PUN: Idrissa Djalo arrasa com o JOMAV




O Presidente do PUN, Idrissa Djalo, defendeu hoje em Bissau que a solução para a crise política que já dura quase 1 ano, deverá passar "pelo entendimento entre os partidos com assento no parlamento, ou pela dissolução do parlamento pelo presidente da Republica e respectiva convocação de eleições gerais.

"Não existia nenhuma crise política", disse Idrissa, uma posição contrária à do chefe de Estado que se baseou nesse argumento para demitir o governo de Domingos Simões Pereira em agosto último.

Todos os partidos presentes na ANP faziam parte desse Governo, que por isso mesmo era chamado de inclusão, e em várias ocasiões o parlamento votou moções de confiança ao Governo do DSP. Isto mostra que politicamente tudo estava bem. Apenas o presidente da República pensava o contrário...”, disse.

CORRUPÇÃO

Referindo-se às acusações do PR sobre corrupção, Idrissa não se poupou. "O PR fez várias e graves acusações de desvios de fundos e corrupção contra o Governo de Domingos Simões Pereira, mas, estranhamente, até hoje nenhuma prova sobre essas acusações vieram a público, o que não deixa de ser estranho."

ELEIÇÕES

Idrissa Djalo acusou o Presidente da República, que, adiantou, "em vez de buscar saídas para a crise que ele próprio criou, optou pela defesa de uma facção, bloqueando o País e o seu Povo."

O PR não vai dissolver a ANP porque eu quero ou exijo isso. Mas a dissolução da Assembleia Nacional e as eleições gerais vão ser a consequência natural do desenrolar dos acontecimentos criados pelo próprio PR.

SECRETARIA DE ESTADO DAS PESCAS E ECONOMIA MARÍTIMA




PARA A SELEÇÃO DE UM CONSULTOR (FIRM) a (i) preparação e implementação do modelo de Análise bioeconómica COSTEIROS PESCAS E (II) DA REALIZAÇÃO DE MODELAGEM EXERCÍCIOS DE PESCA para testar as medidas de gestão VÁRIOS
O Governo da República da Guiné-Bissau recebeu financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e do Global Environment Facility (GEF) e pretende aplicar parte dos recursos desse subsídio para fazer pagamentos sob a seguinte contrato: "a preparação e implementação de modelos de análise bio-económico para a pesca costeira para o camarão, cefalópodes e peixes demersais e implementação de exercícios de modelagem pesca para testar diferentes medidas gestão, como parte do projeto regionais de Pesca na África Ocidental (COPE) ".
Como parte desta consulta, o consultor (empresa) irá:
1.      criar cursos de formação técnica (recolha de dados, materiais de treinamento, cursos, estudo de caso de modelagem bio-económico ...), para fazer a animação da formação teórica para realizar a modelagem de exercícios práticos, para fazer um relatório avaliação após o treino.
2.      preparar os dados necessários para a modelagem.
3.      Preparar e implementar modelos de análise bio-económico para a pesca costeira de camarão, cefalópodes e peixes demersais, que podem ser usados ​​para o desenvolvimento de uma política de pesca sério.
4.      Realização de pesca modelagem exercícios para testar as medidas de gestão diferentes.
O início dos serviços está prevista para junho.
O COPE Guiné-Bissau convida elegíveis, tem a experiência comprovada e experiência relevante no campo, para indicar seu interesse em prestar os serviços descritos acima.
Os candidatos interessados ​​deverão fornecer informações indicando que estão qualificados para executar os serviços (brochuras, área de especialização, experiência em condições similares, capacidades técnicas e de gestão, qualificações do pessoal-chave a ser feita disposição da missão das referências técnicas pertinentes relativos à execução de contratos semelhantes (com informações sobre a missão, o período, o cliente, o valor do trabalho, conteúdo de serviços, etc ...)
Consultores podem associar para melhorar as suas qualificações.
Uma lista curta de consultores serão estabelecidos após o convite à manifestação de interesse. Os consultores serão selecionados de acordo com os procedimentos de selecção baseados nas Qualificações do Consultor definido nas Diretrizes: Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial em janeiro de 2011, revista em Julho de de 2014.
Os consultores interessados ​​poderão obter mais informações sobre as referências para o endereço abaixo durante as horas de abertura dos seguintes cargos: de 9:00 para a hora local 4:00.
As manifestações de interesse devem ser apresentadas em triplicado, em envelope lacrado"Manifestação de Interesse para a seleção de uma empresa para a preparação e implementação de modelos de análise de sócio-económicas e a realização de exercícios de modelagem pesca para testar diversas medidas de gestão, no âmbito do projecto de pesca Regional na África Ocidental (COPE) "no endereço abaixo em ou antes de 2016/05/18 às 13:00.
sede projeto regional de pesca na África Ocidental - Guinea Bissau (COPE-GB).
Rua Boe, nºs 26 e 26A, Bissau - Guiné - Bissau.
Tel: + 245 966718961 / + 245 966532366 / + 245 9667625070




Estabilidade política depende dos guineenses


Ao discursar na abertura do encontro, que juntou mais de 200 convidados, o enviado do Secretário-Geral da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, sublinhou que cabe à ONU e à comunidade internacional “apenas promover o diálogo”, não “dizer aos guineenses o que deve ser feito”.


Miguel Trovoada lembrou as “várias tentativas” feitas para encontrar mecanismos para estabilizar a Guiné-Bissau, mas referiu que “nunca houve uma base sólida”.
A ONU preparou um documento “com subsídios”, mas “são os guineenses que devem entender-se sobre os mecanismos para a fixação de um pacto de estabilidade”, concluiu Miguel Trovoada.

A sede da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau foi o palco das jornadas de reflexão com o título em crioulo “No mistida i Estabilidade”, que em português significa “Necessitamos de Estabilidade”.
Os cerca de 200 participantes do encontro, entre representantes do Parlamento, Presidência da República, Governo, poder judicial, militares, líderes tradicionais e religiosos, sociedade civil e parceiros internacionais, analisaram mecanismos de consulta e de diálogo, geradores de confiança e esforços tendentes a facilitar o diálogo e a reconciliação nacional, assim como programas de seguimento e apropriação nacional.
O objectivo do encontro, refere o documento, foi promover uma reflexão que apoie as entidades da Guiné-Bissau “na busca de um consenso nacional sobre a estabilidade”.

Paz ameaçada

O “timing” da conferência internacional promovida pela ONU não foi dos melhores: ocorreu numa altura em que agudizam as tensões entre o PAIGC, o partido do Governo, o Presidente da República, José Mário Vaz, o PRS, a maior força política da oposição, e entre o Parlamento.
Às mais recentes trocas de acusações entre o PAIGC e um conselheiro do Presidente guineense e membro do comité central do partido juntaram-se as do PRS e vinte partidos sem expressão, que acusaram o PAIGC e o presidente do Parlamento de forjarem um Golpe de Estado. Isto com a maioria parlamentar do PAIGC fragmentada.

Às acusações de que Cipriano Cassamá, o presidente do Parlamento guineense, conspira para assumir a Chefia de Estado, o que, alegam os acusadores, podia passar pelo assassinato de José Mário Vaz, o Parlamento respondeu em comunicado que estes partidos de “pretendem assumir o poder sem ser por via das urnas”. É referido no documento divulgado pelo Parlamento guineense que os partidos acusadores “promovem inverdades” para “afundar a Guiné-Bissau”, que Cipriano Cassamá “cumpriu com o regimento do órgão antes de convocar uma sessão extraordinária, conforme sugeriu o Chefe de Estado, José Mário Vaz” e tenta encontrar “um compromisso que viabilize um acordo parlamentar sobre o qual possa ser formado um novo Governo para funcionar até ao fim da actual legislatura, em 2018”.

Políticos promovem a crise

O antigo enviado da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, responsabilizou, antes de passar a pasta a Miguel Trovoada, as elites políticas pelo estado de um país “falhado em todos os sentidos”. As forças armadas eram até agora responsabilizadas por tudo o que se passa na Guiné-Bissau “mas são os políticos que manipulam os militares, incitando-os a apoiar uma facção ou outra”, disse José Ramos-Horta.
Para José Ramos-Horta, as elites políticas “são os culpados pelo trágico estado de coisas, pela má gestão, pelo desperdício, pela corrupção e pelo empobrecimento da população” e os militares “apenas se juntaram ao grande assalto realizado pelos políticos, os militares têm-se mantido neutros na mais recente crise política e institucional”.

O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Biaguê Nan Tan, prometeu este ano, ao denunciar tentativas de aliciamento de militares para “criarem confusão”, que não vai tolerar golpes de Estado e “tolerância zero” a insubordinações militares, crónicas na história das Forças Armadas guineense.
“Vou avisando: não tenho prisão para colocar o soldado que tentar dar um golpe de Estado. O seu lugar será no cemitério. Comigo aqui não há lugar para golpes”.
Analistas referem que anos de instabilidade política resultaram numa série de crises na Guiné-Bissau, com os guineenses a viverem um ciclo de violência política, conflito e má-governação.

Contradições prejudicam a estabilidade política, social e económica, e clivagens políticas impulsionam assassinatos, golpes de Estado e conspirações.
Estes factores alimentam a fragilidade no exercício do poder do Estado e promovem o crime organizado, com destaque para o narcotráfico. Alguns estudiosos dizem que a Guiné-Bissau tem sido vítima de inversão de valores, traições, intrigas e inveja.
Especialistas são unânimes em afirmar que a falta de diálogo e de confiança entre as elites políticas, ao lado da intolerância, estão entre os factores que promovem a instabilidade política, e não poucos defendem uma acção musculada da ONU para inverter o quadro actual da Guiné-Bissau.


CGSI—GB: Mensagem aos trabalhadores guineenses por ocasião do 1º de Maio




MENSAGEM AOS TRABALHADORES GUINEENSES ALUSIVO AO 1º MAIO/2016

O 1.º de Maio é o dia de todas as lutas, de todas as trabalhadoras e trabalhadores, em todo o mundo. O dia da festa da dignificação e da valorização do trabalho. Pela Guiné-Bissau inteiro esta é a festa dos trabalhadores. A festa da unidade, pelo conseguido. A luta unida pelo que temos de conseguir que consiste em novas estratégias capazes de melhorar as condições de vida dos trabalhadores, a segurança laboral e o sistema de protecção social, enfim o quadro global do sector de emprego.

Infelizmente, a Guiné-Bissau em virtude da instabilidade permanente continua a situar na lista dos países que oferecem piores indicadores no domínio do emprego. Este cenário negativo ganhou maior amplitude após o derrube do 1º governo da 9ª legislatura do PAIGC, dificultando assim o desbloqueamento das verbas prometidas na mesa redonda de Bruxelas pelos seus principais parceiros.

Caros Trabalhadores,

A instabilidade politica que o país atravessa é deveras preocupante a todos os niveis, porém acredito que para a classe trabalhadora torna ainda mais dificil com a perda de poder de compra, aumento de riscos nos locais de trabalhos e o aumento galopante de produtos de primeira necessidade num periodo em que a campanha de castanha de cajú, responsável por mais de 80% das receitas públicas está em risco de ser um sucesso.

Os indicadores relativos a situação económica e social testemunham uma situação particularmente vulnerável, conforme indicado a seguir:
Um nível de pobreza que continua muito elevado (69,3% em 2010 em comparação com 64,7% em 2002).
Rendimentos muito baixos: (i) 182US$ por habitante;
Baixa cobertura dos serviços sociais;

Finanças publicas em mau estado;
Uma classificação de Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD de 177/187 em 2004;
Uma classificação no âmbito do estudo Doing Business 2010 do Banco Mundial de 181/183.
Estes dados nos mostra que só a estabilidade poderá nos a atingir performances melhores para que possamos igualar aos nossos vizinhos da sub-região.

Trabalhadoras e trabalhadores;

Tenho a consciência clara das vossas dificuldades e partilho da mesma visão que ainda resta um longo caminho a percorrer para tornar realidade o minimo que hoje em dia se exige dos patronatos ou do Estado, isto é, a criação de condições mínimas de trabalho, reajuste e consequente aumento de salário que consubstanciam em obrigações principais de um empregador. Ficam sempre desejos de mudança, porém expectativas de um dia melhor para a classe trabalhadora guineense que ao longo dos anos foram sendo alicerçadas, acabaram sempre a dar lugar à desilusão e ao desespero devido a instabilidade permanente que tem assolado o nosso país.

Colegas sindicalistas, as reivindicações são direitos que nos assiste e que podemos utilizar a qualquer momento, desde que os nossos direitos estão a ser violados, sobretudo quando existe compromissos por cumprir, salários que não compensam, segurança social que não satisfaz, custos de vida a subir e ainda muitos outros motivos pela frente. Agora deixo uma questão para vossa analise; Será que o ambiente politico que se vive no país é propicio para um confronto social?

Neste contexto gostaria de felicitar os trabalhadores guineenses pelo enorme sacrifício que têm consentido nos últimos anos para manter funcional o país mesmo, em circunstâncias impróprias para a vida laboral. Considero por outro lado, que já é hora para invertermos a tendência da história, pois, os trabalhadores guineenses têm que estar cada vez mais unidos, vigilantes, firmes e determinados para dizer:

Basta de instabilidade! Porque o nível de sacrifício consentido até agora, já conduziu a classe trabalhadora guineense e a sua familia a uma condição de vida sub-humana é intolerável;

Basta de instabilidade! Porque é preciso valorizar os trabalhadores que apesar de enormes sacrifícios, sempre têm dado
tudo por esta nação com dedicação, abnegação patriotismo, labutando dia e noite, mesmo sem salário para fazer desta país um lugar diferente pela positiva;

Basta de instabilidade! Porque o momento é de acção, o país precisa de começar a premiar os que merecem e a Administração Pública precisa de ser despartidarizada para dar primazia ao mérito e a competência.

Basta de instabilidade! Porque a hora é de reconciliação, todos os guineenses devem unir-se à volta dos valores republicanos, enterrando ódios do passado para sementar a paz nas nossas palavras e acções rumo a uma verdadeira reconciliação.

Basta de instabilidade! Porque o povo esta cansado de ouvir falar em mandinga, fula, mandjacu, balanta, papel, mulçulmano e cristões, somos um povo único e indivisivel.

Viva trabalhadores da Guiné-Bissau
Viva a nossa pátria amada

Um bem haja a todos!
Secretario Geral da CGSI-GB

Filomeno CABRAL

GUINÉ-BISSAU: CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS PROMOVE LÍNGUA E PROCURA TALENTOS GUINEENSES




Bissau - O Centro Cultural Português promove a partir de terça-feira na Guiné-Bissau a terceira edição da Oficina de Escrita e de Produção Literária, para promover o gosto pelas letras e descobrir novos talentos, anunciou a organização em comunicado.

No final, o centro espera encontrar "12 escritores da nova geração e potenciais novos escritores capacitados em escrita e produção literária em português".

A iniciativa vai ser conduzida pelos escritores Abdulai Silá e Miguel Gullander.

O guineense Abdulai Silá, 58 anos, é engenheiro de profissão, mas dedica-se também à escrita e à análise social, sendo hoje um dos principais escritores do país.

Lançou o primeiro romance "Eterna Paixão", em 1994, que é considerado o primeiro romance guineense.

O luso-escandinavo Miguel Gullander, que viveu na Suécia e tem dado aulas em África, é apontado pela crítica como um autor que mistura os dois mundos e que quebra fronteiras e regras literárias.

Os interessados em participar na actividade devem ter o 12º ano de escolaridade e podem inscrever-se até segunda-feira apresentando um texto com o máximo de 200 palavras.

portalangop/Conosaba/mo

VICTOR PEREIRA, porta—voz do PRS, hoje no tribunal regional de Bissau.




ANTIGO PR DA NIGÉRIA CHEGA AMANHÃ, SEXTA-FEIRA PARA AJUDAR O NOSSO PAÍS ULTRAPASSAR CRISE



OLUSENGUN OBASANJO - ANTIGO PRESIDENTE DA NIGÉRIA


Bissau - O antigo Presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, deve chegar à Guiné-Bissau entre sexta e segunda-feira para ajudar a ultrapassar a crise política no país.

A informação foi terça-feira avançada pelo embaixador nigeriano na Guiné-Bissau, Ahmed Majida, a saída de uma audiência com o Procurador-Geral da República (PGR) guineense, António Sedja Man.

Fonte da procuradoria guineense disse à Lusa que Sedja Man convocou os representantes da comunidade internacional para lhes dar conta da situação processual relativa a alguns membros do actual Governo.

À reunião comparecerem os embaixadores do Senegal e da Nigéria, tendo este último, à saída, informado os jornalistas sobre a viagem de Obasanjo à Bissau.

O diplomata nigeriano disse ainda que o seu país está empenhado em ajudar a encontrar paz na Guiné-Bissau, mas exortou os guineenses a se empenharem também nesse sentido.

"Toda a gente deve contribuir, a classe política, a população em geral, todo o mundo, deve contribuir para a resolução desta crise o mais rápido possível, senão pode custar caro ao país sair dela", afirmou Ahmed Majida.

Mandatado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Obasanjo já tentou solucionar a crise política na Guiné-Bissau noutras duas ocasiões, só este ano.

Movimento de Cidadãos


Queridos irmãos guineenses

É com muita tristeza que assistimos a cada dia uma palhaçada dos atores políticos nacionais, investidos em ódios cegos e estratégias maldosas com o fito único e exclusivo de prejudicar esta Nação sob auspícios dos interesses mesquinhos e de pequenos grupos.
Já estamos fartos de assistir esta dita telenovela, que a cada dia vem comprovando a incapacidade dos implicados na busca de soluções através do diálogo.

Como podemos ficar calados vendo os nossos irmãos a morrerem por causa da greve nos hospitais em resultado desta crise?
Como podemos conformar vendo os nossos irmãos a perderem o ano letivo por causa da greve na educação devido a crise que paralisou o país?
Como podemos bater palmas se a nossa população vive desesperada, cheia de pobreza, come uma vez por dia e outros ainda morrem paulatinamente de fome?
Como podemos dizer viva a Guiné-Bissau se estamos num país onde a população não sente a presença do Estado, onde o governo não consegue garantir os serviços mais elementares?
Como? Como podemos sonhar se os nossos sonhos são alienados por ambições políticas perversas aos interesses do povo?

Irmãos Guineense
O Movimento recebeu na audiência o responsável da Associação dos pais e encarregados da educação, solicitando a nossa intervenção relativamente as paralisias nos sectores da educação e saúde. Facto que agradecemos pela merecida confiança depositada em nós. Isso nos faz sentir que realmente estamos a representar os reais interesses da população.
Em relação as greves o que temos a dizer é o seguinte:
Compreendemos que não se pode exigir uma pessoa que não vá a greve se esta pessoa não tem como subsistir, não podemos negar que estamos numa situação difícil pois todos nós estamos. A causa que os Sindicatos dos Professores e dos Médicos e Técnicos da Saúde estão a reivindicar é justa e é do conhecimento geral! Por isso, aceitem a nossa solidariedade…
Porque sempre estiveram ao lado do povo;
Porque sempre lutaram na defesa dos interesses da nação;
Porque, na verdade, ao contrário dos políticos, vocês são heróis! Sempre estiveram a altura das crises mais profundas e acreditamos que vencerão esta que actualmente se vive…

Queremos relembra-los apenas que as consequências das greves são sentidas única e exclusivamente por nós, seus irmãos, sem recursos para recorrer outros serviços alternativos. Já vários de nós morreram na sequência da greve e centenas sem cuidados de saúde. Quase todos nós estamos em risco de perder o ano lectivo que trarão consequências graves para o país num futuro breve. Chamando a colação o facto de ainda a nossa política ser dominada por analfabetos na sua maioria. Pessoas que agora se exige uma solução dos problemas do país.

Portanto, nós enquanto defensores das causas do povo, apelamos aos sindicatos do sector da educação e saúde uma trégua nas greves para estancar o sofrimento deste sofrido povo. Não queremos com isto dizer que se conformem, mas pedimos apenas uma trégua, que o povo agradece e aprecia com modéstia.
Ao mesmo tempo, exigimos do Governo uma maior seriedade e celeridade na resolução desta questão. A Saúde e a Educação são sectores chaves para o desenvolvimento socioeconómico de qualquer país, devendo para o efeito merecer sempre privilégio e prioridade. Consideramos que tem sido feito pouco esforço para a sua resolução. Se no entanto, as Ministras de Educação e da Saúde, não conseguirem encontrar soluções imediata, que ponham os seus cargos a disposição.

Excelências,
Continuamos acreditar neste país, mas ao mesmo tempo continuamos desesperados com a postura do nosso primeiro magistrado da Nação.
O último discurso do PR proferida na ANP foi um discurso de guerra e de afronta, o PR deveria aproveitar oportunidade histórica para fazer um discurso a altura do homem do Estado e não um discurso a favor da intriga e traição.
Quem ganhará com esta Guerra?
Se o Presidente da República, que deveria ser um arbitro, imparcial, unificador, é parte no conflito?
Aos políticos, gostaríamos de deixar bem claro que o povo guineense não permitirá que os interesses mesquinhos alterem o quadro, parlamentar, resultante da sua vontade expressa nas urnas, capaz descredibilizar o nosso sistema democrático que assenta na existência dos partidos políticos.
Está claro que o PAIGC venceu as eleições então o PAIGC deve governar, se não estaremos abrindo uma precedência grave.

Digníssimos,
Aproveitamos elogiar e encorajar o poder judicial. Existe um caminho limpo para que este sector, vital na vida duma sociedade moderna, se credibilize. Nós enquanto povo acreditamos conscientemente na justiça.

Caros irmãos,
Para terminarmos,
Por falta de uma solução democrática e legal para a actual crise política, o Movimento reafirma exigindo, mais uma vez, eleições gerais, legislativas e Presidenciais. Devendo o PR dissolver a ANP e pôr o seu cargo a disposição… Que o poder seja devolvido ao povo, já que não estão a fazer nada com ele.
Em democracia o povo é quem Ordena!

Casa dos Direitos, 28 de Abril de 2016.

O Movimento
 


 

ONU quer pacto de estabilidade na Guiné-Bissau dentro de um mês


A definição desse pacto é uma das principais recomendações das jornadas de reflexão sobre a situação político-social da Guiné-Bissau, palco de uma crise que tem impedido o funcionamento do parlamento desde o início do ano.


Nas recomendações, o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) compromete-se a incentivar os órgãos de soberania guineenses, para, no prazo de um mês, escolherem três personalidades do país para redigirem a proposta de acordo.

Essas personalidades seriam "independentes, merecedoras de confiança, com reconhecido mérito e integridade ética" no país.

O pacto seria, depois de assinado, depositado no Supremo Tribunal de Justiça.

De seguida, seria disseminado para que possa ser do conhecimento geral dos guineenses, através de meios de comunicação na língua oficial, Português, em crioulo e nas línguas locais.

Foi proposto pelos conferencistas que o documento tenha um "padrinho" ou uma "madrinha", pessoas que lhe possam dar visibilidade interna e externa.

As jornadas concluíram também ser necessário rever a Constituição guineense, um processo que não deve ser feito à pressa e muito menos dentro do atual cenário político marcado por clivagens.

Recomendou-se ainda evitar que os problemas políticos no país sejam resolvidos apenas pelos tribunais e avançar para a reforma do próprio sistema político, da defesa e da justiça, assim como das leis que possam permitir a realização das primeiras eleições autárquicas.

Os conferencistas concluíram também que o principal fator motivador do conflito político no país tem sido a falta de confiança entre os guineenses, sugerindo um estudo aprofundado sobre a matéria.

Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento), local onde decorreram as jornadas, reconheceu ser verdade que existe uma desconfiança generalizada no relacionamento entre os guineenses.

O encerramento das jornadas serviu para Miguel Trovoada se despedir dos guineenses, já que termina na sexta-feira a sua missão como representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau.
 
 

 

JORNADA DE REFLEXÃO SOBRE ESTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU



Sob o “lema: Nô Mistida i Estabilidade”, terminaram ontem quinta-feira em Bissau, dois fias de Jornadas de busca de solução sobre o foco da crise politica promovidas pelo Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (ONIOBISG).

Participaram no evento, representes dos partidos políticos, da Sociedade Cível, do Poder Tradicional, Confissões Religiosas, Comunidade Internacional e militares.

Miguel Trovoada representante da ONU em Bissau rememorou aos participantes que após eclodir da crise política apontaram a necessidade de elaboração de um pacto de estabilidade ou de regime para a criação de uma plataforma de entendimento suscetível de propiciar um quadro de relacionamento político entre as instituições, assente nos pilares do Estado de Direito e no respeito da Constituição da Republica, mas não foram tido nem achados.

Trovoada que termina missão a 30 deste mês na Guiné-Bissau, deixou bem claro que sem
a estabilidade a vida decorre num ambiente de imprevisibilidade e de incertezas permanentes, incapaz de transmitir a confiança a população em geral e os agentes do desenvolvimento e o carácter aleatório dos empreendimentos reduz a iniciativa, receia a criatividade e paralisa o país, por isso a estabilidade é uma exigência fundamental para sobrevivência dos cidadãos.

O Presidente ANP, Cipriano Cassamá disse que é urgente encontrar, uma solução para a saída a crise para que os guineenses possam viver na estabilidade efetiva.

Durante os trabalhos, os participantes debaterão entre outros temas: Os Mecanismos de Concertação Operacionalização da Independência dos Poderes na Constituição, de Geradores de Confiança e Esforços de Reconciliação Nacional com base no Dialogo e de Seguimento e Apropriação Nacional.

MIGUEL TROVOADA DESPEDE MAS DEIXA AVISO À JOSÉ MÁRIO VAZ




“Um Presidente da Republica não deve ser árbitro e jogador ao mesmo tempo, Ou seja, tem que estar equidistante da política. ” 
Disse quinta-feira dia 28 em Bissau, o representante da ONU na Guiné-Bissau, a quando da sua despedida ao Presidente Mário Vaz.

Miguel Trovoada afirmou “ser presidente não é uma tarefa fácil. Como chefe da nação, o senhor tem o papel de árbitro, o árbitro é aquele que está equidistante em relação às equipas que estão a jogar, é aquele que é o garante da aplicação das regras do jogo", é papel do árbitro exigir que as regras sejam cumpridas sem serem modificadas durante o jogo" notou.  

Para Trovoada: "As regras são pré-estabelecidas e se há algo a modificar" terá que o ser antes de se iniciar a partida". Conclui 

Durante a audiência com o PR, os jornalistas foram convidados a sair da sala após os primeiros minutos do encontro. E, saíram quando José Mário Vaz começou a responder ao representante da ONU.

SEPULTADO CHEFE DE ESTADO MAIOR DA ARMADA GUINEENSE



Os restos mortais do Contra Almirante, Sanhá Clussé Chefe de Estado da Armada guineense foi sepultado onte no cemitério Municipal de Bissau, perante Familiares, companheiros da profissão, amigos e conhecidos do militar. 



Sanhá Clusse faleceu no domingo, 24 de abril, em Bissau, vítima de doença prolongada. Foi nomeado Chefe de Estado-maior da marinha guineense em 2012, durante a era do General António Indjai, e logo após a detenção de José Américo Bubu Na Tchutu pelas autoridades norte americanas.

Os graves problemas de saúde de Clussé nos últimos anos, impediram que assumisse efetivamente as suas funções, tendo o seu vice, Carlos Mandunga, garantido a chefia da Armada durante dois anos. Sanhá Clussé era casado pelos usos e costumes, deixa uma viúva e seis filhos. 
Gloria Interna a sua alma!

«PRS- Nota à Imprensa» RESPOSTA AOS COMUNICADOS DO PAIGC




O Partido da Renovação Social, na linha das boas práticas do exercício da democracia, vem esclarecer a opinião pública nacional e internacional, que algumas informações de carácter soez, veiculadas em alguns órgãos da comunicação social e redes sociais, pelo senhor Cipriano Cassamá, o Presidente da ANP, sob ordens da atual Direção do PAIGC, que na ausência de argumentos que sustentem um debate contraditório, enveredam pela via do acometimento, que, aliás, é a única, com que se têm mais feito notar, de forma pública, de há nove meses a esta parte – veja-se o ilustrativo exemplo da afronta e o desrespeito ao senhor Presidente da República, à frente da comunidade internacional, e demais personalidades, aquando das audiências, por eles solicitadas, para solucionar a crise política. Infelizmente, lamentável é de constatar que todas estas atitudes estão em linha com uma estratégia e hábitos ainda eivados de pensamento e ação totalitárias. 

Esta maneira de fazer política que o atual diretório do PAIGC quer fazer vingar entre nós, não só, não fará escola, porque o Partido da Renovação Social lutará contra ela, mas, sobretudo porque uma certa miopia política não lhe permite entender que a cultura da democracia, e os seus valores, já se instalaram, definitivamente, e por livre opção, no ideário e práticas coletivas do nosso povo.

Posto isto, vamos expor o essencial do senhor Cipriano Cassamá, o grande perturbador, de ambição desmedida, que ao invés de assumir pessoalmente as acusações que lhe foram imputadas pelo PRS, escuda-se atrás da uma suposta assessoria de imprensa, que mais não faz do que cumprir as ordens daquele que se julga, “Imperador da Assembleia Nacional Popular", mas que também responde, epistolarmente, pelo acrónimo de PANP.
É preciso notar, que ao contrário dos métodos do atual Presidente da ANP, que acobertado pela suposta assessoria, se arroga distanciar-se de práticas injuriosas relativamente aos seus adversários, os quadros do Partido da Renovação Social assumem-se no debate público, com toda a responsabilidade e liberdade que lhe advêm da conformidade com os dispositivos da lei-quadro dos partidos políticos. Todas as comunicações políticas, não só são produzidas com responsabilidade, como também, são difundidas com a anuência e assunção plena dos órgãos, e nunca, individualmente, nem pelo líder da bancada, e nem pelo seu respetivo porta-voz. O que o Partido da Renovação Social põe em causa não são as pessoas enquanto tal. O que o PRS traz para o debate público é a verdade sobre a probidade no exercicio das funções públicas, e não a ofensa gratuita e desnecessária. O PAIGC bem pode continuar pela via das diatribes bacocas que não terá a nossa resposta. Não foi por essa via que merecemos a confiança do povo, para estar de cabeça erguida nos fóruns públicos.

E não se preocupem com as assinaturas dos documentos produzidos nos nossos órgãos, como se não bastassem os logotipos a encimar os cabeçalhos, porque em fórum devido, se, e quando for chamado, o Partido saberá, como sempre, estar à altura das suas responsabilidades. Portanto, desenganem-se com a vossa estratégia divisionista de querer calar as vozes dos senhores Certório Biote e Victor Pereira, porque enquanto forem líder e porta-voz, respetivamente, do nosso partido, continuarão a desempenhar os papéis para que foram eleitos e designados, e terão a nossa inteira solidariedade.

O Partido da Renovação Social quer ainda esclarecer o nosso povo, sobre esta figura do senhor Cipriano Cassamá, que de simples técnico agrícola, ascendeu a vários cargos públicos, arvorando-se de engenheiro agrónomo. Na realidade, o Cipriano Cassamá que toda a gente conhece, não passa de um mestre na arte da bajulação (barri padja).

Contudo, o PRS também se reserva ao direito de questionar a probidade deste senhor, na medida em que, assim o denotam, vários dos seus comportamentos, nomeadamente, insultos aos funcionários da ANP, ao seu staff, ao ministro de finanças, Dr. Geraldo Martins, e, em particular, numa atitude de tamanha grosseria, envolveu-se em cenas de pugilato, com o Presidente do PAIGC, num passado recente, tanto na sede do PAIGC, como na própria Assembleia Nacional Popular.
Recordamos ainda, que este Presidente da Assembleia Nacional Popular, devido à sua ambição, sem precedentes, pelo poder e pelo dinheiro, é capaz de tudo. Não olhando a meios para atingir os seus fins, é capaz de arrasar tudo e todos que se lhe opõem. Quem não se lembra da triste memória que foi, a desajustada, desastrosa e delirante experiência da Presidência Aberta promovida por este senhor, numa atitude desafiadora da regra de separação de poderes consagrada na nossa Constituição? Quem não se lembra, deste senhor ter questionado, o então comandante do batalhão do Palácio da República, António Indjai, sobre a presença e a possibilidade da remoção dos balantas nesse destacamento militar? Quem não se lembra, ainda, deste senhor ter afirmado que se devia juntar os balantas num contentor e deitá-los ao mar? 

É este Presidente da ANP que disse que quer assumir a postura de facilitador de diálogo, entre os partidos políticos, com vista à obtenção de um acordo de incidência parlamentar e à formação de um governo inclusivo. Perguntamos: na base de quê, e na qualidade de quê? Mas quem é este senhor para assumir tal postura, conhecido que é de possuir um espírito odioso, e ainda de mais uma obsessão: o ser Presidente da República deste País. Nada mais nos espanta, depois da tamanha borrada que andou a fazer, todo este tempo, com a criação de todo este imbróglio, é natural que esteja de consciência pesada. "Devemos andar depressa, mas não correr. Sem oportunismos e nem entusiasmos, que nos façam perder de vista a realidade concreta. (Amílcar Cabral)".

O senhor Presidente da ANP e o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afinal sabem que num Estado de Direito democrático o que ordena são as leis. Mesmo assim, insistentemente, continuam a confundir e a manipular a opinião pública, chegando ao ponto de pôr em causa o acórdão com pedidos de esclarecimentos e concretizações sobre o mesmo? Mais perguntamos: afinal, quem é que está em estado de desespero com mentiras e falsidades previamente concebidas e criminosamente executadas? O que o povo não sabia, é que o atual Presidente do PAIGC também é doutorado em Ciências Jurídicas, o que a ser verdade, aproveitamos para lhe endereçar um convite para concorrer ao cargo de Juiz Conselheiro. A este propósito, quem não se lembra da eloquente e delirante interpretação pública, deste Presidente do PAIGC, que pretendia a todo o custo, que 45 votos fossem suficientes para aprovar o Programa do Governo?
Lembramos por isso, e a este propósito, que apesar da soberania que assiste a Assembleia Nacional Popular, que é um órgão legislativo, por excelência, não lhe cabe, contudo, o exercício da interpretação das leis, que é tarefa do Supremo Tribunal de Justiça, no nosso ordenamento jurídico. O Partido da Renovação Social entende que o estatuído no n. 1 do art.º 82. º da Constituição da República, que diz que, "nenhum deputado pode ser incomodado, perseguido, detido, preso, julgado ou condenado pelos votos e opiniões que emitir no exercício do seu mandato", vem, definitivamente, sanar a questão do estatuto de deputado independente. E que aliás, é fixado, no acórdão n.º 3/2016 do Supremo Tribunal de Justiça.

Relativamente à atribuição da responsabilidade pela morte do Presidente Nino, a criação dos "aguentas", a queda do governo de Carlos Gomes Júnior e da agudização da tensão entre o Presidente José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira, que aludimos nosso comunicado de imprensa, consubstanciam, de resto, fatos de notório conhecimento público nacional e internacional.
Por outro lado, queremos lembrar ao povo guineenses que o PRS ganhou as eleições livres e democráticas de 2000, em cujo governo participaram algumas figuras do PAIGC, nomeadamente, o atual Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, o atual Secretário da Juventude e Desportos, Conduto de Pina, e várias outras figuras do PAIGC, com um denominador comum, todos eles em flagrante violação da disciplina partidária do PAIGC.

Que tipo de moralidade nos pedem, o PAIGC? Quem deve ser questionado sobre problemas de moral, é o próprio PAIGC. Vejamos:

Quem assassinou Amílcar Cabral, Domingos Ramos e Osvaldo Vieira, ainda durante a gloriosa luta de libertação?
Quem provocou a guerra fratricida de 7 de junho de 1998?

Quem deu o golpe ao PRS a 14 de setembro de 2003, senão o PAIGC com cumplicidade externa;
Não foi no governo do PAIGC que figuras públicas como Helder Proença, Baciro Dabó, Sambá Djaló, Roberto Cacheu, Iaia Dabó foram humilhados e barbaramente assassinados por agentes ao seu serviço?

De que moralidade falam Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassamá, quando, num ato de desespero, para que o PRS regressasse ao governo de inclusão, o primeiro, não hesitou, em implorar desculpas ao Presidente Nambeia, e o segundo, em deplorar, de joelhos, ao Presidente Nambeia, perante testemunhas, a insensatez das múltiplas bravatas e arrogâncias por eles manifestadas durante as negociações com o PRS?
Com que moral, anda o Domingos Simões Pereira, a aliciar deputados do PRS a troco de avultadas somas pecuniárias, a fim de os subtrair para a sua bancada na contagem aritmética dos votos. A este propósito esclareça-se que o PRS nunca castigará os seus dois deputados que se recusaram a alinhar na abstenção decidida pelo partido, preferindo não votar, na aprovação que, no entanto, acabaria por chumbar o programa do governo do PAIGC. 

Este é um bom exemplo, que desmente categoricamente, a ideia subjacente na comunicação do PAIGC, de que o PRS, porque não ganha eleições, se serve de arranjos eleitorais para passar boa parte do tempo na governação. Ora, os factos relatados no parágrafo anterior contrariam essa ideia. O Partido da Renovação não anda atrás de arranjos. E se os quisesse, teria integrado o governo do PAIGC. Contudo, não o fez pensando numa estratégia mais abrangente, mais inclusiva, e que nos permita uma saída mais duradoura para estas cíclicas crises políticas que assolam o País, a fim de garantir a paz e a estabilidade.
Por outro lado, quando se vem afirmar que o PRS não consegue ganhar eleições através das urnas, e vai buscar arranjos pós-eleitorais, e pós-golpes de estado, recordamos o seguinte: em 2006, o PRS integrou o governo do Fórum de Convergência Democrática liderado pelo Dr. Aristides Gomes, a convite do próprio PAIGC, e novamente, em 2008 integrou o governo de Pacto de Estabilidade liderado pelo eng. Martinho Indafa Cabi, a convite do PAIGC. Este caso não é um crime, prova apenas o mérito e competência dos nossos quadros, que ficou patente no governo de Domingos Simões Pereira. Facto corrente na experiência de muitas democracias do mundo contemporâneo.

É lamentável, mas é ainda deste PAIGC, com um recente passado tenebroso, de que estamos a falar, porque ainda agora, nos nossos dias, pelos seus atos e ações denota no seu DNA, resquícios totalitários. Portanto, ainda estamos a falar de um PAIGC, de insurreição, de centralismo democrático, que na falta do inimigo colonialista, inventa outros. Enfim, de um PAIGC incapaz de se quedar ao charme da democracia. 
Para que vale o PAIGC ganhar tantas eleições, se, em 40 anos de independência, o povo guineense ainda não colheu frutos da paz, estabilidade e desenvolvimento que tanto almeja e merece? Povo este, que se resume, há décadas, a um mártir de esperanças falhadas. É caso para dizer, que se no passado o PAIGC nos libertou do jugo colonial, hoje, quem está no direito de se libertar do PAIGC, é o povo guineense.

Como é possível, o PAIGC se proclamar de vencedor de 4, em 5 eleições legislativas na nossa história democrática, se bem que foi no cômputo geral desta macabra e antipatriótica governação, é que o próprio conduziu a pátria de Amílcar Cabral à ruína. Com um vasto rol de corrupções, matanças de camaradas, ódios, vinganças, golpes, contragolpes, tentativas de limpeza étnica, desunião, incompetência, e mendicidade do próprio Estado, o Partido da Renovação Social fica sem saber de que se orgulha o PAIGC. Factos que com toda a segurança, podemos hoje, afirmar, que não passariam pela cabeça do fundador da nossa nacionalidade.
Lamentavelmente, o PAIGC, agora dirigido por Domingos Simões Pereira, transformou-se num partido de matriz anti-Combatente da liberdade da Pátria, e podemos mesmo afirmar, que é destrutivo, e é apático em apresentar propostas de solução à crise, que ele criou, e que a perdurar, este estado de coisas, certamente, trará consequências imprevisíveis e desastrosas para a Nação guineense.

Por último, o Partido da Renovação Social reitera as acusações tornadas públicas, e não recua um milímetro, pelo que aguarda por ações do senhor Cipriano Cassamá e do PAIGC para as devidas e adequadas respostas para o atual momento.
Guardamos para o nosso próximo comunicado notícias que darão conta dos bilhões em gastos sumptuosos nas mais de 50 supérfluas viagens realizadas por Cipriano Cassamá, e pela compra por este governo ilegal de mais 35,2 bilhões de Fcfa de crédito mal parado da dívida de privados, que já foi posta em causa pelo Programa de Assistência Financeira assinado com o Fundo Monetário Internacional. Por este motivo apelamos ao senhor Presidente da República, que tome medidas tendentes a sustar esta operação.

Nesta esteira apelamos a todos os militantes, simpatizantes e dirigentes e a população em geral para se manterem calmos e firmes perante as manobras maquiavélicas e desestabilizadoras de Domingos Simões Pereira e de Cipriano Cassamá.

Viva a PAZ e Liberdade

Viva o Povo Guineense

Bissau, 27 de abril de 2016

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...