O “tempo urge” para a Guiné-Bissau após dois meses sem governação e agora a enfrentar insegurança com a formação do novo Governo recém-empossado, afirmou Raul de Melo Cabral, chefe de coordenação do Assessor Especial para África da ONU.

guine_bissau

“Otempo urge. Temos vindo de crise em crise e, por vezes, dá a impressão que vivemos um mal crónico, que é o mal da crise permanente”, disse à Lusa o guineense, que chefia a coordenação do Programa de Desenvolvimento do Gabinete do Assessor Especial para África das Nações Unidas (OSAA, na sigla em inglês).

O Presidente da República, José Mário Vaz, nomeou a 12 de Outubro o novo Governo de Carlos Correia, dois meses depois de ter demitido o executivo liderado por Domingos Simões Pereira.
Na opinião de Raul Cabral, a comunidade internacional esteve apreensiva durante o impasse político que tomou conta do país africano durante Agosto, Setembro e início de Outubro.
“A Guiné-Bissau é um dos países frágeis em todos os seus aspectos, desde a governação, à sua economia. No meio dessa confusão, mal havia um governo de gestão sequer. Obviamente que a comunidade internacional estava apreensiva pela recente história do país”, analisou.
Sobre as críticas de que a ONU não tem estado a cumprir o seu papel de ajudar na estabilização do país, Raul Cabral discorda.
“Penso que a ONU tem desempenhado um papel crucial e não há nenhuma dúvida que as coisas poderiam ser muito piores se as Nações Unidas não estivessem lá para ajudar. Mas a ONU só pode ajudar quando as partes envolvidas estão dispostas a isso”, ressalvou.
Para o responsável, é uma questão de tempo até o país encontrar o seu passo. O guineense admitiu que foi apanhado de surpresa ao saber da notícia da demissão do Governo, porque estava entusiasmado com o rumo que o país estava a tomar.
“Fui apanhado de surpresa com o que aconteceu. Desta vez que o partido líder PAIGC conseguiu maioria, a Guiné-Bissau estava no bom caminho e tinha todo o apoio internacional”, disse.
Em Março deste ano, o então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira foi à mesa redonda de doadores em Bruxelas com o objectivo de conseguir 427 milhões de euros de ajudas financeiras. A União Europeia prometeu um apoio de 160 milhões de euros e Portugal outros 40 milhões.
Cabral destacou o facto de, desta vez, não ter havido nenhuma intervenção militar e que utilizaram-se os mecanismos jurídicos para resolver o impasse político.
“Esta situação poderia ter sido evitada, mas é de aplaudir o fato de que todos comediram as suas acções, o que permitiu que a solução fosse encontrada. Muito embora tenha levado tempo, foi uma solução negociada que utilizou as instituições jurídicas e legais”, reforçou.
Para Cabral, a Guiné-Bissau tem todas as condições para ser um país de êxito e caberá aos seus governantes utilizarem o “bom senso” e os mecanismos institucionais.
O responsável destacou ainda a necessidade de reforçar os mecanismos de prevenção de conflito e promoção de diálogo para detectar e impedir futuros males e problemas.
Cabral disse ter “muita fé” na Guiné-Bissau e no seu povo, e referiu estar convencido de que será possível encontrar uma solução pacífica e sustentável.
“Como africano, partilho do ponto de vista que os problemas devem ser resolvidos pelos africanos e com os africanos. A ONU está lá para dar apoio, ajudar, servir como plataforma de coesão e ser um facilitador”, defendeu.

SOLIDARIEDADE: Venderam papel para erguer escola na Guiné-Bissau


Fonte: Jornal de Notícias

Sensibilizar a população para os direitos humanos, e angariar dinheiro para a construção de uma escola na Guiné-Bissau, é o objetivo do grupo de intervenção e ação humanitária (GRITAH) da Lixa, Felgueiras.

Desta forma, três jovens do grupo, acompanhados do padre André Ferreira, vigário em Felgueiras, partem depois de amanhã, de jipe, rumo à Guiné-Bissau, numa "aventura humanitária". O grupo pretende "consciencializar a população para a importância da educação.



"Queremos que a comunidade se envolva neste projeto e que esta viagem sirva como um grito, uma forma de sensibilizar para os direitos humanos". Esta é também uma forma de "impulsionar a associação para conseguir um maior número de apoios", refere David Cerqueira, elemento da associação. O jipe vai ser entregue ao bispo de Bissau e ficará ao serviço de uma comunidade carenciada. Os três jovens (David, Daniel e Tiago) vão ficar até meados de dezembro a trabalhar em Nhoma (onde já existe um terreno destinado à construção da escola), com uma ordem de irmãs missionárias .

"A criação desta associação e do nosso atual projeto solidário partiu da experiência de voluntariado de uma colega, que lidou de perto com a falta de infra-estruturas para o ensino", refere David.

Angariação de fundos

Os cerca de 15 jovens da associação recolheram 200 mil quilos de papel para a reciclagem, durante um ano e meio. A venda foi o primeiro passo para a angariação de fundos para a construção da escola.

Antes de partir, a associação promoveu, no passado dia 6, uma conferência: "A Europa Social e os Direitos Humanos". O evento realiza-se na Secundária de Felgueiras, às 18 horas, e conta com presença do Prof. Adriano Moreira, do padre Almiro Mendes e do dr. José Pavão, cônsul honorário da Guiné-Bissau. À noite, no mesmo local, será feito um jantar solidário. O valor do bilhete reverte a favor do "Projeto Bissau".

MULHER: Promoção de direitos na Guiné-Bissau é boa, mas não chega

mulheres-guiné-bissau




A promoção dos Direitos Humanos e da Equidade nas rádios guineenses tem sido positiva, mas a mensagem que se passa é insuficiente por causa da sucessiva instabilidade que reina na Guiné-Bissau, disse ontem à agência Lusa uma investigadora portuguesa.

Em declarações à Lusa, em Lisboa, Sofia Carvalho de Almeida falava da conclusão possível de se retirar do livro "A Rádio como Instrumento Pedagógico na Difusão dos Direitos Humanos", lançado quinta-feira à noite pela Chiado Editora, que demorou quase cinco anos a concluir devido à instabilidade política no país.

A autora perguntou-se sobre de que modo a rádio é um instrumento pedagógico para o entendimento dos direitos humanos sob o ponto de vista do género, contribuindo para uma maior participação da mulher, e a resposta, no final da investigação, foi simples: "tem potencial".

Sofia de Almeida, 39 anos, licenciada em Ciências da Comunicação e da Cultura, com mestrado em Jornalismo, Política e História Contemporânea, salientou que, na Guiné-Bissau, há ainda uma "grande lacuna" nos direitos das mulheres e humanos, faltando a "consciencialização" da classe política e da sociedade civil para percorrer esse caminho.

"As rádios, sobretudo a Sol Mansi (com base em Mansoa, 60 quilómetros a oeste de Bissau e a que atualmente chega a todo o país), constituem o mais poderoso instrumento pedagógico num país como a Guiné-Bissau, mas, por mais vontade que possa insistir, tudo regressa praticamente à estada zero após a instabilidade", frisou.

A antiga designer e jornalista, que trabalhou durante quatro anos e meio (2011/15) na área da advocacia e da comunicação para o desenvolvimento nas Nações Unidas na Guiné-Bissau, salientou, nesse sentido, a importância de ter trabalhado e investigado num país que está, segundo a ONU, entre os 10 mais pobres do mundo.

"Trata-se de um país que tem na rádio um dos maiores disseminadores de notícias e de informações, servindo como poderoso catalisador de transformação social e de emancipação política, em que os avanços, sempre ligeiros, têm sempre os correspondentes retrocessos devido à insegurança", sublinhou a autora.

Segundo Sofia de Almeida, que atualmente é coordenadora dos departamentos de Educação para o Desenvolvimento e de Advocacia e de Comunicação Social da Fundação Evangelização e Culturas (FEC), a mulher guineense, porém, teve sempre um papel interventivo na sociedade guineense.

Tal advém da participação, a vários níveis, na luta de libertação (1963/74) do jugo colonial português e que se tem mantido ao longo dos anos, inclusivamente na política, mas nunca se atingiu qualquer nível de paridade.

Com 274 páginas, o livro analisa a plataforma transversal da rádio, a diversidade étnica no contexto dos media, a democracia e os Direitos Humanos, o papel da comunicação social na equidade do género e as participação política da mulher na Guiné-Bissau e no contexto internacional. Lusa

"DESERTO AVANÇA SOBRE A GUINÉ-BISSAU DEVIDO AO CORTE DESCONTROLADA DE FLORESTAS", - ESPECIALISTA



Parte do território da Guiné-Bissau mostra sinais de se estar a transformar num deserto devido a décadas de abate descontrolado de florestas sem que haja medidas para travar o problema, alertou um dos antigos responsáveis pelo setor florestal.

Se a devastação voltar a níveis registados até 2014, "o deserto vai entrar com uma força tão grande que eu acho que o povo guineense não merece tanto castigo", referiu à Lusa Constantino Correia, engenheiro florestal.

Constantino já foi diretor-geral de florestas entre 2004 e 2005 e agora acompanha projetos de autossuficiência alimentar para o Ministério da Agricultura da Guiné-Bissau.

Este especialista no setor faz parte de um grupo que está a analisar crimes ambientais cometidos no país para debate num fórum criminal a dinamizar nos próximos meses pelas Nações Unidas.

A agricultura nómada, a exploração de lenha e carvão (fonte de energia da maioria dos lares guineenses) e a plantação de árvores de fruto têm dizimado a floresta, mas na última década o corte ilegal acelerou a devastação.

O auge da invasão dos "tronqueiros" e suas motosserras, como são conhecidos pela população os madeireiros, aconteceu depois do golpe de Estado militar de 2012.

"O Estado deixou de existir, as pessoas faziam o que queriam e o que aconteceu nas florestas da Guiné-Bissau espero que nunca mais aconteça", disse Constantino Correia à Lusa, ao classificar os números como "avassaladores".

O único inventário florestal do país, publicado em 1985, recomendava um limite de corte de 20.000 metros cúbicos de madeira por ano para a soma de dez espécies comerciais.

No entanto, só em 2014, a Direção-Geral de Florestas e Fauna (DGFF) certificou a exportação de 91.138 metros cúbicos de uma única espécie cortada na Guiné-Bissau, a madeira pau-de-sangue, tendo quase toda como destino a China, referiu Constantino Correia.

"Isto é muito grave", sublinha, e só aconteceu porque houve "muitas cumplicidades" das mais altas autoridades para que um punhado de gente ganhasse muito dinheiro em pouco tempo, sem olhar aos danos ambientais a médio e longo prazo.

"Somos um milhão e meio de guineenses a viver neste país, que se submeteu aos caprichos de um número insignificante. O negócio da madeira não beneficiou mais que cinco mil pessoas" e de forma ilegal.

Constantino Correia alerta que o corte continua, embora de forma mais tímida, ou seja, "caiu 95%" depois de as autoridades eleitas em 2014 tomarem posse, mas aproveita-se sempre da falta de meios de fiscalização.

A Lusa tentou obter esclarecimentos juntos dos ministérios da Agricultura e dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, mas sem sucesso.

Entretanto, a paisagem continua a mudar: o antigo diretor-geral das florestas diz que o aviso que está a lançar é muito sério.

Sobretudo no leste do país, regista-se uma subida de temperaturas para valores "nunca vistos na Guiné-Bissau", há mudanças na periodicidade das chuvas e surgem tempestades de poeira.

Ao mesmo tempo, "o coberto vegetal está a diminuir drasticamente" e daqui a uns anos será a vez de juntar a esta paisagem as consequências do abate desenfreado que decorreu de 2012 a 2014.

Lusa/Conosaba/MO



CAJU, O FRUTO QUE MAIS RENDE NA GUINÉ-BISSAU ESTÁ SUBAPROVEITADO E DESTRÓI FLORESTA - ESPECIALISTA



O caju, o fruto que mais rende às famílias da Guiné-Bissau está a destruir floresta e a dar lugar a uma monocultura com produção muito abaixo dos países vizinhos, disse à Lusa um antigo dirigente do setor.

"É urgente pensar no reordenamento dos pomares de caju", advertiu Constantino Correia, engenheiro florestal que dirigiu o setor entre 2004 e 2005 e que agora acompanha projetos de autossuficiência alimentar.

Todos os anos, entre 30 e 80 mil hectares de floresta são abatidos pela população da Guiné-Bissau para obter lenha, carvão, madeira para diferentes usos e para plantar árvores de fruto ou outros trabalhos agrícolas, referiu.

O número pode ser conservador, uma vez que diz respeito ao inventário florestal de 1985, o único de que o país dispõe, mas as visitas ao terreno mostram que o avanço do caju lidera a pressão sobre a floresta.

O caroço do fruto, depois de estar seco, é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau (que é um dos maiores produtores mundiais) e a principal fonte de rendimento de uma população em que quase 70% das pessoas vivem na pobreza (dados da ONU).

"Não estou contra a produção de caju, mas está a ser mal cultivado. Podia produzir-se mais do dobro", afirmou Constantino Correia, referindo que a Guiné-Bissau produz cerca de 500 quilos de castanha de caju por hectare, enquanto a Nigéria chega às duas toneladas.

"O Vietname vai para quase três toneladas por hectare. Não temos pomares de caju, temos matos de caju", diz Constantino Correia.

Entre outros pormenores simples que podiam ajudar a melhor o rendimento da produção de caju, falta espaçamento entre árvores, que crescem demasiado alto.

O cajueiro "quer muita luz", pelo que não deve crescer "tanto assim". Por outro lado, a falta de corredores, que também poderiam facilitar a colheita, "faz com que muitos ramos se entrelacem e perde-se fruto".

Estimativas oficiais apontavam para uma exportação de 200 mil toneladas até ao final deste ano, mas admite-se que o valor possa ser ultrapassado.

O preço por quilo de castanha de caju paga pelos compradores está este ano a atingir valores recorde, que se situam atualmente entre 670 e 1000 francos CFA (entre a um e dois euros)

Lusa/Conosaba

NOVA DIREÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DO PRS DA GUINÉ-BISSAU NA DIÁSPORA GUINEENSE EM PORTUGAL, ENCONTROU-SE COM A COMUNIDADE GUINEENSE NO PORTO (INVICTA CIDADE) ESTE SÁBADO PASSADO




Mário Brandão, Luís Nambanca, Pedro Pã e Fatumata Rachid

ONG SOLIDARIEDADE POLON NA CONFERÊNCIA-DEBATE SOBRE O AQUECIMENTO CLIMÁTICO

Na ocasião da Semana da Solidariedade Internacional em FRANÇA (14-22 Novembro 2015), a ONG Solidariedade Polon intervirá junto da Câmara municipal de Paris 17, na conferência-debate sobre o aquecimento climático nos países do Sul, caso da Guiné-Bissau, no dia 14 de Novembro de 2015 das 10 h -19 h.







«SELECÇÃO DE FUTEBOL DA GUINÉ-BISSAU» 'DJURTUS' SOBEM SEIS POSIÇÕES NO RANKING FIFA



A selecção da Guiné-Bissau, treinada pelo português Paulo Torres, subiu seis posições no ranking FIFA, organismo que tutela o futebol mundial.

Na anterior atualização da hierarquia, os `Djurtus´, assim é carinhosamente conhecida a seleção guineense, estavam no 147.º lugar na tabela e, agora, ocupam o posto 141.

Abola\\Conosaba/MO

Seleção Nacional: EDSON SILVA ACUSA FFGB DE DENEGRIR A SUA IMAGEM

EdsonSilvaO defesa direito dos “Djurtus”, Edson Silva que renunciou a seleção nacional depois da derrota da turma nacional frente aos congoleses acusou no início deste mês  alguns elementos da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) de tentarem denegrir a sua imagem.
A notícia avançada pela Rádio Jovem (RJ), referindo-se a um comunicado no qual o internacional guineense manifestou a sua inquietação para com a entidade máxima que rege o futebol nacional.
Segundo o documento, o jogador nega ter passado informação, segundo a qual terá sido ele quem informou à FFGB de que alguns dos jogadores teriam fugido do hotel para as diversões noturnas, nas vésperas do jogo frente a Congo, disputado em Bissau.
Acrescentou ainda que, a referida informação terá sido transmitida aos jogadores pelo próprio presidente da federação, Manuel Irénio Nascimento Lopes (Manelinho).
“Estão a tentar denegrir a minha imagem por ter renunciado a seleção e aproveitaram o facto de não estar presente na última convocatória para inventar calúnias sobre a minha pessoa”, lê-se no documento a que RJ teve acesso. Sublinhando que, “Tenho um grande respeito pelo Manelinho, mas fiquei bastante desiludido com o que foi dito na dita reunião entre a federação e seleção nacional”.
Edson afirmou que nunca falou com o presidente sobre seus colegas e muito menos abordou Marcelo Mendonça. Admitindo que apenas fala com o técnico Mendonça quando estiver ao serviço das cores nacionais.
O Internacional guineense que actualmente milita no Oriental de Portugal mostrou-se disponível para confrontar quem quer que seja sobre o assunto, que considera de uma “calunia” a sua pessoa.
“O que mais queria neste momento era confrontar o Marcelo e o senhor Manelinho perante o grupo para limpar a imagem que estão a tentar passar de mim. Mereço mais respeito porque sempre dei tudo dentro do campo ao serviço da nossa seleção e fora de campo sempre fui exemplar, não têm nada a apontar a meu respeito” concluiu.

CAVACO SILVA RECEBEU JOSÉ MÁRIO VAZ NUMA VISITA PRIVADA


O Presidente português, António Aníbal Cavaco Silva, recebeu no passado dia 5/11/2015 em audiência o seu homologo guineense José Mário Vaz no palácio do Belém.
Numa visita privada, os dois presidentes trocaram impressões cerca de 40 minutos longe da espreita dos jornalistas
Mas depois da audiência, o presidente da Guiné-Bissau não escapou a curiosidade dos jornalistas, pelo que foi confrontado com pergunta se nao teme a mais uma onda de instabilidade dado a divisão interna do PAIGC e também de uma eventual queda do governo em consequência de chumbo do programa do governo e o OGE.
Ao responder os jornalistas, José Mário Vaz preferiu não fazer previsões e nem tocar no assunto, uma vez que, segundo ele, a matéria é da competência do parlamento e dos partidos políticos, simplesmente prometeu agir em tudo o que der e vier usando as suas prerrogativas constitucionais, quando a matéria exige a sua acção como chefe de estado.
Quando interpelado sobre a mesa redonda e a promessa dos doadores que deve estar em causa devido a recente instabilidade, JMV respondeu que a matéria não é da sua competência, mas disse esperar que, certamente, o PM Carlos Correia já deve ter tomado as diligencias necessárias para desbloquear a situação junto dos parceiros internacionais.
Lembra-se que José Mário Vaz está em Portugal para uma visita privada.

FORAM MUITOS HOMICÍDIOS NA GUINÉ-BISSAU NESTE ANO QUE AINDA NÃO ACABOU


A Policia Judiciaria guineense revelou que só no ano de 2015, foram registados 41 homicídios e 105 casos de assaltos a mãos armadas na Guiné-Bissau. 

Em conferência de imprensa sexta-feira 06 de Novembro em Bissau, a PJ disse ter desmantelada uma alegada rede de mal feitores no âmbito da “Operação Vassoura”, na qual, deteve 09 gatunos na sua maioria reincidentes altamente perigosos com processos no Ministério Publico. Apresentados ao público durante encontro tido com os jornalistas. 
Segundo a PJ, alguns dos detidos invadiram a prisão e outros participaram em vários assaltos onde ocorreram mortos. Por isso, a PJ pretende vê-los encarcerados nas celas até ao fim da quadra festiva do Natal e do Novo Ano, por forma a fazer a limpeza com a “Operarão Vassoura” e garantir sossego à população. 

Durante a “Operação Vassoura” a corporação da Policia Judiciaria deteve drogas, dinheiro real, uma motorizada, geradores, telemóveis, sofás, objetos de assaltos, notas falsas cerca de 15 mil euros, dólares, francos cfa e alguns produtos de falsificação de dinheiro e drogas.
De referir que nos últimos dias, o país assistiu uma onda turbulenta e generalizada de assaltos a mãos armadas, assassinatos a queima-roupa perante impotente reação da população e policiais.
O facto suscitou os Comandos Regimento Pansau Na isna de Base Areia de Bissau a patrulhar diariamente nas ruas de Bissau.

Microcrédito: GOVERNO MOBILIZA CERCA DE DOIS BILIÕES PARA PROMOTORES ECONÓMICOS

image

O governo da Guiné-Bissau lançou ontem, sábado 07 de novembro, na cidade histórica de Cacheu, o primeiro Microcrédito de Apoio às Atividades Geradoras de Rendimentos dos Promotores. O ato oficial foi presidido pelo primeiro-ministro, Carlos Correia, e contou com a participação de alguns membros do seu executivo. Na ocasião, o titular da Economia e Finanças, Geraldo Martins garantiu que já estão mobilizados cerca de 2 biliões de francos CFA.

Carlos Correia, defendeu no seu discurso que, o microcrédito é um instrumento que o seu executivo adoptou para lutar eficazmente contra a exclusão financeira de uma parte importante da população guineense, constituida por jovens e mulheres  “desprotegidos de garantias reiais de aceder  ao serviço bancário clássico”.
O Chefe do governo justificou a aposta no microcrédito pela experiência bem sucessida durante o carnaval 2015, “altura em que mais de cem (100) mulheres vendedeiras beneficiaram do microcrédito que lhes permitiram desenvolver suas atividades em ótimas condições”. Correia, acredita que este fundo poderá ajudar na criação de riquezas para os jovens e mulheres e consequentemente lutar contra a pobreza e construir uma paz duradoura. Por isso, apelou aos parceiros que continuem a apoiar a Guiné-Bissau para a consolidação das “conquistas”, expandindo a cobertura geográfica e populacional das intervenções.
Por seu lado, o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins considerou de fundamental o microcrédito na medida em que “permite às camadas mais vulneráveis da população acederem a fundos sem terem que apresentar nenhuma garantia”.
“Este é um programa bem pensado, onde conseguimos mobilizar fundos, no qual contamos neste momento com um bilião e quinhentos milhões de francos CFA (1.500.000.000 FCFA) para conceder microcréditos aos jovens e mulheres”, revelou Geraldo Martins.
Para a representante dos beneficiários, Tânia Gomes, visivelmente emocionada, além de agradecer o gesto do governo de Carlos Correia, garantiu que este crédito vai-lhes permitir desenvolver as suas próprias comunidades, tabanca, setor, região e contribuir no crescimento económico da Guiné-Bissau, em geral.
De referir que através da Agência de Promoção das Atividades de Poupanças e Microcrédito (APAPM), sob tutela da Secretaria de Estado do plano e integração regional, sete organizações económicas beneficiaram do primeiro fundo de 1º microcrédito, recebendo uma soma de cento quarenta e um milhões, cento cinquenta e nove mil e quatrocentos e trinta e sete (141 159 437) francos CFA.
Tratam-se de Associação Campossa, Cooperativa Pa Djuda Ku Mon, Erjema SARL, Regima e Filhos SARL, Empresa Mada Comercial, ABEN SQ e Cooperativa WBA PRODUCT.





“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...