Projeto para fortalecer administração do País recruta auditoria

Um projecto apoiado pelo Fundo Africano de Desenvolvimento para fortalecer a administração do Estado da Guiné-Bissau está a recrutar serviço de auditoria para avaliar a sua própria execução, anunciou o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).


A equipa deverá "expressar uma opinião profissional independente sobre a situação financeira do projeto em 31 de dezembro dos anos de 2014, 2015 e 2016 e garantir que os recursos disponibilizados foram e estão a ser utilizados para os fins para os quais foram concedidos", refere.

As firmas do setor podem candidatar-se até 15 de setembro.

O Projeto de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade da Administração recebeu uma doação do BAD no valor de 10 milhões de euros

O projeto tem como objetivo melhorar a formação profissional nos setores da Administração e assim contribuir para a capacitação e modernização da administração pública.

Está previsto o apoio à criação da Escola Nacional de Administração (ENA), bem como apoio para melhorar o desempenho das direções económicas e financeiras do Estado.

O projeto está a cargo do Ministério da Educação da Guiné-Bissau.
 
 

 
 
 

Recomenda exoneração do novo primeiro-ministro Baciro Djá

O parlamento da Guiné-Bissau recomendou a exoneração do primeiro-ministro empossado na passada sexta-feira, Baciro Djá, e vai pedir ao Supremo Tribunal de Justiça que avalie a constitucionalidade da nomeação de um chefe do governo sem o acordo do principal partido, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).


Após mais de 12 horas de debate, os deputados aprovaram, igualmente, uma resolução em que exprimem «desacordo» em relação à nomeação de Baciro Djá, e pedem ao presidente da República, José Mário Vaz, que o exonere e nomeie outro chefe do executivo, indicado pelo PAIGC.

Segundo a agência AFP, esta resolução foi aprovada por 75 dos 79 deputados presentes.

Foi também aprovada a criação de uma comissão de inquérito para averiguar as alegações de eventuais ilegalidades cometidas por José Mário Vaz para demitir o governo de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC.

A criação desta comissão foi aprovada com 77 votos a favor e duas abstenções, avançou a agência guineense ANG.



Apelo à desobediência civil com fraca adesão

O apelo à desobediência civil feito pelas organizações da sociedade civil na Guiné-Bissau está pouco respeitado, de acordo com as visitas feitas ontem pela Lusa a vários pontos do país. 


As organizações agrupadas na chamada Aliança Nacional para Paz e Democracia apelaram hoje para uma desobediência civil com objetivo de paralisar os transportes, o comércio e os serviços (públicos e privados), mas na realidade o apelo não foi correspondido.

Os transportes circulam normalmente em Bissau. 

Na gare dos transportes terrestres, a Lusa pode constatar um movimento normal de entrada e saída de viaturas com passageiros em direção à capital e para o interior do país.

O comércio funciona normalmente. No mercado do Bandim (principal espaço de comércio informal do país) o vendedor Mamadu Boi Djaló disse à Lusa que "nem se nota" qualquer mudança de atitude dos clientes.

"Nós estamos aqui, os clientes também, nem se nota nada", observou Boi Djaló.
Normalidade é também o que se viu nos ministérios e repartições públicas em Bissau, com funcionários presentes nos gabinetes, ainda que o trabalho decorra em menor ritmo desde que o Governo foi demitido, admitiram à Lusa alguns funcionários públicos.

Luís Nancassa, porta-voz da Aliança Nacional para Paz e Democracia, plataforma que agrupa várias organizações da sociedade civil, afirmou que a desobediência "está a ser confundida com a greve geral".

"O que nos apelamos é uma desobediência civil e não uma greve. Quer dizer que as pessoas podem ir para o local de trabalho, mas não trabalharem, e é o que está a acontecer", notou Nancassa.

O sindicalista diz que os transportes não estão a funcionar no país, ainda que alguns proprietários estejam a ser "alvo de intimidação por parte do Governo e da Presidência" da República para não pararem.

Mesmo com esta alegada ameaça, Luís Nancassa garante que a "maior parte dos transportes" está paralisada, sobretudo a nível do interior do país.



PR DA GUINÉ-BISSAU CONGRATULA-SE COM PEDIDO DE CONSTITUCIONALIDADE DOS SEUS DIPLOMAS



José Mário Vaz responde assim à decisão do Parlamento de solicitar um pedido ao Supremo Tribunal de Justiça.

O Presidente da Guiné-Bissau recebeu de bom grado a decisão da Assembleia Nacional Popular de solicitar a constitucionalidade dos decretos presidenciais de demissão do Governo e nomeação de um novo primeiro-ministro junto do Supremo Tribunal de Justiça.

"A Presidência congratula-se com os posicionamentos que advogam o recurso à via judicial para apreciação da constitucionalidade dos decretos presidenciais", diz um comunicado do gabinete de José Mário Vaz.

No documento que segue ao debate sobre a situação política no Parlamento, o Chefe de Estado considerou que os debates e os termos da resolução revelaram "um maior civismo e urbanidade".

José Mário Vaz tinha criticado, no discurso em que justificou a demissão do Governo, o “ciclo mediático” dos debates parlamentares.

No mesmo comunicado, o Presidente da República reitera "a todos os guineenses e à comunidade internacional que continua disponível para um diálogo franco e aberto, no sentido de busca de soluções adequadas, no âmbito e nos imites da Constituição da República, para ultrapassar o actual momento político".

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PRS pode decidir viabilidade ou não do Executivo de Baciro Dja.





Na Guiné-Bissau, as movimentações políticas continuam, enquanto se aguarda que o primeiro-ministro empossado Baciro Djá apresente o seu Governo. Fontes da Voz da América revelam movimentações de bastidores entre os deputados dos dois principais partidos, o PAIGC, que tem 57 deputados, e o PRS, que detém 41 parlamentares.

O Presidente da República José Mário Vaz e o primeiro-ministro Baciro Djá têm-se desdobrado em contactos para a formação do Governo, cujo atraso começa a provocar algumas inquietações.

Entretanto, de acordo com as nossas fontes, o PRS, segundo partido mais votado, é considerado o fiel da balança para garantir a viabilidade de um novo Governo.

Antes de demitir o Executivo de Domingos Simões Pereira no passado dia 12, o Presidente teria conseguido o apoio do líder do partido Alberto Nambeia, mas o PRS encontra-se dividido.

Entretanto, o secretário-geral do partido e ministro cessante da Energia Florentino Mendes Pereira, está a complicar contas ao presidente do partido, Nambeia.

Pereira também está preso aos compromissos políticos com Domingos Simões Pereira, e, segundo as nossas fontes, ele tem o apoio de 30 dos 41 deputados do PRS.

A solução poderá ser encontrada apenas no sábado, 29, quando a Comissão Politica do PRS se reunir para tomar uma posição.

Do lado do PAIGC, o líder Domingos Simões Pereira tem tido também vida difícil para controlar as bases do partido e os seus deputados face a investidas do Presidente da República e do primeiro-ministro Baciro Djá, também eles membros do PAIGC.

Mesmo com esta difícil situação, fontes da VOA dizem que Simões Pereira ainda tem o apoio da maioria dos deputados e do presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, que tem uma confrontação política aberta com José Mario Vaz. 

A nível internacional, dois dirigentes do PAIGC encontram-se em Malabo, capital da Guiné Equatorial, para darem "explicações detalhadas" ao Presidente Teodoro Obiang sobre a situação política na Guiné-Bissau.

O ex-ministro das Obras Públicas, José António Almeida, e o ex-secretário de Estado dos Transportes e Comunicações e porta-voz do partido João Bernardo Vieira foram designados pelo líder do partido,Domingos Simões Pereira, para darem conta a Obiang sobre o que se passa na política guineense.

Por outro lado, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) pediu nesta quarta-feira, 26, o respeito pela Constituição e a neutralidade das Forças Armadas da Guiné-Bissau na crise actual.

Num comunicado, aquele órgão reiterou a “absoluta necessidade das Forças Armadas e de segurança se posicionarem do lado de fora desta crise actual”.

“O Conselho sublinhou mais uma vez que esta situação poderia colocar em causa os avanços registados com a conclusão da transição e a realização das bem-sucedidas eleições legislativas e presidenciais em Abril e Maio de 2014”, lê-se no comunicado, segundo o qual esta crise política pode “dificultar a mobilização da assistência internacional que a Guiné-Bissau precisa para a sua recuperação sócio-económica”

LUÍS NANCASSA DENUNCIA SUBORNOS A MEMBROS DA SOCIDADE CIVIL

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O Porta-voz da Organização da Sociedade Civil disse esta quarta-feira, 26 de agosto, que alguns membros da sua organização estão a ser subordinados para contrariar a posição da desobediência civil assumida pela organização. Luís Nancassa fez esta denúncia durante uma declaração à imprensa, para fazer o ponto da situação do apelo à desobediência civil lançado à população.
Nancassa considerou de grave a forma como “está a circular dinheiro no sentido de  subordinar elementos da sociedade civil” que , no entanto, excusou-se de identificar .
Nancassa em jeito de balanço, reconheceu que “é difícil fazer parar todos os meios de transportes, porque as pessoas são livres de atender o apelo de uma organização”. Este ativista disse dispor de informação de que “a maioria dos transportes públicos não está a funcionar, principalmente a nível das regiões e também alguns ministérios estão paralisados”.
O activista da sociedade civil disse a sua organização apelou à desobediência civil e não à greve, pelo que  “os funcionários podem ir aos postos de serviços e não trabalharem”.
Luís Nancassa criticou a presença de “forças policiais nas ruas da capital Bissau”, acusando  a “forma de atuação do novo Governo e da Presidência da República de intimidar as pessoas a não participarem  nas manifestações”.

Aliu Seide : “ASSOCIAÇÃO DOS RETALHISTAS OBEDECE ÀS LEIS DO PAÍS, NÃO A PESSOAS SINGULARES”


Presidente da Associação de Retalistas do Mercado da Guiné-Bissau, Aliu Seidi


O Presidente de Associação dos Retalhistas de Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seide, disse esta quarta-feira, numa entrevista exclusiva a’O Democrata que a organização que dirige obedece às leis do país, não a pessoas singulares. Seide asseverou que os seus “associados estão a fazer o trabalho deles como comerciantes, cabe aos políticos fazerem política, sem estarem a ameaçar os comerciantes ou a população em geral”.
Aliu Seide questionou a legalidade e a competência da Organização denominada “Aliança” que apelou ao enceramento dos mercados como forma da desobediência civil na Guiné-Bissau. Garantindo que a sua associação não está filiada nesta organização.
“Qualquer pessoa que utilizar a nossa organização para fins políticos, será processada judicialmente, porque nós não fazemos a política, embora estamos disponíveis a trabalhar com qualquer governo, sem problemas. Na guerra de 7 de Junho de 1998 todos os comerciantes sofreram porque as suas mercadorias foram roubadas. Portanto, não estamos dispostos a ouvir este apelo à violência que não vai ajudar o país, ” rematou.
Aliu Seide apelou aos seus associados para se manterem firmes e continuarem nas suas atividades comerciais, sem dar ouvidos a ninguém que não seja competente para falar do enceramento dos mercados.

UM MILHÃO DE FRANCOS CFA ROUBADO NA CAIXA DE AGÊNCIA EAGB EM SANTA LUZIA

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POSTO DE VENDA DE EABG EM SANTA LUZIA

O responsável dos serviços da Empresa da Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), José Simão da Costa, revelou que um grupo de assaltantes a mão armada roubou uma soma estimada em mais de um milhão de francos CFA, das caixas dos serviços da empresa em Santa Luzia, ontem (terça-feira) pelas 16 horas. Este responsável falava esta quarta-feira, 26 de agosto, durante uma conferência de imprensa realizada na sede da empresa, no centro da cidade de Bissau.
O responsável dos Serviços da Empresa de Santa Luzia, José Simão da Costa, explicou à imprensa que já deram ocorrência junto à Segunda Esquadra da Polícia de Ordem Pública.
Acrescentou ainda que um dos elementos do grupo de assaltantes já está detido. O responsável informou ainda que o grupo dos “amigos do alheio”, ao sair dos serviços da EAGB, foi roubar jóias a uma ‘boutique’ que se encontra no bairro de Pefine, onde um dos larápios foi apanhado.
A caixeira do serviço da EAGB em Santa Luzia, Ursina da Silva Madeira, explicou que ao chegar o primeiro dos três assaltantes falou em Inglês com o segurança e o mesmo lhe respondeu que não sabia falar inglês.
“Eu fui falar com ele perguntando o que ele desejava, mas não respondeu. Ficou sem falar. De seguida entrou o outro assaltante com uma arma e disse-nos que estávamos presos, que ninguém podia mais se mexer porque era um assalto”, assinalou.
A funcionária informou que os assaltantes dirigiram-se para a caixa e pediram-lhe que a abrisse. Contou que “foi assim que acabaram por tomar todo o dinheiro que estava na caixa”. De seguida perguntaram-lhe onde guardavam o dinheiro, tendo ela respondido que o levavam para a sede principal”.
“À saida baterem em mim e levaram o meu fio em ouro, no entanto, eles falavam um crioulo nacional não de estrangeiro”, disse.



Dirigentes do PAIGC encontram-se com presidente da Guiné Equatorial

Dois dirigentes do PAIGC encontram-se em Malabo, capital da Guiné Equatorial, desde domingo, para darem "explicações detalhadas" ao Presidente Teodoro Obiang sobre a situação política na Guiné-Bissau, disseram à Lusa fontes do partido.


Os dois representantes são o ex-ministro das Obras Públicas, José António Almeida, e o ex-secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira.

Ambos são membros do Bureau Político do PAIGC (órgão dirigente) e foram designados pelo líder do partido, Domingos Simões Pereira, para darem conta a Obiang sobre o que se passa na política guineense.

De acordo com fontes do PAIGC, o Presidente da Guiné Equatorial "fez questão de saber o que se passa" na Guiné-Bissau e o que levou à demissão do Governo liderado por Simões Pereira.

A situação terá mesmo levado Obiang a telefonar ao presidente do partido vencedor das últimas eleições legislativas guineenses.

"O presidente [Simões Pereira] preferiu enviar emissários em vez de dar explicações ao telefone", disse à Lusa uma fonte do secretariado do PAIGC.
Os dois emissários devem ser hoje recebidos por Teodoro Obiang, acrescentaram as fontes partidárias.




“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...