«1959-2017» MORREU GUILHERME PINTO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS QUE RENUNCIOU AO MANDATO ESTA SEMANA




Guilherme Pinto, autarca de Matosinhos que renunciou ao mandato esta semana devido a problemas de saúde, faleceu este domingo de madrugada.


Guilherme Pinto morreu às 4.20 horas da madrugada de ontem, em casa, junto da família e de modo tranquilo. A Câmara Municipal de Matosinhos informa que o corpo do "presidente será velado no salão nobre dos paços do concelho a partir das 9 horas deste domingo".

Vai permanecer no local até segunda-feira 15.30 horas, seguindo depois para a Igreja do Senhor de Matosinhos, onde o bispo do Porto vai celebrar uma missa de corpo presente. Foram decretados cinco dias de luto municipal, soube o JN.


Na carta de renúncia que entregou segunda-feira à presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, de 57 anos, justificava a renúncia com motivos pessoais, "por entender que Matosinhos e o projeto que, com grande honra", liderou durante 11 anos "merecem um presidente a tempo inteiro e não alguém que hoje está diminuído nas suas capacidades físicas".



O vice-presidente, Eduardo Pinheiro, assume agora o cargo de presidente da Câmara pelo grupo de independentes.



MENSAGEM DE CONDOLÊNCIA DO CHEFE DE ESTADO GUINEENSE SOBRE A MORTE DO ANTIGO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA MÁRIO SOARES



LANÇAMENTOS DE LIVROS: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL ATIVISMOS EM ÁFRICA




A Sociedade Civil e o Estado na Guiné-Bissau: dinâmicas, desafios e perspetivas, Miguel de Barros

Apresentação: Ana Catarina Larcher Carvalho e Miguel de Barros


O livro é resultado de um estudo que apresenta um novo contributo aos desafios da construção do Estado na Guiné-Bissau, assim como uma nova abordagem do papel da Sociedade Civil e do poder representativo na democracia guineense. O autor com mais este livro lança a atualidade ideias de regime e de governação capazes de gerar participação e inclusão. E formas sustentáveis na utilização dos recursos e propostas na partilha plena dos benefícios do desenvolvimento. Temática interessante, ferramenta essencial para todos aqueles que pretendem exercer de forma ativa o exercício de Cidadania e assim contribuir na construção do país.



My way from Congo to Europe: between resistance, flight and exile, Emmanuel Mbolela

Apresentação: Alexander Behr e Emmanuel Mbolela

Emmanuel Mbolela and Alexander Behr are activists in the network Afrique Europe Interact (AEI). Mbolela was a youth opposition leader in the Democatic Republic of Congo, was imprisoned and had to flee the country in 2002. He migrated trough various subsaharian Countries and the Desert until he arrived in Morocco, where he co-founded one of the first Sans-Papiers Groups in the country. After four years, he was accepted in a resettlement programme of the UNHCR and now lives in the Netherlands. Mbolela wrote a remarkable political autobiography called “My way from Congo to Europe: between resistance, flight and exile”. Alexander Behr translated his book from french to german; he is also his translator into english. In their network Afrique Europe Interact, Mbolela and Behr fight for freedom of movement and for an end to neocolonial exploitation on the African continent. AEI consists of about hundred active members in Holland, Germany, Austria, Morocco, the DRC, Mali, Burkina Faso and Togo.



Sou Eu Mais Livre, Então. Diário de um preso político angolano, Luaty Beirão

Apresentação: Luaty Beirão e Bárbara Bulhosa

Em Junho de 2015, Luaty Beirão e outros 16 activistas foram detidos em Luanda por estarem a ler uma adaptação do livro «Da Ditadura à Democracia», de Gene Sharp, e por questionarem publicamente a liderança de José Eduardo dos Santos. A história correu mundo, e provocou revolta contra a atitude despótica do regime angolano. Na prisão de Calomboloca, Luaty Beirão iniciou uma greve de fome que durou 36 dias e o deixou em perigo de vida. Antes, manteve um diário, escrevendo para preservar a sanidade mental. Estes escritos, que chegam a público pela primeira vez, são um testemunho único da resistência em pleno século XXI.


O Centro de Estudos Internacionais (CEI) do Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL) realizará, entre os dias 11 a 13 de janeiro, a Conferência Internacional Ativismos em África. O evento, inédito em Portugal, reunirá pesquisadores e ativistas dedicados ao debate sobre

os movimentos sociais no continente africano. A abertura contará com encontro de ativistas, lançamento de livros e programação cultural.

A conferência terá cobertura especial do Por Dentro da África, com um resumo diário dos debates ocorridos durante o evento, fotos e entrevistas com alguns dos principais especialistas na temática do ativismo no continente africano.

Ativista Leo Igwe – Divulgação
O evento terá inicio no dia 11 de janeiro com o Fórum de Ativistas, no qual estarão presentes organizações e movimentos ativistas de Portugal e Angola, como a Plataforma de Afrodescentes em Portugal, o SOS Racismo e a Femafro, entre outras.

A mesa de abertura contará com as intervenções de Leo Igwe (ativista nigeriano pela liberdade religiosa), Juan Tomás Ávila (escritor e ativista da Guiné Equatorial pró-democracia) e Luaty Beirão (rapper e ativista angolano). O encerramento terá a presença dos investigadores Pedro Neto (CEI-ISCTE IUL) e Nancy Dantas (Universidade do Cabo –
África do Sul) e do ativista angolano José Marcos Mavungo.

Haverá também uma programação cultural com o lançamento dos livros: “My way from Congo to Europe: between resistance, flight and exile” de Emmanuel Mbolela; “Sou Eu Mais Livre, Então. Diário de um preso político angolano” de Luaty Beirão e “A Sociedade Civil e o Estado na Guiné-Bissau: dinâmicas, desafios e perspectivas” de Miguel de Barros.

Serviço

Conferência Internacional Ativismos em África

Data: 11 a 13 de janeiro.

Local: Iscte-IUL – Av. das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa, Portugal.

Evento é gratuito e aberto a toda a comunidade interessada.

«BRASILEIRO, JÚNIOR SOUSA É O PRINCIPAL SUSPEITO» SEGURANÇA (DE ORIGEM GUINEENSE) MORTO A TIRO, SAIBA QUEM FOI E O QUE SE PASSOU







BRASILEIRO, JÚNIOR SOUSA É O PRINCIPAL SUSPEITO

O homem que foi morto esta madrugada na sequência de um tiroteio, era segurança na discoteca Avenue em Coimbra.

A vitima, a quem os amigos chamavam Isma, de origem Guineense tinha cerca de 30 ano, era casado e tinha uma filha menor.

A namorada do assassino foi a que originou toda esta confusão, segundo vários relatos de alguns testemunhos que estavam presentes na discoteca, a mesma sabia que o namorado tinha uma arma no carro e armou confusão com outra rapariga no interior da discoteca.

O segurança não concordou com as atitudes agressivas da namorada e expulsou-a da discoteca, o namorado frustrado com a maneira de como a trataram, já no exterior da discoteca, foi ao carro e disparou 3 tiros, um na cabeça e outro no tórax do segurança, e outro tiro no pé da rapariga que estava a discutir com a namorada do assassino.

O INEM esteve no local a realizar manobras de reanimação, mas a vítima acabou por falecer.

O suspeito é brasileiro e continua em fuga e há possibilidades de não ser o único envolvido no homicídio.

O nome dele é Junior Sousa, a namorada chama-se Thais Gomes.


Conosaba//noticiario/MO

GERALDO MARTINS REAGE ÀS DECLARAÇÕES DO NOVO MINISTRO DAS FINANÇAS



De recordar que os referidos governos  resgataram dois bancos privados na Guiné-Bissau, esse resgate apenas beneficiou certas pessoas e lesou o país, por outro lado os ladrões levaram 3 milhões de euros guardados num cofre em casa do ex-secretário de estado João Bernardo Vieira, que recentemente foi  galardoado com o óscar de melhor mafioso em 2016 na Guiné-Bissau. 
Geraldo Martins revelou na passada sexta-feira, 06 de janeiro, que, enquanto era Ministro das Finanças, emitiu 30 biliões de francos CFA em novos títulos de tesouro.
Em reação às declarações do Ministro do Estado, da Economia e das Finanças, João Aladje Fadia, que afirmou, na última quarta-feira, que, em dois anos, só no mercado financeiro, o Estado guineense deve mais de 40 biliões de francos CFA, Geraldo Martins nega ter contraído os 40 biliões referenciados por João  Aladje Fadia, mas sim geriu apenas 30 biliões de francos CFA.
Contudo, explica que quando o Governo de Domingos Simões assumiu a governação, havia quatro meses de salários em atraso e cada mês custava aos cofres do Governo três (3) biliões e dois (2) milhões de francos CFA.
Segundo antigo governante, para liquidar a dívida eram necessários doze (12) Biliões e oitocentos (800) milhões de francos CFA, facto que segundo disse, levou o então Executivo a subtrair quinze (15.000.000) Biliões dos trinta (30) Biliões, que diz geriu, e o resto foi aplicado no fornecimento da luz elétrica, pagamento dos atrasados aos professores para abertura das escolas públicas a tempo, plano de contingência contra o Vírus Ébola e o pagamento de uma parte da dívida externa da Guiné-Bissau, em falta desde 2010.
“Em 2016, fizemos uma segunda emissão de treze (13) biliões. Entramos para o mercado dos títulos, emitimos treze (13) biliões, tiramos dez (10) biliões e pagamos a ECOBAN e o resto de três Biliões foi ao pagamento de salários referentes ao mês de abril de 2016”, explica pormenorizadamente.
Em relação às promessas de mesa redonda, Geraldo Martins diz acreditar que se o executivo de Domingos Simões Pereira não tivesse sido demitido, uma boa parte dos fundos estaria sido canalizada, neste momento, para o país.
Especificando ainda a situação da mesa-redonda de Bruxelas, Geraldo Martins considera as declarações de João Aladje Fadia “maldosas” e cínicas em relação às finanças públicas do país e acrescenta, por outro lado, que tudo que está a acontecer, neste momento, à volta das finanças públicas é apenas falso argumento de tentar convencer o povo guineense que os resultados conseguidos na mesa redonda não serviriam de nada, porque os fundos prometidos pelos parceiros internacionais da Guiné-Bissau, nunca chegariam ao país.
Geraldo Martins diz não compreender com que espírito o Ministro do Estado, da Economia e Finanças, Joao Aladje Fadia, ousa afirmar que os fundos da mesa redonda nunca estariam disponíveis, porque segundo afirma, se os fundos não estavam a entrar, o atual Executivo não teria condições de andar e diz ter conhecimento de esquemas dos fundos que passam por país, mas que não entram nas finanças públicas, os doze (12) milhões de dólares de Angola.
Geraldo Martins, o antigo titular das pastas da economia e das finanças, afirma que a governação do país está a ser penosa e, como consequência, a situação da população está a complicar-se cada vez mais.
Geraldo Martins acusa, no entanto, Governo de Úmaro Sissoco Embaló de estar a servir-se de um Executivo de bode expiatórias para justificar o seu fracasso de governação, porque é desesperado e tem dias contados para sair das rédeas do país.
Finalmente, reafirma a posição do seu partido que defende o cumprimento do acordo de Conacri, para o fim da crise política na Guiné-Bissau.
 
Por: Filomeno Sambú

CAN-2017: LISTA DEFINITIVA DOS 23 JOGADORES



O selecionador nacional de futebol da Guiné-Bissau, Baciro Candé divulgou no passado dia 07 de janeiro de 2017, a lista definitiva dos vinte e três (23) futebolistas que representarão as cores nacionais na Copa Africana das Nações, CAN-Gabão’2017.
 
Pelo caminho ficaram o atacante José Correia (Zé Turbo) por lesão; Sene Dabó (Abudu) por opção técnica, ambos os jogadores milita no futebol luso, Tondela e Operário de Lagoa, respetivamente. O médio Jean-Paul Mendy que joga no clube francês US- Quevilly Roun completou a lista dos dispensados por Mister Candé.

 EIS A LISTA FINAL DOS 23 CONVOCADOS:
 GUARDA REDES
1– Jonas Mendes – Salgueiros (Portugal)
2– Rui Suleimane Camará Dabó – Cova da Piedade (Portugal)
3–  Papa Masse Nbaye Fall – Costa Dulce (Espanha)

DEFESAS
4– Emanuel Gomis Mendy – Ceahlaul (Roménia)
5– Rudinilson Silva – Lechia de Gdansk (Polônia)
6– Juary Marinho Soares – Mafra (Portugal)
7– Agostinho Soares Nconco- Sporting de Covilhã (Portugal)
8– Mamadu Candé – Tondela (Portugal)
9– Tomás Dabó – Arouca (Portugal)
10– Eridson Mendes Umpeça – Freamunde (Portugal)

MÉDIOS
11– Nanísio Lopes – Felgueiras 1932 (Portugal)
12– José Luís Mendes Lopes (Zezinho) – Levadiakos (Grécia)
13– Boucundji Cá – Stade Reins (França)
14– Francisco Santos da Silva Júnior – Stomsgodset (Noruega)
15– Lassana Camará (Saná) – Ac Viseu (Portugal)

AVANÇADOS
16– Idrissa Camara – Avelino (Itália)
17– Toni Silva Brito Sá – Levadiakos (Grécia)
18– Piqueti Djassi- SP Braga B (Portugal)
19- Frédéric Mendy – Ulsan Hyundai (Correia do Sul)
20 – Leocísio Júlio Sami – Akhisar (Turquia)
21 – Abel Issa Camará – Belenenses (Portugal)
22 – João Mário Nunes Fernandes – Chaves (Portugal)
23 – Aldair Adulai Djaló Baldé – Olhanense (Portugal)

Por: Sene Camará
Fonte: O Golo GB, in http://www.soudjurtu.com

GRÁVIDAS MORREM POR FALTA DE ANESTESISTAS, GUINÉ-BISSAU SÓ TEM UM PARA TODO O PAÍS



Bissau, 08 jan (Lusa) - Uma mulher de 24 anos entrou no bloco operatório a esvair-se em sangue. Morreu em 20 minutos numa mesa de operações do Hospital Simão Mendes, em Bissau, vítima da urgência mais comum no país: um parto que requer cesariana.
 
Ia ter o primeiro filho, mas nem ela nem o bebé resistiram a uma viagem de centenas de quilómetros com uma hemorragia no útero, recorda Ramón Soto, o único anestesista de que o Estado guineense dispõe para satisfazer cerca de milhão e meio de habitantes.
Este é um dos casos com que justifica a importância da formação que está a decorrer de 35 técnicos em anestesia a distribuir pelas regiões - porque sem anestesia, não há cesariana, logo, os casos são encaminhados para Bissau por caminhos que, por vezes, mal servem para andar a pé.
 
Assim que terminem o curso de um ano, os 35 enfermeiros vão regressar às regiões de origem para começar a salvar grávidas de uma viagem de risco para a capital.
 
A taxa de mortalidade materna do país é a maior do mundo lusófono: morrem 549 mulheres por cada cem mil nascimentos (em Portugal são dez por cada cem mil, dados da Organização Mundial de Saúde de 2015).
 
A maioria dos partos acontece sem um profissional qualificado, acompanhamento que só é uma realidade para 45% das mães, segundo os dados do Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS) de 2014.
 
A falta de recursos humanos é tão grande na Guiné-Bissau que é fácil ser o único profissional ou especialista em qualquer área.
 
Mas quando se trata de "uma especialidade como a Anestesiologia, que é 'anémica' até no primeiro mundo, com poucos profissionais", há um risco acrescido de não haver ninguém com nível científico para a praticar ou ensinar, realça Ramón Soto.
 
Há dois anos deixou Cuba e aceitou o desafio do programa H4+ de promoção da saúde materna e infantil, uma iniciativa de agências das Nações Unidas financiada pela cooperação sueca.
 
Os responsáveis pelo programa diagnosticaram o problema e escolheram Ramón Soto para o atacar, assumindo o papel de único anestesista da saúde pública de um país inteiro.
Já passou por uma responsabilidade que transformou este médico cubano, 54 anos, num homem hipertenso.
 
Na sala de operações, "às vezes pede-se uma epinefrina [estimulante cardíaco] e não há ou o carro de reanimação não está completo ou faltam medicamentos e tudo isso é fundamental para uma anestesia em segurança", descreve, ao falar dos sobressaltos que o consomem.
 
"Há problemas, há stresse", que desafiam Ramón Soto, pese embora os anos de experiência em cuidados intensivos e noutras cinco missões internacionais -- uma das quais no Iraque, que coincidiu com uma invasão militar.
 
Mais difícil ainda vai ser o trabalho dos técnicos em anestesia que está a formar, que podem ter que improvisar com menos meios do que na capital.
 
"Há muitas mortes, porque as mulheres não vão logo para o hospital. Ficam em casa e só na fase final procuram ajuda. Às vezes é tarde demais", queixa-se Júlio Nanque, 33 anos, enfermeiro no Hospital Regional de Catió, onde já viu a tragédia acontecer mais que uma vez, a 300 quilómetros da capital.
 
É um dos formandos que está a aprender a aplicar anestesia geral e local.
 
"Vamos aprender a trabalhar com epidural", destaca Maitana Cardoso, 35 anos, do Hospital de São Domingos, no norte, a meia-dúzia de quilómetros do Senegal.
 
A anestesia obstétrica está no centro da formação.
 
Resta saber se depois de colocados os novos técnicos, as grávidas conseguem ter tudo o resto do seu lado, para afastar o risco de morte, porque problemas não faltam.
 
"São precisos mais especialistas e mais recursos", acrescenta Soto.
 
Para já, em abril de 2017, haverá mais 35 técnicos em anestesia para dar esperança numa frente renovada de combate à mortalidade materno-infantil fazendo mais cesarianas nas regiões.

LFO // VM

GUINÉ-BISSAU: PRESIDENTE DENUNCIA DESFALQUE/PECULATO DO EX-PRIMEIRO-MINISTRO, DOMINGOS SIMÕES PEREIRA



 

 
O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou que cerca de 100 milhões de euros de receitas fiscais foram desviados pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, cuja a sua destituição por causa desse desfalque originou a crise política que o país atravessa.
 
É triste, é como se o país tivesse sido enfeitiçado. São 62 bilhões (cerca de 95 milhões de euros) que foram desviados, disse Mário Vaz na Sexta-feira a noite na receção oferecida pelo ministro do interior, Botche Candé.
 
Segundo ele, são tais práticas que o levaram a demitir em Agosto de 2015 o governo de Simões pereira, líder do PAIGC, partido que ambos pertencem.
 
Contactada pela AFP, a equipa de Simões Pereira recusou-se a reagir de imediato.
 
Quando  denunciei pela primeira vez a corrupção no aparelho do estado, as pessoas  me criticaram por não ter apresentado qualquer prova. Eu não sou precipitado,  porque cada coisa tem o seu tempo.
 
Hoje há evidências, ou seja, provas existem, disse Vaz visivelmente irritado, que trazia um volumoso dossier, no qual, se encontravam segundo ele justificativos ou comprovativos, sem indicação  da sua proveniência ou origem.
 
Onde estão as receitas das alfândegas e dos impostos que normalmente representam 4 a 5 bilhões de FCFA (6 a 7,6 milhões de euros) por mês? insistiu.
 
Os autores desses desvios devem responder pelos seus atos. Mesmo o presidente deve enfrentar a justiça, prossegui Mário Vaz, salientando que uma comissão anticorrupção foi criada.
 
Um novo Primeiro-Ministro foi nomeado em Novembro último para tirar o país da crise política, Sissoco Embaló, foi empossado com o seu governo no dia 13 de Dezembro, mas o PAIGC o rejeitou como o seu antecessor acusando José Mário Vaz  de ter violado o acordo de Conacri
 
O acordo assinado no dia 14 de Outubro de 2016, sob  os auspícios do Chefe de Estado da Guiné, Alpha Condé, no quadro de uma mediação dos estados de África Ocidental, previa um "processo consensual" para escolha do primeiro-ministro de confiança do Presidente da República, que deve permanecer no cargo até a realização de eleições legislativas em 2018.
 
De acordo com a constituição a escolha do primeiro-ministro retorna o partido maioritário. Mas o PAIGC perdeu a sua maioria absoluta de 57 assentos de 102  com a saída dos seus 15 deputados, José Mário Vaz, quer  apoiar-se na nova maioria alternativa constituída por 41 deputados do PRS segunda força política e 15 deputados dissidentes do PAIGC.

GOVERNO GUINEENSE EXONERA GOVERNADORES REGIONAIS E PRESIDENTE DA CÂMARA DE BISSAU




 
O novo Governo da Guiné-Bissau exonerou todos os governadores regionais e o presidente da Camara Municipal de Bissau, mas não nomeou novos responsáveis para aqueles lugares, indicou o Conselho de Ministros.
 
Um comunicado assinado pelo ministro da presidência do Conselho de Ministros, Malal Sané, a que a agência Lusa teve ontem acesso, dá conta da decisão assumida na reunião semanal do Governo, realizada às quintas-feiras.
 
Não foram invocados os motivos para a decisão e nem anunciados os novos responsáveis.
Fonte do Governo indicou à Lusa que os secretários regionais irão assumir a gestão corrente até à nomeação de novos governadores.
 
Na semana passada, um despacho do ministro da Administração Territorial, Sola Nquilin, suspendeu de funções os governadores das nove regiões administrativas da Guiné-Bissau, propondo novos responsáveis, mas três dias depois o despacho foi anulado por ordens do primeiro-ministro.
 
A maioria de governadores agora exonerados pelo Conselho de Ministros são elementos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas, mas que tem estado arredado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
 
O PAIGC e mais três formações políticas com assento no Parlamento guineense recusaram-se a integrar o Governo por não concordarem com a decisão do Presidente do país em nomear Umaro Embaló como primeiro-ministro.
 
Também por decisão de Umaro Embaló, o Governo mandou exonerar de funções todos os Diretores Administrativos e Financeiros dos departamentos estatais. Os membros do Governo têm até hoje para apresentarem ao primeiro-ministro os nomes de novos responsáveis para aquelas funções.

MB // VM/MO
 
Foto de Braima Darame.
Foto de Braima Darame.
Foto de Braima Darame.
Foto de Braima Darame.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...