Primeiro guia turístico do país será lançado em novembro

Capital da Guiné-Bissau (fotografia de arquivo) 


O primeiro guia turístico dedicado à Guiné-Bissau, da autoria da Organização Não-Governamental (ONG) portuguesa «Afectos com Letras», será lançado em novembro, tendo como objetivo potenciar o turismo sustentável naquele país.

A ideia surgiu de uma parceria entre a ONG sediada em Pombal, a secretaria de Estado do Turismo guineense e a União Europeia, e procura dar destaque às 90 ilhas dos Bijagós e às matas de Cantanhez, reconhecido santuário de chimpazés.

A primeira edição do guia, em português, contará com dois mil exemplares, perspetivando-se uma edição em inglês.



CRISE POLÍTICA:

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 O mediador da CEDEAO para a crise guineense, presidente Olesegun Obsanjo, está a caminho de Bissau para tentar desatar mais este nó criado pelo PR JOMAV. Enquanto isso, tanto o PAIGC como o PRS estão reunidos em busca de soluções. 

Biombo já tem sindicato de motoristas

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Os membros da direção do Sindicato Democrático de Agrupamento dos Motoristas e Transportes Rodoviários da Guiné-Bissau (SIDAMTRAR/GB) foram investidos nas funções.

Em declarações à imprensa, o presidente do SIDAMTRAR/GB, Feliciano Ié, disse que a filial da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) «vai trabalhar em prol do desenvolvimento rodoviário da região de Biombo», no norte do país.

Por seu lado, o secretário-geral, Armindo Gonzaga Monteiro, destacou que «o sindicato dos motoristas tem vários projetos de formação e reciclagem para executar» mas que a organização «carece de parceiros e financiadores».



CRISE POLÍTICA:




Acção de formação decorreu dentro da programação da cooperação entre Bissau e Lisboa. Trinta e cinco elementos da Guarda Nacional (GN) e da Polícia de Ordem Pública (POP) da Guiné-Bissau terminaram esta quarta-feira um curso de formação sobre manutenção da ordem, numa acção ministrada por três formadores portugueses. Na cerimónia, que culminou com a entrega de diplomas, o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, António Leão Rocha, salientou que os formandos foram dotados de conhecimentos que vão reforçar o seu sentido profissional. Além da componente modernização, os elementos também foram capacitados com noções sobre a ética de uma autoridade numa sociedade democrática. Modernizar as forças, criar um ambiente "mais profissional" e ligado a "valores democráticos do papel de forças de segurança, é o que se pretende", notou António Leão Rocha. O embaixador de Portugal frisou que a ação de formação decorreu dentro da programação da cooperação entre Bissau e Lisboa no âmbito das prioridades definidas com o Governo eleito em 2014 - entretanto demitido pelo Presidente da República, a 12 de agosto.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/portugal_forma_35_elementos_da_policia_e_guarda_nacional_da_guine_bissau.html

NOVO GRUPO DA SOCIEDADE CIVIL NA GUINÉ-BISSAU PEDE AO PR UMA SAÍDA RÁPIDA DA CRISE


Foto arquivo

Bissau - Um novo grupo representativo da sociedade civil apresentou-se nesta terça-feira ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, a quem pediu uma saída rápida para crise política que o país atravessa.

Liderada pelo antigo presidente do sindicato dos professores, Vença Mendes, a Plataforma Nacional das Organizações da Sociedade Civil para a Democracia, Cidadania e Direitos Humanos diz ser "uma alternativa" às outras correntes da sociedade civil, mas que se pauta pela "equidistância".

Vença Mendes sublinhou que a maioria dos membros da nova organização desvinculou-se do Movimento da Sociedade Civil (uma outra plataforma) por discordar dos métodos adoptados para a mediação da crise política que assola o país há quase dois meses.

Além da apresentação formal ao chefe de Estado, a Plataforma liderada por Mendes aproveitou para pedir a José Mário Vaz que trabalhe para que seja encontrada uma saída rápida da crise política.

"O nosso país já é de si frágil mesmo tendo Governo e não se pode dar ao luxo de ficar tanto tempo sem um", observou o dirigente que promete levar a mesma mensagem às outras instituições do país e da comunidade internacional.

Na segunda-feira, uma outra plataforma da sociedade civil, a Aliança Nacional para Paz e Democracia, reuniu-se com o líder do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Domingos Simões Pereira.

UA PONDERA RESPONSABILIZAR QUEM COLOCA EM CAUSA “OS INTERESSES DO POVO” DA GUINÉ-BISSAU

Ovidio Pequeno_UA



O representante da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, disse hoje que devem ser atribuídas as responsabilidades aos que “colocam em causa” os interesses do povo na crise política, que afecta o país há quase dois meses.
Em declarações aos jornalistas à saída de um encontro de diplomatas com Domingos Simões Pereira, ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC, o representante da União Africana considerou ser já insustentável a situação de impasse que se vive na Guiné-Bissau.
“Há que assacar responsabilidades a todos aqueles que de uma forma ou de outra não estejam a trabalhar para os interesses supremos deste povo. O nosso apelo, mais uma vez, é para que haja um entendimento e que seja urgente e duradoiro”, disse o diplomata São-tomense.
Na qualidade de líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas, Domingos Simões Pereira deu conta aos diplomatas estrangeiros dos passos encetados pelo seu partido para ultrapassar a crise.
Para o representante da UA, antes de tudo, deve haver um diálogo entre os líderes guineenses na medida em que, frisou, o país não pode continuar no impasse político em que se encontra desde a demissão, pelo chefe do Estado, do Governo eleito, a 12 de agosto.
“O povo está a sofrer, há grandes dificuldades, há carências” e “o mais importante é que as pessoas tenham a capacidade de ultrapassar os problemas que enfrentam”, salientou Ovídio Pequeno.
O representante da UA diz que “há mais de um ano” tem vindo a chamar a atenção dos líderes guineenses para os riscos de levarem o país para a situação em que hoje se encontra.
“Algumas pessoas fizeram ouvidos de mercador e agora estamos nesta situação”, acrescentou.
“Amanhã, espero que não se venha outra vez a responsabilizar a comunidade internacional”, sublinhou Ovídio Pequeno.
O representante da UA em Bissau disse ainda que a comunidade internacional tem dificuldade em apoiar a saída desta crise, na medida em que os próprios guineenses não admitem a existência de problemas.
“Quando um doente diz que não está doente, então a comunidade internacional não saberá por onde começar a ajudar”, defendeu Ovídio Pequeno.
As instituições do exterior não pode sob qualquer circunstância substituir os líderes nacionais, as instituições do Estado guineense, concluiu.

In lusa

O Governo volta a garantir energia eléctrica e água 24h/24h em Bissau

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O Governo volta a Garantir electricidade 24 horas por dia em Bissau. Sob orientação do Primeiro-Ministro Carlos Correia, o Governo de Gestão do Eng. Domingos Simões Pereira tomou diligências para o retorno da normalidade no fornecimento de energia eléctrica em Bissau.

Já desde ontem o Banco Mundial, através do Projecto de Apoio ao Sector da Energia e Água, sob alçada do Ministério da Economia e Finanças, vai apoiar a EAGB na aquisição de combustível nos próximos meses enquanto se avança com a reestruturação da empresa e do sector da Energia.

O processo para a concretização deste apoio foi acelerado nos últimos dias muito graças às diligências do Ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, junto dos seus antigos colegas do Banco Mundial.

Esta é mais uma demonstração da capacidade do saber fazer bem da parte dos que sabem e só querem o bem estar deste Povo martirizado e constantemente espezinhado pelos seus filhos egoístas, incompetentes e oportunistas como aqueles que estão na Presidência da República.

Aprendam a fazer o bem no lugar de querer resolver os vossos problemas de desvio de fundos públicos (12 milhões de USD de Angola; FUNPI etc), através do controlo do poder Executivo.


Cabo Verde é segundo, Angola e G-Bissau na cauda


Cabo Verde mantém a segunda posição no Índice Ibrahim de Governação Africana 2015, mas registou uma avaliação negativa nos últimos cinco anos.


São Tomé e Príncipe ocupa o 13º lugar e Moçambique a 21ª posição, enquanto Angola e Guiné-Bissau estão na parte inferior do Índice.

Segundo os dados publicados nesta segunda-feira, em Londres, pela Fundação Mo Ibrahim, Cabo Verde somou 74,5 pontos numa escala de 100, menos 0,8 do que no ano passado, mas mantém-se acima da média geral de 50,1 pontos e da média regional da África Ocidental de 52,4 pontos.

O arquipélago, regrediu nas categorias de segurança e Estado de Direito, participações e direitos humanos.

As melhorias aconteceram a nível do Estado de Direito, segurança pessoal, infra-estruturas, educação e saúde.

O segundo lusófono melhor colocado é São Tomé e Príncipe que ocupa a 13ª posição, apesar de ter caído um lugar em relação a 2014.

Ainda assim, é o país com melhor classificação na categoria de boa governação na África Central.

O arquipélago melhorou em três das quatro categorias: segurança e Estado de Direito, oportunidades económicas sustentáveis e desenvolvimento humano.

A nota negativa acontece na categoria de participação e direitos humanos.

Ainda na primeira metade do Índice Ibrahim de Governação Africana 2015, Moçambique subiu para o 21º. Lugar (22º. Em 2014), apesar de a avaliação geral ter piorado ligeiramente desde o ano passado.

A avaliação desceu 0,2 pontos para 52,3 pontos numa escala de 100, prejudicada pelo mau desempenho nas categorias de segurança e Estado de Direito e oportunidades económicas sustentáveis.

A evolução positiva foi registada nas categorias de participação e direitos humanos e desenvolvimento humano.

Com uma avaliação superior à média geral de 50,1 pontos, o país está ainda abaixo da média regional da África Austral, que é de 58,9 pontos.

Por sua vez, Angola melhorou marginalmente, mas desceu três lugares, ocupando agora o 43.º posto num total de 54 países.

De acordo com o relatório deste ano, produzido com base em dados de 2014, a governação em Angola recolheu uma pontuação de 40,8 numa escala de 100, mais 0,1 do que no ano passado.

As categorias que registaram melhorias foram a participação e direitos humanos e desenvolvimento humano, enquanto o país registou retrocessos na categoria de oportunidades económicas sustentáveis.

Finalmente, a Guiné-Bissau subiu três posições (45º.), mas mantém-se no grupo dos 10 piores países.

A pontuação somada foi de 35,7 pontos numa escala de 100, mais 3,8 pontos do que em 2014.

Tal como no ano passado, regrediu nas quatro categorias, mas teve melhorias nas subcategorias de segurança nacional, igualdade de género, ambiente de negócios, infraestruturas, educação e saúde.

A Guiné-Bissau continua abaixo da média geral de 50,1 pontos e da média regional da África Ocidental de 52,4 pontos.

O Índice Ibrahim de Governação Africana faz uma avaliação assente em quatro categorias: Segurança e Estado de Direito, Participação e Direitos Humanos, Oportunidades Económicas Sustentáveis e Desenvolvimento Humano, divididas por 14 subcategorias.

Usa 93 indicadores e informação recolhidos junto de 33 instituições globais.

O Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) revela que, ao longo dos últimos quatro anos, o progresso da governação em África estagnou e revela um panorama de transformação.

Durante o período de 2011-14, a pontuação média africana da governação global no IIAG registou um ligeiro aumento de apenas +0,2 pontos, encontrando-se agora em 50,1 (numa escala de 100,0), com mudanças de desempenho nos últimos quatro anos em todos os indicadores do Índice, tanto a nível de países, como de categorias.

A tendência continental em termos de governação global dissimula desempenhos variáveis a nível regional e um aumento da disparidade entre as regiões.

A África Austral continua a ser a região com melhor desempenho, apresentando uma pontuação média de 58,9, seguida pela África Ocidental (52,4), pela África do Norte (51,2) e pela África Oriental (44,3).

A África Central é a região com a classificação mais baixa, registando uma pontuação média de 40,9, e é a única região que tem vindo a deteriorar-se desde 2011.

As Maurícias continuam a liderar o Índice, seguidas de Cabo Verde, Botswana, África do Sul e Namíbia.
 
 

   

SIMÕES PEREIRA DENUNCIA TENTATIVA DE “DETENÇÃO E ELIMINAÇÃO FÍSICA” DE POLÍTICOS

paigc


O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, denunciou ontem, 06 de outubro, a tentativa de aprisionamento e de eliminação física de políticos, acusados de serem os responsáveis do regresso ao país, de antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Contra-Almirante José Zamora Induta.
O ex-primeiro-ministro falava à imprensa, à saída de uma reunião mantida com os embaixadores e representantes das organizações internacionais acreditados no país. O encontro visou informar os diplomatas sobre a atual situação política da Guiné-Bissau.
Segundo Domingos Simões Pereira, referindo-se à presidência da República, “a mesma entidade que evocou a corrupção e o nepotismo para justificar a decisão de demissão do governo, quando foi convidado pela comissão parlamentar do inquérito a apresentar provas e evidências materiais da sua suspensão e acusação, no entanto resolveu pedir à comissão que o elucide quando e em que passagem teria dito isso”.
“Nesta saga de justificação e de fuga para frente explora-se agora a possibilidade de envolver as forças da defesa e de segurança no imbróglio recorrendo a situação de regresso ao país de Contra-Almirante José Zamora Induta. Como é que um processo julgado e sentenciado e cujos culpados materiais foram objeto de indulto pronunciado por Presidente da República, muito deles recuperados para altas missões de Estado, hoje, serve para novas acusações e tentativa do envolvimento dos políticos alvos com ameaças de aprisionamento e quiçá mesmo de eliminação física”? Questionou o líder do partido libertador.
O político afirma que é “imperativo e urgente “acordarmos-nos da letargia” para estancar esta deriva que se se manter, será fatal para afirmação do Estado de Direito Democrático de todas ambições”.
Pereira revelou, por outro lado, que não foi possível o entendimento com o Partido da Renovação Social (PRS) que detém a segunda maior força política do parlamento e mesmo depois de várias rondas negociais e das promessas e compromissos que o seu partido assumiu, nomeadamente atribuição de oito pastas ministeriais, a identificação e a liberdade de escolha de titulares para estes sectores bem como a despenalização dos elementos que entraram para o “governo inconstitucional e ilegal”.
O presidente do PAIGC apelou os guineenses a estarem cientes dos “riscos” que o país incorre.

“No espaço da convivência democrática as pessoas reagem na base das leis e contribuem para o reforço das instituições. Quando nós não somos capazes para o fazer nós fragilizamos essas instituições e criamos condições para que o cão se instale no país. PAIGC está preparado para assumir a nossa responsabilidade, mas estamos determinados a responsabilizar quem não cumprir a sua missão histórica”, advertiu o político.

Zamora Induta está doente na prisão de Mansoa


O ex-Chefe do Estado Maior General das Forcas Armadas da Guiné-Bissau, Zamora Induta encontra-se doente na prisão no quartel de Mansoa, norte do país, onde se encontra detido a mando do tribunal militar, disse segunda-feira 05 de outubro em Bissau o seu advogado, José Paulo Semedo.
José Paulo Semedo visitou Zamora decidia avançar no Supremo Tribunal de Justiça um pedido de Habeas Corpus por encontra o general doente na prisão de Mansoa, e disse espera que “dentro de 72 horas” a alta instancia judicial do país, venha a pronunciar-se sobre o pedido, mandando libertar Zamora Induta.
Recordamos que, por ordens do Tribunal Militar Superior, general Induta foi encarcerado no quartel de Mansoa a 22 de setembro, em regime de prisão preventiva, por suspeita de envolvimento numa tentativa de golpe de Estado ocorrida em outubro de 2014.
José Paulo Semedo acredita que Zamora Induta é inocente e considera de ilegal a prisão do seu constituinte. 
“Não havia perigo de fuga”, referiu Paulo Semedo, lembrando que o oficial se encontrava sob vigilância domiciliária de 08 militares na sua residência, em Bissau.

Lusa, 05/10-2015

a crise política prolonga-se porque os sinais de tensão regressaram entre o PR e o PM


Quando o impasse em que a Guiné-Bissau mergulhou há quase dois meses parecia ter sido ultrapassado, com a nomeação para o cargo de primeiro-ministro de Carlos Correia, um prestigiado veterano da luta pela independência, regressaram nos últimos dias os sinais de tensão. O chefe do executivo reuniu-se esta segunda-feira com o Presidente e à saída do encontro disse que vai haver Governo em breve. Mas a demora na resolução da crise política iniciada em Agosto mantém em sobressalto um país com um longo historial de violência político-militar.

Carlos Correia entregou a sua proposta de Governo ao Presidente da República, José Mário Vaz, na sexta-feira. Até ao final da tarde desta segunda-feira não havia indicações sobre a data da posse. Mais do que isso: declarações do primeiro-ministro nomeado motivaram uma reacção do chefe de Estado e deixaram claro que têm interpretações divergentes sobre as competências dos órgãos de soberania no regime semipresidencialista guineense.

À saída da reunião de sexta, o chefe do Governo disse que a data da posse passava a depender de Vaz, que lhe afirmara ir analisar os nomes e depois decidir. Carlos Coreia afirmou então que gostaria de “fechar a discussão” no próprio dia e, segundo os jornalistas presentes, acrescentou ter deixado um alerta ao Presidente: a competência para propor nomes para o executivo é do primeiro-ministro.

José Mário Vaz não gostou. Num comunicado divulgado horas depois, lamentou as palavras, “numa altura em que se apela ao esforço de descrispação do relacionamento institucional”. E expressou o entendimento de que “a Constituição confere ao Presidente da República a competência exclusiva de criar e extinguir ministérios e secretarias de Estado, bem como de nomear e exonerar os membros do Governo”.

O Presidente afirmou igualmente que lhe cabe “analisar criteriosamente” a equipa de Governo proposta e que é da sua exclusiva responsabilidade “a nomeação de qualquer um dos nomes sugeridos”.

Os dois políticos voltaram a encontrar-se esta segunda-feira e – segundo a RDP África – analisaram a estrutura do executivo e os nomes propostos. Foi depois disso que Carlos Correia disse que a posse ocorrerá em breve. Será o que provavelmente vai acontecer. Mas as trocas de palavras do final da semana passada confirmam que não desapareceram as diferenças de interpretação sobre os poderes dos órgãos de soberania, nem as desavenças que levaram ao afastamento do anterior primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), no dia 12 de Agosto.

José Mário Vaz justificou nessa altura a demissão, entre outras razões, pelas “incompatibilidades de relacionamento institucional” com Simões Pereira, cujo Governo tinha a participação de diversas forças políticas, incluindo o PRS (Partido da Renovação Social) – segunda maior força política do país –  e o apoio da esmagadora maioria de deputados da Assembleia Nacional Popular.

Depois de o PAIGC ter insistido em Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro, o Presidente, também membro do partido, tomou a iniciativa de escolher outro político para chefiar o Governo: Baciro Djá, igualmente do PAIGC mas em rota de colisão com Simões Pereira.

Só depois de semanas de contactos o escolhido por José Mário Vaz conseguiu chegar a acordo com o PRS, que integrava a anterior executivo e, num primeiro momento, se posicionara contra demissão do Governo de Simões Pereira, saído das eleições legislativas de 2014, ano em que também foi eleito o Presidente. Mas a equipa de Baciro Djá não chegou a entrar em funções porque o Supremo Tribunal de Justiça considerou que os actos do chefe de Estado foram inconstitucionais. O Presidente viu-se obrigado a convidar novamente o maior partido guineense, que indicou Carlos Correia.

Um dos motivos que terá levado agora José Mário Vaz a sublinhar que é sua a competência de nomear e exonerar governantes terá sido a indicação de Domingos Simões Pereira para a equipa governamental. A informação de que isso ia acontecer foi dada por fontes do partido a diversos órgãos de informação. O blogue Ditadura do Consenso escreveu que o anterior chefe do Governo teria a importante pasta de ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares. “Se isso é verdade, é uma razão para ter dado origem a esta nova crise”, disse ao PÚBLICO Xavier Figueiredo, director do África Monitor, newsletter sobre países africanos lusófonos.

Para o posicionamento do Presidente terá também contribuído a mudança do PRS, que na semana recusou o convite do PAIGC para fazer parte do executivo e disse que nenhum dos seus dirigentes e militantes estava autorizado a fazê-lo. “A recusa do PRS deu capacidade de manobra a Vaz”, considera Xavier Figueiredo.

A escolha de Carlos Correia, 81 anos, três vezes primeiro-ministro, várias vezes ministro, conhecido pelo rigor e seriedade, foi vista como uma solução apaziguadora. Mas o compasso de espera, e as trocas de palavras dos últimos dias, confirmam que os motivos da crise permanecem.

Publico, 05/10/2015

NA GUINÉ-BISSAU: PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL VAI POSICIONAR-SE SOBRE A FORMAÇÃO DE GOVERNO NO PAÍS



Bissau – O Partido da Renovação Social (PRS) promete posicionar-se sobre o impasse na formação do novo governo de Carlos Correia na Guiné-Bissau.

A informação foi avançada à PNN na passada segunda-feira, 05 de Outubro, pelo Secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira, após uma audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, onde analisaram a situação política no país.

“Vamos brevemente convocar uma conferência de imprensa, onde vamos comunicar ao país a nossa posição” anunciou Florentino Mendes Pereira.

A PNN sabe que a direcção do PRS, antes da reunião com José Mário Vaz, esteve reunida com os seus 41 deputados a fim de estudarem vários cenários para saída da crise.

(c) PNN Portuguese News Network/Conosaba

PAIGC ACUSA PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU DE TENTAR SUBVERTER A CONSTITUIÇÃO




Bissau, 06 out (Lusa) - O PAIGC acusou ontem, o Presidente da República da Guiné-Bissau de tentar subverter a Constituição do país, que prevê que o primeiro-ministro proponha a equipa de Governo e que o chefe de Estado lhe dê posse, anunciou o partido em comunicado.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) recorda que o primeiro-ministro, Carlos Correia, entregou na sexta-feira ao Presidente, José Mário Vaz, a proposta de Governo.
No entanto, refere agora assistir-se a uma tentativa de "subverter o espírito do estabelecido na alínea i) do artigo 68.º da Constituição da República em que ao Presidente da República compete 'nomear e exonerar os restantes membros do Governo, sob proposta do primeiro-ministro, e dar-lhes posse'".

ENVIADO DA FAO DESTACA PROGRESSOS PARA O FIM DA FOME EM PAÍSES LUSÓFONOS



Hélder Muteia chamou a atenção para o impacto da instabilidade . Foto: Cplp.

Angola, Brasil, Moçambique e São Tomé e Príncipe citados pelos avanços nos últimos 15 anos; representante da agência junto à Cplp menciona instabilidade na Guiné-Bissau como obstáculo para progressos.

Os países lusófonos estão a dar passos muito significativos para erradicar a fome, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

O representante da agência junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, disse à Rádio ONU que os Estados-membros devem dar atenção à diferença de necessidades entre as populações das áreas urbanas e rurais. As declarações de Hélder Muteia foram feitas de Lisboa.

Estratégia

“Vemos que alguns países como Angola, por exemplo, deu passos muito sólidos ao reduzir cerca de 77.6%. São Tomé e Príncipe 71.2% e Moçambique 55%. Portanto, os países estão a reduzir significativamente.”

A FAO e a Cplp implementam uma estratégia de segurança alimentar e nutricional desde 2013, que prevê erradicar fome no bloco com 22 milhões de afetados pelo problema.

A iniciativa destaca atividades nacionais, regionais e globais. Entretanto, Muteia chamou a atenção para o impacto da instabilidade política sobre os esforços dos países.

Melhorias

“A Guiné-Bissau reduziu, desde 1990-92, em apenas 10% e o número de pessoas que passam fome aumentou. São dois dados diferentes uma coisa é a percentagem e a outra é o número de pessoas que passam fome. Na Guiné-Bissau nós conhecemos também os motivos, a instabilidade política que existe neste país. No computo geral, nos países da Cplp houve melhorias significativas.”

O representante também mencionou a prestação positiva do Brasil nas ações de combate à fome nos últimos 15 anos. O país lidera os casos de sucesso da comunidade.

Acelerar o Passo

“O Brasil, por exemplo, conseguiu reduzir a incidência da fome para menos de 5%. O valor equivale ao índice que tivemos nos países mais desenvolvidos. Portanto o Brasil, através de políticas públicas e de uma intervenção concreta não só do setor público mas do setor privado e das associações, conseguiu alcançar este patamar que vale a pena referenciar. Estamos no bom caminho e é preciso continuarmos com o mesmo vigor e com a mesma força e, se possível, até acelerarmos o passo.”

O plano conjunto cobre a criação e o reforço de Conselhos para Segurança Alimentar e Nutricional, no bloco com cerca de 250 milhões de pessoas.

A iniciativa envolve a coordenação das partes para executar a estratégia em parceria com organizações de vários setores, incluindo a sociedade civil.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.


O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia, disse a uma delegação de empresários chineses que o Governo está aberto para receber propostas de investimentos necessários para o desenvolvimento do país.
 
Na passada segunda-feira, 5 de Outubro, num encontro com os empresários chineses que estão de visita à Guiné-Bissau, Carlos Correia garantiu que o país tem potencialidades mas falta-lhe meios e tecnologias para investir, desenvolver e explorar as suas potencialidades. Na mesma ocasião o primeiro-ministro disse que o governo estará sempre disposto a a facilitar a acção dos investidores que pretendam contribuir no desenvolvimento do país.

Após assinatura de um memorando com os empresários chineses, o presidente da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Braima Camará, estimara que o volume de investimento dos empresários chineses na Guiné-Bissau poderá atingir dois mil milhões de dólares americanos.
 
 

 
  

PR rejeita a proposta do PM e pede reformulação de nomes e nº de pastas


Presidente da republica através de um comunicado, convidou ao primeiro ministro, Carlos Correia, para reformular os nomes constantes na lista apresentada para o elenco governamental assim como a diminuição das pastas, tendo em conta a situação económica do país

O Presidente da Republica, José Mário Vaz, considera tão surpreendente e quanto estranho, do nome do ex-Primeiro-ministro, DSP, na proposta do novo Governo, incluindo mais de 80% dos membros do seu demitido governo, não concorre para os esforços de eliminação de causas que estiveram na grave crise politica que pôs em causa o regular funcionamento das instituições.
Com o efeito, a Presidência da República endereçou esta terça-feira 06 de Outubro uma nota ao PM Carlos Correia, convidando-o a reformular as propostas quer da estrutura orgânica do Governo, quer do elenco governamental, e ter em conta os fundamentos da demissão do Governo do DSP.
O Chefe do estado guineense recomenda que se tenha em consideração de existência de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com vista a clarificar dos atos de governação, em áreas sobre cujos titulares paira objetivamente algumas suspeição e em consequências, dos princípios éticos mais elementares sugerem que esses titulares observassem um certo distanciamento a fim de facilitar o normal desenrolar do inquérito.
Presidente Mário Vaz, está convicto que um esforço deve ser feito para uma reformulação substancial das propostas da estrutura da orgânica  do elenco governamental, tornando-as consentâneas com a realidade económica e financeira do país. O PR disse ainda da proposta consta um elevado número de Ministérios e Secretarias de Estados, o que constitui um pesado fardo para as finanças, já de si confrontadas com enormes problemas sociais.
No comunicado à imprensa assinado pelo Ministro porta-Voz da Presidência da Republica, está convencido que o PAIGC, a sociedade e a Diáspora guineense dispõem de um legue variado de quadros competentes em condições de conferir maior idoneidade e credibilidade ao governo, disponíveis para enfrentar os desafios das legitimas ambições do povo, não justificando, por conseguinte, a repetição da maioria dos nomes do Governo anterior, reiterando não ter nenhuma pretensão de sugerir ou indicar qualquer nome ao PM para integrar o governo.
Nesta esteira, o primeiro magistrado da nação quer assegurar as comunidades nacional e internacional, a sua determinação em viabilizar uma proposta que garanta um bom relacionamento institucional. Com o propósito de relançar a governação e prosseguir os esforços de consolidação da estabilidade e de promoção do desenvolvimento económico e social.
Rispito.com soube numa fonte bem colocada que “mais de 80% dos nomes dos membros do governo constante na proposta do elenco governamental, foi rejeitado pelo Presidente Mário Vaz.”
 o6 de Outubro de 2015




“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...