EUA tem novo embaixador para Guiné-Bissau e Senegal


O Senado dos Estados Unidos confirmou James Peter Zumwalt como o próximo Embaixador dos E.U.A. para o Senegal e a Guiné-Bissau por aclamação em 18 de Novembro de 2014 e Presidente Obama promulgou esta nomeação a 25 de Novembro.



Designado Embaixador Zumwalt serviu no Departamento de Estado como Secretário de Estado Assistente Adjunto desde 3 de Janeiro de 2012. Ao longo da sua carreira, serviu em várias posições em Washington e no exterior, na área de economia internacional, assuntos Asiáticos e Africanos, e inclusive como encarregado do dossier econômico na Embaixada dos E.U.A. em Kinshasa. O Embaixador designado fala Francês e Japonês.

Designado Embaixador Zumwalt disse que se "sente honrado por ser indigitado pelo Presidente Obama para servir como Embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau. Aguarda com expectativa trabalhar com os Bissau-Guineenses neste momento importante na sua história, um momento que lhes permite escolher a senda do progresso e da esperança.

Em 1998, designado Embaixador Zumwalt fez mestrado em Estudos de Segurança Internacional pelo National War College. Em 1979, licenciou-se em Artes, na área da História Americana e língua Japonesa pela Universidade da Califórnia, Berkeley. Zumwalt cresceu em El Cajon, Califórnia, e é casado com Ann Kambara, aposentada recentemente após uma carreira de 30 anos no Departamento de Estado.

Comunicado de Imprensa : Movimento Ação Cidadã


TÉCNICOS DEBATEM PROBLEMÁTICA DA COMERCIALIZAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE CAJÚ


Os técnicos do Ministério do Comércio e Artesanato em colaboração com os produtores e empresários nacionais estão reunidos durante dois dias num Workshop para debater as estratégias sobre a problemática da comercialização e exportação da castanha de cajú.
O encontro que decorre nas instalações de uma das unidades hoteleiras da cidade de Bissau, visa encontrar soluções através de uma reflexão conjunta entre técnicos, empresários e produtores para a campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú de 2015.

Presidindo a cerimónia de abertura do seminário, o titular da pasta do Comércio e Artesanato, António Serifo Embaló disse que a castanha de cajú é o maior contribuinte do Produto Interno Bruto. Acrescentou ainda que o executivo através da instituição que dirige realizou o workshop no sentido de permitir que os intervinientes da fileira da castanha possam reflectir em conjunto e ao mesmo tempo apontar soluções sobre problemáticas ou constrangimentos registados na comercialização e exportação do produto.
“Todos os interessados da fileira da castanha de cajú, desde bancos comerciais, intermediários, produtores e exportadores devem construir uma única fileira de forma a permitir que a nossa castanha de cajú seja valorizada. Se o Governo e o sector privado falarem numa só voz, sem dúvida a nossa castanha terá um grande valor no mercado”, espelhou o governante.
O ministro lembrou ainda no seu discurso que a produção anual dos últimos três anos da castanha de cajú estima-se em mais de 250 mil toneladas. Todavia, avançou neste particular que “a quantia de toneladas é exportada na sua totalidade em bruto e sem valor acrescentado em mais de 95 por cento para um único mercado, que é o mercado indiano”.
“Esta dependência da exportação do único produto que representa mais de 90 por cento das receitas em divisa de exportação do país e do único mercado, sobre o qual não exercemos nenhuma influência em termos de formularização de preço, torna a nossa economia frágil e demasiadamente vulnerável aos choques internos. Por isso lançamos um desafio ao todos os intervinientes do sector de cajú para apostarmos no aumento do volume de exportação da castanha de cajú em 2015 para 200 mil toneladas”, explicou.
O presidente de Associação Nacional dos Importadores e Exportadores, Amadu Jamanca afirmou na sua intervenção que a fileira de comercialização e exportação de cajú está totalmente desorganizada. Acrescentou ainda que o ministério do Comércio e Artesanato é o maior responsável pela desorganização ou bloqueio que se regista no sector da fileira de castanha de cajú.
“O Ministério do Comércio e Artesanato emeitiu este ano mais de 60 alvarás de exportação, portanto para nós essa atitude do Ministério não está ajudar o sector, ou seja não é uma iniciativa para promover a qualidade, mas sim banalisar o sector”, criticou o empresário.

AMILCAR CABRAL - O PAI DA NAÇÃO GUINEENSE




Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde1 Filho de Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano1 ) e de Iva Pinhel Évora (guineense1 ), aos oito anos de idade, sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário. De seguida mudou com a mãe os irmãos para Mindelo, São Vicente, onde veio a terminar o curso liceal em 1943. 

No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na Ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano pois, tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia1 , em Lisboa. Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém. Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. Iniciou seu trabalho na granja experimental de Pessube percorrendo grande parte do país, de porta em porta, durante o Recenseamento Agrícola de 1953 adquirindo um conhecimento profundo da realidade social vigente. 



Centro Cultural Amílcar Cabral, em João Galego, em Cabo Verde
Suas atividades políticas, iniciadas já em Portugal, reservam-lhe a antipatia do Governador da colônia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA1 . Centro Cultural Amílcar Cabral, em João Galego, em Cabo Verde Em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, funda o partido clandestino Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri, capital da República de Guiné-Cronacri. 

Em 23 de janeiro de 1963 tem início a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri. Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI2 em audiência privada. Em 21 de novembro do mesmo ano, o Governador português da Guiné-Bissau determina o início da Operação Mar Verde, com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação não teve sucesso. 

Em 20 de janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri, por dois membros de seu próprio partido. Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: "Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios." Aristides Pereira, substituiu-o na chefia do PAIGC. Após a morte de Cabral a luta armada se intensifica e a independência de Guiné-Bissau é proclamada unilateralmente em 24 de Setembro de 1973. Seu meio-irmão, Luís de Almeida Cabral3 , é nomeado o primeiro presidente do país.

Bélgica acolhe conferência de doadores a favor da Guiné-Bissau




Uma conferência internacional de doadores para mobilizar fundos a favor da Guiné-Bissau será organizada em Bruxelas, na capital belga, em início de 2015, segundo o presidente do Conselho de Ministros da  (CEDEAO), Hanna Serwaa Teteh.

Teteh anunciou este plano de manter uma conferência de doadores na abertura da 73ª sessão  do seu Conselho que decorreu terça-feira na sede da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), na capital Abuja.

Segundo ele, os fundos a serem mobilizados na conferência de doadores servirão para complementar os esforços financeiros empreendidos pela CEDEAO neste país.

Em abril de 2014, a Guiné-Bissau organizou eleições presidenciais e legislativas que balizaram o caminho para um regresso à ordem constitucional neste país da África Ocidental de cerca de 1,6 milhão de habitantes e isto na sequência de um golpe de Estado.

Estas eleições presidenciais foram vencidas por José Mario Vaz, um antigo ministro das Finanças, num país onde nenhum Presidente conseguiu terminar o seu mandato desde a sua independência, há 40 anos.

No quadro dos esforços do Grupo de Contato Internacional para a Guiné-Bissau, um encontro realizado em Nova Iorque, a 18 de novembro de 2014, decidiu, entre outras medidas, prorrogar o mandato da Missão da CEDEAO neste país (ECOMIB).

Teteh exprimiu a esperança de ver o Conselho submeter e recomendar o prolongamento do mandato da missão aos chefes de Estado da CEDEAO que devem reunir-se no fim de semana, em Abuja, para dar a sua aprovação.

AUGUSTO PEREIRA DA GRAÇA RECORDA OS DIAS AMARGOS NO TARRAFAL





O ex-embaixador da Guiné-Bissau na então União Soviética, Augusto Pereira da Graça, o “Neco”, participou da mobilização de cidadãos para a guerrilha no Leste da Guiné.



Nos anos 1960, “Neco” foi vítima da espionagem colonial durante a mobilização. Ficou sete anos no chamado “campo de concentração do Tarrafal”, onde foi torturado na “Holandinha”. Saiu da prisão quando o general português António de Spínola instalou a “Política por uma Guiné melhor” e reintegrou à guerrilha na frente Norte.



“Neco” recebeu a reportagem da DW África no condomínio construído aos ex-combatentes na capital guineense. Ele mora em um dos 130 apartamentos construídos durante a administração do ex-Presidente Kumba Ialá.



DW África: Pode lembrar os seus dias no Tarrafal?



Augusto Pereira Graça (APG): Foram amargos. Foram dias dolorosos porque lá as refeições oferecidas continham arroz e óleo de palma podres. O óleo de palma não servia nem para fazer sabão. Para lavar a roupa e tomar banho, tínhamos direito a dez litros de água. O comportamento disciplinar era muito rigoroso. Bastava uma falha nas correspondências com os carcereiros que eram brutalmente castigados. Havia celas normais e uma outra “disciplinar”. As pessoas iam para lá para ficar uma semana a pão e água – consumido de dois em dois dias. Havia uma outra cela ainda mais perigosa, chamada “Holandinha” ou “Frigideira”. Os prisioneiros iam para lá para saírem mortos. Cá fora, quando era três horas da tarde, já era noite naquele cubo. Não havia torturas físicas, mas psicológicas para ver se reduziam a nossa resistência e determinação em continuar a luta pela nossa liberdade definitiva.











"Holandinha": prisioneiro ficava em pequeno recinto para punição especial





DW África: O senhor foi para a “Holandinha”?



APG: A “Holandinha” servia para o castigo mais severo. Eu fui parar lá como acusado de liderar um protesto dentro da prisão contra o alimento que nos forneciam, que não dava para nada. Não poderíamos mesmo saborear este alimento. Então o diretor entendeu que eu estava a criar uma subversão dentro do campo. Saiu um despacho que me dava um castigo de 15 horas nesta “Holandinha”. Eu não sei dizer qual é a temperatura dentro deste cubo, mas o indivíduo entra para lá e, depois de cinco minutos, parecia que lhe tinham dado um banho. Era um calor insuportável. Pode-se dizer um “calor infernal”. Passei 15 horas ali, mas parecia que tinham sido 15 anos.



DW África: Quando o senhor foi preso havia sinais de que o senhor estava combatendo?



APG: Nesta altura, ainda não havia armas. Usávamos apenas pistolas que eram distribuídas aos militantes clandestinos. Quer dizer, as pessoas que eram indicadas como responsáveis recebiam uma pistola para defesa. Quando me aprisionaram, não me encontraram com nada. Chegava de uma reunião a 40 quilómetros de Gabu. Era uma reunião política, de mobilização para a adesão à luta de libertação. Era necessário despertar primeiro a consciência patriótica para as pessoas aderirem à luta. Queríamos que a nossa luta fosse política, que a nossa independência fosse dada pacificamente. Depois, concluiu-se, no entanto, que isto não seria possível. Salazar dizia que a Guiné era a “filha primogénita” de Portugal, que tinha sido conquistada com sangue.






Ouça a entrevista a Augusto Pereira da Graça

DW África: Como era abordagem das pessoas nas tabancas?



APG: Primeiro, procurava-se saber quem eram as pessoas influentes na tabanca. Explicávamos a estas pessoas os castigos e trabalhos forçados aos quais a população estava sendo submetida. Era quase como se vivêssemos em uma situação de escravatura e chegava a hora de nos libertarmos destes trabalhos forçados. Nesta conversa conseguia-se a aderência à luta política. Mas neste período não se sabia quem era da PIDE e quem não era. Então, falava-se com quem quer que fosse e muitas vezes falávamos com um indivíduo que pertencia à PIDE.





Mas, nesta altura, como a PIDE não tinha autorização de lançar uma ofensiva prisional, eles tomavam o nome das pessoas que iam para as tabancas fazer a mobilização. Assim, na madrugada de 13 de março de 1962, a tropa colonial portuguesa lançou uma operação militar que resultou na prisão do presidente do partido Rafael Barbosa. Foi uma prisão em massa que acabou resultando na nossa prisão também no dia 17.



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O Campo do Tarrafal foi reactivado em 1961 para receber prisioneiros das ex-colónias portuguesas



DW África: O senhor vive hoje em um condomínio para ex-combatentes em Bissau.



APG: O condomínio é um monumento de reconhecimento dos nossos sacrifícios. O governo entendeu que deveria começar a ter uma atitude de reconhecimento aos combatentes. Mandaram construir estes prédios, mas o número dos combatentes instalados aqui é muito inferior ao de combatentes que não estão aqui instalados. Muito embora o governo defendesse que as construções continuariam até que todos os combatentes fossem todos dignamente instalados.



DW África: Então, este condomínio é uma vitória.



APG: Em parte. Seria uma vitória completa se todos os combatentes estivessem dignamente instalados. Nem todos estão instalados devido às dificuldades que os sucessivos governos enfrentavam. Somos milhares de combatentes da pátria. Instalar todos de uma vez é muito difícil. Isto tem que ser feito paulatinamente. Conforme a disponibilidade financeira do governo, vai-se satisfazendo às necessidades dos combatentes. Não há apartamentos para todos. Fez-se uma espécie de sorteio para acomodar as famílias que estão aqui e os outros aguardam a sua vez.




“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...