O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto M´Bunhe Nambeia, pediu hoje a União entre os guineenses para desenvolver o país



Na sua mensagem aos novos militantes e dirigentes líder do PRS pede União dos guineenses para desenvolver o país, fundamentando que a Guiné-Bissau está acima de qualquer partido politico.

O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto M´Bunhe Nambeia que viu o seu partido a crescer com ingresso de cerca de duas centenas dos novos quadros e, entre quais o ex-candidato a presidência da Republica da Guiné-Bissau, Dr. Domingos Quadé…

Domingos Quadé, afirmou que optaram por esta via porque em 40 anos da independência já existe mais de 40 partidos pelo que não é solução para fundar novo partido.

Alberto M´Bunhe Nambeia na sua mensagem pediu a todas as forças vivas bem como todas as confissões religiosas que se juntem ao partido da Renovação Social e na ação do Governo do Domingos Simões Pereira, que esta em preparação para mesa redonda dos doadores no sentido de mobilizar recursos financeiros para desenvolver o país, pois com o desenvolvimento firmará paz e estabilidade duradouras na Guiné-Bissau.

“Aos dirigentes, militantes e simpatizantes do meu partido, dirijo uma saudação especial neste vigésimo terceiro aniversário para apelar a unidade interna e ainda apelar a todos os militantes e dirigentes que não partilham connosco os mesmos entendimentos, que arrepiem caminho e regressem à família renovadora, porque só dentro e juntos, poderemos engrandecer o nosso património comum”, vincou Alberto Nambeia.

O líder dos renovadores deixou ainda na sua mensagem uma advertência a todas as forças políticas, sobretudo aquelas com maiores responsabilidades nos destinos da Nação guineense, sobre a necessidade de promoverem a solidariedade e a tolerância nas suas fileiras, alertando que “embora travadas de razão, que não se atendam a quezílias estéreis que apenas contribuirão para bloquear o processo de confiança na comunidade e nos parceiros externos”.

Na sua locução, o secretário-geral dos renovadores, Florentino Pereira, explicou a razão que levou o seu partido a integrar no governo do PAIGC, sob o fundamento de estabilidade e desenvolvimento do país.


De salientar que participou vários partidos, entre quais PUSD, que se fez representar pela sua presidente, Carmelita Pires que é também ministra da Justiça da Guiné-Bissau.

GERALDO MARTINS AFIRMA QUE O PAÍS PRECISA DE AJUDA EXTERNA



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O ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, disse ontem, 10 de Março, que a Guiné-Bissau precisa de ajuda externa, mas defendeu que o objectivo do executivo é trabalhar para que o país não dependa das ajudas externas. Geraldo Martins fez estas declarações numa entrevista realizada nos estúdios da Televisão Nacional da Guiné-Bissau, para falar das perspectivas da Mesa Redonda que o executivo prepara com os parceiros e a ter lugar em Bruxelas – Suíça, 25 do mês em curso.
A entrevista realizada simultaneamente com o jornalista da Radiodifusão Nacional contou igualmente com a presença de jornalistas de alguns órgãos da comunicação social públicos e privados do país.
O titular da pasta da Economia e Finanças afirmou que a Mesa Redonda de Genebra não vai resolver os problemas económicos do país, mas que o “encontro com os doadores internacionais servirá de um espaço, onde o país espelhará a sua visão estratégica de desenvolvimento aos doadores e investidores”.

O governante avançou que os factores que cativam os investidores são a paz e estabilidade. Informou ainda que o país vai a Mesa Redonda apresentar o seu documento estratégico de dez anos (2015 a 2025), onde constam os pilares eleitos pelo executivo como prioridades. Sustentou que no documento estratégico pode-se destacar alguns sectores considerados prioritários pelo executivo, designadamente a infraestruturação do país, agro industrialização, desenvolvimento urbano, desenvolvimento humano e a biodiversidade. Este último apontado como um pilar transversal.
“A conferência dos doadores servirá para o país expor a sua ideia perante os parceiros de desenvolvimento, assim como os programas e projectos. E também ouvir os parceiros para saber se se identificam com os programas e projectos da Guiné-Bissau, assim como a sua consistência nas suas visões. Se assim for, ouviremos dos parceiros a sua área de intervenção”, notou.
O ministro afirmou que a Guiné-Bissau é um país dependente de ajuda externa, dando o exemplo do Orçamento Geral do Estado (OGE) que é de 148 mil milhões de francos CFA, revelando que apenas 63 mil milhões francos CFA são receitas internas do nosso país.
“Isso demonstra que o nosso OGE está altamente dependente da ajuda externa”, referiu o governante, avançando que de momento o país precisa de ajudas externas, mas que o objectivo do executivo é trabalhar para que não se continue a depender de ajudas externas.
“Este ano o país entrou com uma soma de 63 bilhões de francos CFA, no próximo podemos chegar 81 bilhões e no ano seguinte podemos atingir 100 bilhões da participação do Estado guineense no OGE, apenas com os recursos internos. É nesse sentido que vamos pedir o apoio da Comunidade Internacional para financiar os projectos que permitirão ao país levantar a cabeça, gerar empregos e fazer crescer a sua economia”, explicou.

Presidente da República declara «apoio total e incondicional» ao Governo sobre Mesa Redonda

José Mário Vaz é o Presidente da República da Guiné-Bissau
José Mário Vaz, Presidente da República (PR) da Guiné-Bissau, declarou esta terça-feira o seu «apoio total e incondicional» ao Governo sobre os trabalhos de preparação da Mesa Redonda de Doadores Internacionais – reunião que está a ser organizada pelo executivo liderado por Domingos Simões Pereira para angariar parceiros de desenvolvimento que acompanhem o investimento previsto no plano estratégico para os próximos anos -, agendada para 25 de março em Bruxelas (Bélgica).

«Enquanto Presidente da República da Guiné-Bissau o meu apoio é total e incondicional perante a realização da Mesa Redonda, iniciativa do Governo que está, aliás, a ser muitíssimo bem preparada», disse José Mário Vaz.

O chefe do Estado lamentou, todavia, «que a Mesa Redonda vá decorrer numa altura em que muitos países atravessam graves problemas de liquidez financeira», sublinhando, depois, que os guineenses devem «trabalhar mais para o desenvolvimento do país».

PRESIDENTE DA REPÚBLICA AFIRMA QUE RECURSOS GERADOS PELO TESOURO NÃO SÃO SUFICIENTES PARA AMBIÇÃO DO GOVERNO


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O Presidente da República, José Mário Vaz, afirmou hoje que os recursos gerados pelo tesouro público não são suficientes para fazer face à ambição do Governo. José Mário Vaz falava numa cerimónia do Fórum Nacional de Partilha da Visão 2025 da Guiné-Bissau e Plano Operacional, que decorreu numa das unidades hoteleiras da capital.
O Chefe de Estado assegurou que o país está numa situação verdadeiramente difícil, por isso os recursos de que dispõe, ou seja, os recursos gerados pelo tesouro público não são suficientes para fazer face à ambição do Governo.
“Devemos tomar em conta três aspectos importantes para desenvolvimento do país que são a modernização, a criação da riqueza e a criação do emprego jovem”, advertiu.

O Chefe de Estado guineense sublinhou que seria bom utilizar os recursos que irão surgir no âmbito da Mesa Redonda no programa de investimento público, nomeadamente a transformação de castanha de cajú, produção de arroz, nas infraestruturas e nas indústrias.
Aproveitou a ocasião para apelar ao executivo no sentido de não utilizar os fundos que serão obtidos na Mesa Redonda para pagamento de salários, de bens e serviços, para as transferências, ou seja, no aumento de salários dos deputados e dos embaixadores. Acrescentou ainda que os recursos que o país vai buscar deveriam ser para boas despesas, que “são despesas correntes e de programa de investimento público, porque desde a independência o país não foi capaz de resolver esses problemas”.
“O país tem de fazer uma boa gestão desses recursos e respeitar todos os rácios dos critérios de convergência da união, porque não respeitando os rácios do critério de convergência da união poderá trazer grandes problemas para nova geração. Não é possível receber recursos da comunidade internacional e não os utilizar correctamente. Eu, enquanto Presidente da República, não poderei aceitar esse modelo”, advertiu o Chefe de Estado guineense.

REPORTAGEM: Postos de venda de combustíveis improvisados UMA AMEAÇA QUE PODE CEIFAR VIDAS HUMANAS EM MINUTOS

  • image As autoridades proíbem, no papel, a venda ambulante dos combustíveis e derivados do petróleo, mas continua a registar-se a venda dos mesmos nos diferentes pontos da cidade e arredores por parte dos jovens. Os jovens alegam que pagam a autorização para venda dos combustíveis e derivados do petróleo junto das direcções da Energia, Contribuições e Impostos, e não só, como também pagam diariamente a senha da Câmara Municipal de Bissau (CMB) num valor de cento e cinquenta (150) Francos CFA.
    Para os especialistas da Divisão do Incêndio dos Serviços da Proteção Civil abordados pela equipa de reportagem de O Democrata, a venda de combustível nas ruas através das cisternas erguidas em cima de blocos é uma ameaça ignorada pelas autoridades e que pode “ceifar vidas humanas em minutos”, dado que os postos de venda são fixados nos centros urbanos sem nenhuma segurança.
    Um despacho conjunto do Ministério da Energia e Indústria e do Ministério da Economia e Finanças datado de cinco do mês de Fevereiro último, que a nossa reportagem teve acesso, proíbe claramente a venda ambulante do combustível e derivados do petróleo. Mas continua a registar-se essa prática nas ruas.
    BARCOS DE PESCAS E EMPRESAS DE COMBUSTÍVEIS ABASTECEM VENDEDORES AMBULANTES
    Sobre a origem dos combustíveis vendidos nas ruas da capital, a nossa reportagem apurou que barcos das pescas e algumas empresas vendedoras dos combustíveis abastecem os vendedores ambulantes dos combustíveis. Conforme as explicações dos próprios jovens vendedores ambulantes, aproveitam os barcos das pescas que vêm descarregar ou validar suas licenças e selam negócio de compra de combustíveis.
    “Eles têm grande quantidade da reserva dos combustíveis nos tanques que nos vendem. Já temos uma pessoa lá no porto que nos faz a ligação com os agentes do barco. Muitas vezes pedem-nos em troca produtos alimentares e as frutas, portanto compramos os produtos numa certa quantidade e recebemos deles os combustíveis em valor de dinheiro que tiramos para comprar os produtos”, explicou o jovem vendedor.
    Este jovem contou ainda que compram combustíveis num bom preço junto das embarcações das pescas.
    “Em certas ocasiões, os próprios responsáveis dos barcos que nos procuram para negociarmos, porque às vezes para resolverem algumas necessidades básicas ou pessoais solicitam-nos e nós respondemos positivamente porque há interesse mútuo nesta matéria”, refere.
    O jovem vendedor ambulante do petróleo que pediu anonimato explica por um lado que, a maioria de combustíveis vendido nas ruas é comprado junto de algumas empresas de vendas daquele produto derivado de petróleo. Frisou ainda que os combustíveis são comprados num preço normal que os permita revender para obter um pouco de lucro.
    Este vendedor ambulante de combustível de aparentemente 30 anos de idade, assegurou que está ciente do perigo que os produtos inflamáveis representam num local inseguro e sem mínimas condições de segurança, mas acrescentou que não tem outra alternativa, pois é a única forma que tem para ganhar a vida e ajudar a sustentar a sua família.
    “Aceitei colaborar e dar toda a informação sobre a forma como conseguimos o combustível. Sei que está a fazer o seu trabalho, mas se o seu trabalho é pôr a nossa actividade de ganha-pão em risco, ou seja, de fazer com que as autoridades nos expulsem daqui, saiba que está fazer mal e está a pôr dezenas das pessoas em situação de fome”, lamentou o vendedor ambulante com a voz trémula.
    Outro jovem vendedor ambulante do combustível, informou que mensalmente pagam uma soma de 4500 (quatro mil e quinhentos) francos CFA à Câmara Municipal de Bissau. Segundo o nosso entrevistado, “há pessoas que preferem pagar diariamente a senha de 150 Francos CFA” ao invés de esperar que mês termine e depois pagar.
    “As vezes negociamos com os agentes da Câmara Municipal que compreensivelmente nos permitem pagar uma quantia de 4000 Francos CFA, tendo em conta a situação de mercado que não está nada boa nos últimos tempos. O combustível está difícil neste momento e muitas vezes somos obrigados a ir comprar nas estações de Petromar, depois para revender”, explicou o jovem vendedor.
    Alegou ainda que são obrigados a pagar uma certa quantia em dinheiro que ronda os 50 mil Francos CFA para as papeladas da autorização de posto de venda dos combustíveis junto de departamentos das finanças, enquanto o departamento da energia através de um dos serviços, cujo nome a nossa fonte não recorda, chegou de pedir-lhes uma soma de mais de 400 mil Francos CFA, no período antes do golpe de 12 de Abril para a autorização da venda.
    Questionado sobre a que preços compram o combustível nas estações de petromar para revender, respondeu que nas situações difíceis compram o combustível nas estações de petromar bem como nas outras empresas vendedoras daquele produto, mas não especificou o preço do produto por litro para depois revender.
    Outra fonte contatada pelo jornal O Democrata revela que se trata de uma rede clandestina que envolve muita gente com implicações graves consubstanciadas em riscos de negócios (perdas e ganhos).
    “No campo de negócio há sempre riscos, mas temos que saber lidar com esses dois factores; perda e rendimento”, notou.
    Segundo o nosso informante, que se identificou como trabalhador há vários anos de um jovem empreendedor, a proveniência do combustível que o seu patrão vende, vem de uma das estações de combustível no centro da capital, que não especificou em concreto.
    Todavia, assinala que tratando-se de uma atividade pouco transparente, o fornecedor quando leva o combustível num carro cisterna não aceita descarregar o produto em público.
    “Habitualmente quando chega o carro não descarrega o produto aqui. O cargueiro vai aí ao fundo, como está a ver, lá… descarrega tudo dentro de tanques e nós vamos depois nas horas mortas transporta-lo para esse contentor onde é vendido”, explica.
    A venda, de acordo com a fonte, faz-se no mínimo em quantidade de cinco litros com base numa estratégia de negócio para poder tirar ganhos aceitáveis.
    Junto do fornecedor, o jovem empreendedor compra o produto a um preço de quinhentos Francos CFA e picos por litro depois revendido a um preço de seiscentos Francos CFA e picos aos terceiros que recorrem a seu serviço diariamente.
    Quanto à contribuição, o jovem trabalhador (a nossa fonte) disse que nunca viu o seu patrão a pagar algo à Câmara Municipal de Bissau, nem às finanças muito menos à administração de Prabis, zona em que opera.
    Entretanto, uma fonte da Câmara Municipal de Bissau, contatada para falar sobre a matéria, confirmou a O Democrata que a idelidade camarária apenas cobra as estações de venda de combustíveis e não os vendedores clandestinos (ambulantes).
    DIRECÇÃO DAS ALFÂNDEGAS DESCONHECE DOS BARCOS DE PESCAS QUE VENDEM COMBUSTÍVEIS

    Um dos responsáveis da direcção dos Serviços de Produtos Específicos da Direcção-geral das Alfândegas disse à nossa reportagem que desconhece totalmente da venda de combustíveis da parte de barcos de pescas que atracam nos portos de Bissau para os jovens vendedores ambulantes daquele produto. Acrescentou ainda que não pode negar que existam barcos que aproveitam a oportunidade para vender os combustíveis aos jovens.
    Todavia, esclareceu que existe um despacho conjunto que proíbe a venda ambulante do combustível e derivados do petróleo, salvo autorização expressa de um membro do Governo, responsável pelo sector da energia. No concernente às iniciativas de jovens vendedores de combustíveis nas ruas, assegura que é proibida a venda do combustível nas ruas e sobretudo nos centros urbanos sem nenhuma condição de segurança.
    Este responsável da direcção de serviços dos produtos específicos conta a nossa reportagem que a gasolina a mistura vendida nas ruas é importada pelas empresas “Madjula Camará” e a empresa “Sociedade África Oil”. Explicou ainda que essas empresas importam os combustíveis por via terrestre através da fronteira com o Senegal.
    Solicitado a pronunciar-se sobre o despacho que proibia a entrada de combustível por via terrestre, afirmou que na verdade existia um despacho que proibiu a importação do combustível por via terrestre, mas disse não recordar da existência de um outro despacho que permita a importação de combustível por mesma via.
    “As empresas que importam combustível por via terrestre são, SOGUICOM-LD, Madjula Camará, Lenox, SCD e Rotterbi. Essas empresas importam por via terrestre, mas pagam todas as contribuições a semelhança das empresas que importam por via marítima”, notou.
    BOMBEIROS PEDE CESSAÇÃO DA VENDA DE COMBUSTÍVEL NOS CENTROS URBANOS
    O director dos Serviços de Prevenção de Incêndios, Hélder Pires disse à nossa reportagem que o seu serviço está muito preocupado com o fenómeno da venda de combustíveis nos centros urbanos sem nenhuma condição de segurança, pelo que aproveitou a ocasião para pedir às autoridades responsáveis pelo sector a cessarem com a prática da venda de combustíveis nos centros urbanos.
    Assegurou que o seu serviço não se preocupa apenas com as pequenas iniciativas de postos de venda dos combustíveis nas ruas, mas sim com todos estabelecimentos ou estações da venda de combustível ao nível do país. Por isso, recorrentemente tem alertado aos proprietários no sentido de pedirem sempre a opinião de serviços da proteção civil antes da construção de uma estação de venda do combustível.
    “Para a venda de produtos inflamáveis, neste caso combustíveis é preciso reunir algumas condições de segurança, como também certos conhecimentos sobre como lidar com aquele produto. Isto é, a forma de uso de Extintor, onde deve ser colocado e a forma de sinalização dos clientes em relação às zonas de perigo. Infelizmente, essas normas não são respeitadas”, lamenta.
    Hélder Pires anunciou no entanto, que em breve o seu serviço iniciará um trabalho de registos das estações de combustíveis improvisadas nos bairros.
    “Existem estações que funcionam em alguns pontos da cidade que já demos o parecer para deixarem de funcionar, mas infelizmente continuam a funcionar. Estou a referir a estação da empresa Rotterbi que se encontra situada no cruzamento de bairro de Quelélé, mas infelizmente continuam a funcionar sem obedecer às normas”, disse.
    Avançou ainda que aquela estação improvisada se encontra no meio das casas e a sua cisterna está colocada em cima da estrada, sem protecção nenhuma.
    “A semelhança daquela estação, existem várias outras improvisadas na cidade e em todo território a funcionarem irregularmente pondo em risco a vida das populações, sobretudo os que habitam naquele redor”, lamenta.
    CONSEQUÊNCIAS DO COMBUSTÍVEL CLANDESTINO NAS VIATURAS E NOS GERADORES
    Relativamente às consequências que o combustível e derivados do petróleo clandestino provoca nas viaturas e outros meios de transporte, o nosso interlocutor esclarece que danos são enormes e graves. Primeiro porque se trata de um produto que é misturado com óleo inadequado que acaba por provocar problemas nos motores, sobretudo nas velas que permitem dar arranque ao motor.
    Neste sentido, aconselha o nosso entrevistado, que a melhor forma de manter os nossos carros ou outros materiais na mesma natureza fora de perigo, é abastecer sempre que necessário na estação de Petromar, “porque tem maior segurança e controlo”.
    “As outras estações de venda de combustível menos seguras não têm a possibilidade de transportar o produto via marítima. Não tendo essa possibilidade, são obrigados a recorrer à via mais fácil e menos custosa, que é a via terrestre”, justifica.
    “Mas esta via tem consequências. O produto fica exposto ao sol dias e dias sem controlo”, acrescenta.
    Segundo o jovem mecânico, o gasóleo também é misturado com petróleo. E dada a sua natureza de ser um produto pouco inflamável que a gasolina, dificilmente se descortina a sua diferença a olhos nus, mas pode constituir enormes problemas a qualquer motor tal como a gasolina.
    “Gasóleo, não interessa de onde vem ou de quem vem, quando é misturado com petróleo apresenta a cor branca. É verdade que torna muito difícil descortinar isso a olhos nus, mas tem consequências graves nas velas que permitem dar impulso aos motores”, explica.

    DIRECÇÃO-GERAL DA ENERGIA PRETENDE ACABAR COM VENDA AMBULANTE DE COMBUSTÍVEIS
    A direcção-geral da energia através da Direcção de serviços de combustível e derivados de petróleo tomou uma iniciativa de acabar com postes de vendas ambulantes de combustíveis, bem como postes improvisados nos centros urbanos.
    Agostinho Silva Cá, técnico superior da direção de Serviços de Combustível e Derivados de Petróleo, reconhece que o seu departamento tem conhecimento sobre a venda clandestina dos combustíveis bem como da existência de postos de venda improvisados que não obedecem as regras determinadas para o funcionamento. Todavia, acrescenta que já foram encetadas medidas neste sentido e que serão executadas brevemente a fim de acabar definitivamente com a prática.
    Relativamente ao pagamento da autorização alegada pelos vendedores ambulantes, explica que estes não são cobrados nenhum Franco CFA para a autorização de venda, porque conforme disse, “são pessoas que fogem das autoridades e não pagam a autorização. Portanto nós cobramos a autorização às pessoas que têm postos ou contentores fixos”.
    “Cobramos uma taxa de cinco anos para grandes postos de venda num montante de dois milhões de Francos CFA. Enquanto as pequenas bombas ou pequenos postos de contentores pagam uma taxa provisória anual no valor de 440 mil Francos CFA. Os vendedores ambulantes não pagam nada, porque andam a fugir”, assinalou.
    Em relação ao despacho conjunto do Ministério da Energia e do Ministério da Economia e Finanças que proíbe a venda ambulante de combustível, confirma o nosso entrevistado, que o despacho proíbe a venda ambulante ou clandestina dos combustíveis, mas na verdade continua a registar-se a venda nos diferentes bairros da capital “em clara desobediência às medidas das autoridades”.
    Segundo Agostinho Silva Cá, todos esses vendedores ambulantes exercem essa atividade a revelia das normas. Neste sentido, alerta que serão tomas medidas necessárias através da colocação de pessoas nos diferentes pontos da capital para definitivamente acabar com a prática.
    “Muitas vezes saímos as ruas surpreendemos os jovens e recolhemos s os seus produtos a favor das instituições de caridade, como a forma de desencorajá-los”, contou.
    Informou ainda que existem postos de venda que foram erguidos nos centros urbanos sem nenhuma autorização do seu serviço, que segundo ele, é uma entidade responsável que autoriza a abertura de postos de venda de combustível.
    Referiu neste particular que o posto de venda de combustível da empresa Rotterbi que se encontra no cruzamento de Quelélé, em Bissau, está mal posicionado.
    Lembra no entanto, que não obstante a carta de serviços da Divisão de incêndio da Proteção Civil enviada ao posto denunciando o perigo que o mesmo representa à população local, até agora nenhuma diligência foi tomada.
    A nossa reportagem tentou falar com um técnico em Petroquímica para explicar a consequência de uso dos combustíveis e derivados de petróleo adulterados que são vendidos nas ruas da capital, mas sem sucesso.
    Contactado pelo Democrata, um técnico de uma outra empresa da mesma natureza, PETROGUIN, para esclarecer essa situação de venda de combustíveis e os derivados do petróleo, escusou-se a comentar o assunto, porquanto precisava de uma autorização da parte do seu director-geral que se encontra ausente do país.
    “Disse-me através de uma mensagem na internet que apenas ele (Director-geral) é que pode prestar alguma declaração, pelo que nenhum funcionário é autorizado a dar declarações à imprensa”, referiu o técnico.

Embaixador dos EUA entrega cartas credenciais ao Presidente da República José Mário Vaz

James Peter Zumwalt, novo embaixador dos Estados Unidos na Guiné-Bissau
James Peter Zumwalt, novo embaixador dos Estados Unidos (EUA) na Guiné-Bissau, entregou ao presidente guineense, José Mário Vaz, as cartas que o credenciam como novo embaixador dos EUA no país, apesar de residir em Dakar, no Senegal, onde, curiosamente, é também embaixador.

James Peter Zumwalt foi recebido em audiência pelo chefe de Estado guineense, a quem disse ter transmitido a vontade da administração norte-americana em reforçar os laços de amizade e de cooperação com a Guiné-Bissau.

«Tive um encontro extraordinário com o Presidente e falamos do processo democrático e de desenvolvimento. Disse-lhe que os EUA estão abertos a apoiar a Guiné-Bissau no seu processo democrático e económico e penso que com este passo vamos poder reforçar os laços entre os nossos países» declarou Peter Zumwalt.

Peter Zumwalt só não conseguiu adiantar quando é que o governo norte-americano tenciona reabrir a embaixada em Bissau, encerrada na sequência do conflito político-militar de 1998 e 1999.

«ÉBOLA» PORTUGAL ENTREGA À GUINÉ-BISSAU LABORATÓRIO MÓVEL


Portugal entrega hoje à Guiné-Bissau um laboratório móvel para o diagnóstico de infeções, no quadro do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Comissão Interministerial de Coordenação da Resposta ao Ébola.
A cerimónia conta com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e enquadra-se no programa de cooperação que Portugal está a desenvolver com a Guiné-Bissau para a prevenção da doença do vírus Ébola.
Conjuntamente com o laboratório móvel, para a capital guineense viajará, igualmente, uma equipa multidisciplinar que irá proceder à montagem e operacionalização daquele equipamento, e também à formação de pessoal especializado.
Apesar de afetar países vizinhos, o surto de Ébola que há cerca de um ano eclodiu na África Ocidental não chegou à Guiné-Bissau, país onde vivem entre seis a sete mil portugueses e que mantém trânsito semanal de pessoas e bens com Portugal.
O vírus continua afastado, mas há fragilidades, como a falta de um laboratório para análises ao sangue de pessoas suspeitas de estarem infetadas: se um dia for necessário avaliar um caso desta forma (o que ainda não aconteceu), as amostras têm de ser enviadas para Dacar, capital do Senegal.
Neste cenário, a demora na obtenção de resultados pode comprometer a contenção do vírus.
Perante o contexto, Portugal assumiu o compromisso de disponibilizar uma parcela de 200 mil euros para combate ao Ébola a entregar à Organização Mundial de Saúde (OMS) e atribuir outra fatia de 550 mil euros para aquisição e instalação de um laboratório e mobilização das respetivas equipas médicas, disse em janeiro passado à Lusa o embaixador de Portugal em Bissau, António Leão Rocha.

UNIÃO DOS EXPORTADORES DA CPLP QUER CRIAR MERCADO ÚNICO NO ESPAÇO LUSÓFONO


 

lusa
A União dos Exportadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (UE-CPLP), apresentada em Castelo Branco, pretende ser uma organização pioneira no mundo da lusofonia que pugna pela criação de um mercado único no espaço lusófono.

TONY TCHEKA: O RESPIGADOR DO PATRIMÓNIO ARTÍSTICA DA GUINÉ-BISSAU



Tony Tcheka (António Soares Lopes Júnior), natural de Bissau, nascido em Dezembro de 1951, é considerado um dos grandes nomes de referência literária da Guiné-Bissau. Actualmente à frente do programa da UE de apoio aos actores não estatais, o PAANE - «Nô Pintcha Pa Dizinvolvimentu», o poeta e jornalista esteve à conversa com o Diário Digital, que visitou o país durante duas semanas. Ao longo desta estada, foram várias as oportunidades para falar com Tcheka, um activista que não poupa esforços para denunciar os «crimes de lesa-pátria» contra a sua cultura, nem tampouco as atrocidades que ainda hoje são praticadas pela sociedade guineense.
Tcheka, embora tenha viajado pelos quatro cantos do mundo na qualidade de correspondente e analista, acaba sempre por regressar ao seu país-natal. A viver no centro de Bissau, assistiu recorrentemente a todo o aparato militar, à repressão, ao vaivém das ambulâncias, os corpos. Tudo isso ficou cravado na sua memória.
Mas voltando atrás, o poeta teve o fortúnio de ter uma mãe muito conhecedora da cultura guineense e um pai que tinha uma biblioteca em casa e uma grande colecção de vinis. Tony Tcheka foi educado a ler desde muito cedo, e teve a liberdade de poder escolher o que lia.
«Comecei a viajar pelo mundo através dos livros, através de autores brasileiros, italianos, espanhóis», contou ao Diário Digital. E assim abriram-se horizontes e tomou consciência das injustiças. Como recuperador da esparsa produção literária guineense, está a tentar incentivar os mais jovens a interessarem-se pela literatura e, sobretudo, a escrever. E um dos conselhos que mais propaga é que «quem quer escrever deve ler muito».
Devido às décadas de instabilidade política, o legado artístico do país foi sendo paulatinamente dizimado. As manifestações artísticas começam agora, aos poucos, a recrudescer, mas tanto se perdeu que se adivinham muitos anos de trabalho para recuperar todo o espólio que caiu no esquecimento.
Neste âmbito, Tony Tcheka contextualiza que foi convidado pelo primeiro presidente da República da Guiné-Bissau, Luís Cabral, irmão do falecido Amílcar Cabral – que fundou, em 1956, o PAIGC -, a ajudar a recuperar a produção literária, perdida, principalmente após o golpe de Estado de 1998 e 1999, quando o país mergulhou numa sangrenta guerra civil.
O poeta fez referência ao angolano Mário Pinto de Andrade (1928-1990), grande incentivador e divulgador da literatura africana de língua oficial portuguesa. Conhecedor e amante da Guiné-Bissau, onde inclusive viveu, Mário de Andrade fez o levantamento dos poemas até então publicados e reuniu-os numa pequena antologia poética, «Mantenhas para quem luta!» (1977), o primeiro livro a registar o «Massacre de Pidjiguiti», que começou com uma greve de estivadores e marinheiros do porto de Bissau que reivindicavam aumentos salariais. A acção foi violentemente reprimida pelas autoridades coloniais, registando-se mais de 50 mortos e uma centena de feridos. Ficou para a história como um dos grandes momentos da luta de libertação do país.
Durante a permanência na Guiné-Bissau, o jornal apercebeu-se que já começam a haver alguns jovens a ter a possibilidade de viajar para o estrangeiro ao abrigo de protocolos e bolsas, permitindo-lhes adquirir habilitações e abrir horizontes. É que, em boa verdade, encontrar livros no país não é de todo fácil. As bibliotecas que existiam nos tempos colonias foram completamente dizimadas e quase todo o espólio queimado pelos militares para fazer fogueiras. «Foi um crime de lesa-pátria», denuncia Tcheka.

Para inserir os leitores no contexto, Bissau tem apenas duas pequeníssimas livrarias (que funcionam simultaneamente como papelarias), e que têm índole religiosa; uma católica e outra evangelista. Só por isto pode-se avaliar a dificuldade que é encontrar livros no país.
Com fundos da UE, Tcheka publicou «Noites de insónia na terra adormecida» e a antologia poética «Guiné Sabura que Dói» (sabura quer dizer coisa boa), editados em vários países, e ainda a antologia brasileira «No Ritmo dos Tantãs». Tem também vários poemas seus incluídos em colectâneas no estrangeiro.
Fundador da União Nacional de Artistas e Escritores, na década de 1980, ministra na Corubal - Cooperativa de Produção, Divulgação Cultural e Científica oficinas de escrita e produção literária, com o objectivo de favorecer a promoção, uso e apropriação da língua portuguesa, enquanto um meio e um instrumento de produção literária na Guiné-Bissau. Em 2013, a iniciativa contou com a colaboração de José Luís Peixoto.
Mas a Corubal não se cinge à literatura; é muito mais abrangente - visa preservar e divulgar toda a arte que se faz no país, desde a música, à pintura, passando pelo teatro e o artesanato.
Sempre que há feiras de livros na capital, conta Tcheka, «a população fica louca. Os espaços enchem-se, especialmente de jovens, que fazem filas de quilómetros para comprar obras a preços mais baratas». Com o golpe de Estado, diz, «a cultura ficou reduzida ao folclore e ao Carnaval».
Os planos deste poeta e jornalista são ambiciosos. Através desta cooperativa, pretende criar uma biblioteca itinerante para levar a literatura às tabancas, que no crioulo da Guiné-Bissau significa aldeias. É sua intenção ainda, num país com uma baixíssima taxa de alfabetização, levar a cultura às escolas.
Tcheka gostaria de ver a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a promover a atribuição de bolsas para os mais jovens, a reinserção das crianças nas escolas - por trimestre a propina custa 9.000 Franco CFA (XOF) - o equivalente a cerca de 14 euros -, um valor pouco comportável para muitas famílias, e combater o êxodo escolar.
Esta individualidade transpira um carácter missioneiro. De destacar que já colaborou com várias organizações humanitárias, entre elas a UNICEF. E foi no decorrer da conversa sobre a vontade de ver a CPLP a ajudar o país, que apelou à reinserção das raparigas na escola, uma vez que estas são relegadas em detrimento dos rapazes. Muitas delas, inclusive, salientou, são vítimas de abusos sexuais e, em várias partes do país ainda se pratica a mutilação genital.
Outra das suas vontades é ver implementado um programa de melhoria da dieta nas escolas, introduzindo frutas, legumes e proteínas nas refeições, e ensinar a técnica de conservar os alimentos para que possa haver víveres durante todo o ano. De ressaltar que na Guiné-Bissau é recorrente os adultos ficarem com o melhor da refeição; as crianças são alimentadas com os restos ou a inhame, daí padecerem de múltiplas doenças por subnutrição, nomeadamente anemia e tuberculose - um flagelo no país.
A conversa foi longa e fecunda. Ficamos ainda a saber que há uma elevada taxa de infanticídio. Ainda nos dias de hoje é frequente os bebés mais fracos serem deixados junto ao rio, abandonados à sua sorte. Numa sociedade maioritariamente animista, o povo acredita que os mais fortes terão a capacidade de resistir. 
Além de todos estes projectos em que está envolvido, Tony Tcheka prepara-se para publicar ainda em 2015 duas novas obras, uma de contos sobre os episódios vividos com o 25 de Abril e um romance sobre os tempos coloniais. 
O Diário Digital continuará a publicar ao longo dos dias várias reportagens sobre a realidade deste país.

"PAÍS É QUE VAI A MESA REDONDA E NÃO O GOVERNO", ESCLARECE PRIMEIRO-MINISTRO



O Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira afirmou que a Guiné-Bissau é que vai a Mesa Redonda do próximo 25 de Março em Bruxelas e não o governo. 
O chefe do executivo falava terça-feira, na sessão de encerramento do “Fórum Nacional de Partilha da Visão 20-25, Guiné-Bissau + E Plano Operacional”.
Domingos Simões Pereira justificou que, conforme perspectiva do executivo, o que deve ser apresentado na Conferencia com os parceiros de desenvolvimento são a vontade política e a esperança num futuro melhor que animam os guineenses e as suas instituições neste momento singular do percurso histórico para o desenvolvimento do país.
Citou também a visão da partilha dos guineenses a volta das estratégias de desenvolvimento econômico e social do país, a garantia da estabilidade política e governativa e do normal funcionamento das instituições públicas, bem como o compromisso do governo com os seus parceiros nacionais nos processos de desenvolvimento da estabilização social, como temas que constam a aprsentar no certame.
“Pretende-se levar para Bruxelas os valores da Guinendadi e a esperança espelhada pela acção quotidiana das mulheres e homens guineenses anônimos que lutam contra a pobreza e pelo bem-estar comum, pela família e educação”, sublinhou o Primeiro-Ministro.
O chefe do executivo garantiu que o país tem, neste momento, um rumo e uma visão estratégica para o seu desenvolvimento, consubstanciado no Plano Estratégico e Operacional 2025.
Aquele governante garantiu que país a Guiné-Bissau se encontra preparada para compromissos firmes e parcerias de cooperação solidas e dinâmicas, assim como o governo está capacitado e pronto para elevar para novos patamares a qualidade do diálogo político e técnico com parceiros de desenvolvimento. 
Quanto a exclusividade na governação, segundo Simões Pereira, vai para além do comprometimento entre as forças políticas. “Pois ela estende-se a todas as instituições da sociedade, numa plataforma de integração e cooperação estratégica”, indicou.
O Primeiro-Ministro sublinhou que o propósito de mobilização dos guineenses a volta dos grandes objetivos e instrumentos de governação é extensivo à diáspora, a qual é reservada um importante papel no processo do desenvolvimento nacional.
No entanto, disse que a conferencia com os parceiros de desenvolvimento do país reunida em Mesa Redonda, mais do que um momento de colecta de doações, visa construir quadros de parceria duradouros com os agentes internacionais do desenvolvimento e reposição do país no mapa da ajuda pública ao desenvolvimento e dos fluxos do financiamento do desenvolvimento.

PRESIDENTE DE ANP RECEBE DIRIGENTES DE APU-PDGB


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O Presidente de Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá recebeu esta quarta-feira, 11 de Março, os dirigentes da nova formação política denominada Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
O líder da recém-criada formação política, Nuno Gomes Nabiam disse na sua declaração à imprensa que o objectivo de encontro com o presidente do parlamento guineense, visa informá-lo da existência da sua formação política bem como do programas e projectos que têm para contribuir no desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Contou ainda que durante o encontro abordaram vários assuntos, designadamente a questão da revisão constitucional, código de trabalho, estatuto de líder da oposição, bem como outros aspectos da política nacional que serão submetidos ao seu partido, a fim de poderem dar as suas respectivas contribuições.
“Vamos continuar nesta linha de oposição, queremos que o país e as instituições do Estado funcionem para o bem-estar da Guiné-Bissau, portanto o nosso objectivo é contribuir para que todas coisas corram na melhor maneira” notou.
O ex-candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, reconheceu que país está a caminhar bem não obstante algumas dificuldades de várias ordens. Justificando que “a governação não é uma tarefa fácil”. Nabiam apelou a contribuição de toda a população guineense a trabalhar para o desenvolvimento do país.
“Estamos a preparar para mesa redonda, portanto qualquer guineense tem que encarar este assunto com seriedade. Porque o resultado desta mesa redonda é para o bem do país e de todos guineenses. Todos guineenses têm que trabalhar para que haja a paz e estabilidade, pois, são factores fundamentais para que a mesa redonda tenha sucesso”, indicou o líder de APU-PDGB.
Nuno Gomes Nabiam revelou que a recém-criada formação política que dirige vai, nos próximos passos, trabalhar para implantar estrutura ao nível nacional e “expandir a filosofia do partido”.
De referir que a Assembleia de Povo Unido–Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), foi criada no dia 30 de Novembro de 2014 na cidade de Gabú, leste do país. Nuno Gomes Nabiam (presidente do partido) foi o candidato independente derrotado por actual Presidente da república, José Mário Vaz (apoiado por PAIGC), na segunda volta das eleições presidenciais de 2014.


“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...