Carta Aberta a Dom José Câmnate Na Bissign, Bispo de Bissau




Reverendíssimo,

Sua Benção!

Como Católico, Pai e cidadão deste país, venho respeitosamente chamar a sua atenção para algo que reputo importante, a cerca da Escola António José de Sousa (vulgo Escola Padre).

Três dos meus filhos estudaram e saíram dessa Escola e nunca houve incidentes; ameaças e exigências que tenho verificado agora que o meu quarto filho está a estudar na dita Escola de Padre.
Informo que, sou um Pai zeloso que cumpre todas as suas obrigações para com a sociedade; seus filhos, assim como para com a Escola deles.

Apesar da latente crise económica e social que se verifica no País, fui e sempre serei cumpridor dos meus deveres. Com isto quero dizer que algumas vezes temos atrasos nos salários, dificuldades em manter a alimentação em casa, dificuldades em pagar transportes para pôr os nossos filhos a tempo e horas na Escola, mas nunca deixei de cumprir com a obrigatoriedade do pagamento do quadrimestre exigido pela Escola.

Por isso, acho uma injustiça que o Sr. Director da Escola permita que nos seja enviada uma convocatória a ameaçar aos pais que se não comparecerem à reunião para a formação da Associação de Pais, os alunos não farão prova deste quadrimestre.

Em que base serei eu obrigado a pertencer a tal Associação? Nós não somos obrigados a fazer parte da Associação. Para quem paga à Escola dos filhos por quadrimestre, e com antecedência. Nada dá à Escola o Direito de proibir o aluno de entrar na sala de aulas e muito menos proíbi-lo de fazer provas.

Qual é a lei que dá direitos a Escola António José de Sousa a ter essa conduta para com os pais das crianças?

Reverendíssimo,

Ultimamente os pais têm sido muito maltratados pelo Director da Escola Escola António José de Sousa . Essa Escola que sempre primou pelos princípios Católicos que para mim é símbolo de humanidade; de Caridade; de tolerância; de convivio saudável...
Ninguém nega cumprir regras, sejam ela novas ou antigas, ninguém desafia as ordens dadas pela Escola, mas têm sido visto um desrespeito total tanto para com os nossos filhos, assim como, para nós os Pais.

Eu até acho que o Director esquece-se, por vezes que essa Escola não é gratuita, os pais pagam para ter seus filhos na Escola. É certo cumprir regras , mas não é correcto desrespeitar as pessoas, sobretudo quando pagamos por qualquer serviço que alguém nos presta.

Eu vou citar alguns incidentes verificados na Escola a qual considero total falta de consideração por nós Pais ; pelos nossos filhos e até pela conjuntura do país em que vivemos.

Este ano foi exigido calças de ganga azul escura para com a camisola da Escola servir de uniforme, (Concordamos. Tudo bem) mas o Director e alguns dos seus auxiliares esqueceram-se de que nós não mandamos no mercado do país e só podemos comprar o que o mercado vende, ou seja, o que há para comprar. ( as vezes as calças não são assim tão escuras, pura e simplesmente porque não existem no mercado, ou são escassas) , resultado? Expulsam as crianças das aulas;

Sugeria a Escola, (já que têm camisolas a venda na Escola), que pusessem a nossa disposição calças de ganga no tom que exigem;

O Director acha que por estar a dirigir uma Escola tem o direito a gritar com pessoas adultas como ele? Na hora da Saída ou entrada dos alunos (Ja aconteceu várias vezes). Vê-se claramente que os guineenses em posição de autoridade gostam de maltratar o próximo, só não esperava isso de alguém que recebeu uma formação espiritual para conviver com qualquer nível de pessoas e classe social.

Reverendíssimo, essa conduta não dignifica o nome de um católico que fará de um Frei;

Criou-se polémicas a volta de cortes de cabelo de algumas crianças ( não no meu caso) mas no entretanto são admitidos rapazes de rasta, cabelos longos e tranças, agora pergunto: onde está o sentido da igualdade de direitos humanos?

Onde todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica, sendo ela criança ou adulta? (As regras na Escola António José de Sousa parece ser só para alguns, e para os outros?)

Reverendíssimo,

Não querendo ir longe demais, peço a sua intervenção nesse assunto.

O meu muito Obrigado e Deus o Abençoe Sempre!

PORTUGAL: ONTEM FOI FEITO LANÇAMENTO DO LIVRO “HISTÓRIA(S) DA GUINÉ-BISSAU”, POR MÁRIO BEJA SANTOS, AUDITÓRIO DO MUSEU DA FARMÁCIA, 6 DE DEZEMBRO, PELAS 18H



Meus queridos amigos, Dos cerca de 40 livros que escrevi, este foi o mais doloroso. Como na tragédia grega, eu já conhecia o final, trágico e nebuloso. Anda um autor dois anos a vasculhar papel e a organizar 40 anos da vida de um novo Estado onde, pela extrema combatividade da guerrilha e da natureza genial do seu líder, Amílcar Cabral, procura superar assassinatos, execuções, genuínos e falsos golpes de Estado, e tem que questionar-se amargamente que futuro está destinado a este belo e paupérrimo país. O que venho pedir-vos é a vossa companhia neste lançamento, a apresentação fica a cargo de dois renomados investigadores, Eduardo Costa Dias e António Duarte Silva, cabe-lhes falar sobre este empreendimento que é um pontapé de saída para que um dia se escreva, com mais fundamentos e factos comprovados, e numa sequência narrativa científica a História da Guiné-Bissau. Não é preciso que adquiram o livro, visitem primeiro o Museu da Farmácia e oiçam depois um recital de Korá por um dos griots guineenses mais afamados, mestre Braima Galissá. Antecipadamente grato pela vossa presença. O Museu da Farmácia fica na Rua Marechal Saldanha, junto ao miradouro de Santa Catarina, metro Baixa-Chiado, elevador da Bica, elétrico 28. A visita gratuita ao museu é entre as 17 e as 18h. Junto o texto da contracapa do meu livro.

(DGC) Beja Santos

Guiné-Bissau, povo mais esperançado e afável não há

Aqui se contam histórias que excedem meio século. Um engenheiro especializado em erosão de solos pôs em movimento uma luta pela independência, juntou numa só pessoa o construtor de uma nacionalidade, um hábil diplomata, um exímio cabo-de-guerra, um ideólogo de pensamento singular, tudo somado deu um líder revolucionário que surpreendeu Che Guevara e que Nelson Mandela admirava profundamente. São também histórias de uma República que devorou muitos filhos da revolução, uma nação que continua a ter extrema dificuldade em reconhecer-se no Estado. A nação é surpreendente, aquele mesclado de etnias revê-se na bandeira e no solo pátrio, expulsou invasores e nunca abandona a esperança de que depois das últimas eleições os políticos escolhidos vão alevantar o Estado. Um povo sedento de justiça aguarda dias melhores. São estas algumas dessas histórias que aqui se contam por alguém que nunca quebrou o feitiço guineense. Porque nunca o preço do amor pela Guiné é ou será excessivo.


Fonte: Aqui/MO
Foto: Aqui

Incidente grave na ANP

ANP na reunião da Conferência Islâmica



Um incidente grave marcou, manha de ontem, a visita formal do primeiro-ministro de 'iniciativa presidencial' à Assembleia Nacional Popular. Fontes da ANP confirmaram tudo ao DC. Umaro Sissoko foi ter com o presidente da ANP, Cipriano Cassama, e disse-lhe que ia formar Governo (que tomaria posse na próxima sexta-feira).

Cassama tentou demover o PM, dizendo-lhe que esperasse pelo dia 17, altura em que o mediador e presidente da Guiné-Conacry, Alpha Conde, mandatado pela CEDEAO, revelará o nome escolhido pelo PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas de 2014 com maioria absoluta, juntos dos seus pares da sub-região.

Cissoko recusou a proposta, e estalou então a confusão, obrigando à intervenção dos guarda-costas de um e do outro lado. "Cipriano Cassama expulsou despoticamente o Sissoco do seu gabinete". Assim que abandonou as instalações da ANP, o 'primeiro-ministro' foi directo para o palácio da República. 
.Ditadura do COnsenso/MO

FÓRUM NACIONAL DE JUSTIÇA DA GUINÉ-BISSAU DEBATE RISCOS DO RADICALISMO



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A prevenção do radicalismo vai ser um dos temas em foco nos três dias de debates do Fórum Nacional de Justiça da Guiné-Bissau, que decorre a partir de ontem 6/12 até sexta-feira na sede do Governo na capital do país.

"As sessões a serem ministradas durante o fórum dedicam-se sobretudo à justiça criminal, à prevenção do radicalismo, à justiça militar e à reforma penitenciária, bem como à avaliação do Documento Estratégico sobre o Sector Penitenciário (2016-2020)", anunciou a organização, a cargo das Nações Unidas e do governo.

Apesar de já ter havido várias tentativas para reformar o setor na última década, nenhuma resultou devido à instabilidade política no país.

Só no último ano e meio o país já conheceu quatro governos, aguardando-se a nomeação de um quinto executivo.

Numa avaliação feita em outubro de 2015, a ONU concluiu que a Justiça na Guiné-Bissau "não chega às pessoas" e que o setor está numa situação "grave".

A Resolução 2267 do Conselho de Segurança, que rege o mandato do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, estabelece a justiça criminal como um dos domínios prioritários para a consecução da estabilidade política e da paz duradoura.

Neste quadro, o Fórum Nacional de Justiça junta os profissionais do setor, especialistas e principais parceiros internacionais.

LFO // PJA

ANP - declaração do presidente




REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
Assembleia Nacional Popular
Gabinete do Presidente da ANP

Declarações à Imprensa do Presidente da ANP após a sua visita de trabalho à Guiné-Conakry.

Boa noite e muito obrigado senhoras e senhores jornalistas pela vossa presença.

Como sabem desloquei-me, com uma importante delegação da ANP, composta por mim, Califa Seidi, Líder da Bancada Parlamentar do PAIGC, meu Diretor de Gabinete e Conselheiro Político, com único objetivo de ajudar a esclarecer em definitivo a polêmica instalada a volta da existência ou não de um nome consensual, retido em Conacri, no âmbito do Acordo rubricado nessa cidade capital, para o cargo de Primeiro-ministro.

Esta deslocação tem subjacente, reafirmo, na minha qualidade de mais alto dignatário do país que assinou este acordo e por saber que a sua não implementação a contento de todas as partes poderá acarretar mais um bloqueio na ANP, instituição que dirijo, não visa desautorizar ninguém, tão só tentar salvar ainda este acordo que classifico de positivo para a saída definitiva da crise instalada há bastante tempo no país.

O encontro com o Presidente Alpha Condé foi bastante clarividente, que me permite afirmar que se tivermos paciência e vontade política, apesar de cenário atual, podemos encontrar uma solução que permita implementação, com a participação de todos, neste acordo. No entanto, há uma certeza que vos garanto. A CEDEAO ainda não se pronunciou oficialmente sobre o Relatório final do Mediador da crise. O Presidente Alpha Condé fá-lo-á oportunamente, durante a Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO, a ter lugar em Abuja, no próximo dia 17 de dezembro. Tudo mais será pura especulação.

Por isso, vai a minha mensagem de serenidade e mais uma vez paciência aos guineenses, onde quer que se encontrem. Quero apelar aos políticos para abandonarmos as nossas pretensões pessoais e de grupos e implicarmo-nos no resgate e na implementação, de mãos dadas, deste acordo, para assim, permitir que caminhemos juntos na estabilidade, paz e tranquilidade, pois a Guiné-Bissau vale mais do que todos nós juntos.

Peço imensa desculpa por não poder avançar com mais detalhes relativos a esta nossa consulta feita ao Mediador da CEDEAO para a crise guineense, na medida em que no fórum próprio os resultados das negociações de Conakry serão apresentadas aos Chefes de Estado da CEDEAO, e só depois poderão ser tornados públicos. O que quer dizer que só depois do dia 17 de dezembro, a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, a realizar-se em Abuja, tornar-se-á pública a posição expressa pelo mediador no nosso encontro.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...