«DJURTUS» GUINÉ-BISSAU VAI SENSIBILIZAR ESTRELAS DO PAÍS PARA JOGAREM CAN2017


‘Djurtus’,
A fase final da CAN de 2017 terá lugar no Gabão e a Guiné-Bissau, para lá chegar, terá que se bater com as seleções do Congo Brazzaville, Quénia e Zâmbia, no Grupo E da fase de qualificação.
O vice-presidente da federação guineense de futebol, Joãozinho Mendes, disse hoje à agência Lusa que a instituição vai abrir uma campanha de sensibilização às ‘estrelas’ do país para jogarem pela Guiné-Bissau para Taça das Nações Africanas (CAN).
A fase final da CAN de 2017 terá lugar no Gabão e a Guiné-Bissau, para lá chegar, terá que se bater com as seleções do Congo Brazzaville, Quénia e Zâmbia, no Grupo E da fase de qualificação.
O número dois da federação guineense encara com naturalidade o grupo, ainda que realce a experiência na competição dos outros países.
Joãozinho Mendes acredita, contudo, que se a Guiné-Bissau pudesse contar com "muitos dos seus ‘filhos’ e grandes jogadores" que em tempos representaram seleções jovens de outros países, poderá "ter uma palavra a dizer no grupo".
A federação vai desencadear operações de sensibilização e de apelo aos jogadores guineenses nessas condições a virem jogar pela seleção, conhecida pelos ‘Djurtus’, tendo como meta atingir pela primeira vez a fase final do CAN, disse Mendes.

"Seria o ‘ouro sobre azul’", declarou o vice-presidente da federação guineense, notando ainda que a participação nas eliminatórias do CAN 2017, cujos jogos arrancam em junho próximo, só depende da decisão do Governo.
Logo que recebeu na quarta-feira a comunicação do sorteio dos grupos por parte da Confederação Africana de Futebol (CAF), a federação informou de imediato o Governo, de quem aguarda agora uma resposta.

Joãozinho Mendes disse ainda à Lusa que o selecionador guineense, o português Paulo Torres, tem o aval da federação para iniciar os trabalhos assim que houver uma decisão do Governo sobre a participação da Guiné-Bissau nas eliminatórias.
A federação aguarda por uma resposta da secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desporto, que organicamente é tutelada pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.

GUINÉ-BISSAU: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ELOGIA PARCERIA NA PREPARAÇÃO CONTRA AMEAÇA DO ÉBOLA


Ayigan Kossy destacou a mobilização dos recursos

Agência alertou para ativação de mecanismos para travar progressão do vírus; representante residente quer melhorar cooperação para que saúde seja prioritária.
Amatijane Candé, da Rádio ONU em Bissau.
Celebra-se este 7 de abril o Dia Internacional da Saúde sob o lema "uma boa alimentação".
A Rádio ONU em Bissau conversou com o representante residente da Organização Mundial da Saúde, OMS, Ayigan Kossi, que confirmou a relação entre a saúde e uma boa alimentação.
Contingência
Mas o responsável ressaltou o ébola como a questão proeminente este ano no país. Apesar de o surto não ter chegado à Guiné-Bissau, Kossi destacou os níveis de preparação que considerou aceitáveis. Uma missão internacional de apoio esteve no país em novembro e fevereiro últimos.
Mesmo sem o registo de casos suspeitos na Guiné-Bissau, o responsável afirmou que a vigilância deverá continuar.
Parceiros
Os êxitos deveram-se, em parte, ao sucesso na execução do plano de contingência proposto pela OMS na sequência dos primeiros casos identificados na vizinha Guiné-Conacri, disse Kossi. A iniciativa foi validada pelos parceiros do desenvolvimento sanitário e adotada pelo governo.
O plano de contingência define as linhas mestras da ação das populações do país em relação a prevenção do vírus, sublinhou Ayigan Kossi.

Recursos Financeiros
Ele realçou, entretanto, o papel desempenhado pela OMS na mobilização dos recursos financeiros e materiais para fazer face a ameaça no país.
O representante afirmou ainda à Radio ONU que a sua organização foi a primeira a alertar o governo a acionar mecanismos para travar a progressão do vírus em direção a Guiné-Bissau.

Coordenação
Kossi disse que o país recebe assistência com advocacia com vista a mobilização de recursos para poder executar as acções previstas no plano de contingência.
Recentemente, o governo guineense adotou uma lista de verificações da OMS, com ações sob as quais deve ser conduzida a prevenção, revelou Ayigan Kossi. Ele é mentor da criação da Comissão Interministerial de Alto Nível para a Coordenação da Luta Contra o Ébola.

Ações em Curso
Apesar da situação do ébola continuar preocupante em países como a Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri, onde alguns casos foram reportados semana passada, melhorias significativas foram registadas.
Ayigan Kossi avançou porém que medidas preventivas contra a doença continuam bem ativas na Guiné-Bissau. A OMS aponta que 25.228 pessoas foram infetadas pelo vírus que matou mais de 10.462 pacientes, esmagadora maioria dos quais na África Ocidental.

Parceria
A OMS tem um plano de cooperação técnica bienal com o governo guineense que prevê melhorar a parceria, advogando para que a saúde conste entre as prioridades do governo.
A iniciativa prevê ainda que seja colocado à disposição do país os meios necessários ao combate as epidemias e doenças preveníveis, além de fazer com que o ambiente seja favorável à saúde.
unmultimedia

CAÍTO: “É MOTIVO DE SATISFAÇÃO ENTRADA DIRECTA DO PAÍS NA ELIMINATÓRIA DE GRUPO”

image



O Vice-Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau Caíto Teixeira disse esta quarta-feira (8 de Abril) que o facto de o nosso país poder figurar directamente no grupo de eliminatória para o CAN-2017 traduz-se numa grande satisfação para todo o povo guineense.
Na sua primeira reacção ao sorteio que colocou os “DJURTUS” no grupo “E” de fase da eliminatória ao lado das selecções da Zâmbia, Congo e Quénia, o responsável federativo disse que a sua instituição vai reunir com o governo para delinearem estratégias da participação do país nesta maior competição africana em futebol.
A selecção Nacional de Futebol não competia desde dia 02 de Agosto do ano passado, depois da sua eliminação frente à Botswana. O segundo homem da Federação de Futebol guineense disse que “o mais importante não é o apuramento mas, sim, é a oportunidade que o nosso país tem de poder competir cada vez mais.
“É fundamental que a nossa selecção compete para poder atingir a performance das outras selecções “ precisou o dirigente federativo, sublinhando de seguida que só competindo é que se pode tirar as ilações da sua potencialidade.
Na sua visão, é fundamental que haja restruturação e um engajamento sério de todos os guineenses à volta da selecção Nacional.
Caíto Teixeira negou que a equipa de “DJURTUS” seja teoricamente a mais fraca da série “E”, no seu entender não existem equipas teoricamente fracas, considerando que existem apenas equipas mais consistentes e a forma diferente na interpretação táctica dos jogos.

G-Bissau e T-Leste na Plataforma dos institutos públicos ligados à indústria

Elisabete Rita, da direcção da Plataforma e também vice-presidente executiva da Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA), adiantou que o "pleno" dos nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) passa também por operacionalizar, ainda este ano, as adesões da Guiné-Bissau e de Timor-Leste.


A versão "3" do projecto foi apresentada hoje na Cidade da Praia, na presença do embaixador de Portugal em Cabo Verde, Bernardo Homem de Lucena, e dos presidentes da Câmara de Comércio cabo-verdiana, Jorge Spencer Lima, e da Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI) local, Francisco Fortes.

A Plataforma SIGAME 3, desenvolvida pela AIDA em parceria com a Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEME), de Portugal, é um meio de disponibilização de informação empresarial no mercado lusófono e já integra cerca de 400 instituições empresariais e câmaras de comércio de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Isso mesmo disse à Lusa o vice-presidente da ANEME, João Reis, salientando que as instituições guineenses e timorenses passarão a fazer parte, em breve, da Plataforma, que congrega ainda institutos públicos ligados à indústria (Plataforma SIGAME 3 ).

João Reis adiantou que o objectivo da Plataforma, apoiada no arquipélago cabo-verdiano pela Câmara de Comércio, pela ADEI e pela Cabo Verde Investimentos, passa também pelos serviços de gestão e de actualização de dados empresariais dos para já oito países da CPLP, dando-lhes "credibilidade na altura da procura de novas oportunidades de negócio".

Jorge Spencer Lima, por sua vez, considerou o projecto "fundamental" para a internacionalização das empresas cabo-verdianas, que devem virar-se rapidamente para o "mercado natural" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de onde "os benefícios têm sido, até hoje, zero".

A Plataforma SIGAME 3 é um projecto cofinanciado pelo COMPETE, integrado no Programa Operacional Factores de Competitividade (POFC) do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), financiado, por sua vez, pela União Europeia (UE).
 

GOVERNO PAGA PASSAGENS AÉREAS A CINCO CIDADÃOS RETIDOS NA GUINÉ EQUATORIAL

image

Os cinco guineenses retidos na Guiné Equatorial há mais de um ano já podem regressar ao país quando assim o entenderem porque o Governo já lhes enviou as passagens áreas, declarou nesta quinta-feira um responsável pelo processo.
Januário Biague, da organização não-governamental ‘Irmãos dos Homens do Mar(Airhomar), incumbido pelo Governo para tratar do regresso a casa dos cinco marinheiros guineenses, indicou hoje em conferência de imprensa ter enviado dinheiro para pagar as passagens.
Sete marinheiros guineenses foram contratados por uma empresa pesqueira em Setembro de 2013, mas na sequência de desentendimentos entre os sócios da empresa viram-se retidos num porto da Guiné Equatorial.
Dois deles conseguiram voltar à Guiné-Bissau por meios próprios. Os outros cinco mantiveram-se num navio no porto da cidade de Luba, alegadamente enfrentando dificuldades de sobrevivência.
De acordo com Januário Biague, um dos marinheiros decidiu que vai voltar ao receber a passagem aérea, mas quatro preferem ficar na Guiné Equatorial na esperança de reaver o dinheiro que lhes deve o armador.
“Penso que é a uma decisão errada destes quatro irmãos guineenses. O Governo fez um esforço, penso que deviam aceitar regressar a casa”, declarou Biague.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos pediu ao antigo Presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, para que intercedesse junto do Governo da Guiné Equatorial no sentido de possibilitar o regresso dos cinco guineenses ao seu país.
O antigo Presidente timorense é o actual ponto focal da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné Equatorial.

Fonte: Lusa

UEMOA procura novas fontes de financiamento para projectos de energia renovável

A União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) está em busca de novas fontes de financiamento para projectos de energia renovável, a organização sub-regional, disse em um comunicado divulgado terça-feira em Cotonou.


A organização que buscará o dinheiro através de um fundo denominado "Facilidade Regional de Acesso Sustentável (FRAED)," vai priorizar a conclusão dos projetos, com capacidade para produzir 200 megawatts.

A declaração, que foi lançado após a reunião do comité da organização responsável pela implementação de projectos de energias renováveis na região, disse capital inicial da FRAED será de 50 bilhões de francos CFA (83 milhões de dólares), com a UEMOA contribuindo 20 por cento deste montante.
Os oito membros da UEMOA estados incluem Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.

GOVERNO PAGA PASSAGENS AÉREAS A CINCO CIDADÃOS RETIDOS NA GUINÉ EQUATORIAL

image

Os cinco guineenses retidos na Guiné Equatorial há mais de um ano já podem regressar ao país quando assim o entenderem porque o Governo já lhes enviou as passagens áreas, declarou nesta quinta-feira um responsável pelo processo.
Januário Biague, da organização não-governamental ‘Irmãos dos Homens do Mar(Airhomar), incumbido pelo Governo para tratar do regresso a casa dos cinco marinheiros guineenses, indicou hoje em conferência de imprensa ter enviado dinheiro para pagar as passagens.
Sete marinheiros guineenses foram contratados por uma empresa pesqueira em Setembro de 2013, mas na sequência de desentendimentos entre os sócios da empresa viram-se retidos num porto da Guiné Equatorial.
Dois deles conseguiram voltar à Guiné-Bissau por meios próprios. Os outros cinco mantiveram-se num navio no porto da cidade de Luba, alegadamente enfrentando dificuldades de sobrevivência.
De acordo com Januário Biague, um dos marinheiros decidiu que vai voltar ao receber a passagem aérea, mas quatro preferem ficar na Guiné Equatorial na esperança de reaver o dinheiro que lhes deve o armador.
“Penso que é a uma decisão errada destes quatro irmãos guineenses. O Governo fez um esforço, penso que deviam aceitar regressar a casa”, declarou Biague.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos pediu ao antigo Presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, para que intercedesse junto do Governo da Guiné Equatorial no sentido de possibilitar o regresso dos cinco guineenses ao seu país.
O antigo Presidente timorense é o actual ponto focal da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné Equatorial.

Fonte: Lusa

Educação, um urgente designio nacional ?



As avaliações nacionais de aprendizagem ajudam a melhorar a qualidade da educação


A "Educação para Todos" Relatório de Monitoramento Global de 2015, documento elaborado pela UNESCO, garante que a qualidade da educação foi grandemente beneficiado por avaliações nacionais de aprendizagem, entre muitas outras melhorias cobradas desde 1999.

Em 2000, a UNESCO lançou o Fórum Mundial de Dakar, no Senegal, um evento que reuniu 164 países para discutir as metas e caminhos a serem tomadas para melhorar a educação em todo o mundo em 2015, em um documento chamado Quadro de Acção de Dakar Educação para todos: cumprimento dos nossos compromissos comuns. Graças aos dados fornecidos por essas nações foi possível comparar o seu progresso, elevando o Relatório Global de Educação para Todos 2015, divulgado quarta-feira.

O último dos seis objectivos, a qualidade da educação, teve resultados interessantes nestes 15 anos. Uma das principais conclusões foi o fato de que a extensão do acesso não implica uma automática melhoraria da qualidade da educação, mas é possível conciliar esses dois factores e ampliar o número de vagas e os níveis de aprendizagem.

Segundo o relatório, um dos factores determinantes para a melhoria da educação foi o aumento do número de avaliações nacionais de aprendizagem. Entre 2000 e 2013, 1.167 dessas avaliações foram aplicadas, em comparação com 283 na década de 90. Esse crescimento é importante porque mais dados são fornecidos para as nações investirem com precisão e eficiência, por exemplo, na remodelação de materiais didácticos e abordar orçamento para as áreas mais necessitadas.

Ampliar o acesso à educação não implica uma melhoria na qualidade da mesma

Enquanto isso, os desafios ainda são enormes, especialmente no que diz respeito aos professores. A grande disparidade na taxa de alunos por professor no ensino primário mostrou uma diminuição significativa durante o período em que 121 de 146 países conseguiram reduzir o número de alunos para cada professor.

Na Europa e na América do Norte, os melhores resultados foram encontrados, com um professor para cada 14 alunos. Por outro lado, na África Subsaariana a situação continua grave: o número médio de alunos por professor estima-se em 42. 
Quando se refere em relação aos professores treinados, a diferença é ainda maior: 55 alunos por professor. Na América Latina, essa taxa corresponde a 23 alunos.
Em geral, para equilibrar o deficit de professores seriam necessários 4 milhões de professores, 63% delas na África sub-saariana. Outra preocupação foi o baixo número de professores do ensino fundamental existentes qualificados em muitas regiões.
O mais preocupante é a taxa de Guiné-Bissau, onde apenas 39% dos professores está neste nível de satisfazer os requisitos necessários. Mesmo na África Subsaariana, a distribuição dos professores é muito irregular, sendo que as escolas privadas têm até 30 menos alunos por professor do que as públicas.
Para preencher essa lacuna, segundo o relatório, os governos devem optar pela valorização dos professores, melhoria dos salários e criação de planos de carreira. A contratação de professores temporários é mostrado eficaz somente em localidades onde a comunidade é mais participativa. Caso contrário, uma vez que estes professores tendem a ter menos educação, o impacto na educação pode ser negativo, como no Níger e Togo.

Outra preocupação foi o baixo número de professores qualificados a escola primária, em muitas regiões existente
Embora estes sejam fundamentais para melhorar a qualidade da educação não depende apenas de educadores. Fortalecimento materiais de ensino, a estrutura adequada da sala de aula (saneamento e manutenção) e o tempo que os  estudantes passam na escola afecta directamente o desempenho. Quanto a este último critério, houve uma diminuição global na última década: em escolas de ensino fundamental, os alunos passam, em média, menos de 1.000 horas por ano. Recomendado pela Unesco é que há entre 850 e 1000 horas.
O relatório observa que, com a respeitante às práticas pedagógicas, os governos devem encorajar quatro factores: "um programa pertinente e, inclusive, uma abordagem pedagógica adequada e eficaz, o uso da língua materna das crianças e do uso de tecnologias apropriadas . "

Sobre este último ponto, os telemóveis são vistos como tendo um grande potencial para a educação, e superando as barreiras tecnológicas e estruturais e têm as mesmas funções que os computadores, mas implicam, no entanto, menos investimento em infra-estrutura.

    (Fonte: Nações Unidas para a Educação)
   


Apoio internacional não é um cheque em branco


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau reuniu-se em Bissau com os membros da comunidade internacional para agradecer-lhes as promessas de apoio ao país, antes de ir para Portugal para uma visita privada de uma semana.


Domingos Simões Pereira disse que as promessas de apoio anunciadas durante a mesa-redonda realizada em Bruxelas, em 25 de março, de mais de 1 bilhão de euros, "não são, no entanto, um cheque em branco", mesmo que a comunidade internacional tenha mostrado "confiança no trabalho em andamento ", na Guiné-Bissau.

O primeiro-ministro também disse que iria começar a consultas directas com organizações e países que anunciaram apoio financeiro para determinar os mecanismos de libertação dos recursos e as formas de implementação de projectos.

O total levantado na conferência de Bruxelas, organizada pelo governo de Guiné-Bissau, a União Europeia e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, ficou aquém dos 1,6 bilhão de euros O país necessita para financiar 115 projectos em seu plano estratégico e operacional para a próximos dez anos.

O objectivo do plano é o de reconstruir o país, que desde a década de 1990 tem sido afectada pela instabilidade gerada por golpes, o mais recente em 2012, tendo em conta uma visão de desenvolvimento até 2020.


LUSÓFONOS AFRICANOS REVELAM DESAFIOS DE GÉNERO NA EDUCAÇÃO EM NOVO RELATÓRIO


Disparidades de género na educação primária. Foto: ONU/Marco Dormino
Unesco destaca Angola pelo agravamento da diferença entre meninas e meninos na escola primária; Na Guiné-Bissau, formação de professores ainda é crítica; Cabo Verde teve mais alunos a passar do ensino primário para o secundário.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Um novo relatório sobre educação para todos nos últimos 15 anos destaca que somente metade dos países da África Subsaariana tem os professores formados.
As mulheres da região são igualmente mencionadas no documento Educação para Todos 2000-2015: Realizações e Desafios, porque metade delas não tem alfabetização básica. O estudo foi lançado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Alunas em Angola
Entre os lusófonos africanos, Angola é referido por ter oferecido oportunidades de educação para mães adolescentes. Mas o país é citado como exemplo de disparidades de género na educação primária, por ter passado de 76 meninas para cada 100 meninos em 1999, para 65 em 2012.
Cabo Verde está também entre as nações que registaram um progresso lento para eliminar o desequilíbrio na paridade de género, um problema comum na África Subsaariana.
Entretanto, os cabo-verdianos tiveram uma subida no número de passagens para o ensino secundário. Em 1990, 40% dos alunos foram formados no ensino primário e nove anos depois a percentagem subiu para cerca de 70% .
Professores da Guiné-Bissau
A Guiné-Bissau é um dos exemplos onde o rácio de alunos por professores formados é superior a 100: 1. No país, os docentes do ensino primário treinados de acordo com as normas nacionais rondam 39%. Os professores formados continuam em falta num terço dos países da África Subsaariana.
Os salários têm um impacto direto sobre a atratividade e prestígio do ensino, refere o relatório que cita que professores guineenses não ganham o suficiente para que as famílias saiam da linha de pobreza.
Aumento em Moçambique
Moçambique é mencionado no relatório pelo aumento da população em idade escolar em 50% ou mais entre 1999 e 2012. O país baixou as disparidades de género no acesso à educação.
Na África Subsaariana, um em cada três adolescentes em países de baixa renda não vai concluir o ensino secundário inferior em 2015.
Em São Tomé e Príncipe, 52% de meninas foram matriculadas no ensino primário até 2012. O país está na posição 90 no Índice de Desenvolvimento de Educação, uma posição acima do Timor-Leste.
Na lista, Portugal é o lusófono melhor posicionado em 33º lugar. Angola ocupa a posição 104, com Moçambique no lugar seguinte .
unmultimedia

Guiné- Bissau- em três meses, que a ministra de saúde, Valentina Mendes, assume controlo de hospital Raoul Follereau regista dezasseis óbitos

O centro especializado de tratamento da doença de tuberculose na Guiné-Bissau “Raoul Follereau” registou entre os meses de Janeiro a Março último, dezasseis (16) óbitos. Os técnicos do hospital alegam que o aumento do número de óbitos deve-se a chegada tardia de doentes, isto é, os doentes chegam aos seus serviços na fase muito avançada da doença.

Uma fonte do hospital que pediu anonimato confidenciou ao nosso semanário que o aumento do número de óbitos naquele hospital de pneumologia tem a ver com a falta de assistência médica e medicamentosa que se começou a sentir, desde a expulsão pelas autoridades do país, da ONG Associação Internacional de Ajuda Saúde e Desenvolvimento (AHEAD – ONLUS).

“O Democrata” soube que o hospital tem a capacidade de internamento de 106 camas, mas de momento conta com 89 pessoas que estão internadas no hospital: 39 homens, 32 mulheres e 18 crianças. Comemorou-se recentemente a jornada mundial de luta contra a tuberculose no país e as autoridades passaram a mensagem à população guineense sobre os esforços empreendidos para o combate à doença.

No terreno, a realidade que se descreve é de dificuldades em que se encontra este maior centro de tratamento da tuberculose na Guiné-Bissau. O Hospital “Raoul Follereau”, que era considerado um dos melhores centros de tratamento e cura da tuberculose na sub-região, encontra-se neste momento a enfrentar grandes dificuldades, por falta de capacidade financeira da parte das autoridades sanitárias de assumirem as despesas que outrora eram assumidas pela organização italiana AHEAD.

De acordo com informações apuradas, actualmente, o Ministério da Saúde Pública não consegue assumir todas as despesas que a organização italiana cobria, designadamente a alimentação de qualidade e assistência médica e medicamentosa para os doentes. Os pacientes ouvidos pela nossa reportagem alegam que a comida oferecida não tem qualidade e não só, como também não é suficiente e às vezes as refeições chegam muito tarde.

Alguns doentes afirmaram que mandam buscar refeições de casa, a fim de poderem alimentar-se bem. Relataram a “O Democrata” que neste momento deixaram de tomar lanche, isto é, deixaram de ter quatro refeições por dia como acontecia.

Lamentaram igualmente o facto de agora serem obrigados a comprar os medicamentos. Assim, os doentes que não têm condições financeiras ficam com as receitas médicas até os familiares conseguirem dinheiro e muitas vezes isso leva mais de três dias. Consideram de muito grave um paciente com tuberculose ficar sem tomar os respectivos remédios.

MINISTÉRIO DA SAÚDE ESTÁ A MATAR PESSOAS DEVIDO A DECISÃO DE EXPULSAR A AHEAD

Uma enfermeira que trabalha no hospital contou à nossa reportagem que aquilo que o Ministério da Saúde está a fazer, é matar as pessoas no hospital, devido à decisão tomada de expulsar a AHEAD que ajudava o povo. Acrescentou ainda que as autoridades decidiram tirar a organização italiana, mas não fizeram nada para cuidar do hospital e assumirem na totalidade as despesas, ou melhor, trazer outro parceiro para fazer o mesmo papel da AHEAD.

Esta funcionária revelou ainda à nossa reportagem que se nota o aumento de casos de infeção por tuberculose a cada dia que passa no país, sobretudo no hospital, porque o número de consultas e tratamento aumentou. A nossa fonte explicou que actualmente o hospital depara-se com dificuldades de vária ordem, sobretudo no serviço de consulta que já não conta com alguns pequenos serviços.

A funcionária frisou ainda que deixou-se de fazer análises do sangue e “raio x” no hospital, sendo os pacientes enviados para outros centros hospitalares. A fonte contou que a única análise que ainda se faz no hospital é a de “BK – catar”.

Segundo a nossa fonte, os doentes internados são obrigados a comprar os medicamentos para poderem ser tratados e os que não têm dinheiro levam até uma semana para que a família consiga dinheiro e comprar o medicamento. A fonte lembra ainda que no período em que a organização AHEAD geria o hospital, a organização tomava conta de todos os serviços e não cobrava nenhum franco aos doentes.

“Uma mulher que estava na cama N° 17 – A, e que tinha problemas cardíacos e deveria fazer inter – consulta, ou seja, fazer uma consulta junto a um médico cardiologista, como não tinha dinheiro a tempo para ir pagar a consulta, teve de esperar que a família conseguisse o dinheiro. Depois da consulta o médico mandou-a fazer uma ecografia, mas a família disse que não tinha dinheiro. Essa situação toda era assumida pela organização italiana que disponibilizava até combustível para a viatura que transportava os doentes para a inter-consulta”, contou a fonte que avançou neste particular, que é urgente que o ministério da saúde encontre outro parceiro que possa assumir o hospital.

Explicou que a mulher ficou naquela situação de dificuldades em conseguir dinheiro para comprar medicamentos e prosseguir com os tratamentos, pelo que passou os seus últimos dias deitada no hospital a espera da morte. A fonte assegurou que a mulher recebeu a alta hospitalar sem, no entanto ser curada.

“Este hospital é do povo guineense. Não pertence a ninguém em particular. Por isso as pessoas não podem fazer aquilo que lhes apetece com o hospital. A crise que se regista no hospital agora não afecta as pessoas da AHEAD e nem sequer a ministra e os seus familiares. São os pobres zé povinho é que estão a pagar com a guerrinha da ministra que é incapaz de resolver o problema”, lamentou a fonte visivelmente revoltada com a situação.

DIRECÇÃO AMEAÇA TRANSFERIR PARA INTERIOR FUNCIONÁRIO QUE “ABRIR A BOCA”

A nossa fonte avançou neste particular que a direcção do hospital luta todos os dias para silenciar os funcionários, ameaçando transferir para o interior do país qualquer pessoa que tente informar a imprensa, ou quem quer transpirar para fora a situação actual do hospital.

Esta fonte sustentou que de momento todos os funcionários estão revoltados com a situação, sobretudo no que concerne à falta de medicamentos para salvar os doentes que morrem em suas mãos.

“O hospital está muito mal neste momento. Mas foi preciso muita coragem para encontrar-me consigo e informar da real situação do hospital. Os doentes estão a morrer por falta de medicamentos, porque há doentes que nem se quer conseguem comprar medicamentos anti-hemorrágicos. Dantes tinham tudo isso grátis, mas agora têm de comprá-los e se não tiverem dinheiro, morrem”, disse.

A fonte lembrou que tinham recebido recentemente uma visita de um grupo de deputados da nação, tendo revelado que antes do encontro a direcção do hospital ameaçou transferir para interior qualquer pessoa que abrisse a boca para dizer alguma coisa aos deputados.

“Obrigaram-nos a mentir e dizer que a organização italiana não estava a trabalhar bem e que tinha mau comportamento para com os trabalhadores. Isso tudo para defender os interesses de um grupinho de pessoas e prejudicar toda a população do país que beneficiava de serviços gratuitos do hospital”, assinalou.

PEDEM-SE ALGO AOS DOENTES PARA “COLA” A FIM RECEBER OS RESULTADOS DA ANÁLISE FINAL

Uma paciente que pediu anonimato confidenciou ao nosso jornal que esteve internada com um grupo de muitas pessoas, mas a maioria acabou por falecer devido a falta de assistência médica e medicamentosa.

“Uma mulher que esteve internada connosco estava na sua fase de recuperação e até recordo-me que na festa do fim de ano que a AHEAD nos fazia, que coincidiu com a visita do Secretário de Estado da Juventude, dançou connosco. Estava a recuperar bem, mas depois da saída daquela organização a situação do hospital piorou e ali começaram as dificuldades. Ela começou a piorar de novo por falta de assistência médica e medicamentosa. Tinha problemas de sangue e os familiares não conseguiram dinheiro a tempo para comprá-lo e acabou por morrer”, explicou a paciente com lágrimas no rosto.

A paciente informou que actualmente cobra-se às escondidas a cama para o internamento ao preço de 20 mil francos cfa. Os doentes que recebem altas médicas são obrigados a pagar um valor de três a cinco mil francos CFA que chamam de “cola” para receberem os resultados finais das análises.

“Quando saí, pediram-me dinheiro e naquela altura não tinha nenhum franco e a enfermeira recusou entregar-me os resultados das análises. Tive de vir até casa pedir a minha avó dois mil francos, depois voltar ao hospital para poder receber os resultados. A enfermeira não queria receber os dois mil francos, porque era muito pouco e foi a sua colega que lhe pediu o favor de aceitar o dinheiro e entregar-me os resultados das análises”, revelou a paciente.

DIRECTORA CLÍNICA PEDE UMA SALA ESPECIAL PARA DOENTES DE MDR

Confrontada com a conversa anónima da nossa fonte, a diretora clínica do hospital, Fina José Vieira Bamba, disse a nossa reportagem que o hospital registou entre o mês de Janeiro a Março do ano em curso, dezasseis óbitos. No entender da directora, o aumento de óbitos deve-se a chegada tardia de doentes que muitas vezes procuram o hospital já na fase avançada da doença.

Contou que durante o ano 2014 registou-se 66 óbitos no hospital, todavia assegurou que estão a esforçar-se para melhorar a situação. Sublinhou, no entanto, que a sua maior preocupação de momento tem a ver com a situação de doentes de tuberculose que estão na fase considerada de “multiresistente”, ou melhor, que são chamados de “MDR”.

Informou que devido a situação da gravidade da doença naquela fase tiveram de tomar a decisão de não internar as pessoas que estão naquelas condições, de forma a não contaminarem os outros pacientes.

“Sabemos que não resolvemos o problema, porque em casa terão mais possibilidades de contaminar facilmente outras pessoas. A situação é muito grave, sobretudo ao nível de pessoas que estão naquela condição. É urgente criar um espaço ou uma sala para atendimento especial de doentes de ‘MDR’, a fim de evitar a propagação daquela doença no país”, assinalou a directora clinica do hospital, que entretanto, avançou que no momento regista-se o aumento de casos da tuberculose na Guiné-Bissau.

Relativamente a denúncia de cobrança de dinheiro da parte de funcionários junto de doentes no momento da entrega das análises, a diretora clinica disse ter desconhecido a prática, mas acrescentou que pode haver algumas enfermeiras que pedem o dinheiro aos doentes de uma forma escondida.

Fina José Vieira Bamba contou que o Ministério de Saúde atualmente tomou a conta da gestão do hospital dando todo o apoio necessário para o seu funcionamento. A responsável técnica do hospital sublinhou ainda que actualmente todos os serviços estão a funcionar muito bem, dado que o ministério assumiu o hospital com toda a firmeza como a sua própria casa.


“A alimentação de que se diz que não tem qualidade ou chega tarde, devo dizer-vos que isso não corresponde à verdade, porque agora é que os doentes alimentam-se bem e a comida chega a horas. No passado a comida chegava muito tarde. Uma coisa é certa é que damos ‘badadji – canja’ ou papa para o pequeno-almoço, enquanto no almoço e jantar servimos o arroz com peixe e as vezes carne. Mas a verdade seja dita, agora deixarmos de dar o lanche para os doentes”, informou. Com Odemocrata

CNJ PROMOVE PRIMEIRA SEMANA DA JUVENTUDE DA CPLP NO PAÍS


image


O Conselho Nacional da Juventude (CNJ), realizará de 5 a 8 de Maio próximo a primeira Semana de Juventude da Comunidade dos Países da língua portuguesa (CPLP) com o objectivo de aprofundar o intercâmbio cultural entre os jovens dos países da língua portuguesa nos domínios das artes, músicas, exposições artísticas e gastronomia.
Em declaração a’O Democrata, o presidente do CNJ, António Nabituque afirmou que a maior preocupação da juventude dos países da lusofonia é o não cumprimento por partes dos governantes do espaço lusófono dos engajamentos que assumem nas reuniões dos conselhos de ministros da CPLP em matéria da juventude.
O responsável juvenil afirmou que o nosso país muitas vezes por razão da limitação financeira não consegue implementar planos traçados. Garante, todavia, que a organização que preside tem neste momento um plano estratégico para apresentar na próxima Semana de Juventude da comunidade lusófona.
Segundo Nabituque, a juventude guineense acolherá com muita satisfação a iniciativa que permitirá partilhar e trocar ideias sobre desafios ligados à juventude nesta era da globalização.
Por seu lado, o Secretário de Estado de Juventude, Cultura e Desportos, Tomas Gomes Barbosa considerou que a realização da primeira Semana da Juventude da CPLP no nosso país é um grande orgulho nacional para qualquer guineense e espera que o evento seja uma marca de mudança do papel da juventude para além do espaço nacional.

Para o governante há desafios, objectivos e metas a serem atingidas. Na sua visão, a responsabilidade de alcançar os tais objectivos e metas cabe a todos os guineenses. Frisou que evento poderá realçar o valor da cultura que une os laços históricos dos povos que partilham a mesma língua.
O representante da CPLP, António Pinto Alves advertiu que a juventude é um dos principais pilares da nossa comunidade e disse esperar que a Semana da Juventude se contribua para uma mudança real na construção da política da juventude reconhecida na comunidade.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...