicos externos”, realçou a coordenadora da área de biodiversidade do IBAP.
 

TÉCNICOS NACIONAIS DEBATEM SITUAÇÃO DE JUSTIÇA NA GUINÉ-BISSAU




Técnicos do ministério da justiça, dos serviços prisionais, do ministério do interior e da Defesa Nacional discutem, durante três (03) dias, em Bissau, a situação da justiça na Guiné-Bissau

Estas discussões, que começaram na terça-feira (06/11), decorrem no âmbito do sexto fórum nacional da justiça cujo tema principal é o documento estratégico para reformas prisionais.
Este encontro decorre numa altura em que o país continua com vários casos pendentes como os assassinatos de altas figuras da Nação, entre os quais, um Presidente da República e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas; dos problemas de alegados desvios nos diferentes ministérios e ainda numa altura em que a população continua a reclamar pela falta da justiça.
O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Modibo Turé, disse que o evento é uma ocasião dos parceiros financeiros que velam pela justiça de mudar em colaboração com os outros concernentes ao Estado de justiça na Guiné-Bissau.
Segundo Modibo, nos temas principais deste ano está a problemática da justiça criminal, prevenção de extremismo, perguntas chaves da justiça militar e a reforma penitenciário.
Também durante este encontro deve ser discutido o projecto de documentos estratégicos para reformas penitenciarias 2016 a 2020 que é considero um dos temas actuais e essências para a promoção das regras dos direitos e da estabilidade guineense.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto/MO

LULA, DE BISSAU AO FUTEBOL ESPANHOL



O futebolista de 20 anos de idade, do Sport Bissau e Benfica, Seco Camará (Lula) deixou o país na madrugada do dia 5 de dezembro, com destino à Real Sociedad de Espanha, uma equipa da primeira liga espanhola.    
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A informação foi avançada por Jornal ‘Nô Pintcha’ na sua edição digital desta terça-feira, 06 de dezembro 2016. Segundo o mesmo semanário estatal, o craque era tido como um dos melhores jogadores da atualidade no campeonato nacional da primeira divisão, por evidenciar grande capacidade de desequilíbrio. Assume papel de armador de jogo, faz posição de ala e joga ainda nas costas do avançado.
Muitas personalidades atentas ao futebol nacional caraterizem Lula como um atleta rápido, veloz e muito bom em jogadas individuais e acreditam que ele possa ter sucesso num campeonato europeu.
Segundo Nô Pintcha, a transferência do jogador do Sport Bissau e Benfica para a Real Sociedad não foi revelada à imprensa, mas é certo que está tudo acordado entre a direção dos encarnados e o agente do atleta.
Nô Pintcha avançou ainda que, o jogador esteve na fase de preparação da Seleção Nacional sub-23 que participou no torneio de integração da União Económica e Monetária Oeste Africana, na última semana, no Togo. Lula foi afastada da convocatória à última hora devido a uma iminente viagem para a Europa, tendo feito muita falta ao conjunto.
Entretanto, o craque do Benfica faz parte da lista de quatro jogadores que o empresário Eusébio Augusto Mendes Mango Fernandes tinha programado levar para a Europa. Lula é mais um talento guineense a ter oportunidade de exibir o seu potencial nos relvados europeus.
O agenciador está neste momento a ultimar a contratação de alguns futebolistas guineenses para os mercados português, alemão e turco.
No fevereiro deste ano Lula revelou numa entrevista para O Golo GB, que a sua transferência para Benfica na época 2015/2016, foi uma decisão pessoal sem conhecimento do seu empresário, Amadú Nogueira Pinto Sambú (ANOPISA).
“No início o meu empresário queria que fosse para Benfica, mas como estava a demorar ele mudou de opinião e disse que preferia que eu fosse para Sporting, mas queria jogar no Benfica, porque achei que o futebol de Benfica seria bom para mim”, sustentou Lula a’O Golo GB.
O goleador Benfiquista disse que o empresário acabou por compreender a sua decisão visto que realizou um desejo pessoal de trocar Mansoa para Benfica, agora irá demostrar sua qualidade no futebol do Velho Continente.
 Por: Sene Camará
Foto: Mamadú Camará

ALGUMAS QUESTÕES AO SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU



Por: Fernando Casimiro(nosso Didinho), via facebook

Sr. Presidente, qual é de facto o seu papel; quais são as suas competências constitucionais, face a tudo o que tem acontecido na Guiné-Bissau desde que assumiu a chefia do Estado?

A crise política e social é para manter até ao final da legislatura?

Assume que de facto tem cumprido com o seu juramento de tomada de posse, ao abrigo do Artigo 67º da Constituição da República da Guiné-Bissau?

“Juro por minha honra defender a Constituição e as leis, a independência e a unidade nacionais, dedicar a minha inteligência e as minhas energias ao serviço do povo da Guiné-Bissau, cumprindo com total fidelidade os deveres da alta função para que fui eleito”.

Sr. Presidente da República, Dr. José Mário Vaz, por que razão apresentou 3 nomes para Primeiro-ministro, quando já tinha um Primeiro-ministro e um Governo em funções ainda que sem a necessária legitimidade parlamentar, consequente da não apresentação e discussão do Programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado, por via do bloqueio da Assembleia Nacional Popular?

Não seria mais sensato insistir no desbloqueio da Assembleia Nacional Popular como forma de viabilizar quer o Parlamento quer o Governo e em resultado disso, pôr-se fim à crise, na sua vertente institucional, que aliás, é a que prejudica o Estado e o Povo?

A Guiné-Bissau e os Guineenses ganharam algo com o Acordo de Conacri, ou voltamos ao ponto de partida com o PAIGC a reivindicar a vitória nas eleições legislativas de 2014 e, por via disso, ter direito a liderar o Governo inclusivo abordado na Mesa Redonda de Conacri?

Voltamos ou não a reavivar a crise com o Acordo de Conacri?

E como pensa, Sr. Presidente da República, resolver o bloqueio na Assembleia Nacional Popular com um Primeiro-ministro de sua escolha, de sua confiança, o que é inconstitucional, mesmo com base no Acordo de Conacri?

Para que serve a Constituição da República, Sr. Presidente?

Para que servem as Leis da República da Guiné-Bissau, Sr. Presidente?

O que representam os Órgãos de Soberania da Guiné-Bissau?

Será que doravante a Organização Política da República da Guiné-Bissau será regulada pela CEDEAO, UNIÃO AFRICANA, ONU ou CPLP?

E no dia que decidirem propor a substituição do Sr. Presidente da República?

É que, por culpa dos actores políticos guineenses, com o Sr. Presidente da República à cabeça, a nossa Constituição deixou de servir para regular a Organização Política do nosso Estado, ao ponto de passarmos a ter que ir ao encontro de políticos e governantes doutros países e esperar por datas pré-anunciadas por este ou aquele, que são Chefes de Estado de outros países e em nome de certas organizações a fim de decidirem o destino da Guiné-Bissau e dos Guineenses...

Lamentável e triste realidade, Sr. Presidente da República, ao que chegamos!

Foi para sermos dirigidos por outros que se lutou arduamente, com tanto sangue derramado, até se conquistar a independência?

Onde está o respeito por todos quantos lutaram (entre mortos e sobreviventes) pela independência da Guiné-Bissau?

Ao longo desta crise, defendi sempre não haver um só culpado, na pessoa do Presidente da República. Reafirmo essa posição, mas não consigo “encaixar” que o Presidente da República continue a cometer erros de palmatória no exercício das suas funções, prejudicando o Estado e o Povo, a exemplo dos demais actores políticos, igualmente partes da crise.

A crise política já vai longe demais, Sr. Presidente da República.

Caso persista o bloqueio no Parlamento e se o Presidente da República não conseguir harmonizar as disputas políticas para o desbloquear (o Acordo de Conacri já se viu que não resultou), terá que assumir as suas responsabilidades face ao realismo de não haver uma alternativa de estabilidade política e governativa até ao final desta legislatura, dissolvendo a Assembleia Nacional Popular (tal como estabelece a Constituição da República para situações de grave crise política) e convocando eleições legislativas antecipadas.

Podemos questionar o que resolveria a realização de eleições legislativas antecipadas; ou quem as financiaria. Creio que todos teriam razão em função dos seus argumentos.

O certo é que os custos e os prejuízos materiais consequentes do bloqueio do Parlamento e da ausência de uma Governação fiscalizada, como tem sido ao longo da crise, põem em causa a sustentabilidade do Estado de Direito e Democrático e reflectem igualmente custos e prejuízos humanos, sociais e económicos avultados.

Mesmo que não haja condições logísticas abrangentes para organizar e realizar eleições legislativas num prazo legal e realista, a dissolução do Parlamento significa automaticamente o seu desbloqueio. Porém, é preciso que quem de direito saiba o que terá que fazer se isso vier a acontecer, para se viabilizar o país. Tenho obviamente as minhas ideias sobre o assunto, mas não faço questão de apresenta-las no momento presente.

Se o Sr. Presidente da República não estiver à altura das suas competências constitucionais, sempre pode renunciar ao seu mandato, de forma livre e consciente, mas por favor, não continue a hipotecar o futuro da Guiné-Bissau, delegando a Chefes de Estado de outros países, bem como Organizações regionais, continentais, mundiais e outras a tomada de decisões soberanas, ou seja, que todo um Povo delegou nos representantes políticos que elegeu, entre o Presidente da República e os Deputados da Nação.

Positiva e construtivamente.



Didinho 07.12.2016

CHIMPANZÉS VOLTAM ATACAR PROVOCANDO FERIMENTOS GRAVES AOS VITIMAS EM EMPADA





Três meses depois, os chimpanzés voltaram a atacar na última segunda-feira, 05 de dezembro, no setor de Empada, região de Quinara. 
Desta vez a vítima foi uma criança de 10 anos, O animal selvagem feriu gravemente o menor, que além de levar sessenta (60) pontos de costuração, perdeu ainda um dedo inferior do pé direito.Geralmente, as vítimas dos ataques dos chimpanzés são crianças de idades compreendidas entre os cinco (5) a dez (10) anos. Este último caso aconteceu mesmo dentro da cidade de Empada, ou seja, a menos de setenta (70) metros do centro de saúde setorial e a escassos metros da missão católica local, assim como da Escola Comunitária Ambiental (ECA).

Segundo os relatos do professor Cesário Quartel da Silva, a criança foi atacada barbaramente pelo chimpanzé por volta das onze (11) horas de manhã, quando a vítima e três outros colegas foram à procura de calabaceira (fruto silvestre) e de regresso, a criança foi agredida por Chimpanzé que os seguia de volta à casa. Depois de um grito de socorro, vítima, foi socorrido por um dos jovens que estava na zona de agressão.

“As crianças estavam numa limpeza na ECA, inaugurada no último fim-de-semana. As salas estavam sujas e era necessário deixa-las num ambiente confortável. Despois dos trabalhos na escola decidiram ir buscar calabaceira, o sítio onde foram procurar calabaceira não dista da ECA. De volta foram seguidos por chimpanzé, que acabou por atingir gravemente a vítima. O resto de outras se dispersou do animal e conseguiu escapar-se do perigo. Bacar N´tchassó que ficou no local por conta própria não conseguiu e foi dominado pelo animal, que deixou ferimentos um pouco por todo corpo do menor”, explicou Cesário Quartel da Silva numa entrevista telefónica ao jornal ‘O Democrata’.

A gravidade das lesões sofridas pelo menor foram reportadas pela equipa médica do centro de saúde de Empada (Hospital Rui Djassi). Segundo as informações médicas, Bacar N’tchassó vai precisar de uma intervenção cirúrgico-plástica devido às lesões graves, sobretudo na parte direita do rosto, se não ficaria com uma enorme cicatriz traumatizante.

Setor de Empada já registou, de outubro a 5 dezembro de 2016, sete agressões de chimpanzés, apenas uma não foi grave, as seis outras todas foram graves, conforme relatos médicos.

Conosaba com Notabanca/MO




“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...