FALECEU AOS 146 ANOS O HOMEM MAIS VELHO DO MUNDO


Morreu aquele que podia ser o homem mais velho do mundo. O indonésio Saparman Sodimejo, conhecido como Mbah Gotho dizia ter 146 anos. Mbah Gotho vivia numa pequena aldeia na ilha de Java e garantia ter possui documentos, confirmados pelos registos indonésios, que comprovam que tinha nascido a 31 de dezembro de 1870.
Sodimejo foi viúvo quatro vezes e era o último de dez irmãos. O centenário ainda não consta no livro de recordes do Guinness porque apesar de ter sido confirmada averacidade dos registos, ainda há documentos que estão a ser vericados.
Numa pequena cerimónia organizada pelo seu neto Suryanto e outros familiares, os restos mortais de Mbah Gotho foram colocados numa sepultura perto de uma das suas filhas, do quarto casamento e que morreu com 60 anos.

Segundo o neto, a madeira para cobrir o caixão já tinha sido comprada há 18 anos e a lápide em 1992. 
De acordo com a sua documentação, Sodimejo nasceu no ano seguinte ao da inauguração do canal do Suez, quando a Indonésia ainda era uma colónia holandesa e se designava Índias Orientais Holandesas.
A organização Guinness World Records atribui o recorde de longevidade à francesa Jeanne Louise Calment, que viveu 122 anos e 164 dias e morreu em agosto de 1997.
A pessoa mais velha do mundo é atualmente a jamaicana Violet Brown, que nasceu a 10 de março de 1900.
Notabanca/MO

LÍNGUA FRANCESA AMEAÇA DOMINAR A PORTUGUESA NA TERCEIRA MAIOR CIDADE DO LESTE


O setor de Pitche, região de Gabú no Leste da Guiné-Bissau, está fortemente ameaçada pela língua francesa, visto que faz fronteiras com os dois países da expressão francesa que exercem uma enorme influência linguística naquele setor e que igualmente é considerado o terceiro maior sector da província leste do país. Pitche situa-se a 11 (onze) quilómetros da República vizinha da Guiné-Conacri e, de outro lado dista a 30 (trinta) quilómetros do Senegal.
Prova disso é a predominância da língua oficial dos dois países na sociedade pitchense. Desde a independência a esta parte, ou seja, há 43 (quarenta e trés) anos que este setor não tem o 9º ano de escolaridade nas suas escolas, obrigando os jovens a saírem para ir estudar na cidade de Gabú, sede regional. Alguns até preferem Bafatá ou a capital Bissau para prosseguir os estudos.
Pitche dispõe de uma escola do Ensino Básico Unificado (EBU) que tem até o 7º ano de escolaridade, sendo um setor com uma população estimada em 45.594 (quarenta cinco mil quinhentos noventa e quatro) habitantes segundo o censo de 2009, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A fraca intervenção do Estado guineense no setor do ensino tornou fértil o espaço para a expansão do francês, dada a situação geográfica do sector bem como a própria influência da imigração dos comerciantes daqueles países.
“É necessário e urgente que Pitche tenha um liceu completo para as pessoas estudarem com vista a facilitar a população do terceiro maior setor da província leste do país, a seguir de Gabú e Bafatá, respetivamente”, nota o Administrador de Pitche, Iaia Cassamá, que completa seus dois anos de administração nesta localidade.
Para Cassamá, o índice do desenvolvimento humano do setor que dirige está muito baixo. Na sua visão, a deslocação de um jovem para estudar numa outra localidade tem os impactos negativos para o setor, tendo em conta que se um adolescente for estudar para Gabú pode entrar nos vícios que não tinha em Pitche, onde vive junto dos pais e familiares.
A administração local já interpelou o ministro da educação neste sentido, apresentando-lhe os problemas, assim como as condições infraestruturais e recursos humanos existentes no setor.
Para preservar a identidade linguística guineense, o administrador de Pitche decidiu criar parcerias, uma delas com a organização não-governamental portuguesa – Viver Sem Fronteiras que ajudou a equipar uma biblioteca que funciona nas instalações do Comité do Estado (sede do setor). Os estudantes podem desfrutar de livros com diferentes conteúdos académicos.
Viver sem Fronteiras oferece também ao setor de Pitche materiais hospitalares e roupas usadas para as crianças vulneráveis do setor.
“A biblioteca vem na sequência de oferecer as pessoas as condições para aprenderem a falar e a escrever a língua portuguesa, tendo em conta que o francês do mercado ou de negócio está a ganhar terreno a cada dia que passa. Se não tomarmos cuidado, daqui a trinta anos vai falar a língua portuguesa e ninguém saberá responder”, explica.
PITCHE – UM SETOR VULNERÁVEL ÀS EPIDEMIAS
No que refere a situação sanitária, Cassamá considera o setor de Pitche como sendo a vítima número um (01) no caso das doenças contagiosas dos países vizinhos, dando o exemplo da epidemia de Ébola que assolou a Guiné-Conacri. Para isso, exorta às autoridades nacionais a prestarem mais atenção ao setor de Pitche pelas suas particularidades.
Depois de quarenta e trés (43) anos da independência nacional, o setor de Pitche com uma população de 45.594 habitantes, não dispõe de um hospital. Tem apenas um pequeno centro de saúde com 3 (três) camas, sem capacidade de internamento de doentes.
Os populares de Pitche almejam ver construído o mais rápido possível um hospital no setor, que segundo eles, ultrapassou há muito tempo a categoria de centro de saúde pelo seu número de habitantes. Também as demandas são enormes no centro de saúde local, como testemunhou a nossa equipa de reportagem.
Pitche dista a trinta quilómetros de Gabú que muitas vezes serve de alternativa para muitos doentes que procuram o centro de saúde local. A ligação entre as duas localidades não é nada fácil, dada à má condição da estrada. Segundo informações recolhidas no local, o percurso até Gabú pode durar até cinco a seis horas.
Relativamente à seção de Buruntuma a 67 quilómetros da cidade de Gabú, a situação é ainda bem pior, sobretudo no concernente às vias rodoviárias que ligam a referida secção à cidade de Gabú, onde fica o hospital regional. A seção de Canquelefa fica a 60 quilómetros de Gabú, tudo isso de acordo com o administrado do sector de Pitche, espelha a necessidade de terem um hospital de maior capacidade naquele sector e construído de raiz, porque “de Pitche para Buruntuma são 37 quilómetros e para Canquelefa outros 30 quilómetros. Ambas as estradas estão em péssimas condições para um trânsito adequado”.
Sem acesso aos serviços básicos como é o caso das estradas, os produtos das populações desta zona continuarão bloqueados e consequentemente ficarão danificados nas mãos dos produtores. O sinal de asfaltagem que as pessoas podem constatar, quando se deslocam à cidade de Pitche, remonta há muitos anos a esta parte e até então não foi objeto da prioridade dos sucessivos governos da Guiné-Bissau.
INFRAESTRUTURAS COLONIAIS EM RUINA EM PITCHE
Tal como acontece em quase todas as cidades do país, o setor de Pitche não foge a regra do jogo fabricado pelos governantes nacionais. Existem muitas infraestruturas deixadas pelas autoridades coloniais portugueses, mas que não mereceram uma especial atenção da parte do Estado e agora estão numa total ruina e abandono.
Os edifícios em causa podiam servir de departamentos e serviços estatais colocados em Pitche, se forem objetos de uma política de reabilitação. O aquartelamento militar de Pitche está num abandono total, fato que levou os poucos soldados que ali estão a procurarem um cantinho ao lado do mesmo sítio para instalarem os seus serviços em condições desumanas, como constatou a equipa de reportagem do jornal O Democrata.
As antigas instalações da administração colonial também estão em ruinas, obrigando a corporação policial a mudar-se e a arrendar uma casa onde funciona atualmente.
PITCHE – UM CANAL DE ENTRADA ILEGAL DE ESTRANGEIROS NO PAÍS
Pitche é setor situado entre duas fronteiras, com a Guiné-Conacri e com o Senegal.  Existem vias legais para entrar no país, mas contam-se inúmeras vias ilegais que os cidadãos estrangeiros usam para penetrar no país de uma forma desorganizada. Este fato foi confirmado pelo próprio administrador, quando questionado pelos repórteres sobre o nível de segurança do setor.
Neste sentido, o administrador local disse ter pensado que Pitche tinha que ser um dos setores prioritários para a instalação dos candeeiros solares plantados em diferentes vilas da Guiné-Bissau. Na opinião de Cassamá, a electrificação e iluminação podia elevar um pouco o nível de segurança nesta zona.
O administrador revelou que já solicitaram os candeeiros solares, mas até a altura da realização desta reportagem o setor não tinha beneficiado do referido projeto da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).
“Queríamos que implantassem as iluminações solares nas linhas fronteiriças com vista a ajudar um pouco no controlo de pessoas que entram e saem do país, mas não foi o caso até hoje”, conta Iaia Cassamá.
Pitche conta com um número reduzido de efetivos das forças da defesa e segurança para fazer face à onda de entradas de estrangeiros nas nossas fronteiras no leste do país, sobretudo neste período da comercialização da castanha de cajú.
“Se 100 pessoas entram pela via legal, faz de conta que mais de mil entraram pela via ilegal. Aqui há vários caminhos espalhados por estas matas. Até há caminhos que dão acesso direto à cidade de Gabú”, lamenta Cassamá.
O exemplo das vias de acesso ao território guineense é a localidade fronteiriça de Porto Quatche, onde existe um pequeno braço de rio, que separa a Guiné-Bissau da Guiné-Conacri, mas é uma zona vulnerável, porque o posto de controlo da Guarda Nacional não tem uma vista para o porto onde as pessoas atravessam. O fato foi constatado pela equipa de reportagem que assistiu à chegada de um grupo de pessoas vindo da Guiné-Conacri numa canoa à remos, com uma bicicleta e uma motorizada. O grupo em causa dirigiu-se ao posto de segurança para as devidas formalidades.
Mas existem muitas possibilidades para entradas ilegais na zona de Porto Quatche, devido a sua extensão. Isso foi reiterado por Iaia Cassamá, que confessou aos repórteres que os vizinhos da Guiné-Conacri conhecem melhor as matas de Pitche do que eles, acrescentando que até de madrugada entram no território guineense com suas motorizadas.
Para minimizar a entrada ilegal no país, o jovem administrador aponta a colaboração da população como a melhor estratégia para combater esse mal, sustentando que só com as denúncias das pessoas é que as forças da defesa e segurança terão melhores condições de interceptar os imigrantes clandestinos.
Além da colaboração da população que pediu para ajudar o Estado a controlar o território, assegurou que o próprio Estado deve assumir a sua responsabilidade no controlo do território nacional, aumentando os dispositivos de segurança na zona, homens e equipamentos, para poderem fazer o seu trabalho em prol do bem-estar do país.
A esquadra da POP de Pitche não dispõe de nenhuma viatura para a execução das suas tarefas, fato que o administrador local considera de preocupante numa área vulnerável, exortando uma intervenção do governo com vista a minimizar as dificuldades das forças da defesa e segurança do setor.
“Tudo de mal que poderá chegar a Bissau, passará pelas fronteiras, se as fronteiras não consolidarem o nível de segurança. O setor de Pitche poderá ser o ponto de passagem de coisas que todos nós não desejamos”, alerta Cassamá.
MAIORIA DE POPULAÇÃO DE SECTOR EXERCE ACTIVIDADES AGRÍCOLAS 
Setenta e cinco (75) por cento da população de Pitche são camponeses, fato que reflete na grande produção do setor no domínio agrícola, mas como o país é característico, ou seja, na maioria dos casos só produzem na época da chuva e nos últimos anos tem chovido pouco.
Sobre a redução da chuva, o responsável da administração local disse que as primeiras vítimas são os setores mais próximos das zonas secas, como acontece com Pitche. “Se andares nas matas de Pitche, percebes logo da ameaça eminente da seca que se aproxima a cada dia. Os locais onde havia água, atualmente não têm nada”.
Em 2015, o setor de Pitche foi vítima de uma inundação, devido a chuva intensa, e afetou gravemente as culturas. Segundo o administrador, a colheita do ano passado [2016] não foi das melhores, por culpa da insuficiência de água, deixando a população setorial cada vez mais vulnerável à fome.
Para Cassamá, a dinâmica da natureza tem como culpados os maus comportamentos dos homens face a natureza, causando a falta de chuva. Por vezes chove demasiadamente, tudo isso complica a vida aos camponeses que precisam de água de uma forma equilibrada para obterem uma boa produção e consequentemente boa colheita.
HOMENS E ANIMAIS DEPARAM-SE COM DIFICULDADES DE ÁGUA EM PITCHE
Considerado como sendo um setor de produção de gado bovino, se não o número um (01) a nível nacional, Pitche depara-se com a falta de água para o consumo humano, assim como para os animais, sobretudo os bovinos.
“Acho que de todos os setores, Pitche é aquele que precisa de muita água, porque é o número um (01) na produção animal no país e com muita população. Tanto os animais como as pessoas precisam deste líquido precioso para sobreviver. A situação de água continua a dar uma dor de cabeça aos criadores de bovinos desta localidade”, conta.
No setor de Pitche, os criadores podem possuir mil a dois mil cabeças de gado bovino cada, além de carneiros e cabras que possuem em muitos casos também acima de mil a dois mil cabeças, tudo isso implica a necessidade de haver muita água na zona.
A dificuldade de água em Pitche nota-se na sede setorial onde as pessoas recorrem aos poços tradicionais para obterem este líquido precioso.
É normal encontrar, nas matas de Pitche, alguns animais deitados desidratados e sem forças para se movimentar devido a falta de água, alguns até morrem nestas circunstâncias, revelou o administrador.
Não obstante alguns furos de água potável existentes no setor construidos graças aos parceiros do desenvolvimento do país, como é o caso da UEMOA e outros furos construídos pelo governo, Pitche precisa ainda de muitos furos de água potável, assim como de bebedouros para os animais.
Nos furos abertos no setor, pode se ver 200 (duzentas) pessoas a espera da sua vez para apanhar água numa única torneira, em vez de ser 40 (quarenta) pessoas por torneira. Iaia Cassamá considera que há ainda muito por fazer no setor de água em Pitche. “Água constitui uma dor de cabeça em todas tabancas do setor de Pitche”.
AFINIDADE CULTURAL OBSTACULIZA A SEGURANÇA EM PITCHE
Ainda no capítulo de segurança, o setor de Pitche tem menos de 60 (sessenta) agentes das forças da defesa e segurança, mesmo contando com todas as estruturas: serviços de migração e fronteiras, Guarda Nacional  e militares.
A população de Pitche não denuncia atos que infringem as leis do país, como é o caso de entradas ilegais nas fronteiras nacionais e as forças da defesa e segurança, sem meios para fazer patrulha nos caminhos de entrada clandestina dos cidadãos estrangeiros, sobretudo os da Guiné-Conacri, nada podem fazer.
Por outro lado, a afinidade cultural que a população local tem com os cidadãos da Guiné-Conacri, porque falam a mesma língua o fula, eleva ainda mais a cumplicidade entre os cidadãos de ambos os países e torna difícil aos agentes da segurança descobrirem quem é cidadão guineense (Guiné-Bissau) e quem não é.
Quando fala um fula da Guiné-Conacri, se não estivermos atentos a sua forma de falar, torna-se difícil a identificação da sua origem pelo sotaque. Mesmo assim, Cassamá acredita que se a população colaborasse, o controlo pelas forças de segurança tornar-se-ia fácil.
Pitche tem uma economia diversificada. A agricultura aparece em primeiro lugar, seguida da produção animal. O comércio surge na terceira posição. Quase todas as famílias pitchenses tem seus espaços para a prática da agricultura que é a fonte de rendimento e de sustento familiar.


Por: Alcene Sidibé/Sene Camará
Fotos: SC
Março de 2017

REUNIÃO ENTRE UMARO SISSOCO E PARTIDOS POLÍTICO NUNCA VAI ACONTECER


Ainda não é desta.
O encontro que estava previsto, ontem terça-feira em Bissau, entre o Primeiro-ministro e os representantes dos partidos políticos ficou frustrado.
 soube de fonte oficial que, as forças políticas, que se encontravam no Palácio do Governo declinaram o convite, justificando a inconstitucionalidade do Governo, chefiado por Úmaro Sissoko Embaló.
Ainda, de acordo com a fonte, o chefe de executivo manteve o encontro separados com alguns membros da comunidade internacional sedeados no país, mas na final da reunião recusaram prestar quaisquer declarações à imprensa.
O encontro tinha como pano de fundo auscultar os partidos políticos para a implementação do acordo de Conakry. 
Recordamos que, o PAIGC, União para Mudança, Partido da Convergência Democrática e algumas forças politicas sem assento parlamentar continuam a exigir o cumprimento do acordo de Conakry. 
Notabanca/MO

SETE PARTIDOS DA GUINÉ-BISSAU APELAM AO CUMPRIMENTO DO ACORDO DE CONACRI





Um grupo de sete partidos políticos da Guiné-Bissau apelou ontem, em conferência de imprensa, para o cumprimento do Acordo de Conacri e para a nomeação de Augusto Olivais como primeiro-ministro do país.

Num comunicado, lido durante a conferência de imprensa, realizada numa unidade hoteleira de Bissau, o grupo dos sete partidos apelou ao Presidente da República, José Mário Vaz, a "imediata nomeação de Augusto Olivais" para o cargo de primeiro-ministro, dando "início à implementação do Acordo de Conacri".

Os sete partidos apelaram também ao Presidente da República, ao Partido da Renovação Social (PRS) e aos deputados dissidentes do PAIGC para "darem prova de patriotismo, vontade política e de seriedade no cumprimento dos compromissos assumidos" no âmbito daquele acordo.

"Aos deputados dissidentes do PAIGC apela-se para uma melhor ponderação da sua posição e ao cumprimento do Acordo de Conacri. Ao PRS apela-se ao retorno à convivência democrática" e à participação nas iniciativas que visem a formação de um governo inclusivo, lê-se no documento.

No comunicado, os partidos felicitaram também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental pelo envio a Bissau de uma missão ministerial de avaliação do cumprimento do acordo e por ter exigido o "respeito escrupuloso" do mesmo.

Uma missão da CEDEAO esteve a semana passada em Bissau a avaliar o cumprimento do Acordo de Conacri e deu um mês para a sua integral implementação, sob pena de impor sanções aos políticos que o inviabilizem.

O Acordo de Conacri, para acabar com a crise política no país, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de Augusto Olivais como primeiro-ministro.

Quatro dos cinco partidos com assento parlamentar não reconhecem o atual Governo que dizem ser de iniciativa do Presidente do país, José Mário Vaz, e a quem exigem que demita o primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló.

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), União para a Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido da Unidade Nacional (PUN), Partido de Solidariedade e Trabalho (PST) e o Movimento Patriótico foram as formações políticas que estiveram presentes na conferência de imprensa.

Conosaba/Lusa/MO

SINDICATO ADUANEIRO DENUNCIA CORRUPÇÃO E ACUSA BOTCHE CANDÉ DE ABUSO DE PODER



















O Presidente do sindicato dos Funcionários Aduaneiros quebrou o silêncio e mostra-se preocupado com as interferências do ministro de Estado e do Interior, nas actividades da direcção-geral das alfândegas.

A inquietação de Agostinho Sanhá foi tornadas públicas ontem no quadro das celebrações do 1º-de-Maio, e denuncia ingresso de pessoas sem mínima preparação e nem vínculo com Estado, nas atividades aduaneiras a dilapidar dinheiro publico.
O sindicalista disse que há interferência sistemática, abusiva e obscurantismo de Botché Candé, nos assuntos aduaneiros, constituindo um estrangulamento no exercício das suas acções.
“Botche Candé está aplicar abuso de poder e obscurantismo nas atividades aduaneiras.”
Ainda, o líder sindical acrescentou que Bissau Link e brigadas criadas pelos sucessivos ministros das finanças constituíram um entrave na arrecadação das receitas nas Alfandegas e estrão a ostentar meios de proveniência duvidosa pondo em causa o bom nome das Alfandegas.
Sanhá indica que o dinheiro gasto poderia ajudar de “forma monumental melhoria nas alfândegas bem como na elevação de nível de receitas no tesouro publico.”
Notabanca/MO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA MANTEVE ENCONTROS DE AMIZADE COM HOMÓLOGOS DA SUB-REGIÃO



O presidente da República, José Mário Vaz, regressa, esta terça-feira (02/05), ao país de um périplo a Congo Brazzaville, a Libéria e a Costa do Marfim
Após a sua chegada no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o chefe de Estado, José Mário Vaz, numa declaração á imprensa sem direito a perguntas, disse que foi uma visita de amizade e de relação de cooperação entres a Guiné-Bissau e os países visitados.
Na sua curta deslocação o presidente da república não referiu a Guiné-Conacri, onde estava prevista para terminar o seu périplo e foi recebido pelo presidente Alpha Condé.
“Foi uma viagem muito curta que fiz”, afirma. 
O périplo de José Mário Vaz aos países da sub-região africana acontece dias depois de a CEDEAO ter dado um ultimato aos actores políticos para que cumpram, dentro de 30 dias, acordo de Conacri para acabar com a crise política que já arrasta três anos e caso contrário a organização prevê sanções colectivas e individuais.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba/MO

NUNO NABIAN ACUSA CHEFE DE ESTADO GUINEENSE DE FALTA DE MORAL NA GESTRÃO DA COISA PÚBLICA



















O Líder da APU-PDGB, Assembleia do Povo Unido deslocou-se no último fim-de-semana a região de Tombali onde realizou um meeking popular na ilha de Caboxanque, no qual aponta o dedo ao PAIGC e PRS do mau Estado de degradação das infraestruturas do país.

Nuno Nabiam afirma que José Mário Vaz roubou 12 milhões de Estado, como pode aparecer agora a pedir as pessoas para se colocarem as “mãos na lama, o dinheiro de Estado no cofre de Estado. Agora, dinheiro roubado por JOMAV!?” Questionando a moral e a idoneidade do chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
Nuno Gomes Nabian aconselha os guineenses a postarem na sua formação política, por ser mais credível, e porque também não tem mão de sangue, enquanto o PAIGC está manchado de sangue.
Líder apuano vai manter ainda nesta terça-feira, no Sul do país, vários encontros com os populares da cidade de Catió.

Notabanca/MO

CÂMARA DE ESPINHO CEDEU ESPAÇO PARA CONSULADO DA GUINÉ-BISSAU




O Presidente da Câmara Municipal de Espinho e o Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal assinaram um Protocolo de Cooperação que inclui a cedência de um espaço no FACE-Fórum de Arte e Cultura de Espinho, para a instalação do Consulado da Guiné-Bissau em Espinho.


O Presidente da Autarquia, Pinto Moreira formalizou a entrega das chaves das instalações ao Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Hélder Vaz.

A sessão contou com a presença do Consul Honorário daquele país africano, Joaquim Sousa e do Vice-Presidente da CME, Vicente Pinto.


Com esta iniciativa a Câmara Municipal pretende incrementar relações culturais e empresariais entre Espinho e a Guiné-Bissau.









As pedras (granitos) da Guiné-Bissau que foram expostos na Conferência sobre Granito organizada conjuntamente pela Câmara Municipal de Espinho, Cooperativa dos Pedreiros e Consulado da República da Guiné-Bissau em Espinho - distrito de Aveiro intitulada The Beginning Conference, que foi o acto inaugural da GRANIFAIR - Feira Internacional de Granito 2018, que decorreu no Centro Multimeios em Espinho, no passado, dia 28 de Abril.



Conosaba do Porto/espinho.tv/MO

JOSÉ MÁRIO VAZ DEVE SER OUVIDO NA JUSTIÇA E ECOMIB DEVE CONTINUAR-Inconformados


Presidente da República, José MÁRIO VAZ deve ser ouvido na Vara de justiça para esclarecer do desaparecimento físico do cidadão Roberto Ferreira Cacheu, morto em circunstâncias misteriosas.
Em conferência de imprensa realizada ontem em Bissau, Sana Canté, coordenador do Movimento dos Cidadãos Conscientes Inconformados associou a sua posição com uma das declarações proferidas por José Mário Vaz, a quando da presidência aberta, realizada recentemente, no país. 
"Se Presidente da República sabe das circunstâncias da morte de Roberto Cacheu, é porque sabe quem o matou e onde foi sepultado. É bom que a justiça seja feita, para se responsabilizar os autores morais deste bárbaro ato."
 Ainda Canté anunciou pretensão de José Mário Vaz de realizar um comício na praça de Imperio.
“Se nós não podemos fazê-lo porque fomos impedimos, nem o José Mário Vaz pode o fazer ali.”

O activista apela CEDEAO a ponderar sobre a retirada da ECOMIB no país, e congratulou-se ainda com ultimato da organização sub-regional aos autores políticos para o cumprimento do acordo de Conakry.
“Retirada da força de ECOMIB no país neste momento, é como estar a fazer chamamento à guerra na Guiné-Bissau.”
Ativista adianta que a CEDEAO deve mesmo “aplicar severamente sanções contra os políticos guineenses, após o prazo estabelecido.” 

Notabanca/MO

GENERAL SISSOKO QUER MOSTRAR À COMUNIDADE INTERNACIONAL "VONTADE" NO RESPEITO DO ACORDO DE CONACRI





O Chefe do Governo guineense, Umaro Sissoko Embaló, reuniu na terça-feira com alguns representantes da Comunidade Internacional, entre os quais, das Nações Unidas, da CEDEAO e da União Africana.

O Primeiro-ministro tinha convocado, também, para o mesmo encontro, a União para Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD). Mas, estas formações políticas com representação parlamentar declinaram-se do convite, alegando não reconhecer a legitimidade do atual Governo, liderado por Umaro Sissoko Embaló.

Informações apuradas pela e-Global indicam que o primeiro-ministro quer com estes encontros mostrar a sua “vontade” na implementação do Acordo de Conacri, depois da CEDEAO ter dado as autoridades nacionais o prazo de 30 dias para o cumprimento do acordo.

Um Acordo que prevê, entre outros pontos, a nomeação de um primeiro-ministro de consenso que conte com a confiança do Presidente da República e um Governo, baseado na representatividade parlamentar.

Umaro Sissoko Embaló reuniu ainda com representantes da Sociedade Civil e do Poder tradicional, no dia em que o Presidente José Mario Vaz, regressou de uma viagem à Libéria e Congo Brazzaville.

Conosaba do Porto/© e-Global Notícias/MO

GUINÉ-BISSAU: CRIANÇAS TALIBÉS, UM DRAMA QUE URGE ENFRENTAR





Levadas para Dakar são obrigadas a pedir esmolas para os mestres corânicos

As crianças guineenses talibés enviadas para Dakar continuam a chegar ao país de origem, num esforço do Governo e de organizações sociais que lutam pela defesa dos direitos das crianças.

Há duas semanas, mais um grupo de 19 dessas crianças chegou à Guiné-Bissau.

Enquanto tenta-se identificar os pais ou encarregados de educação delas, algumas crianças estão ainda concentradas no centro de acolhimento da Associação dos Amigos das Crianças (AMIC), em Gabú, leste do país.

O Senegal expediu no ano passado uma lei que proíbe a circulação de crianças pedintes nas ruas de Dakar.

Desde então, as organizações guineenses têm-se desdobrado na identificação e repatriamento dos meninos guineenses que ainda se encontram no país vizinho e que já não têm contactos com os seus familiares em Bissau.

De estudantes a pedintes

São as chamadas crianças talibés, enviadas alegadamente para a busca do conhecimento, mas que acabam por serem empurradas para as ruas da grande Dakar pelos seus mestres corânicos, em nome de assegurar o pão de cada dia.

Todos os dias, cada uma tem que entregar entre 700 e 1000 francos CFA, ou seja, de 1 a 2 dólares americanos aos seus mestres.

Uma historia reproduzida à VOA pela presidente do Instituto da Mulher e Criança, Nhima Cisse, enquanto caminhava numa das tabancas do interior do país, à procura dos pais das crianças repatriadas:

“São obrigadas a se levantarem cedinho para irem à cidade pedir, conseguir e trazer dinheiro para o mestre. Quem não entregar o montante estipulado, entre 700 à 1000 francos CFA é logo maltratada”, explica Cisse.

Antes da chegada do último grupo de crianças há duas semanas, as autoridades guineenses e organizações vocacionadas já tinham a lista, contendo nomes e localização dos seus respectivos pais.

A preocupação agora tem a ver com a sua reintegração nas respectivas comunidades rurais e, sobretudo, no ensino.

“Através do nosso ministério fizemos cartas aos ministérios da Saúde, da Educação e da Justiça para poderem ajudar na sua reintegração para poderem ter acesso aos registos de nascimento e serem isentas de propinas nas escolas e ter um tratamento adequado nos centros hospitalares”, sublinha a presidente do Instituto da Mulher e Criança.

Plano de retorno

Informações apontam para a existência de muitas crianças a deambularem nas principais ruas de Dakar, mesmo com a lei em vigor, o que, segundo o secretário executivo da Associação dos Amigos das Crianças (AMIC), Laudelino Medina, impulsionou a adopção de um plano de emergência de retorno das crianças.

Trata-se de um plano que está a ser desenvolvido juntamente com o Instituto Nacional da Mulher e Criança.

O secretário executivo da Associação dos Amigos das Crianças revelou, por outro lado, que um dos problemas que a sua organização enfrenta prende-se com a garantia de alimentação das crianças nos centros de acolhimento.

“Se nós deparamos com a situação das crianças, desbloqueiam um bolo que nem cobre todas as necessidades no âmbito das operações, que começa desde a identificação da criança, pesquisa, viagem de retorno, acolhimento, alimentação no centro, as questões de higiene, saúde, roupas e mesmo reintegração na família, viagens de projectos de vida de modo a permitir uma reintegração durável”, explica Medina.

Conosaba com a Voa/MO

CRISE POLÍTICA CONTINUA NA AGENDA DE JOSÉ MÁRIO VAZ


“Presidente da República, José Mário Vaz regressou ontem ao país, sem ter concluída a sua agenda de viagem.”
Isto porque, José Mário Vaz deslocou-se, sábado em alguns países da sub-região nomeadamente Togo, Libéria, Congo Brazzaville, Guiné-Conacry e Costa de Marfim para uma visita do reforço de cooperação.
Numa curta declaração à imprensa, (sem direito a pergunta), o chefe de Estado guineense disse: “ Foi uma viagem muito curta que nós fizemos como sabem, visitamos alguns países amigos e irmãos como Congo Brazzaville a Ligeira e finalmente a cidade de Abidjan. Uma viagem de amizade e de relação de cooperação entre os dois países e dois povos. É fundamentalmente é isso.” Informações de Notabanca dão conta que chefe de Estado guineense não se deslocou à Guiné-Conacry, motivos ainda, desconhecemos.
Nos últimos tempos, as relações entre José Mário Vaz e Alpha Conde não são boas devido a crispação politica na Guiné-Bissau. 
Recorde-se que José Mário Vaz ainda não criou um “tempinho” para analisar o ultimato dado pela CEDEAO aos políticos guineenses, na implementação do acordo de Conakry.
A organização sub-regional ditou os trinta dias, no passado dia 25 de Abril, para os políticos guineenses cumprirem na íntegra o documento, caso contrário a CEDEAO ameaça aplicar sanções colectivas e individuais, aos infratores do acordo.

Notabanca/MO

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...