Quando há dias o Senhor Negado Fernandes solicitou em nome dos Régulos da Guiné-Bissau uma audiência com o Presidente da Assembleia Nacional Popular, este foi-lhe concedida e na ocasião, um pequeno grupo de 21 régulos dos mais de uma centena existentes no país, limitaram-se pelas vozes dos seus porta-vozes, Senhores Quebá Dabó e Negado Fernandes, a perguntar ao Presidente da ANP os motivos pelas quais a plenária deste órgão não se reunia para aprovar o Programa do Governo.
Numa detalhada explicação dada pelo Presidente da ANP foi-lhes dado todos os esclarecimentos necessários e sustentados pelos competentes suportes constitucionais e regimentais dos mecanismos exigidos para a convocação de uma plenária e dos mecanismos de funcionamento da Assembleia Nacional Popular enquanto instituição legislativo e de fiscalização.
O PAIGC e a sua Bancada Parlamentar sempre consideraram os régulos como sendo representantes de um poder extremamente respeitado no meio comunitário, que nasceu do crédito e crença das comunidades em torno do carisma e da ascendência de uma fação no seio da própria comunidade que pela sua natureza e essência visa ações positivas a partir de uma certa equidistância sobre querelas de índole política.
Nessa missão de tutela comunitária, a par de características de isenção e independência que acompanhou as suas atuações os levou a granjear respeito no seio das suas comunidades e na própria sociedade guineense.
Porém e sem descurar da importância do seu papel, é bom recordar ao povo guineense e muito em particular os régulos que se predispuseram imiscuir de forma parcial nesta crise política, de que a Guiné-Bissau é uma República assente num modelo de democracia e de Estado de Direito onde a monarquia não tem lugar nem espaço para qualquer tipo de veleidade de ordem impositiva.
Equivale isso dizer que ao regulado que por mera permissão ou cortesia é chamado somente para exercer a sua nobre função de apaziguar conflitos, à semelhança do que sucede com as confissões religiosas, com os homens grandes, com os djambakús, bem como de outras organizações da sociedade civil.
Equivale isso dizer que ao regulado que por mera permissão ou cortesia é chamado somente para exercer a sua nobre função de apaziguar conflitos, à semelhança do que sucede com as confissões religiosas, com os homens grandes, com os djambakús, bem como de outras organizações da sociedade civil.
Por isso o PAIGC e a sua Bancada Parlamentar lamentam profundamente a opção tomada, felizmente por um grupo insignificante de régulos, enganados e manipulados pelo Senhor Negado Fernandes, o autointitulado Juiz do Povo e que se arvora em Chefe e Coordenador dos Régulos da Guiné-Bissau sem nunca ter sido Regulo ou pertencente à linhagem necessária e obrigatória para o ser, a imiscuir-se de uma forma leviana e irresponsável e incompatível com o papel de conciliador que compete ao régulo exercer, em assuntos onde não têm um mínimo de conhecimento e neste caso concreto, o do funcionamento da Assembleia Nacional Popular, tentando tomar atitudes de todo desaconselhável para qualquer régulo que se preze.
Contudo, o PAIGC e a sua Bancada Parlamentar continuam a nutrir uma grande respeito pelos régulos, enquanto autoridades tradicionais, devido ao papel complementar que exercem na organização da sociedade guineense, aguardando que continuem com a sua atitude, respeito e credibilidade a promoverem no seio das suas comunidades ou regulados respetivos uma atitude de promoção da aproximação, de resfriar as almas e de conciliação e não o de aventurar-se em campos que não são da sua competência e sobre o qual não têm nenhum domínio ou conhecimento que lhes autorize a desfaçatez de uma tomada dessa posição pública aberrante.
Cremos que ainda vão a tempo de apelarem à sua consciência e a circunscreverem os seus atos naquelas funções de mediadores isentos, pois de contrário seremos obrigados a pensar ou a concluir que o posicionamento assumido por este pequeno grupo de régulos e felizmente não a maioria dos régulos, foi ditado pela compra da sua consciência, porque jamais se assistiu na história das crises guineenses um posicionamento tão ostensivo e ofensivo à verdade.
O PAIGC e a sua Bancada Parlamentar querem demonstrar o seu grande respeito pelos régulos, principalmente pelos régulos que não se deixaram manipular pelo Senhor Negado Fernandes, ponta de lança do Senhor Presidente da República e seus seguidores e que continuam nos seus regulados respetivos a cumprirem com a sua missão de conciliar e reconciliar os guineenses com a sua inteligência e sábia sabedoria, tentando trazer paz e estabilidade à nação guineense.
O PAIGC e a sua Bancada Parlamentar querem demonstrar o seu grande respeito pelos régulos, principalmente pelos régulos que não se deixaram manipular pelo Senhor Negado Fernandes, ponta de lança do Senhor Presidente da República e seus seguidores e que continuam nos seus regulados respetivos a cumprirem com a sua missão de conciliar e reconciliar os guineenses com a sua inteligência e sábia sabedoria, tentando trazer paz e estabilidade à nação guineense.
O PAIGC e a sua Bancada Parlamentar tomaram boa nota de que dos mais de cem régulos existentes no território nacional somente uma dúzia se predispôs aceitar e acompanhar o Senhor Chefe dos Régulos sem nunca ter sido em dia algum Régulo ou filho de Régulo que se dá pelo nome de Negado Fernandes, Juiz do Povo ao serviço do Senhor José Mário Vaz.
Todos os guineenses, com o desenrolar desta crise, cujos objetivos é derrubar o PAIGC do poder que conquistou nas urnas, sabem donde é a origem, a promoção e a condução desta crise, despoletada e guiada pelo Senhor José Mário Vaz e os seus acólitos.
A terminar, o PAIGC e a sua Bancada Parlamentar agradecem todos os régulos que não se deixaram manipular pela mentira, pelo oportunismo e pelo dinheiro e publicamente reconhecer o seu papel de verdadeiros defensores da paz e da estabilidade entre os guineenses e aproveitar esta oportunidade para alertar os régulos que estão a acompanhar Negado Fernandes na sua aventura de remar contra a maré, de que devem juntar-se aos que defendem a democracia e o Estado de Direito e de não aceitarem a implantação de uma ditadura na Guiné-Bissau.
Negar isso é fazer-se de avestruz ou ser inimiga da verdade.
Nunca o mal venceu o bem.
Nunca o mal venceu o bem.
O Grupo Parlamentar do PAIGC