RELATÓRIO DEPARTAMENTO DE ESTADO: EUA apontam corrupção e violência contra mulheres

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A corrupção das autoridades, exacerbada pelo tráfico de droga, e a violência e discriminação das mulheres e crianças são as principais violações de direitos humanos na Guiné-Bissau, segundo o relatório do Departamento de Estado norte-americano.

O relatório de 2015, divulgado ontem, considera que "a impunidade é um problema sério" na Guiné-Bissau, país onde "os governos não tomam medidas eficazes para julgar ou punir elementos das autoridades ou outras pessoas que cometam crimes, seja nos serviços de segurança, seja em outros departamentos governamentais".

A assinalar o seu 40.º aniversário, o documento anual, intitulado "Relatórios Nacionais sobre Práticas de Direitos Humanos", inclui como um dos "graves abusos dos direitos humanos" na Guiné-Bissau a corrupção entre as autoridades, "exacerbada pela impunidade dos funcionários governamentais, bem como o seu suspeito envolvimento no tráfico de droga".

Além da corrupção e do tráfico, o relatório aponta como abusos graves dos direitos humanos na Guiné-Bissau as detenções arbitrárias, assim como a violência e discriminação contra mulheres e crianças.

Outras violações registadas no relatório incluem o tratamento abusivo dos detidos, as más condições de detenção, a falta de independência judicial e de processo justo, a violação da privacidade, a mutilação genital feminina, o tráfico de pessoas, o trabalho infantil e os trabalhos forçados em adultos e crianças.

Embora a lei guineense preveja penas de um mês a dez anos de prisão para a corrupção das autoridades, "os governos não aplicaram a lei eficazmente, e funcionários de todos os ramos e todos os níveis do governo envolveram-se em práticas corruptas e não transparentes com impunidade", pode ler-se no relatório.

O departamento de Estado sublinha que a polícia está mandatada para combater a corrupção, mas é ineficaz e recebe o mínimo de assistência externa.

Para demonstrar que as autoridades pouco fazem para combater este problema, o departamento de Estado recorda que a Assembleia Nacional guineense realizou um seminário de três dias sobre corrupção e tráfico de droga em outubro, com a colaboração do gabinete regional das Nações Unidas para a Droga e o Crime, mas o Governo "não lhe deu seguimento".

"Os membros da administração militar e civil terão traficado drogas e ajudado os cartéis internacionais da droga ao facilitar o acesso ao país e às infraestruturas de transporte", escrevem os autores do relatório, acrescentando que o fracasso na proibição e na investigação do tráfico de droga contribui para a perceção de que o governo e os militares estão envolvidos no crime.

Mulheres

No que diz respeito às mulheres, o relatório refere que embora a lei proiba a violação, incluindo a violação conjugal, com penas de até seis anos de prisão, a lei não é eficazmente aplicada, já que só permite a acusação quando a denúncia parte da vítima, o que raramente acontece devido ao medo do estigma e de retaliações.

Este problema é exacerbado nas regiões predominantemente muçulmanas e de etnia Fula de Gabu e Bafata, no leste do país, onde a cultura local diz que esses problemas se resolvem na família ou na comunidade. A violência doméstica é considerada generalizada e não há leis que a proíbam.

A elevada mortalidade materna, com 560 mortes por 100 mil nados vivos em 2014, é outro problema apontado no relatório, que sugere como causas as más infraestruturas de saúde e serviços de apoio ao parto, assim como os elevados níveis de gravidez adolescente.

A baixa taxa de registo das crianças (24% até aos cinco anos), os casamentos forçados na infância e a pedofilia e pornografia infantis alguns dos problemas relacionados com as crianças, assim como o facto de muitos pais enviarem os filhos para viver com familiares ou conhecidos, onde pensam que terão melhores condições de vida e educação, sujeitando-os pelo contrário ao risco de violações, abuso e exploração.
Lusa

GABINETE INTEGRADO DA ONU INAUGURA SEDE EM BUBAQUE




O Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação de Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS)vai inaugurar a 22 de abril uma nova sede na ilha de Bubaque na região de Bolama/Bijagós, sul do país.

De acordo com o gabinete da ONU em Bissau, a abertura de mais um escritório no interior da Guiné-Bissau vai ser antecedida por uma “conferência sobre a segurança marítima do país”, cuja cerimonia de abertura será presidida pelo Secretário de Estado da Ordem Pública, Luis Manuel Cabral, na presença do Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada.

Durante dois dias, vão ser abordados, entre outros assuntos, o tráfico de droga e crimes transnacionais, segurança marítima e fronteiriça, protecção dos recursos naturais e por fim vão ser elaboradas recomendações sobre estes temas.

Vão participar na conferência todos os representantes especiais e os embaixadores acreditados em Bissau assim como o Conselheiro do Primeiro-ministro para área de Segurança, Director dos Serviços de Informação de Estado, Directora Nacional da Policia Judiciária, representantes da Interpol, Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública e o comandante da Guarda Nacional.

Global/Conosaba/MO







GUINÉ-BISSAU: DOIS ANOS DEPOIS DAS ELEIÇÕES, GUINEENSES NÃO ESCONDEM DESAPONTAMENTO




Na Guiné-Bissau, assinala-se amanhã, 14, o segundo ano após as eleições gerais que anteviam uma fase promissora de estabilidade e desenvolvimento.

Entretanto, ao contrário, o país atravessa agora uma das fases mais críticas da sua história democrática, derivado do conflito político e institucional entre o Presidente José Mário Vaz e o PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira.

Muitos que votaram no dia 14 de Abril, pondo fim ao período de transição, manifestam-se agora revoltados com facto das suas esperanças ficarem adiadas com a actual situação do país.

Maimuna Bari, em 2014, estudante universitária, com 25 anos, foi votar com a esperança de poder ver um país a evoluir a todos os níveis.

Passados dois anos, Bari diz-se sentir traída e não esconde a sua revolta face ao momento que se vive:”não era isso que estava à espera. Eu votei, porque tinha a convicção de que tudo ia dar certo e que o país ia dar passos positivos para que a sua população pudesse ter algo de bom, e sair da crise política e económica que enfrentava”.

Esta jovem, formada em Comunicação Organização e Jornalismo, a procura de estabilizar-se no mercado de trabalho, disse que nunca aceitou o argumento em como os militares são os principais responsáveis pelas constantes instabilidades vitimou o país há cerca de 20 anos.

"Dá para notar que esta crise é provocada pelos políticos, os militares estão a dar um bom exemplo, ao mostrar à população e à comunidade internacional, que eles não são os principais protagonistas da actual crise”, concluiu Maimuna Bari.

As lamentações não ficaram por aqui.

Sem saber o que mais fazer perante o actual momento, Malamine Camara confessa que não esperava experimentar fases difíceis da suja vida tão cedo.

"pensávamos que as coisas iam mudar, mas o que estamos a viver não passa de caos. Voltamos atrás. Ninguém sabe onde vamos e nem sabemos o que fazer e o que podemos fazer”, diz Camara.

Mas há quem aponte uma solução.

Djibril Sanha, um dos jovens que votaram em 2014, além de responsabilizar a classe política pela situação, sobretudo ao Presidente José Mário Vaz, considera que a saída passa pela mudança de atitudes de governação: “os governantes têm que mudar o espírito de governação, enquanto isso não acontecer o pais não pode avançar”.

O país assinala amanhã, 14, o segundo ano das eleições de 2014, mas encontra-se numa profunda crise político-institucional desde Agosto, quando o Presidente da República José Mário Vaz demitiu o Governo do PAIGC, então liderado por Domingos Simões Pereira.

O novo Governo, também do PAICG, mas liderado por Carlos Correia, continua à espera de ver aprovado o seu Programa, chumbado pelo Parlamento a 23 de Dezembro de 2015.

A Assembleia Nacional Popular retoma os trabalhos a 3 de Maio.

Voa/conosaba/MO

Rita Santos condecorada na G-Bissau


Durante a visita a Guiné-Bissau, para o Encontro dos Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa,

 
Rita Santos, actual Conselheira das Comunidades Portuguesas, recebeu o grau de mérito pelo Governo da República da Guiné-Bissau pela “excelência da contribuição para a edificação da dinamização do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.
 
 

 
 

ANP alerta PR para formalidades


O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau alertou o Presidente da República que deve cumprir as formalidades necessárias antes de anunciar que vai discursar no parlamento, referiu ontem (12) numa nota à imprensa.


O Chefe de Estado, José Mário Vaz, anunciou na sexta-feira (8), em comunicado, que tinha convocado a assembleia para uma sessão extraordinária em que ia dirigir uma mensagem à nação no dia 14, amanhã.

No entanto, na nota de ontem, o gabinete do presidente da ANP, Cipriano Cassamá, refere que o Presidente da República não pode “em caso algum deslocar-se ao Parlamento a não ser a convite deste último, exceptuando-se o dia da sua tomada de posse”.

“Apesar do direito de iniciativa de convocação extraordinária, o mecanismo passa por ser endereçada, via requerimento, ao Presidente da ANP”, acrescenta.

José Mário Vaz decidiu discursar ao país depois de o Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau anunciar, na última semana, a reintegração de 15 deputados do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que em Janeiro tinham perdido o mandato.

Os 15 foram expulsos do PAIGC por se aliarem à oposição para derrubar o Governo, fazendo com que o partido pedisse a perda de mandato alegando quebra da disciplina partidária.
 
 

 

GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU PREVÊ AUMENTO DA EXPORTAÇÃO DE CAJU EM RELAÇÃO A 2015




O Governo da Guiné-Bissau espera exportar este ano 185 mil toneladas de castanha de caju, mais 10 mil que no último ano, disse ntem à Lusa o ministro do Comércio, Vicente Fernandes.

De acordo com o ministro, "são boas as perspectivas para a campanha da comercialização do caju", que deve arrancar oficialmente no sábado com a declaração do preço base da compra do produto aos agricultores.

Vicente Fernandes não quis adiantar o preço a ser anunciado mas indicou que "será do agrado de todos" os intervenientes na cadeia - agricultores, intermediários, exportadores e compradores internacionais.

O ano passado o Governo fixou 350 francos CFA (cerca de 50 cêntimos de euro) como preço base para compra de cada quilo de castanha de caju, situação considerada benéfica para os produtores que enalteceram os ganhos obtidos no final da safra.

O ministro do Comércio guineense disse que a procura de castanha de caju este ano será ainda maior, dada a redução da produção nos países asiáticos e ainda tendo em conta a entrada no mercado de novos compradores do produto, nomeadamente a China e os Estados Unidos, os maiores consumidores mundiais de amêndoa de caju.

Vicente Fernandes disse ainda que pelos dados recebidos do ministério da Agricultura, tudo leva a crer que o país poderá produzir o suficiente para exportar até 185 mil toneladas, superando em 10 mil toneladas a safra do ano passado.


O governante só não aponta para a possibilidade de o país exportar 200 mil toneladas tendo em conta o contrabando da castanha guineense para países vizinhos para onde são levadas, às escondidas, até 70 mil toneladas cada ano, frisou.

"O Senegal exportou o ano passado 70 mil toneladas, quando a sua produção é de cerca de 20 mil toneladas, o que significa que 50 mil toneladas vieram da Guiné-Bissau", do contrabando, observou Vicente Fernandes, citando dados de responsáveis senegaleses.

O ministro do Comércio guineense exortou a população em geral e os agricultores em particular a ajudarem na vigilância das fronteiras do país, tendo em atenção os próprios fiscais destacados pelo Estado, na sua acção.

Lusa/Conosaba/mo

GUINÉ-BISSAU: A TODO O MOMENTO GOVERNO PODERÁ CAIR




Vários observadores em Bissau acreditam estar para breve a queda do governo de Carlos Correia (PAIGC) e já se aventa a possibilidade de tal ocorrer já esta quinta-feira, 14. É essa, também, a previsão do Africa Monitor, que na sua última edição avança exactamente esta data para a queda do governo.

Prevê-se, ainda, que o próximo executivo da Guiné-Bissau venha a receber o apoio do Partido da Renovação Social (PRS), de dissidentes do PAIGC e de personalidades ligadas ao Presidente da República, José Mário Vaz. Para a chefia do governo, o nome mais aventado é o de Soares Sambú, um dos mais prestigiados dissidentes do partido atualmente no poder.

A análise do "Africa Monitor" coincide com a opinião da maioria dos observadores em Bissau, que apontam José Mário Vaz como o inspirador de mais uma mudança de executivo. E há relatos de que o PR se tem desdobrado em reuniões com vários setores políticos.

A iminente queda do governo de Carlos Correia decorre de um acórdão do Supremo Tribunal, com data de 4 de abril, onde se determina que os 15 deputados do PAIGC, que se rebelaram contra a direção do partido e pediram o estatuto de independentes, regressem ao Parlamento.

A decisão do tribunal aconteceu após um recurso interposto pelos deputados que foram expulsos do Parlamento com a alegação que o regimento da Assembleia Nacional não admitia o estatuto de independente.

Com o regresso dos parlamentares dissidentes e a convocação do plenário para dia 14, o mais provável é que uma moção de censura provoque a queda do governo do PAIGC. E, nesse sentido, o PR já “mexe os cordelinhos” para se encontrar uma outra solução decorrente da nova maioria parlamentar (PRS e dissidentes do PAIGC).

Fonte: AM/CV-Direto

http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article117700&ak=1

«COMUNICADO» GUINÉ-BISSAU: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA




“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...