Bissau precisa de fundos para transportar energia de alta tensão

         

A energia hidro-eléctrica poderá satisfazer 40 % das necessidades guineenses
A energia hidro-eléctrica poderá satisfazer 40 % das necessidades guineenses
kwanzanorte.gov.ao


A Guiné-Bissau necessita de 100 milhões de euros para transportar para o país a electricidade que será produzida a partir do próximo ano na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, no âmbito do projecto da Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia (OMVG).


A Guiné-Bissau poderá obter energia elétrica de alta tensão a partir de Agosto de 2015, altura em que entrará em funcionamento a barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri. Mas para usufruir da energia hidro-eléctrica produzida no âmbito do projecto da OMVG, Bissau terá de garantir a construição de cerca de 219 quilómetros de linha de alta tensão.
A construção está avaliada em cerca de 100 milhões de euros e Bissau conta com apoios da União Europeia e do Banco Mundial. Em Outubro próximo será lançado um concurso internacional para a construção da infra-estrutura de forma a aproveitar a exploração conjunta da barregem desde o seu lançamento.
A OMVG é fruto da cooperação entre Bissau, Conacri, Dacar e Banjul, países que usufruirão da exploração de energia da referida barragem Kaleta.
RFI

A Embaixadora da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas disse que "é tempo de ações concretas"



A vice - embaixadora da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas disse hoje perante o Conselho de Segurança, em Nova Iorque, que "é tempo de ações concretas" da comunidade internacional em relação ao país.

"Os problemas que a Guiné-Bissau enfrenta têm sido relatados uma e outra vez neste Conselho e em vários outros fóruns internacionais. Agora, acreditamos que é tempo de ações concretas, é isso que o povo da Guiné-Bissau espera da comunidade internacional e de todos os que estão presentes", disse Maria Pinto Lopes D'Alva, numa reunião do Conselho de Segurança.

No encontro que avaliou a missão de consolidação da paz no país, a responsável disse que a renovação por 12 meses do mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), que termina no próximo dia 28 de fevereiro, é bem-vinda.

"A Guiné-Bissau tem sido alvo de enormes dificuldades e desafios durante anos, temos muita necessidade de apoio e ajuda financeira da comunidade internacional para continuar no caminho do desenvolvimento", disse a vice -embaixadora.

No mesmo encontro, o representante do secretário-geral da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, fez uma representação sobre o relatório da missão de avaliação estratégica, divulgado a 19 de janeiro.

"Quanto aos objetivos principais, consolidação do Estado de direito, promoção de boa governação e reforma das instituições do Estado, houve progressos encorajadores no domínio do planeamento estratégico e desenvolvimento de legislação, sobretudo nas áreas de defesa, segurança e justiça", destacou Trovoada.

O responsável disse ainda que "apesar de todos estes esforços, a situação permanece frágil" e que, por isso, “o sistema da ONU felicita a aprovação pelo Governo de uma abordagem integrada, garantindo a complementaridade dos esforços para erradicação da pobreza e desenvolvimento económico, com boa governação e promoção de programas sociais."

Lembrando que o auxílio da comunidade internacional não pode durar para sempre, o representante do secretário-geral disse que “a filosofia inspiradora da ação dos parceiros deve ser a criação de condições que permitam à Guiné-Bissau passar sem a ajuda internacional."

Trovoada lembrou ainda as mudanças sugeridas pelo secretário-geral no papel do UNIOGBIS, sobretudo dando ao representante especial "um papel reforçado" nos temas do "diálogo nacional e do processo de reconciliação".

O embaixador do Brasil junto da ONU, António de Aguiar Patriota, enquanto presidente da Comissão de Construção de Paz, também participou no encontro.

"É tempo de mudar a visão antiga de que a Guiné-Bissau é um caso crónico de corrupção, impunidade", disse Patriota.

O embaixador mostrou-se muito otimista em relação ao futuro do país, dizendo que o atual executivo "mostra a diferença que um governo legitimo, competente e inclusive, que trabalha com os parceiros internacionais, pode fazer."

"O que é diferente de qualquer outro período da história moderna da Guiné-Bissau é que, apesar dos desafios, pela primeira vez um futuro melhor e mais estável parece possível", disse Patriota.

O embaixador do Gana na ONU, Ken Kanda, falou como representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bem como a embaixadora de Timor-Leste, Sofia Borges, que representou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Todos os participantes se mostraram a favor do prolongamento da missão da ONU no país, repetindo a recomendação do secretário-geral.

O Conselho de Segurança deve votar a renovação do mandato no dia 18 de fevereiro.

O presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pede adesão de mulheres ao projecto “Mon Na Lama”



O presidente da República, José Mário Vaz, formulou, no passado dia 30 de Janeiro um convite a todas as mulheres guineenses à apoiarem ao projecto “Mon Na Lama”, porque segundo ele, o futuro do país depende do sector produtivo, particularmente da agricultura.

Mon Na lama é um projecto através do qual o Presidente da República pretende atingir a auto-suficiência alimentar em termos de produção de arroz, alimento base da população guineense.

JOMAV presidia ao acto inaugural da Praça “Titina Silá” reabilitada e que culminou com a deposição de coroas de flores na estátua dessa heroína nacional com uma criança ao colo.

O Presidente da República disse que o facto demonstra o inconformismo das mulheres guineenses, não obstante fortes barreiras sociais “algumas ainda intransponíveis”, que obstaculizam a sua plena emancipação.

“A paridade homem-mulher nas esferas de decisão não é um favor e nem deve constituir uma meta. É uma etapa porque as mulheres, por serem a maioria em termos populacionais, devem estar maioritariamente representadas nos órgãos de decisão”, disse.

Por outro lado, o Chefe de estado reconheceu que alguns passos estão a ser dados no sentido de inverter a situação de secundarização do lugar das mulheres guineenses na sociedade.

O dia da mulher guineense que hoje se comemora em todo o país deve culminar logo à noite com um jantar que a Primeira-dama, Rosa Vaz oferece às mulheres dirigentes no Palácio da República.

Actividades desportivas, recreativas e palestras sobre o papel da mulher na luta de libertação e no processo de desenvolvimento marcaram ao longo da semana as comemorações do 30 de Janeiro, dia em que a heroína Titina Sila fora assassinada pelos colonialistas na travessia do rio Farim, quando se dirigia para as cerimônias fúnebres do fundador da nacionalidade guineense, Amílcar Lopes Cabral.

Governo e parceiros reunidos para harmonizar a visão estratégica antes do encontro com doadores



O Governo promove a partir de hoje até sábado na ilha de Bubaque um retiro de trabalho para partilhar com o Banco mundial o documento sobre a visão estratégica de desenvolvimento da Guiné-Bissau a ser submetido aos parceiros internacionais na mesa Redonda agendado para marco próximo.

O encontro reúne as cinco instituições que integram o grupo do Banco mundial (BM), nomeadamente o Banco do desenvolvimento e Reconstrução e a sociedade financeira internacional e alguns expert daquela instituição financeira mundial.

Igualmente, tomam parte neste evento membros do executivo, nomeadamente o Primeiro-ministro, os Ministros da defesa, saúde, educação, das Infraestruturas, da justiça, da Família e coesão Social e vários secretários de Estado.

Em declarações a imprensa, o Secretario de Estado do Plano e Integração sub-regional, Degol Mendes explicou que o encontro ocorre na sequência das auscultações feitas as populações sobre sua visão para o desenvolvimento nacional em sectores como saúde, educação, justiça, defesa e outros.

A sessão do primeiro dia foi consagrado a analise do memorando elaborado pelo Banco Mundial e no qual esta espelhado o diagnostico e soluções propostas aos problemas do pais.

“A visão estratégica não serve apenas para mobilizar fundos para o país, mas responder aos anseios manifestados pela população que participou na sua conceção e se encontram refletidos nela”, sublinha o Secretario de Estado.

Questionado sobre o orçamento do documento a ser presente no projetado encontro mundial, Degol Mendes não precisou o montante mas informou que os mesmos estão sendo avaliados pelo executivo.

Revelou que a estratégia do governo para esta reunião consiste em apresentar os projetos neles constantes de maneira a persuadir os parceiros a interessarem-se a disponibilizar o dinheiro necessário.

“A estratégia agora eh mostrar aos parceiros os projetos que consubstanciam as nossas prioridades e deixar-lhes cobrir as necessidades financeiras”, explicou acrescentando que o total do montante estará de acordo com os projetos a serem presentes no encontro.

Alias, disse que alguns dos projetos mesmo antes de serem presentes na Mesa redonda já obtiveram o aval financeiro por parte de alguns parceiros internacionais e citou o caso do projeto “agro-indústria”, recentemente lançado no país e ligado ao sector privado.

De acordo com este responsável, este passo constitui a consolidação da fundação, seguindo-se-lhe a fase de infraestruturação e finalmente a industrialização com pendor ao agro.

Disse que o país possui um potencial enorme da industrialização através dos seus produtos agrícolas, por isso o governo vai apostar nisso.


“Disciplina e Focos nos resultados a alcançar, Visão Global e Clima de Investimento, Governação e Desenvolvimento Humano na Guiné-Bissau, Infraestruturas e Biodiversidade e Industria Extrativas entre outros são os temas em cima da mesa na sessão de hoje.

OMVG

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A OMVG planeja construir uma rede de interconexão 225 kV. O projeto compreende a construção de 1.677 km de linhas de transporte para interconectar as 15 subestações seguintes: Kaolack, Tanaff, Tambacounda e Sambangalou no Senegal; Mali, Labé, Linsan, Kaleta, Boké na Guiné Conacri; Saltinho, Bambadinca, Mansoa, Bissau, na Guiné-Bissau; e Soma e Brikama na Gâmbia.

Os estudos preparatórios foram elaboradas por consultores internacionais COTECO (Coyne et Bellier,

Tecsult, Coba) em 2008, e atualizado por Oréade Brèche em 2014 .

OMVG agora pretende, com este aviso de divulgar os seguintes relatórios:

• EIAS

• PGAS

• QPR

Informa-se ao público que as cópias dos documentos acima mencionados estão disponíveis em:

• Sede da OMVG em Dakar

• escritório OMVG em Banjul

• escritório OMVG em Bissau

• escritório OMVG em Conakry .

• www.omvg.org

A OMVG exorta ao público a ler esses relatórios e apresentar as suas observações , se houver. Os

comentários devem ser enviados para os escritórios mencionados acima e através de e- mails

endereçado a omvg@omvg.sn

Emitida pelo:

Secretariado Executivo da OMVG - Dakar , Senegal

«ASSOCIATIVISMO» INVESTIDURA DE NOVOS CORPOS SOCIAIS DA JUVENTUDE ISLÂMICA NA GUINÉ-BISSAU


Membros da Juventude Islâmica no acto da posse

Bissau, 05 Fev 15 (ANG)- Os novos corpos sociais da Comunidade Nacional daJuventude Islâmica da Guiné-Bissau (CNJI-GB) tomaram posse hoje, na presença do Director Geral da Coesão Social do Ministério da Mulher, Família e Coesão Social.

Na cerimónia, o novo Presidente da CNJI afirmou que, falar da juventude guineense hoje em dia, apesar de alguns sinais positivos, é falar nomeadamente, do desemprego, da crise de valores, do aumento da criminalidade, do baixo nível de ensino, da emigração clandestina e do fenômeno da fuga de campo para a cidade.

Caramba Baio assegura que estes e outros alegados males com que se deparam os jovens guineenses, não carece somente de intervenção do Estado mas de todos, ou seja, das autoridades públicas, de outros actores não estatais, quer nacionais, quer internacionais e, em particular, das próprias organizações juvenis.

Sobre a falada Comissão Nacional de Reconciliação inter-guineense, oPresidente da CNJI diz apoiar a iniciativa, mas alerta para a sua não politização e sugere a indigitação dos religiosos e membros da sociedade civil para cargos cimeiros da mesma.

Em representação da Ministra da Mulher, Família e Coesão social no acto, o seu Director-geral alertou aos recém empossados, sobre as responsabilidades que “impendem nos seus ombros e acrescenta que a Comunidade Nacional da Juventude Islâmica será um importante interlocutor entre os seus associados e o governo.

Feliciano Mendes afirmou que, dada a crise económica que hoje em dia afecta quase todo o mundo, não é fácil obter apoios de estrangeiros. Por isso, aconselha aCNJI a cria meios de auto-sustentabilidade.

Em nome das organizações superiores islâmicas da Guiné-Bissau falou Alanso Fatique desejou êxito aos novos responsáveis da CNJI e exortou um comportamento que obedeça as leis do país e dos princípios e regras islâmicas.
Aspecto dos participantes no acto
Também este responsável religioso apelou a tolerância inter-religiosa e citou o exemplo da Guiné-Bissau, onde, segundo as suas palavras, os muçulmanos e cristãos vivem pacificamente.

Ainda nesta a cerimónia, a Representação do Fundo das Nações Unidas para a Infância foi, entre outras, distinguida com um Diploma de Reconhecimento, “pelo seu trabalho em prol do desenvolvimento da Guiné-Bissau e, em particular, na proteção dos direitos dos menores.

Para além dos convidados e membros da CNJI-GB, igualmente tomou parte no acto, o Padre, Massiev Ndeque, reponsável dos Adolescentes e Jovens Católicos da Diocese de Bissau. 

VICE-EMBAIXADORA DA GUINÉ-BISSAU JUNTO DAS NAÇÕES UNIDAS DISSE HOJE PERANTE O CONSELHO DE SEGURANÇA, EM NOVA IORQUE, QUE "É TEMPO DE AÇÕES CONCRETAS" DA COMUNIDADE INTERNACIONAL EM RELAÇÃO AO NOSSO PAÍS




"Os problemas que a Guiné-Bissau enfrenta têm sido relatados uma e outra vez neste Conselho e em vários outros fóruns internacionais. Agora, acreditamos que é tempo de ações concretas, é isso que o povo da Guiné-Bissau espera da comunidade internacional e de todos os que estão presentes", disseMaria Pinto Lopes D'Alva, numa reunião do Conselho de Segurança.

No encontro que avaliou a missão de consolidação da paz no país, a responsável disse que a renovação por 12 meses do mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), que termina no próximo dia 28 de fevereiro, é bem-vinda.

"A Guiné-Bissau tem sido alvo de enormes dificuldades e desafios durante anos, temos muita necessidade de apoio e ajuda financeira da comunidade internacional para continuar no caminho do desenvolvimento", disse a vice-embaixadora.

No mesmo encontro, o representante do secretário-geral da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, fez uma representação sobre o relatório da missão de avaliação estratégica, divulgado a 19 de janeiro.

"Quanto aos objetivos principais, consolidação do Estado de direito, promoção de boa governação e reforma das instituições do Estado, houve progressos encorajadores no domínio do planeamento estratégico e desenvolvimento de legislação, sobretudo nas áreas de defesa, segurança e justiça",destacou Trovoada.

O responsável disse ainda que "apesar de todos estes esforços, a situação permanece frágil" e que, por isso,"o sistema da ONU felicita a aprovação pelo Governo de uma abordagem integrada, garantindo a complementaridade dos esforços para erradicação da pobreza e desenvolvimento económico, com boa governação e promoção de programas sociais."

Lembrando que o auxílio da comunidade internacional não pode durar para sempre, o representante do secretário-geral disse que"a filosofia inspiradora da ação dos parceiros deve ser a criação de condições que permitam à Guiné-Bissau passar sem a ajuda internacional."

Trovoada lembrou ainda as mudanças sugeridas pelo secretário-geral no papel do UNIOGBIS, sobretudo dando ao representante especial "um papel reforçado" nos temas do "diálogo nacional e do processo de reconciliação".

O embaixador do Brasil junto da ONU, António de Aguiar Patriota, enquanto presidente da Comissão de Construção de Paz, também participou no encontro.

"É tempo de mudar a visão antiga de que a Guiné-Bissau é um caso crónico de corrupção, impunidade e trafico de droga", disse Patriota.

O embaixador mostrou-se muito otimista em relação ao futuro do país, dizendo que o atual executivo"mostra a diferença que um governo legitimo, competente e inclusive, que trabalha com os parceiros internacionais, pode fazer."

"O que é diferente de qualquer outro período da história moderna da Guiné-Bissau é que, apesar dos desafios, pela primeira vez um futuro melhor e mais estável parece possível", disse Patriota.

O embaixador do Gana na ONU, Ken Kanda, falou como representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bem como a embaixadora de Timor-Leste, Sofia Borges, que representou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Todos os participantes se mostraram a favor do prolongamento da missão DA ONU no país, repetindo a recomendação do secretário-geral.

O Conselho de Segurança deve votar a renovação do mandato no dia 18 de fevereiro.

GUINÉ-BISSAU QUER APOIO INTERNACIONAL PARA REFORMA DE MILITARES



Pedido foi feito pela encarregada de negócios do país em discurso no Conselho de Segurança; Maria-Antonieta Pinto Lopes D'Alva afirmou que além do apoio financeiro, nação africana de língua portuguesa, precisa também de apoio técnico.

A encarregada de Negócios da Guiné-Bissau, Maria-Antonieta Pinto Lopes D'Alva, pediu esta quinta-feira apoio financeiro da comunidade internacional para ajudar na reforma dos militares guineenses.

Em entrevista à Rádio ONU, logo depois de pronunciamento no Conselho de Segurança, Pinto Lopes D'Alva explicou o quê o país precisa neste momento.

Apoio Financeiro

"A Guiné-Bissau, no que diz (a respeito) a reforma, precisa de apoio financeiro. Para mandar o pessoal militar para a reforma tem que ter fundos para garantir a pensão e garanti-los felizes na reforma. Esse é o primeiro passo e precisamos também de apoio técnico. Mas o principal apoio necessário é a assistência financeira para o fundo de pensão".

As consultas para a reforma já começaram entre o Ministério da Defesa e uma comissão das Forças Armadas para discutir o formato do processo.

O Conselho de Segurança se reuniu para analisar o novo relatório do secretário-geral da ONU sobre a situação no país.

O documento diz que a Guiné-Bissau está comprometida com a reforma política. O país empossou em meados de 2014 um novo governo democrático, dois anos depois de um golpe de Estado.

«ATIVISTA» EXCISÃO DEVERÁ TER "GRANDE REDUÇÃO" NA GUINÉ-BISSAU EM DEZ ANOS




A prática da mutilação genital feminina deverá ter uma grande redução na Guiné-Bissau nos próximos cinco a 10 anos, disse hoje à Lusa a presidente da Rede Nacional de Luta contra a Violência no Género e na Criança (RENLUV)Aissatu Camará Indjai.

"A excisão pode não desaparecer totalmente, mas penso que dentro de cinco a 10 anos uma boa percentagem vai deixar de acontecer", referiu à agência Lusa, a propósito do Dia Internacional deTolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se assinala na sexta-feira.

A lei que proíbe a mutilação, associada à condenação em tribunal, as denúncias crescentes e uma maior sensibilização sobre os efeitos nocivos para a saúde são as razões que sustentam a previsão deAissatu.

"É uma questão de tempo até desaparecer. Vai chegar esse dia histórico em que a futura geração vai questionar-se sobre os relatos de algo que acontecia no passado", acrescentou.

"No trabalho de terreno, verificamos que muita gente desconhece a lei e o mal que estão a fazer: pensam que a excisão é uma coisa boa"mas muitas acabam por abandonar a prática depois de perceberem os riscos.

Aissatu Camará Indjai tem a perceção de que o número de casos "não está a crescer" e de que existe"um aumento de denúncias", apesar de as queixas ainda estarem muito aquém do esperado.

"O guineense não tem por hábito denunciar e até tem medo de o fazer", referiu, ao mesmo tempo que realçou o facto de a lei também prever penas para quem não expuser casos de excisão.

A 17 de dezembro, o Tribunal Regional de Bissau condenou a três anos de prisão efetiva três pessoas responsáveis pela mutilação genital de três crianças do sexo feminino, com um, cinco e sete anos de idade.

Foi a segunda vez que a prática da excisão foi julgada num tribunal guineense - o primeiro julgamento aconteceu em 2011 em Gabu (leste) com os implicados a serem condenados a penas suspensas.

A pena de prisão efetiva foi aplicada às mães das crianças e à pessoa que fez a excisão - que terão também de pagar uma indemnização de 500 mil francos CFA (cerca de 762 euros) às vítimas.

Um tio e uma tia das crianças e uma outra pessoa que teve conhecimento da prática, mas que não a denunciou, foram condenados a uma pena de prisão de 12 meses, convertida no pagamento de uma multa diária de 500 francos CFA (0,76 euros).

A pena máxima prevista na lei guineense para prática de excisão é de nove anos de prisão efetiva.

Entre as preocupações de Aissatu, está a tendência para praticar a mutilação em crianças cada vez mais novas, predominante "entre as comunidades de etnia Fula oriundas da Guiné-Conacri".

Trata-se de uma estratégia usada para tentar "encobrir a prática".

Em 2014, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) também alertava para o problema: "infelizmente, os dados mostram que, cada vez mais, a prática é feita nas meninas menores de quatro anos e bebés com idade inferior a 12 meses", referia em comunicado.

Os últimos dados sobre excisão na Guiné-Bissau foram recolhidos em 2010.

Segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos, metade das mulheres do país "com idades compreendidas entre os 15 e 49 anos ainda eram vítimas desta prática".

A excisão ou mutilação dos órgãos genitais femininos é uma prática com tradições seculares que persiste em muitas comunidades com o objetivo de condicionar a liberdade sexual das mulheres até ao casamento - que em muitos casos é negociado pela família, sendo a mutilação um requisito.

A prática é responsável pela morte de crianças e mulheres devido a problemas como hemorragias ou infeções, pela falta de condições em que é praticada, e é causa frequente de traumas físicos e psicológicos para quem sobrevive.

«15 MILHÕES» UNIÃO EUROPEIA APOIA DESENVOLVIMENTO RURAL NA GUINÉ-BISSAU


União Europeia vai financiar com 15 milhões de euros um projecto de desenvolvimento rural daGuiné-Bissau, anunciou quarta-feira em Bissau o chefe da delegação da União Europeia na Guiné-Bissau.

“A abordagem centra-se na boa governação e na valorização do potencial agrícola do país, vector de desenvolvimento socioeconómico e de soberania alimentar”, referiu Victor Madeira dos Santos, durante a cerimónia de assinatura do acordo de financiamento com o governo guineense.

O projecto vai abranger as regiões de Quinara e Tombali, no sul, e de Bafatá, no centro do país e enquadra-se na iniciativa europeia UE-Activa e vai apoiar durante 48 meses actividades identificadas pelo governo, pela sociedade civil e por parceiros.

O dinheiro será destinado a três tipos de acções – elaboração de planos de desenvolvimento agrícola regionais, reparação de caminhos (que possam melhorar igualmente o acesso aos serviços de saúde) e reforço dos conhecimentos da população.

LÍDER RELIGIOSO DENUNCIA TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS POR MUÇULMANOS


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O vice-presidente do Conselho Superior Islâmico, Alanso Fati, denunciou hoje que há muçulmanos implicados no tráfico dos órgãos humanos.
Falando à margem de tomada de posse do novo Presidente da Comunidade Nacional da Juventude Islâmica do país, o líder religioso considera ser grave um muçulmano assumir a postura de traficante de órgãos humanos.
Alanso Fati quer que os atores sociais da Guiné-Bissau olhem mais pelas leis do país e pelo fator género para dar equilíbrio à sociedade. O controverso líder religioso lembra no entanto, que o “Islão fundamenta-se na verdade e não nas intrigas”.
Fati pede ainda às autoridades nacionais no sentido de tomarem medidas contra aquilo que chama de “certas seitas religiosas”, que segundo disse, recorrentemente atacam as outras religiões com pregações insultuosas incluindo figuras religiosas dessas congregações no país.
“O pecado não tem escolha nem depende da inteligência. É intransmissível, portanto depende exclusivamente da ação de cada homem”, explica Fati numa curta intervenção.
Relativamente à juventude muçulmana que acaba de tomar posse, Alanso Fati pede o respeito às leis do país.

Carambá Baio: “HÁ CRISE DE VALORES NO SEIO DA JUVENTUDE GUINEENSE”

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O novo presidente da Comunidade Nacional da Juventude Islâmica do país afirmou esta sexta-feira, na sua tomada de posse, que há crise de valores no seio da juventude guineense.
Entre os males que afetam a juventude, Carambá Baio aponta a falta de emprego, o aumento de criminalidade e o baixo nível do ensino. As soluções a estes problemas, segundo o jovem líder, não dependem exclusivamente da intervenção das autoridades públicas, atores não estatais nacionais e estrangeiras mas, sobretudo da própria juventude.
Como soluções, Carambá Baio promete acionar um conjunto de propostas e trabalhar brevemente com as outras organizações islâmicas em parceria com o Estado na busca de consensos para que haja um único interlocutor da comunidade muçulmana do país.
Revelou que a comunidade muçulmana apoia a criação da Comissão da Reconciliação Nacional entre os guineenses e bem como a criação de mecanismos para que a referida comissão seja eficiente. Defende que a comissão em perspectiva na Assembleia Nacional Popular seja composta por pessoas religiosas, atores da sociedade civil com um elevado grau de responsabilidade e uma reconhecida autoridade moral.
Carambá Baio foi eleito na última Assembleia–geral ordinária da organização realizada a 30 de Novembro último para um mandato de quatro anos.

UE PERSPETIVA ENTRADA DO PAÍS EM PROJETO DE COMBATE AO NARCOTRÁFICO NO ATLÂNTICO


uniao-europeia

Peritos da União Europeia (UE) terminam hoje uma visita a Bissau para avaliar a entrada da Guiné-Bissau num projeto de combate ao tráfico de drogas no Atlântico através de navios comerciais e barcos de recreio, disse à Lusa fonte diplomática.
A integração do país no projeto Seaport Cooperation (SEACOP) já esteve prevista numa fase anterior, mas acabou por não avançar devido ao golpe de estado de 2012.
Com a retoma da normalidade constitucional, após as eleições gerais de 2014, surge a missão de avaliação, em que participa a Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, e cujo relatório servirá de base para uma decisão.
Em causa está a participação na terceira fase do SEACOP, que arrancou em janeiro com um orçamento de três milhões de euros e uma duração prevista de 24 meses, de acordo com a descrição feita pela UE.
“Com o restabelecimento das condições democráticas na República da Guiné-Bissau, a UE considera que se reúnem todas as condições para uma eventual participação no programa SEACOP, ao abrigo dos resultados da missão de identificação”, refere-se no documento de apresentação do projeto.
O objetivo da iniciativa é “fortalecer as capacidades dos países parceiros, bem como a cooperação regional e internacional na luta contra o tráfico marítimo e redes criminosas associadas”.
Até agora, o SEACOP dinamizou a criação e acompanhamento de instituições de justiça e segurança nos países selecionados do Oeste Africano: Gana, Benim, Togo, Serra Leoa, Senegal e Cabo Verde.
Foi feito um trabalho para melhorar “a capacidade de trabalhar em conjunto” e de cada organismo “identificar e em seguida, procurar embarcações e tripulantes efetivamente suspeitos”.
A execução implementação está a cargo de um consórcio de organizações públicas de estados membros da UE (Espanha, Portugal, França, Reino Unido).
A Guiné-Bissau está identificada pelas autoridades internacionais como um dos pontos de passagem do tráfico internacional de droga da América Latina para a Europa.
Em 2012, os EUA detiveram o antigo líder da Marinha guineense, Bubo Na Tchuto, e a dois dos seus ajudantes, que no último ano confessaram crimes ligados ao tráfico de drogas internacional.
Os ajudantes foram sentenciados pela justiça norte-americana a penas de cinco e seis anos e meio de prisão, enquanto Bubo aguarda pela decisão judicial.
Os EUA mantêm ainda as acusações de tráfico sobre António Indjai, ex-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, demitido do cargo em setembro pelo Presidente da República, José Mário Vaz, e que se mantém em território guineense.

GUINÉ-BISSAU RECEBE “PRÊMIO EXCELÊNCIA 2015 ALIANÇA DOS LÍDERES AFRICANOS CONTRA A MALÁRIA”

ministerio saude escandalo (1)
A Guiné-Bissau foi galardoada com o Prémio de Excelência referente ao ano de 2015, pela Aliança doa Líderes Africanos contra a Malária (ALMA).
A notícia consta de um comunicado resultante da última reunião do Conselho de Ministros, datado de 4 de Fevereiro, que a PNN consultou. A distinção da Guiné-Bissau teve lugar durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, realizada no final de Janeiro em Adis Abeba, Etiópia.
De acordo com a mesma nota, a decisão dos líderes africanos surgiu devido às medidas implementadas pela Guiné-Bissau no controlo dos vectores, em média de 95% de cobertura de controlo de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração, em todos os trimestres do ano passado.
O Governo guineense felicitou a ministra da Saúde, o pessoal técnico desta instituição e o Secretariado Nacional de Luta Contra Sida, anunciando que, em data a marcar, vai ser realizada uma cerimónia para entrega deste prémio às estruturas da saúde pública guineense.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...