«GREVES NA SAÚDE E ENSINO» COMUNIDADE INTERNACIONAL PEDE INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU




Bissau, 10 Mai 16 (ANG) – A comunidade Internacional pediu a intervenção do Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz junto do governo para acabar com a greve nos sectores da Saúde e Educação.

O apelo foi feito segunda-feira pelo Representante da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídeo Pequeno, a saída do encontro de procura de solução para actual crise política, promovida pelo chefe de Estado guineense.

Disse que durante o encontro analisaram com o chefe de Estado a actual situação que o país vive e que alertaram ao presidente da Republica sobre a necessidade de promover a estabilidade e a resolução da crise política.

“Nós solicitamos ao Presidente da República para ajudar ao governo na resolução do problema que opõe os sindicatos do sectores da saúde e da educação ao executivo, pedindo mais paciência e ponderação aos profissionais destas áreas”.

Disse compreender as dificuldades que cada um enfrenta na sua área de trabalho, mas deve haver contenção e prudência devido a situação actual do país e sobretudo devido aos relatos sérios duma grave crise ao nível do Ministério da Saúde, nos hospitais públicos e Centros de saúde. 

Pequeno acrescenta que há o risco da situação nos hospitais se transformar numa crise humanitária se não for encontrada uma solução, o mais rápido possível. 

Ovídeo Pequeno disse que a comunidade Internacional continua a defender a via do diálogo para resolver a crise que afecta o funcionamento das instituições e em particular a Assembleia Nacional Popular e que ela deve ser resolvida pelos actores políticos guineenses. 

Nesse encontro participaram, os Representes residentes da União Africana (UA), da Comunidades Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). 

ANG/LPG/ÂC/SG/Conosaba/MO

EMPRESÁRIO BRAIMA CAMARÁ RECLAMA SER PROPRIETÁRIO DO FUTURO PARQUE URBANO DE NBATONHA





Bissau,10 Mai 16(ANG) - O empresário Braima Camará afirmou ser o proprietário do espaço onde se projecta a construção do Parque de Nbatonha no centro da cidade de Bissau.

Em declarações à imprensa momentos após o lançamento oficial da primeira pedra para a construção do futuro Parque Urbano, Braima Camará sublinhou que adquiriu o referido terreno em hasta pública em 1999, na altura em que Francisca Vaz Turpin (Zinha Vaz) era a Presidente da Câmara Municipal de Bissau, através do Banco Tota & Açores.

Braima Camará informou que na sua qualidade do dono do espaço nunca foi informado sobre a execução das obras, tendo considerado o acto de uma humilhação.

"A questão vai constituir mais uma batalha judicial e que vai aquecer nos próximos tempos",garantiu o empresário que promete, para breve, uma declaração pública sobre o caso.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau, disse que devido o valor ecológico do referido espaço não se pode fazer nenhuma construção ali, porque deve ser preservado como zona húmida.

"O espaço joga um papel muito importante na capital Bissau nomeadamente no impedimento de infiltração de água para os bairros de capital", afirmou, Adriano Ferreira.

Perguntado se a construção do projecto de Parque Urbano de Nbatonha é de facto irreversível, o Presidente da CMB, respondeu que isso não vai parar a não ser que o Estado perde os seus valores.

"O Estado pode fazer expropriação do espaço que é do interesse público e que vai ser valorizado por uma outra dimensão e que pode melhor reflectir em imagem e necessidade da população", explicou.

Aquele responsável disse que avisaram o empresário Braima Camará de que a Câmara Municipal de Bissau dispõe de um outro terreno em boas condições para lhe compensar em troca do espaço de Nbatonha.

ANG/ÂC /SG/conosaba/MO





Aspecto do Parque de Nbatonha

DETIDO DOKA INTERNACIONAL


"Doka Internacional" - FINALMENTE DETIDO 


(imagem de 'conosaba'

NOTA A IMPRENSA




«LASER» LANÇADA PRIMEIRA PEDRA EM BISSAU PARA CONSTRUÇÃO DO PARQUE URBANO DE NBATONHA



Aspecto do Parque de Nbatonha
Bissau,10 Mai 16(ANG) - O Primeiro-ministro afirmou que a iniciativa de associar as celebrações dos 40 anos da parceira entre a Guiné-Bissau e a União Europeia ao lançamento da primeira pedra para a construção do Parque Urbano de Nbatonha, em pleno centro da cidade de Bissau, constitui uma opção mais acertada daqueles que idealizaram o “ambicioso projecto”.

Carlos Correia que falava hoje na cerimónia do lançamento da primeira pedra para a construção do Parque Urbano de Nbatonha, disse que o projecto traduz e exprime as boas relações entre a Guiné-Bissau e a União Europeia.

"Aliás, o meu governo encara o relacionamento com a União Europeia não só como uma das prioridades e principais vertentes da política externa da Guiné-Bissau, mas como uma opção estratégica e privilegiada da sua cooperação rumo ao desenvolvimento", enalteceu o chefe do executivo.

Carlos Correia sublinhou que, com isso, é justo reconhecer que a União Europeia conseguiu afirmar-se sem sombra de dúvidas como o primeiro parceiro multilateral da Guiné-Bissau quanto ao volume e a previsibilidade de ajuda ao desenvolvimento.

O Primeiro-ministro disse, na ocasião, que o lançamento da primeira pedra para a construção do Parque de Nbatonha constitui mais uma aura de esperança na irredutível determinação do governo do PAIGC de trilhar os caminhos de construção do progresso e do bem estar social do povo guineense, justificando o mandato que lhe foi confiado no veredicto das urnas.

"Com esta obra fica cada vez mais provado que o governo, apesar de várias tentativas de obstrução, continua a afirmar-se como alternativa credível para guiar os destinos do povo guineense tal como plasmado no tão grande Plano Estratégico Terra Ranka", vincou.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau explicou que o projecto da recuperação da referida zona húmida foi idealizada pela sua instituição e a ONG portuguesa Monte, no quadro das celebrações dos 40 anos da parceria entre a Guiné-Bissau e a União Europeia.

Adriano Ferreira informou que, com a conclusão da obra, a cidade de Bissau passará a contar, no seu centro, com um Parque Urbano de referência na Sub-Região, pensado não apenas para o laser dos seus munícipes mas também para a protecção dos animais que ali habitam, preservação do espaço verde e para a sensibilização e educação da população sobre a importância da protecção da natureza e da biodiversidade.

"A preservação de um ambiente respirável e saudável a ser implantado nos novos bairros a reconstruir é um dos objectivos do nosso mandato tal como a criação de solução realística e duradoira para a recolha e tratamento dos resíduos sólidos urbanos", disse.

Para o representante da ONG portuguesa, Monte, o Parque Urbano de Nbantonha visa a criação de um espaço de natureza de lazer na cidade de Bissau.

Susana Gomes destacou que a União Europeia apoiou e acarinhou desde cedo a ideia da criação daParque de Nbatonha , no quadro do projecto denominado "Kau di Catchu ku Kau di Pecadur".

Disse que esse projecto abrange assistência técnica à Câmara Municipal de Bissau para o desenvolvimento de um modelo de gestão que permite garantir sustentabilidade dos espaços públicos facilitando a sua replicação.

Susana Gomes informou que o projecto teve início em Setembro de 2015 e será concluído em Janeiro de 2017.

Explicou que o Parque Urbano de Nbatonha terá uma superfície de 2.5 hectares, acrescentando que a intervenção no referido espaço tem dois objectivos fundamentais, sendo o primeiro, a reabilitação da lagoa e segundo a criação de espaço de laser na cidade de Bissau, que permita a prática desportiva, a interpretação da natureza, o recreio infantil ,entre outros.

Afirmou que terá ainda outras infra-estruturas como a cafetaria, uma pista de corrida, equipamentos de apoio a prática desportiva, parque infantil, etc.

ANG/ÂC/SG/Conosaba/MO

MÃE E FILHO QUEIMADOS NUM PLENO SONO EM BISSAU



Uma noticia chocante e cujo o historial parece uma ficção, mas que na verdade é  um realidade.
Uma mulher da Guiné-Conakri atirou gasolina e ateou fogo contra uma mãe e filho de sete anos, pelo fato de ciumes de que a vitima namora com o seu marido supondo que estaria na eminencia de perder o casamento a favor da outra no bairro de São Paulo em Bissau.

De acordo com os familiares das vítimas, a mãe e filho, foram queimados quando dormiam na sua residência por volta de 23 horas, na tentativa da autora do desse comportamento bárbaro cruel e desumano se apoderar do seu marido afastando-lhe definitivamente da rival.
Segundo disseram as testemunhas no local, a mesma mulher já teria avançado com várias ameaças ao ponto de colocar gasolina e fogo na varanda da família em causa... Uma ameaça concretizada desta vez.

A autora do rude ato foi presa de imediato no local, encontrando agora encarcerada nas celas de prisão de 2ª Esquadra de Bissau, por onde vai  aguardar os pocedimentos legais da instrucao do processo para seguir o respetivo julgamento.

Comunicado a Imprensa


Comunicado a Imprensa

A Guiné-Bissau, tem sido nos últimos tempos caracterizada por uma crise política profunda, com consequências ao nível económico e social protagonizada pela classe política com repercussões gravosas no quotidiano dos cidadãos.

As sistemáticas disputas políticas em torno do poder têm criado um ambiente propício para agudizar, ainda mais, a frágil situação do país remetendo sine die os sonhos de desenvolvimento sustentável.

O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz Democracia e Desenvolvimento no quadro do seu papel pró-activo de contribuir para o reforço da Democracia e da promoção da paz, tem acompanhado com bastante preocupação a evolução da situação política do país, com especial destaque a crise despoletada na Assembleia Nacional Popular, onde assistimos durante quatro dias consecutivos a dificuldade deste órgão legislativo poder funcionar e, nem dispõe das condições de aprovar a ordem do dia.

O não funcionamento normal de Assembleia Nacional Popular, tem o seu reflexo no desempenho do governo bem como da administração pública em geral.

Em consequência das dificuldades de funcionamento de ANP, Sua Excelência, Senhor Presidente da Republica, Dr. José Mário Vaz, dever-se-á iniciar a audição aos partidos políticos com assento parlamentar bem como o Conselho de Estado com objectivo de encontrar uma solução para o normal funcionamento de ANP.

Em face do exposto o Movimento Nacional da Sociedade Civil delibera o seguinte:
  
1.     Apelar aos titulares dos órgãos da soberania em especial a Sua Excelência o Presidente da Republica, bem como aos partidos políticos com a representação parlamentar, a maior contenção e ponderação para a busca de uma solução duradoura da governação do país, respeitando sempre os pressupostos legais e constitucionais.

2.     Exortar a ANP no sentido de cumprir com o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que declarou nula a perda de mandatos deliberada pela sua Comissão Permanente.

3.     Apelar ao governo e as organizações sindicais de se imbuírem de espírito de diálogo sério e responsável, tendente a resolução urgente do conflito laboral que os opoêm, salvaguardando a vida dos cidadãos e o ano lectivo 2015/2016.

Feito em Bissau, ao 10 de Maio de 2016.

A Direcção Nacional

MANELINHO ENVOLVIDO NA ACIDENTE DE VIAÇÃO



Um táxi que vinha de zona de Ministério da Administração Interna em direção aos Coqueiros bateu-se contra a viatura do deputado Manuel Nascimento Lopes vulgo Manelinho provocando acidente de viação que resultou em dois feridos ligeiros mas deixando as viaturas danificadas.

De acordo com Manelinho, tudo acorreu por volta de 06:40 desta 2ª-feira, quando foi juntar os seus trabalhadores e transporta-los à Nhacra, onde tem a sua empresa, apareceu de forma súbita um táxi com velocidade chocou lateralmente o seu veiculo e projetou-o contra o muro dos Bombeiros mas com reflexo saiu ileso e ativo socorrendo as vitimas.

O deputado desmente informações segundo as quais teria provocado o acidente devido ao nível de álcool no sangue e que transportava consigo duas raparigas. “Eu tenho muito respeito aos mulheres nunca vou gozar delas. Nunca alguém me encontrará ladeado de raparigas na praça de Bissau, sou trabalhador e nunca consumi álcool na minha vida”. Disse Manelinho.

O deputado deixou claro que o acidente não foi uma tentativa de assassinato, pelo que não vai acusar ninguém sobre o efeito. Adiantando mesmo que tivesse falecido, o grupo dos 15 vai continuar solidariamente com os propósitos da luta politica.

DSP DENUNCIA PR DE NÃO RECEBER O PM



O Líder do PAIGC, DSP denunciou na passada segunda-feira em conferência de imprensa que a cerca de dois meses o Presidente da Republica, José Mário Vaz se recusa a receber o Primeiro-Ministro Carlos Correia, para analisar as audiências semanais sobre a vida sociopolítica da Guiné-Bissau.  
O PAIGC e cinco partidos políticos.
Ler o comunicado:

Espaço de concertação política dos partidos defensores dos valores democráticos
PAIGC PCD UM PUN MP PST

Conterrâneos, Irmãos e Camaradas

O espaço de concertação política dos partidos defensores dos valores democráticos, que congrega o PAIGC, o PCD, a UM, o PUN, o MP e o PST, tem-se mantido atento ao desenrolar da situação política prevalecente no país e,

Em face dos acontecimentos mais recentes, nomeadamente os acórdãos 1,2 e 3 do Supremo Tribunal de Justiça, a situação de bloqueio político e funcional que se vive no hemiciclo da Assembleia Nacional Popular e, a “Audiência para auscultação” convocada pelo Presidente da República,

Vem partilhar a sua leitura da atualidade política e tornar público o seu posicionamento.

Assim,
Constata que, a decisão unilateral do Presidente da República em demitir o Governo constitucional do PAIGC em Agosto de 2015 foi de facto uma medida precipitada e pouco refletida, contrária aos interesses do país e cuja persistência de sustentação está a minar as bases de confiança da sociedade e ameaça pôr em causa todos os fundamentos de uma sociedade democrática.

Aliás, a própria argumentação que sustentou a decisão de demissão do governo, a corrupção e o nepotismo, logo consumada a intenção é abandonada pelo próprio Presidente. Ou seja, que na realidade é a própria demissão que despoleta a crise correspondendo à intenção e propósito pessoal de um só homem.

A transferência do epicentro da crise para a ANP foi simplesmente uma nova fase da procura incessante do Presidente da República em comprometer o regular funcionamento das instituições para de seguida utilizar esse pretexto para reclamar para si todas as competências dos demais órgãos da soberania. 

Para esse efeito, o ponto de partida tem de ser estabelecido com base em premissas coincidentes com os princípios da nossa escolha democrática:

Reconhecimento e respeito da vontade do povo: De acordo com essa vontade expressa nas urnas, há um Presidente eleito e um partido maioritário na ANP, o PAIGC e um governo que dele emana;

Cumprimento integral da Constituição e das Leis: O nosso sistema politico está desenhado de forma a que, enquanto órgãos da soberania, o Governo seja o poder executivo, a Assembleia o legislativo e o STJ o judicial, reservando ao Presidente da República o papel de moderador e facilitador do todo o jogo político;

Observância da separação dos poderes entre os órgãos da soberania: o respeito escrupuloso do limite das competências, sem prejuízo da complementaridade e cooperação institucional, sempre mantendo o Presidente da República como árbitro e facilitador do funcionamento do sistema.

Nesta dinâmica societária, a carta magna (a constituição) é o documento que reúne o conjunto de escolhas feitas pelos cidadãos, em liberdade e de forma soberana, traduzidas em lei e para o qual assumem total e incondicional adesão e cumprimento.

Por outro lado, tanto os órgãos de soberania como os instrumentos legais (a constituição em primeiro plano) têm a função e a vocação primárias de facilitar, assegurar fluidez e funcionalidade do sistema e evitar o bloqueio.

Com base nestes pressupostos:

1. Que razões objetivas podem levar o Presidente da República a abandonar o seu papel de moderador, facilitador e árbitro para entrar no jogo e assumir partes no processo?

Será simples coincidência que no início da legislatura o Presidente tenha afirmado não ter nenhuma responsabilidade na escolha do elenco (quem diz que devia ter?) e na formação do segundo governo venha recusar a confirmação de dois elementos propostos pelo Chefe do Governo, sem apontar razões objetivas para a recusa? Curiosamente é o próprio Presidente da República que agora aponta a falta destes dois elementos como mais uma fragilidade do governo.

O Presidente da República que evocou em várias ocasiões o apelo ao diálogo e à procura de soluções politicas, há cerca de 2 meses se recusa a receber o Primeiro-ministro e a realizar as audiências semanais. Contudo, mantém contactos regulares e permanentes com o grupo dos 15 e a liderança do PRS.

Se a situação dos 15 se iniciou como um problema do PAIGC, como é que de repente se transformou numa agenda do Presidente da República? 

Se lesados nos seus direitos, os militantes do PAIGC sabem dispor de mecanismos internos para a resolução dos contenciosos, como já aconteceu no passado com outros militantes e dirigentes, ao invés de procurarem o patrocínio do Presidente da República. 

2. A que propósito, um partido politico, por sinal o segundo maior do país, se imiscui em assuntos internos do PAIGC e se alia ao Presidente da República e a um grupo de 15 dissidentes que traíram o próprio partido, para patrocinar um golpe institucional e, com base em arranjos sem bases legais, aceder ao poder e pretender exercê-lo de forma inconstitucional? 

O PRS assumiu de forma explícita e pública nos seus comunicados, que recusou as propostas de diálogo politico e o estabelecimento de compromissos, propostos pelo PAIGC, “porque quer ser a alternativa governativa”. Lamentamos, mas isto é um golpe e não uma proposta de solução. 

O PRS fez parte do governo de inclusão promovido pelo PAIGC, da sua livre e espontânea vontade, no início da legislatura e juntos, estes dois partidos e outros convidados para o efeito, foram capazes de assegurar a estabilidade e promover importantes entendimentos, dentro e fora da ANP.

Se durante o primeiro ano de governação, se conseguiu a aprovação por unanimidade de todos os instrumentos de legitimação, grandes ganhos no desempenho do executivo e a própria mesa redonda de doadores, estes se devem a ação inclusiva e ao respeito da ordem democrática;

Então o bloqueio atual, a onda de greves, a disfuncionalidade da ANP são responsabilidades de quem promoveu a cisão, a rutura e a perda de confiança entre as entidades e instituições.

Assistiu-se no parlamento à tentativa de submissão, a todo o custo, de uma moção de censura, curiosamente datada de 3 de maio. Ou seja, à data do posicionamento do Presidente da República e da retoma dos trabalhos da ANP, numa altura em que a bancada do PRS mais os 15 reclamava a aprovação da ordem do dia, já havia a intenção de provocar a queda do governo, servindo tudo o resto de camuflado e argumento para desviar as atenções.

Os partidos são entidades políticas e carecem da legitimidade do mandato popular pelo que, havendo dúvidas, estas devem levar incontestavelmente à devolução da palavra ao povo.

Já se havia alertado para a necessidade do Presidente da República, no exercício da sua magistratura, manter liberdade e independência, ser imune às pressões e aos condicionamentos. Hoje é evidente que o Presidente está refém do grupo criado por ele próprio, formado pelo PRS e pelos 15 que reclamam atendimento e satisfação dos seus interesses pessoais, impondo ao Presidente a assinatura do decreto de demissão do governo e entrega do poder ao PRS e aos 15;

Nenhum cidadão guineense terá dúvidas nesta altura de que a crise está instalada é na ANP, impedida de funcionar em plenário. Todavia, a mesa da Assembleia é eleita para uma legislatura e por indicação do partido maioritário. Assim sendo, toda e qualquer cosmética resultará num bloqueio do funcionamento deste incontornável órgão. Ora, apesar da clareza desta situação, porque o propósito do Presidente é saldar dívidas pessoais, insiste em ignorar as causas e ataca os efeitos – “não quer dissolver o parlamento (pelo menos por agora) e vai tentar é mudar o governo” mesmo sabendo tratar-se de uma violação flagrante (já julgada pelo STJ). O Presidente da República prefere que a dissolução da ANP aconteça num segundo momento para tentar que o seu governo, ilegal e inconstitucional se transforme em governo de gestão.

Constatamos finalmente, que o Presidente da República não possui neste momento nenhuma solução para o problema do país e, a grande maioria dos cidadãos o reconhece como o promotor e principal responsável pela crise politica que subsiste e se agudiza no país, com elevados riscos políticos e sociais.

Aqui chegados, a dissolução do parlamento por parte do Presidente da República e a convocação de eleições antecipadas não é uma opção e direito facultativo, antes um poder dever. Esse é o mecanismo imperativo que lhe está reservado para desbloquear o processo e assegurar o funcionamento do sistema.

Concluímos por isso que na impossibilidade de uma solução política justa e dentro do quadro constitucional, existe o imperativo de imediata dissolução do parlamento, conversão do atual governo em governo de gestão e a convocação de eleições antecipadas (gerais de preferência).

Isto permitiria um novo (fresco) recomeço, poupar o país do enorme desgaste económico, politico e social a que está submetido, salvar os compromissos de Bruxelas e legitimar os novos órgãos para o início de uma nova legislatura.

O espaço de concertação política dos partidos políticos defensores dos valores democráticos lança um forte alerta para a obrigação do PR em respeitar os princípios democráticos aqui descritos e dissecados, e que o Senhor Presidente da Republica se abstenha de qualquer intenção de subverter a ordem democrática e os direitos conquistados, e a pretensão de retirar o poder ao PAIGC para o entregar ao PRS, sob pena de agravar o quadro politico e a sua responsabilidade por toda situação.

O espaço de concertação política dos partidos políticos aqui reunidos, apela a todos os atores, aos guineenses no país e na Diáspora, e à Comunidade Internacional, a estarem vigilantes no sentido da salvaguarda da democracia hoje altamente ameaçada na Guiné-Bissau. "

Feito em Bissau aos 9 dias de maio de 2016.
O espaço de concertação política. 
PAIGC, PCD, UM, PUN, MP e PST

PAIGC ADMITE DISSOLUÇÃO DO PARLAMENTO NA GUINÉ-BISSAU PARA RESOLVER CRISE


O Presidente do PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, voltou ontem a admitir a dissolução do parlamento como uma saída para a crise política no país.

"É uma prerrogativa constitucional que assiste ao Presidente da República para resolver uma situação que está mais que localizada e reconhecida. Se o Presidente não quiser fazer uso disso, espero que tenha outro dispositivo também constitucional", referiu Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

O dirigente foi o único que prestou declarações aos jornalistas à saída da reunião do Conselho de Estado, no Palácio Presidencial, em Bissau.

Já na segunda-feira, como em ocasiões anteriores, o PAIGC admitiu que se avance para eleições gerais antecipadas para clarificar o panorama político guineense.

Sobre o encontro, Domingos Simões Pereira disse que "para o Presidente, a reunião do Conselho de Estado é uma formalidade".

"Ele disse que tinha que cumprir uma formalidade. Está cumprida. O Presidente pede tempo para se aconselhar com os seus travesseiros e tomar as decisões que entender pertinentes",referiu.

O parlamento da Guiné-Bissau não consegue reunir-se desde o início do ano.

Um grupo de 15 eleitos do PAIGC, partido maioritário no poder, afastou-se da liderança e pretende aliar-se ao PRS, oposição, para formar uma nova maioria e derrubar o Governo.

As divergências refletem os desentendimentos entre o Presidente, José Mário Vaz, e o PAIGC, que em agosto de 2015 levaram o chefe de Estado a demitir o Governo de Simões Pereira.

Lusa/Conosaba/MO

TERCEIRO GOVERNO DA LEGISLATURA CAI EM BREVE



O Presidente da Republica, José Mário Vaz terminou na segunda-feira 10 de maio, o processo de auscultações à PAIGC, PRS PCD, UM, e PND cinco partidos com representações parlamentares para depois posicionar-se quanto a queda ou não do governo do Carlos Correia.

Agnelo Regala Presidente da União Para a Mudança (UM) disse estar convicto que após a auscultação o PR, irá derrubar o Governo. Por isso, Regala aponta como saída a crise, transferir o poder ao povo para que este decida de novo quem deve ter a maioria para poder dirigir o destino do povo.

O líder do PAIGC acusa Presidente Mário Vaz de motor da crise política na Guiné-Bissau, por isso, defende a dissolução do Parlamento, transformação do Governo atual no Governo de Gestão e convocação de eleições legislativas antecipadas como saída no impasse político na Guiné-Bissau.

DSP acusa José Mário Vaz de usurpação de poderes em querer concentrar todas as competências dos outros órgãos da soberania ao seu poder. Pelo que convidaram o Chefe de Estado para abster-se de tais intenções.

«NANGADEFF» SENEGAL: ROBERT SAGNA GARANTE QUE O MFDC AINDA RECRUTA




O ex-autarca de Ziguinchor e presidente do Grupo de Reflexão para a Paz em Casamança, Robert Sagna, garantiu durante a jornada pela paz, organizado pelo canal de televisão RTS4 Ziguinchor que oMovimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), ainda está a recrutar militantes.

Segundo Robert Sagna, apesar da calma que se observa no sul do Senegal, a paz ainda não é definitiva, e se o Estado não retomar o diálogo com os rebeldes, a violência pode regressar. “O Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC) não está morto, ainda está armado e a recrutar”, disse o presidente do Grupo de Reflexão para a Paz em Casamança.

Para o ex-ministro da Agricultura, o governo deve aproveitar a acalmia registada desde 2012, para manter conversações sinceras com todas as fações armadas assim como a ala política a fim de garantir o regresso da paz em Casamance.

O Movimento das Forças Democráticas de Casamança e do Senegal estão de acordo para estabelecerem negociações, no entanto estas ainda não começaram”, lamentou. “Enquanto houver pessoas no mato, as terras continuarão minadas. E assim não podemos dizer que temos paz “,insistiu Robert Sagna.


Global/Conosaba/MO

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...