PARLAMENTARES RECUSAM MOÇÃO DE CONFIANÇA DO GOVERNO DE CARLOS CORREIA

Sede da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau

Os parlamentares guineenses recusaram hoje, 23 de Dezembro de 2015, a moção de confiança solicitada dois dias antes pelo primeiro-ministro, Carlos Correia. De acordo com os resultados da votação, 56 deputados optaram pela abstenção e 45 votaram a favor do programa do governo.
Segundo uma fonte no Parlamento guineense, dos 102 deputados do hemiciclo guineense, 101 estiveram presentes na sessão. 40 Deputados do Partido da Renovação Social (PRS, com 41 deputados)  votaram abstenção em bloco.  15 deputados do PAIGC, pertencentes à ala dissidente do partido, escolheram igualmente a via abstencionista assim como o único deputado do Partido da Nova Democracia (PND) liderado por Mamadu Iaia Djaló, actualmente conselheiro especial do Presidente da República.
Os dois deputados  do Partido da Convergência Democrática (PCD) dirigido por Vicente Fernandes, ministro do Turismo no actual governo, votaram a favor da moção de confiança e um deputado da União para Mudança (UM) liderada por Agnelo Regala, ministro da Comunicação Social, votou a favor.
De acordo com a Constituição da República guineense, em caso de voto negativo, o programa do governo volta ao Parlamento dentro de 15 dias e em caso de uma nova rejeição o executivo cai automaticamente e cabe ao Presidente da República solicitar ao partido maioritário a indicação de um  nome para a formar uma nova equipa governamental.
Momento depois da votação, o líder da bancada parlamentar do Partio Africano da Independência da Guiné e Cao Verde (PAIGC) Califa Seide, disse a’O Democrata que o seu partido não vai desistir do “diálogo para o bem do país e da estabilidade” através de concertação com atores internos ao partido e partidos na oposição.
Por seu turno, o líder parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), Certório Biote disse que “lamenta bastante que a moção da confiança não tenha sido aprovada”.

Há 300 sites registados no domínio da Guiné-Bissau



O domínio da Guiné-Bissau (.gw) já foi requisitado para 300 endereços na Internet após o primeiro ano de funcionamento, garantiu o secretário dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira.

Por 45,73 euros é possível ter um endereço de Internet com a extensão .gw por um período de dois anos.

O registo foi lançado a 26 de novembro de 2014 com o apoio da associação DNS.pt, responsável pelo domínio de topo de Portugal (.pt) e que colabora com outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) nesta área.

A Autoridade Reguladora Nacional é, desde o dia 10 de julho de 2014, a entidade responsável pelo domínio .gw, no seguimento de uma decisão da Internet Assigned Numbers Authority.

A Guiné-Bissau é o único país da África Ocidental sem ligação direta a um dos cabos que atravessam o Oceano Atlântico e que servem de coluna dorsal da Internet, permitindo acesso a alta velocidade. 

Falta de convencimento, ano novo traz “preocupação” e “cautelas”

As garantias de estabilidade política na Guiné-Bissau diminuíram e a antevisão de 2016 faz-se com uma boa dose de “preocupação” e “cautelas”, refere à Lusa, Ovídio Pequeno, que lidera a representação da União Africana (UA) no país


As garantias de estabilidade política na Guiné-Bissau diminuíram e a ante visão de 2016 faz-se com uma boa dose de “preocupação” e “cautelas”, refere à Lusa, Ovídio Pequeno, que lidera a representação da União Africana (UA) no país. O são-tomense ocupa o cargo desde 2012 (chegou a Bissau pouco depois do golpe de Estado militar de Abril), assistiu às eleições gerais de 2014 e à crise política deste ano O Presidente da República, José Mário Vaz, demitiu o primeiro ministro, Domingos Simões Pereira, em Agosto e abriu brechas entre facções dentro do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Um novo Governo entrou em funções, liderado pelo veterano Carlos Correia, mas “o Executivo ainda não está completo”. Tanto quanto se sabe, ainda não há acordo entre primeiro-ministro e Presidente para as pastas dos Recursos Naturais e Administração Interna, ao mesmo tempo que o programa de governação e orçamento ainda não foram votados pelo Parlamento.

Pelo meio, os dias nos círculos políticos são feitos de “rumores e intrigas” sobre alegadas movimentações para atirar o país para novo capítulo de instabilidade – com contagem de cabeças na bancada maioritária do PAIGC, para saber até que ponto pode estar dividida, e com a oposição à espreita. “É preciso reformar a classe política guineense, é preciso menos politiquice, menos intriga e mais honestidade”, refere Ovídio Pequeno, que elege a promoção de um novo paradigma de fazer política como prioridade para 2016.

Caso contrário, o país vai estar sempre “em pânico” ou “em dúvida”, por causa dos políticos e isso limita o investimento e o progresso. “Estamos sempre a falar da necessidade da reforma militar” para criar estabilidade, mas “é preciso mudar os políticos” que instrumentalizam os homens de farda, justifica Ovídio Pequeno. A receita para lá chegar não se afigura simples, porque “as pessoas não se ouvem umas às outras”. Aparentemente “até há reuniões”, mas o diálogo é muitas vezes uma fachada para novas intrigas e traições, descreve o representante da UA.Sem pacificação política ficam comprometidos outros temas que considera capitais para 2016: a reconciliação nacional e a revisão da Constituição.
 
 

 

"Cooperação Portugal Guiné-Bissau"


Conferência para profissionais das Forças de Segurança da Guiné-Bissau, com especialistas da Unidade Contra Terrorismo da Polícia Judiciária de Portugal.

 
 
 

Descontrolado abate de árvores na Guiné-Bissau

A falta de medidas para regular a desflorestação está a contribuir para a desertificação de algumas regiões do país. Abates ilegais têm acelerado a devastação.


O alerta partiu do antigo director-geral de florestas da Guiné-Bissau. Se a devastação florestal se mantiver, «o deserto vai entrar com uma força tão grande que eu acho que o povo guineense não merece tanto castigo», disse Constantino Correia à agência Lusa, lembrando que o país está há décadas sujeito ao abate descontrolado de florestas, sem que sejam tomadas medidas para travar o problema.

Segundo o especialista, que integra um grupo que está a analisar os crimes ambientais cometidos no país, a agricultura nómada, a exploração de lenha e carvão (fonte de energia da maioria dos lares guineenses) e a plantação de árvores de fruto têm dizimado a floresta, mas na última década o corte ilegal acelerou a devastação.

«O Estado deixou de existir, as pessoas faziam o que queriam e o que aconteceu nas florestas da Guiné-Bissau espero que nunca mais aconteça», sublinhou Correia, acrescentando que o único inventário florestal do país, publicado em 1985, recomendava um limite de corte de 20.000 metros cúbicos de madeira por ano para a soma de dez espécies comerciais, mas só em 2014 foram exportados 91.000 metros cúbicos de uma única espécie.

«Isto é muito grave» e só aconteceu porque houve «muitas cumplicidades» das mais altas autoridades para que um punhado de gente ganhasse muito dinheiro em pouco tempo, sem olhar aos danos ambientais a médio e longo prazo, acusou o engenheiro florestal. Os ministérios da Agricultura e dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau não reagiram às acusações.
 
 

 

«REABILITAÇÃO DO MERCADO CENTRAL DE BISSAU» COMERCIANTES DESCONHECEM PARA QUANDO REINICIO DOS TRABALHOS



Bissau, 22 Dez 15-(ANG) - O Presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Central da Capital ( ASCOMC) disse segunda-feira que a Câmara Municipal de Bissau não lhes informou da data de reinício das obras de reabilitação do referido espaço comercial.

Em entrevista exclusiva á ANG, Malam Sanhá referiu que os comerciantes do Mercado Central de Bissau sofreram enormes prejuízos com o incêndio que ali deflagrou há mais de dez anos atrás .

Por isso, pede ao governo para que conclua as obras de reabilitaçäo do referido mercado, por forma a que seja minimizado o sofrimento dos utentes daquele mercado, que agora exercem actividades num espaço muito pequeno.

O responsável da Associação dos Comerciantes do Mercado Central informou que muitos utentes que ocuparam os seus lugares na chamada “Feira de Praça” mudaram deste espaço para outros locais devido as más condições higiénicas em que se encontra.

Sanhá acrescentou que se trata de uma situação muito grave que precisa de ser resolvida, porque “apesar desta situaçäo os seus associados e os comerciantes em geral continuam a pagar as taxas cobradas diariamente pela Câmara Municipal de Bissau, e os impostos ao Ministério da Economia e Finanças.

O mercado Central ficou completamente destruido na sequência de um incêndio ocorrido há já varios anos.

As obras de reabilitaçäo haviam sido começado no exercicio do governo dirigido por Carlos Gomes Junior mas tudo ficou paralisado devido ao golpe militar que depôs Gomes Junior em Abril de 2012.

ANG/PFC/JAM/SG\\Conosaba/MO

«EAGB» OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE NOVO FURO NA ORIGEM DA FALTA DE ÁGUA EM ALGUNS BAIRROS DE BISSAU



Bissau, 22 Dez 15 (ANG) - A construção de um novo furo de água com uma capacidade de 250 mil litros fez com que muitas zonas de Bissau ficassem mais horas sem água, revelou hoje o Director Adjunto de Águas da Empresa de Electricidade e Aguas da Guiné-Bissau.

Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné (ANG), António Saraiva explicou que houve uma queda na capacidade de produção do actual furo, que passou dos 100 m3 para 75 m3.

Perante esta situação, António Saraiva informou que adoptaram um plano de racionalização no fornecimento de água aos bairros afectados, nomeadamente Quelelé, MissiraBelémCuntum Madina,Alto Bandim até a conclusão das obras de construção do novo furo.

Afirmou que o novo furo vai ajudar na resolução do problema de abastecimento de águas na capital e seus arredores.

O Director Adjunto de Águas pediu compreensão e paciência aos consumidores pelos constrangimentos provocados por esta situação, cuja solução definitiva será em Janeiro de 2016. 

ANG/LPG/JAM/SG\\Conosaba/MO

«ECONOMIA GUINEENSE» "OS BANCOS COMERCIAIS ESTÃO DE SAÚDE PARA FINANCIAR ECONOMIA" DIZ O DIRECTOR-GERAL NACIONAL DO BCEAO



Bissau,22 Dez 15 (ANG) - O Director Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), afirmou que os bancos comerciais do país estão de "boa saúde" e em condições de financiar a economia.

João Aladje Mamadú Fadia, em declarações hoje à imprensa, a margem do quarto encontro trimestral entre o BCEAO e os bancos comerciais, disse contudo que deve haver uma relação a ser estabelecida entre as instituições bancárias e os interessados em contrair créditos, ou seja as modalidades, garantias, entre outras.

O Director Nacional do BCEAO afirmou que a reunião visa passar em revista a situação macroeconómica do país e da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), bem como das actividades dos bancos comerciais e da supervisão bancária.

"Igualmente abordamos as questões ligadas a implementação de um Bureau de Informação sobre Crédito e que vai ajudar na recolha e tratamento de dados que vão permitir melhor analise dos créditos", informou.

João Aladje Mamadú Fadia disse que falaram igualmente da questão da revisão do Plano de Contas para o Sistema Bancário.

Aquele responsável sublinhou que o BCEAO emana a politica creditícia, mas quem está em contacto directo com a clientela e implementa todas as politicas são os bancos comerciais.

Perguntado sobre que balanço faz das actividades económicas do país ao longo do ano em curso, oDirector Nacional do BCEAO, disse que o objectivo da sua instituição é assegurar a estabilidade do preço ou seja a inflação.

"Neste aspecto, de Janeiro à Novembro do ano em curso, a taxa de inflação registada na Guiné-Bissau é de 1.1 por cento. Portanto abaixo do objectivo que o Banco Central quer, de manter a estabilidade dos preços com uma variação máxima de dois por cento", explicou.

Declarou que em termos de variação de preços o objectivo foi atingido com a politica monetária, acrescentando que uma outra meta que se pretende atingir é a balança de pagamento.

"Tendo em conta o bom resultado da campanha de comercialização da caju, as nossas reservas cambiais situam-se ao nível bastante importante em mais de duzentos mil milhões de francos CFA, o que assegura a cobertura das importações pelo menos onze vezes", frisou o Director Nacional do BCEAO.

ANG/ÂC/SG\\Conosaba/MO

GUINÉ-BISSAU TEVE INFLAÇÃO CONTROLADA EM 2015 - BANCO CENTRAL



A Guiné-Bissau manteve nos primeiros 11 meses de 2015 a inflação sob controlo, em 1,1%, abaixo da meta fixada pelo Banco Central dos Estados da Africa Ocidental (BCEAO), disse hoje o diretor da instituição.

Aladje Fadiá procedia ao balanço das atividades dos bancos comerciais da Guiné-Bissau, supervisionadas pelo BCEAO, e o desempenho macroeconómico do país durante 2015.

Entre os critérios de convergência da União Económica e Monetária da Africa Ocidental (UEMOA), da qual a Guiné-Bissau faz parte com mais sete países, Bissau conseguiu "bons desempenhos em dois", indicou Aladje Fadiá.

A inflação controlada e um bom desempenho a nível da balança de pagamentos são os dois critérios e que a Guiné-Bissau registou melhorias em 2015.

"Até ao mês de novembro a inflação registada na Guiné-Bissau é de 1,1%, abaixo da meta fixada pelo Banco Central que é de manter a estabilidade do preço com uma variação máxima de 2%", adiantou o diretor do BCEAO na Guiné-Bissau.

Em relação à balança de pagamentos, a melhoria se deveu a boa campanha da comercialização da castanha do caju (principal produto de exportação do país), o que permitiu ao país arrecadar o equivalente a mais de 130 milhões de euros no Tesouro Público, disse Fadiá.

Com esse dinheiro o país tem assegurado a sua capacidade de garantir as importações de bens e serviços para, pelo menos, 11 meses, indicou o diretor do BCEAO.

Aladje Fadiá afirmou que os bancos comerciais "até podem emprestar dinheiro ou financiar a atividade económica", mas ressalvou que tudo terá que ser dentro das regras de concessão de crédito.

A reunião de hoje ocorre trimestralmente e serve para o balanço das atividades dos bancos comerciais na Guiné-Bissau, dentro das regras definidas pelo BCEAO.

24.sapo.pt/Conosaba/MO

REUNIÕES NAS SEDES PARTIDÁRIAS ADIAM RETOMA DE TRABALHOS PARLAMENTARES NA GUINÉ-BISSAU

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Reuniões entre as direcções partidárias e os deputados estão a impedir a retoma dos trabalhos no Parlamento da Guiné-Bissau onde deveria ser votado hoje o programa do Governo, indicaram à Lusa fontes partidárias.
A sessão parlamentar, interrompida na segunda-feira após mais de dez horas, deveria ser retomada hoje, pelas 10:00, com a votação do programa do Governo, mas ainda não aconteceu.

A direcção do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), no poder, encontra-se reunida com os deputados na sede do partido.
Fontes do partido disseram à Lusa que o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira “quer ter garantidos todos os mecanismos” antes de avançar para a votação no Parlamento.
As mesmas fontes indicaram que Simões Pereira esteve reunido hoje de manhã com o presidente do PRS (Partido da Renovação Social), segunda maior força no Parlamento, Alberto Nambeia com quem abordou os mecanismos para a viabilização do programa do Governo.
Apesar de ter a maioria absoluta de deputados, 57, o PAIGC apresenta fissuras internas, havendo parlamentares que assumiram que irão votar contra o programa do Governo do primeiro-ministro Carlos Correia.
Pelo menos quatro deputados do PAIGC (Abel da Silva, Braima Camará, Baciro Dja e Tumane Mané) anunciaram, na segunda-feira, que irão votar contra e três (Satu Camará, Manuel Nascimento Lopes e Soares Sambu), disseram que se vão abster.
Perante estes dados, adiantaram as fontes do PAIGC, a direção do partido “viu-se obrigada a conversar com alguns deputados dissidentes”, na tentativa de encontrar entendimento a nível interno, sublinharam.
A reunião, iniciada às 11 horas, ainda decorre na sede do PAIGC, no centro de Bissau.
Fonte do Parlamento disse à Lusa desconhecer a hora do reinício dos trabalhos e nem se a votação poderá vir a ter lugar esta terça-feira, como estava prevista.
 
In lusa/MO

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...