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«GRUPO DOS 15» "É RESERVADO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O DIREITO DE SER O ÚNICO COM RESPONSABILIDADE DE ESCOLHER ENTRE OS TRÊS NOMES SUGERIDOS A FIGURA DA SUA CONFIANÇA", DIZ BRAIMA CAMARA
O grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC volta a condicionar o diálogo com vista ao regresso à partido ao levantamento de todas as sanções impostas pela direcção do PAIGC. Exortam ainda o Presidente da República a usar a magistratura das suas funções com vista à implementação do acordo de Conacri, disse Braima Camará.
Camará insurgiu-se contra as interpretações diferentes que se faz do acordo em Bissau e afirmou que cabe ao Presidente escolher a figura da sua confiança que possa reunir maior consenso possível entre as partes. Ressalva que é reservado ao Presidente o direito de ser o único com responsabilidade de escolher entre os três nomes sugeridos a figura da sua confiança.
Sobre o regresso ao partido, disse que em primeiro lugar este deveria pautar pela resolução de problemas internos e levantamento de todas e quaisquer restrições - extensivo a todos. Para Braima Camará, sem esses condicionalismos está-se a "brincar com a país".
Conosaba com Jornalista Braima Darame/MO
BUBO NATCHUTO RECEBIDO EM AUDIÊNCIA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O ex-chefe de Estado-Maior da Armada guineense, José Américo Bubo NaTchuto foi recebido ontem em audiência, pelo Presidente da República, José Mário Vaz.
À saída, Natchuto disse aos jornalistas que foi ao Palácio cor de-rosa, com propósito de cumprimentar o Chefe de Estado, após uma viagem longa e dura feita aos EUA.
Falando sobre o seu regresso nas fileiras das Forças Armadas guineenses, o militar afirma que tudo depende de “Comandante em Chefe das Forças Armadas”, neste caso, o Presidente Mário Vaz, e manifesta-se disponível para continuara a dar a sua contribuição ao país que lutou e conquistou nas matas contra o jugo colonial, “ porque sou Combatente da Liberdade da Pátria” disse Bubo.
CRISE CONTINUA E O PR SEM SOLUÇÃO
No âmbito de continua busca da saída para a crise e o impasse, os cinco principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau reuniram ontem, 26 de Outubro, com o Presidente da República, José Mário Vaz.
Mas ao que saiu desse encontro, os parceiros na voz do porta-voz, Ovídio Pequeno, resumiram o encontro aos microfones da comunicação social de que ainda há muito trabalho por fazer antes da implementação do acordo de Conacri. Disse repetidas vezes o representante da União Africana, sem avançar com nenhuma explicação do muito trabalho em referencia.
Rispito/MO
AUSCULTAÇÃO DO PR AOS PARTIDOS É "DESAPROPRIADA"
O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, classificou ontem como "desapropriada" a auscultação do Presidente da República da Guiné-Bissau às forças políticas realizada esta semana.
"Voltar agora a convocar as forças políticas" é uma "tentativa de descredibilizar o Acordo de Conacri" de "forma desapropriada", referiu Simões Pereira aos jornalistas, depois de ter sido recebido pelo chefe de Estado, José Mário Vaz.
Os partidos com assento parlamentar e outras entidades assinaram um acordo a 14 de Outubro passado para ultrapassar a crise política no país, mas não há consenso quanto à figura que o Presidente deve nomear como novo primeiro-ministro.
O general Umaro Sissoko, o diretor do banco central, João Fadia, e um quadro do PAIGC, Augusto Olivais, são os três nomes em cima da mesa - sendo este último defendido pelo partido de Simões Pereira, que venceu as eleições de 2014.
No entanto, a maioria que está no Governo, formada pelo Partido da Renovação Social (PRS) e por um grupo de 15 deputados que se afastaram do PAIGC, nega haver entendimento em redor de Augusto Olivais, como hoje frisou Florentino Pereira, secretário-geral do PRS, ao deixar a presidência.
Braima Camará, ouvido em representação do "grupo dos 15", frisou que o acordo prevê que seja José Mário Vaz a escolher um nome.
"O que falta é a Assembleia Nacional Popular funcionar", referiu o primeiro-ministro Baciro Djá, um dos 15, escudado na aliança maioritária com o PRS.
O PAIGC domina os órgãos parlamentares, recordou Inácio Correia, vice-presidente da assembleia, que depois do encontro com o Presidente admitiu que a crise possa prolongar-se.
Se não houver nenhuma solução, Agnelo Regalla, presidente da União para a Mudança, admitiu hoje que talvez seja melhor avançar para eleições antecipadas.
Das outras duas forças no parlamento, Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática (PCD), defendeu que "a crise não pode continuar", enquanto Iaia Djaló, do Partido da Nova Democracia (PND, defendeu como necessárias as reformas legislativas previstas no Acordo de Conacri.
Rispito/MO
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