PRODUÇÃO HIDROELÉTRICA NA GUINÉ-BISSAU VAI SER AVALIADA COM NOVOS ESTUDOS



A produção hidroelétrica na Guiné-Bissau, até agora inexistente, vai ser avaliada  novos estudos de viabilidade, anunciou ontem a Organização para a Valorização do Rio Gâmbia (OMVG, sigla inglesa) em comunicado.

A organização abriu concurso para a realização de estudos de viabilidade, impacto ambiental e engenharia, entre outros, para a instalação de uma central hidroelétrica de 20 megawatt (MW) na zona de Saltinho, no rio Corubal, no centro? da Guiné-Bissau.


Os trabalhos vão suportar as propostas finais para realização da obra que está inserida na estratégia da OMVG, uma rede que engloba a produção de energia e interligação em quatro países: Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri e Senegal.

Os estudos para a zona de Saltinho contam com apoio técnico e financeiro do Banco Africano de Desenvolvimento (através do Fundo de Energia Sustentável), do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e do Banco Austríaco de Desenvolvimento.

O desenvolvimento dos estudos deve ser adjudicado em abril, anunciou a OMVG.

A organização foi criada em 1978 e junta entidades da região para responder às necessidades de energia, segurança alimentar e comunicações dos quatro países envolvidos.

LFO // FPA

MINISTRO DO INTERIOR PEDE MAIS EMPENHO DE GUARDA-FISCAIS NA ARRECADAÇÃO DE RECEITAS



Bissau,24 Jan 17(ANG) – O ministro de Estado do Interior, Botche Candé apelou aos elementos da Brigada de Acção Fiscal da Guarda Nacional  maior empenho na arrecadação de receitas.
 
“Se dantes arrecadavam por mês um montante de cerca de quatro mil milhões de francos CFA, exorto-vos a arregaçar as mangas para atingirem mais de quatro mil milhões”, exortou Botche Candé durante a visita que efectuou hoje às instalações da Direcção Geral das Alfândegas, na companhia do Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais.
 
O governante disse que a forma como vão trabalhar para fazer aumentar as receitas fiscais é das suas inteiras responsabilidades, afirmando que tem a plena consciência de que têm conhecimentos e coragem para o efeito.
 
“Devemos fazer aumentar as nossas receitas fiscais para permitir mais dinheiro no tesouro público e tirar o país da dependência exterior”, disse.
 
Candé apelou a diminuição do números de elementos da Briagada de Acção Fiscal nos serviços de acompanhamento dos contentores de mercadorias e que em contrapartida recebem mais de quinze mil francos CFA  cada.
 
“Se vinte agentes escoltaram um contentor e receberam em contrapartida quinze mil francos CFA cada, os comerciantes vão recompensar os montantes pagos nas mercadorias que vendem nos mercados e isso só prejudica as nossas populações”, destacou Botche Candé.
 
Disse que essa prática deve acabar, afirmando que os agentes que acompanham as mercadorias não devem ultrapassar o número de três pessoas.
 
O titular da pasta do Interior visitou igualmente a Esquadra de Polícia de Bandim tendo inteirado  in loco do seu funcionamento.
ANG/ÂC/SG/MO

PRESIDENTE DO PARLAMENTO DA GUINÉ-BISSAU APRESENTA QUEIXA POR ASSALTO AO SEU GABINETE



Doka Internacional-  O DENÚNCIANTE  deniferreira2009@gmail.com

O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, apresentou ontem queixa junto das autoridades por um alegado assalto ao seu gabinete, anunciou um porta-voz.
Em nota lida aos jornalistas, Inácio Tavares, assessor de imprensa da Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense), disse que o gabinete terá sido assaltado durante o fim-de-semana e que terão sido retiradas algumas pastas de arquivo com documentos.
A Polícia Judiciaria foi chamada ao local para recolha de elementos para exames periciais, indicou ainda Tavares, que relacionou o facto com a mudança do corpo de segurança no edifício da ANP.
Segundo referiu, a alteração foi decidida pelo ministro do Interior, Botche Candé, e contestada pela direção da assembleia por ter sido feita sem a sua anuência.
"Esta violação grave, por se tratar de uma instituição de soberania da República e cujo titular é segunda figura do Estado, ocorre quando, à revelia das leis, é mandado mudar, arbitrariamente, o corpo de segurança do Palácio da Assembleia, por ordens expressas do ministro do Interior", defendeu Inácio Tavares.
Na sequência do incidente, Cipriano Cassamá deixou de trabalhar no seu gabinete por considerar que não existem condições de segurança, referindo que o edifício "está sitiado por forças estranhas ao seu serviço", indicou o porta-voz.
O gabinete de Cassamá reafirmou a urgente necessidade de a ECOMIB, contingente de forças militares da Africa Ocidental com o objetivo de estabilizar a Guiné-Bissau, mandar os seus elementos assegurar o funcionamento da ANP.
Diz ainda que está em curso "uma tentativa de minar o poder constitucional" do Parlamento e responsabiliza o Presidente guineense, José Mário Vaz e o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, por aquilo que classifica como "manobras obscuras".
"Em consequência destas atitudes obscuras, o gabinete do presidente do Parlamento responsabiliza o Presidente da República e o primeiro-ministro por tudo o que se está a passar" no Parlamento, frisou Inácio Tavares.

MB // EL

JOMAV AFIRMA QUE DEPUTADOS NÃO PODEM CONTINUAR A RECEBER SALÁRIOS SEM TRABALHAR




O Presidente da República, José Mário Vaz, afirmou ontem, 24 de janeiro 2017, que os deputados da Nação não podem continuar a receber os seus ordenados sem trabalhar. O Chefe de Estado guineense que falava numa cerimônia de cumprimentos do ano novo ano, lembrou aos deputados que têm um papel importante não só na produção das Leis mas também na fiscalização da ação governativa sobre a gestão dos recursos do país.

José Mário Vaz recebeu um grupo de deputados constituídos por elementos da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), Grupo dos 15 deputados dissidentes da bancada parlamentar do PAIGC, dois deputados do Partido da Convergência Democrata (PCD) e um deputado do Partido da Nova Democracia (PCD). Contudo, notou-se a ausência dos deputados da bancada oficial do PAIGC e um deputado da União para a Mudança (UM).

José Mário Vaz exortou os representantes do povo no sentido de usarem suas influências, contando com o seu apoio, para a retoma das sessões de ANP por forma a “honrar o compromisso que assumiram com o povo na campanha eleitoral”.
O Presidente da República diz não estar preocupado com o governo.
“Do ponto de vista da gestão das finanças públicas, não conheço nenhum país no mundo transparente como este executivo liderado por Úmaro Sissoco Embaló, onde fazem parte todas as instituições públicas, privadas e as organizações internacionais na comissão de tesouraria do ministério”.
Vaz lembrou seu papel de “cumprir e fazer cumprir as leis da República”, e questionou o paradeiro dos 40,3 bilhões de francos CFA que terão sido desviados  segundo as denúncias do atual Ministro da Economia e das Finanças.
O Primeiro-Secretário da Mesa de Assembleia Nacional Popular (ANP), Serifo Djaló, em nome dos deputados, disse que o país está a desenvolver esforços para estabilidade e paz douradora.

Por: Aguinaldo Ampa

CINEMA: GUINEENSE-HÚNGARO PREPARA-SE PARA LANÇAR “O CIDADÃO”



Bissau, 25 Jan 17 (ANG) – Um cineasta guineense com nacionalidade húngara prepara-se para colocar no mercado um filme intitulado*O cidadão*, uma  longa-metragem que conta as dificuldades de um homem africano para se integrar na sociedade húngara.

 Marcelo Cake-Baly, antigo imigrante oriundo da Guiné-Bissau, desempenha o papel principal. Apesar de ter a nacionalidade húngara há mais de vinte anos, o ator continua a sentir-se rejeitado pela sociedade húngara.

“Sinto-me húngaro, mas quando ando na rua pareço africano. As pessoas não sabem há quanto tempo vivo na Hungria, não sabem que tenho uma família, trabalho aqui e pago impostos. Isso não está escrito na minha testa. As pessoas na rua vêm-me como um imigrante”, afirmou Marcelo Cake-Baly.

Em 2016, a Hungria aprovou uma nova lei para deter e expulsar refugiados. Todos os migrantes que sejam encontrados num raio de oito quilómetros da fronteira com a Sérvia são escoltados para o lado de lá do muro.

“Vivemos atualmente uma psicose coletiva que tem a ver com o medo. O medo faz parte da natureza. As pessoas têm medo da multidão sem rosto a que chamamos imigrantes. Penso que é preciso respeitar esse medo. Não devemos ter uma atitude cínica em relação a esse medo. Apesar de tudo,acredito que os cidadãos europeus são seres humanos e percebem que essas pessoas precisam de ajuda”, frisou o realizador húngaro Roland Vranik.

A longa-metragem “O cidadão” chega esta semana às salas de cinema húngaras.
ANG/pt.euronews.com/MO

BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO DÁ 5,2 ME PARA PRODUÇÃO DE ARROZ NA GUINÉ-BISSAU



O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai atribuir 5,2 milhões de euros ao governo da Guiné-Bissau para desenvolver um projeto de produção de arroz ao longo de quatro anos, anunciou hoje a organização em comunicado.

A decisão foi tomada numa reunião da administração do banco realizada na segunda-feira, em Abidjan, na Costa do Marfim, e prevê o aumento da produção nas regiões de Oio e Bafatá, no centro da Guiné-Bissau.

O BAD vai comparticipar 93% do Projeto de Desenvolvimento da Cadeia de Produção de Arroz, cabendo o restante "ao governo guineense e parceiros", refere o banco.

"Vão ser criadas infraestruturas e tratados 470 hectares de terrenos, construídos sete quilómetros de estradas, dois mercados rurais, entre outras estruturas", anuncia o BAD.

No final espera-se que a população da Guiné-Bissau tenha maior acesso a arroz, base da dieta alimentar do país, mas que muitos agregados familiares ainda têm dificuldade em comprar devido aos elevados níveis de pobreza.

"O país regista anualmente um défice de 80 mil toneladas de arroz", que têm que ser importadas, assinala o BAD.

As regiões de Oio e Bafatá ocupam um terço do território guineense e têm cerca de 500 mil habitantes, um terço da população do país.

LFO // SB

Supremo Tribunal de Justiça



«CPLP/SOBRE LIVRE CIRCULAÇÃO» PASSOS COELHO DIZ QUE LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO NA CPLP SERIA INCOMPATÍVEL COM SCHENGEN




O líder do PSD defendeu que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode ser aprofundada mas considerou que a liberdade de circulação neste espaço seria incompatível com a pertença de Portugal ao acordo de Schengen.

Num colóquio organizado pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ), Pedro Passos Coelho considerou que os mecanismos existentes na CPLP sobre a livre circulação para estudantes e investigadores "podem ser melhorados" mas alertou que é preciso saber até onde pode ir esse aprofundamento.

"Pode ir ao ponto de constituir um espaço de integração económica e de livre circulação como o da União Europeia? Não é possível, porque nós já aceitámos partilhar as decisões sobre a forma de regular esse espaço dentro da UE, não lhe podemos unilateralmente juntar outro", disse.

"Se isso acontecesse a nossa pertença a Schengen, por exemplo, seria incompatível", defendeu.

Na última cimeira da CPLP, que se realizou a 31 de outubro e 01 de novembro em Brasília, Portugal propôs o reforço da mobilidade no espaço da CPLP através da criação de um modelo de autorizações de residência, associado ao reconhecimento de títulos académicos e qualificações profissionais e à manutenção de direitos sociais como os descontos para os sistemas de pensões.

Na altura, António Costa afirmou que Portugal se vai empenhar para que essa "seja uma das marcas deste secretariado executivo", entre 2017 e 2018, e para que se chegue à próxima Cimeira da CPLP "com este acordo já estabelecido e em plena execução".

"Todos temos a ganhar se dermos as melhores garantias para que todos possamos residir, estudar, investir, trabalhar, fazer turismo, viver em qualquer um dos nossos países", defendeu, referindo que a história dos povos lusófonos "tem sido marcada pela deslocação permanente de uns para outros".

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que a ideia da proposta portuguesa "é permitir, não apenas a empresários, não apenas a estudantes, a todos os cidadãos o circular no espaço da CPLP".

Conosaba/Lusa/MO

PRID CRÍTICA POLÍTICOS DA GUINÉ-BISSAU POR FALTA DE CAPACIDADE PARA RESOLUÇÃO DA CRISE




Bissau, 24 Jan 17 (ANG) – o Presidente do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID) criticou segunda-feira os actores políticos guineenses por falta de capacidade para a resolução da crise interna que assolou o país há mais de dois anos.

Citado pela Rádio Nossa, Afonso Té manifestou esta indignação numa cerimónia de apresentação de cumprimentos de novo ano organizada por militantes e dirigentes do PRID.

Disse que a única maneira dos actores políticos desavindos puderem resolver os seus problemas é sentar-se a mesma mesa para conversar. 

Té acrescentou que, os problemas políticos devem ser resolvidos pelos políticos é não pela via judicial através dos tribunais. 

O Presidente do PRID revelou que o poder judicial foi convocado pelas autoridades competentes para resolver a crise política interna no país, mas infelizmente até hoje nenhuma solução foi conseguida. 

"Nós podemos arranjar soluções para resolver os nossos problemas internos, mas, infelizmente, não fomos prestado a atenção pelas partes desavindas da crise", lamentou.

Conosaba com ANG/ PFC/SG/MO

DONALD TRUMP GARANTE QUE VAI PRENDER MUGABE, JACOB ZUMA E OUTROS LÍDERES AFRICANO DENTRO DE UM MÊS





O novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, parece estar disposto a cumprir as promessas feitas durante a sua campanha eleitoral.

No seu primeiro dia oficial de governação, alertou que vai tratar do caso de “líderes corruptos africanos”.

Durante o discurso feito na Casa Branca, Donald Trump disse que vai garantir que ele ponha atrás das grades o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe e o presidente sul-africano Jacob Zuma.
O presidente da República do Sudão, Omar Al-Bashir, o Presidente do Sudão, José Eduardo dos Santos, o Presidente da República de Angola, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o Presidente da Guiné Equatorial e Yoweri Museveni, Presidente da Uganda.

“Eu prometi tratar de líderes corruptos e vou garantir que dentro do meu primeiro mês no cargo, esses homens corruptos e maus, estarão perante o Tribunal Penal Internacional. Por exemplo, o presidente da África do Sul, Jacob, enfrentou mais de 700 acusações, mas não foi condenado por nenhum. Isso não vai acontecer sob o meu relógio “.


Ao dirigir-se a veteranos de guerra em um discurso em Washington, Trump alertou os outros ditadores em todo o mundo que querem morrer no poder, que é apenas uma questão de tempo antes de enfrentarem a justiça por seus crimes.

“Quero reiterar aqui diante dos maiores heróis da América que não tolerarei nenhuma tendência ditatorial exibida por ditadores de todo o mundo, especialmente os dois velhos do Zimbábue e do Uganda”.



Conosaba/mozmassoko/MO

GUINÉ EQUATORIAL CONFIRMA PRESENÇA DE YAHYA JAMMEH NO PAÍS



Eugenio Nze Obiang
O governo de Malabo confirmou na passada terça feira que acolheu como exilado político o ex-presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh. O ministro da informação e porta-voz do governo, Eugenio Nze Obiang fez esta confirmação à imprensa depois de um conselho de ministros presidido pelo Presidente Teodoro Obiang Nguema.

O porta-voz do Governo não disse claramente em que cidade ou lugar está o ex-ditador gambiano.

O chefe de estado da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, informou o conselho de ministros de que tomou esta “decisão de Estado devido ao seu espírito Panafricanista”, declarou o porta voz do governo.

Conosaba © e-Global /MO


CORRUPÇÂO NOS PAISES DE PALOP



Moçambique desceu 30 posições no Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional. Dos PALOP, a Guiné-Bissau é o pior classificado e Cabo Verde o melhor. STP subiu 20 posições. Angola desceu um lugar.

Neste índice anual sobre a percepção da corrupção no mundo, feito pela organização não-governamental alemã Transparência Internacional, os países escandinavos continuam a ser os melhores qualificados: a Dinamarca está novamente em primeiro lugar, em segundo a Nova Zelândia (que não é escandinavo), em terceiro a Finlândia e em quarto a Suécia.

Também em último lugar no ranking, na posição 176, está o país do costume: a Somália. E antes dele o Sudão do Sul e a Coreia do Norte. 

Moçambique: dívidas ocultas na origem da queda

No que diz respeito aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Moçambique registou uma derrapagem nunca antes vivida nesta avaliação. Em 2015 ocupou o lugar 112 e, em 2016, o 142. Para o Centro de Integridade Pública (CIP), ONG vocacionada para a transparência na administração pública e antena da transparência internacional no país, as razões são sobejamente conhecidas.

Baltazar Fael, pesquisador do CIP, recorda que "o país foi conhecendo ao longo do ano passado as dívidas ocultas, contraídas no Governo de Armando Guebuza."

Baltazar Fael, pesquisador do CIP

E acrescenta: "É só olhar para a questão da corrupção internacional que envolve agentes moçambicanos e altos funcionários do Estado. Pensamos que isso contribuiu grandemente para que Moçambique caisse trinta posições no ranking da Transparência Internacional, aliados a outros casos de corrupção que foram surgindo em Moçambique."

A credibilidade de Moçambique junto dos mercados financeiros internacionais ficou "queimada" na sequência da descoberta das dívidas ocultas avaliadas em 1,2 mil milhões de euros, avalizadas pelo Governo moçambicano em 2014. A recente avaliação da Transparência Internacional veio novamente colocar o país numa posição constrangedora.

Para Baltazar Fael, isso tem as suas consequências. "Todo o mundo, de alguma forma, olha para Moçambique como um país não viável, em que não se pode investir e como um país em que tudo que gira à volta de si é corrupção, onde não há mais credibilidade sobre as instituições, políticos e funcionários", explica. "Não há nenhuma credibilidade sobre as atividades realizadas neste país", finaliza o investigador.

STP: melhorias significativas apesar das dificuldades

Mas nem tudo são desgraças nos PALOP. São Tomé e Príncipe (STP) soma e segue no combate à corrupção, segundo o índice da ONG alemã. O país subiu da posição 66, em 2015, para a posição 46, em 2016, ou seja, 20 posições.

Waldyner Boamorte, investigador e jornalista são-tomense

É o segundo melhor classificado entre os países africanos de expressão portuguesa. Uma melhoria histórica que mereceu uma avaliação positiva de Waldyner Boamorte, pesquisador da International Budget Partnership (IBP), uma organização que trabalha na transparência orçamental no arquipélago. 

"Por um lado, é bastante salutar, mas por outro é um compromisso de continuarmos a ser mais transparentes de forma a que os resultados continuem a melhorar cada vez mais", afirma.

Waldyner Boamorte sublinha que os casos de corrupção em STP ainda se mantêm no nível das suspeitas. Segundo o investigador, não tem havido denúncias nem investigações de casos por falta de indicadores concretos e, por isso, não há caso nenhum que tenha ido a julgamento: "Temos a plena consciência de que as nossas autoridades ainda estão muito aquem do que se pode fazer a escala mundial em matéria de investigação. Mas acreditamos que com a melhoria das instituições a situação pode melhorar."

Cabo Verde continua a ser o melhor nos PALOP neste índice: subiu da posição 40 para a 38. Angola, que tem ficado regularmente na cauda da avaliação, em 2016 desceu apenas uma posição e está no lugar 164. A Guiné-Bissau é o pior classificado da organização, desceu dez lugares e está na posição 168.

Conosaba/DW/MO


PR DA GUINÉ-BISSAU QUER INTERVENÇÃO DO GOVERNO PARA BAIXAR PREÇO DO PESCADO



O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, quer que o governo intervenha no mercado interno para baixar o preço do pescado, para que a população possa consumir mais peixe, disse ontem fonte do gabinete presidencial.
 
José Mário Vaz visitou hoje o centro de monitorização de navios do Serviço Nacional de Fiscalização e Controle de Atividades de Pesca (Fiscap) e, em conversa com o ministro do setor, Orlando Viegas, transmitiu a sua preocupação sobre o preço do pescado.
"Como se sabe é também preocupação do Presidente alimentar a população, não só com arroz (...) mas com pescado", disse aos jornalistas, Gilda de Pina, diretora do gabinete de José Mário Vaz, que quis com a visita perceber o porquê do preço elevado na Guiné-Bissau.
 
O Presidente guineense diz que não compreende o facto de o país ter abundantes recursos pesqueiros e o produto ser caro para os bolsos da população.
 
Dados do Ministério das Pescas indicam que cada guineense consome anualmente cerca de 15 quilos de peixe, quando, para uma boa dieta alimentar, necessitava de cerca do dobro.
 
Anualmente o país captura cerca de 231 mil toneladas de pescado.
 
Orlando Viegas e Mário Fambé, coordenador da Fiscap, foram os cicerones de José Mário Vaz e afirmaram ser "uma grande tarefa" controlar 105 mil quilómetros quadrados de zona insular - face a 36 mil quilómetros quadrados de território continental.
 
Mário Fambé apontou a necessidade de a Fiscap ser equipada com, pelo menos, mais três embarcações de grande porte para controlar melhor a Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.
 
A diretora do gabinete de José Mário Vaz anunciou que o chefe do Estado irá dar continuidade à reunião com os técnicos do setor das pescas para depois formular diretrizes de apoio para superar as carências.

MB // EL

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...