Editorial: PARA QUANDO A“REVOLUÇÃO” POPULAR NA GUINÉ-BISSAU?


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Esta interrogação é longe de ser gratuita ou populista. Ela é oportuna. A conjuntura política justifica uma nova abordagem e exige o engajamento firme do povo guineense em reassumir o seu destino. As crises que sempre abalaram este alegre país foram sempre provocadas por indivíduos (políticos) que não vivem a mesma realidade que o cidadão comum. A volátil elite dirigente privilegiada por ter perpetrado, ao longo de décadas, o culto de impunidade, vive a margem da miséria que afecta mais de 90 por cento da população.
Da independência a esta parte, a realidade quotidiana é de um país ao ritmo de um paradoxo. De um lado, assiste-se ao uso insolente de recursos públicos por um  grupinho de indivíduos obcecados ao poder sem controle. Como se isso não bastasse, o mesmo grupo é que decide sobre o destino colectivo. Não hesita em arrastar todo um povo para o poço de instabilidade quando paira incerteza sobre os seus interesses!
Em autênticos instigadores de turbulência e adeptos de caos institucionalizado, esses indivíduos amarram todo o país em torno da lógica de “salve-se quem puder”! Cada dia que passa, o mesmo grupinho enriquece-se à custa dos magros recursos públicos “ku no djunta” e gaba-se de ter a maior sorte de mundo. Na sombra da fragilidade de um Estado doentio, a franja de indivíduos acredita ilusoriamente poder edificar prosperidade neste império de miséria! Prosperidade no lixo, como dizia o outro.
Com os magros recursos, a mesma elite egoísta sem ambição de mudança, adquire diariamente luxuosas viaturas que custam milhões ao Estado, compra apartamentos no estrageiro, sustenta com o dinheiro público o negócio de “balobeiros “e paga escolaridade de filhos em academias estrangeiras. Além de tratamentos médicos de rotina na Europa, o mesmo grupo inventa subsídios insolentes de representação que constituem a maior escândalo e roubo de sempre ao Estado.
Doutro lado, a maioria silenciosa, abalada pela miséria, observa passiva e impotentemente a mediocridade imposta pela malta dirigente. O quadro é sombrio. Hospitais públicos que, entre desmotivação do pessoal e carência de recursos, tornaram-se autênticos cimenteiros públicos. As escolas públicas e privadas, não são mais de que letras mortas! A questão que se coloca agora, é para quando a revolução? É previso inverter a lógica. Já basta de brincadeira para com o povo. Os/as guineenses devem reagir. A revolução de que se trata aqui é pacífica e assente no primado da ciência e da nova consciência voltada para o bem comum nacional.
A classe intelectual guineense tem de acordar e estar à altura de guiar a massa popular e reinventar os alicerces de uma ideologia renovadora e adequada à evolução do mundo e colocar a pátria de Cabral no perímetro de nações “fazedoras” de história. Quem conhece bem a história desta terra não pode duvidar do talento e da bravura deste povo baptizado na água de “resistência”. O virar da página não acontecerá sem esta revolução, protagonizada por cidadãos determinados.
A luta para a realização cabal da revolução pacífica precisa grandemente de homens da comunicação social que devem doravante pautar pela cultura de excelência e tornarem-se verdadeiros actores e construtores da opinião pública enraizada. Desde logo, uma imprensa nacional interventiva e responsável se impõe na árdua tarefa de inverter a pirâmide de valores e abrir caminho para a nova República de Cidadãos!

17 DE FEVEREIRO, DIA DO PROFESSOR GUINEENSE


Foi Comemorado ontem, 17 de Fevereiro, dia do Professor guineense. O palco central da comemoração desta efeméride foi na escola de formação 17 de Fevereiro perante os parceiros nacionais e internacionais.

No discurso alusivo a data, a ministra da Educação Nacional entende que qualquer país que queira estar na senda de desenvolvimento deve apostar no sector educativo, na medida em que o índice do desenvolvimento humano mede-se pela oferta da educação, da saúde pelo nível de saneamento básico, pelo grau da instrução da sua população. “Reforçar o Capital Humano e Melhorar a qualidade de Vida de Cada Cidadão.”

Maria Odete Costa Semedo adiantou um país com alta taxa de analfabetismo e de desistência das crianças e adolescentes da escola é um país que vem adiando o seu desenvolvimento.

Nesta dinâmica, a governante sublinha que o seu Governo vem apostado na valorização da classe docente, com iniciativas de boas praticas, infelizmente hoje colocadas naquilo considera de terrível inédita, devido a crise política “injusta para com toda a sociedade.” 

Costa Semedo afirma que a sociedade guineense merece ter tempo de estudar, de pensar, teorizar, de experimentar as Ciências, porque a Guiné-Bissau tem direito ao desenvolvimento. 

“Para além dos pais, da família, e a escola. São os professores bem preparados!” Disse a ministra 


Na Guiné-Bissau um professor ganha salário mensal de 40 mil francos cfa menos de 70 dólares americanos. Como pensar num ensino de qualidade!

»SOCIEDADE CIVIL» ESSOR E A UNIÃO EUROPEIA LANÇAM PROJECTO "BON BIN SIBI"



Bissau, 17 Fev 16 (ANG) – A Associação de Solidariedade Internacional (ESSOR) e a União Europeia lançaram ontem, em Bissau, um projecto intitulado “Bo Bin Sibi”, que visa melhorar as oportunidades de inserção social e económica das populações vulneráveis da Guiné-Bissau.

Segundo um comunicado da União Europeia à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, o projecto tem ainda por finalidade contribuir para o reforço do controlo social das políticas públicas viradas para a sociedade civil .

A nota informa que o projecto “Bo Bin Sibi”, foi financiado pela União Europeia em cerca de 460 milhões de Francos CFA (700.000 EUR), e será implementado pela ESSOR em parceria com a Acção Nacional para o Desenvolvimento Comunitário (ANADEC).

“O projecto, decorre até Junho de 2019, e desenvolve-se em torno de três eixos, nomeadamente: no reforço da capacidade das organizações da sociedade civil, orientação e informação das comunidades, construção de mecanismos de diálogo entre os actores públicos, as organizações da sociedade civil e a população”, explica o comunicado da União Europeia.

Ainda, segundo o comunicado, com o projecto espera-se reforçar a acção de oito organizações da sociedade civil nas suas missões e capacidades de dialogar e de provocar mudanças positivas e na implementação de um dispositivo de informação e de orientação sobre os serviços sociais e de inserção profissional em 3 bairros de Bissau e o estabelecimento de redes e espaços de diálogo construtivo entre os actores públicos.

ANG/LPG/JAM/SG\\Conosaba/MO

SOCIEDADE CIVIL ENTREGA PR PROPOSTA PARA RESOLUÇÃO DA CRISE


Mamadu Queita
Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, entregou esta quarta-feira 17 de Fevereiro uma proposta para a resolução da crise no país.

Mamadu Queita, vice-presidente do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, plataforma que junta mais de 100 organizações, foi recebido esta quarta-feira pelo Presidente José Mário Vaz a quem entregou uma proposta concreta para a saída da crise.

Teor da proposta não foi revelada, mas Queita manifesto de forma satisfatória como o documento foi recebido pelo chefe de estado e, garante que a proposta é seguramente importante para a retoma do entendimento e de fazer passar a crise de forma duradoura.

Movimento da Sociedade Civil garantem que o PAIGC e a mesa da ANP aceitaram retomar as negociações, mas sob uma única condição de os 15 deputados expulsos não fazerem  parte do formato da mesa a ser presidida pelo chefe de estado.
Lembra-se que a sociedade civil foi proposto pelo PR José Mário Vaz como mediadores de convencer PAIGC e a mesa de Assembleia para voltarem as negociações, na procura de formas consensuais para saída dessa prolongada crise.

ONU QUER PACTO DE ESTABILIDADE PARA FIM DA INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU

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O relatório do secretário-geral das Nações Unidas considera preocupante a crise política no principal partido político da Guiné-Bissau, o Paigc, e na liderança que impede o avanço da sua agenda de reformas por mais de seis meses.
O representante de Ban Ki-moon no país, Miguel Trovoada, disse ao Conselho de Segurança que a crise tem potencial de criar maiores prejuízos nas já frágeis instituições de Estado e em todo o processo de manutenção da paz.
Pacto de Estabilidade
O enviado defende que se essas instituições da República e o principal partido adoptassem um pacto de estabilidade, esse poderia ser um ponto de partida para criar condições para o fim da instabilidade no país.
O apelo aos representantes guineenses que incluem o presidente, o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento e líderes partidários é que estes cumpram o compromisso de levar a estabilidade política no interesse nacional.
Democracia
Na sessão, a representante da Guiné-Bissau Maria Antonieta D’Alva declarou que apesar de a crise se revelar de certa forma complicada e custosa para o povo, esta aproxima o país da democracia estável que se procura.
A diplomata destacou que deve ser evidenciado o facto de as partes envolvidas estarem a optar pela busca de soluções legais através de tribunais nacionais.
No informe, Ban elogia a força da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, e pede aos países-membros para prestarem assistência para sustentar a sua missão. O mandado da Ecomib termina em junho.
As Forças Armadas da Guiné-Bissau foram enaltecidas por se manterem nas casernas e não terem interferido em questões políticas nacionais.
Falta de Progressos
O informe destaca ainda preocupação da ONU com a fragilidade do sistema de justiça criminal e a falta de progressos na investigação de abusos de direitos humanos. Ban menciona também a falta de mecanismos de prestação de contas.
O mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Uniogbis, expira a 28 de fevereiro.
O relatório destaca que “muito trabalho ainda precisa ser feito para apoiar os esforços no sentido de encontrar uma solução sustentável para a crise politica” e recomenda que a missão seja estendida até 2017.

GUINÉ-BISSAU QUER ENCONTRO COM PARCEIROS INTERNACIONAIS EM MARÇO EM NOVA IORQUE



A Guiné-Bissau manifestou ontem, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a intenção de organizar em Nova Iorque uma reunião com os seus parceiros internacionais no mês de março.

"O compromisso dos nossos parceiros regionais e sub-regionais, dos nossos amigos e da comunidade internacional tem sido muito útil na construção de paz. É por isso que, em articulação com a CEDEAO e a CPLP, o Governo deseja que a próximo reunião do grupo aconteça em Nova Iorque no final de março", disse Maria-Antonieta Pinto Lopes D`Alva, encarregada de Negócios da missão do país junto das Nações Unidas.

Lopes D`Alva falava durante um encontro do Conselho de Segurança em que o Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, apresentou o último relatório da ONU sobre o país.

A diplomata disse que o país "atravessa sérias crises políticas que comprometem o normal funcionamento das instituições do Estado e colocam em risco os ganhos conseguidos depois das eleições gerais de 2014 e os sinais encorajadores do encontro internacional de doadores".

"Como se pode ver, a instabilidade na Guiné-Bissau não termina com eleições, e a situação agora enfrentada é exemplo disso. Por isso, continuamos a pedir à comunidade internacional que se mantenha empenhada em consolidar as nossas estruturas e a trabalhar com as autoridades nacionais num papel de guia e parte de um dialogo franco e aberto que previna outras crises que ameaçam a paz e estabilidade", defendeu Lopes D`Alva.

Na sua comunicação, Miguel Trovoada apresentou as conclusões do último relatório da ONU sobre a Guiné-Bissau.

No documento, o secretário-geral mostra-se preocupado com a situação no país, pede a renovação do mandato da missão da ONU, Uniogbis, que termina este mês, e aborda o tema do financiamento da missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Também participou no encontro o embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, António Patriota, que preside ao Grupo de Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz na ONU.

Patriota pediu aos membros do Conselho de Segurança que financiem a ECOMIB, a força de manutenção de paz da CEDEAO na Guiné-Bissau, que tem tido problemas de financiamento.

Na sua comunicação, Patriota falou ainda da situação política no país.

"O falhanço da classe política em alcançar um consenso em determinados assuntos que colocariam a Guiné-Bissau no caminho da estabilidade gerou um indesejado e longo período de incerteza", disse o diplomata.

Após estas comunicações terem sido apresentadas, os membros do Conselho de Segurança prosseguiram para um encontro à porta fechada.

O Conselho de Segurança deve votar a extensão do mandato da Uniogbis a 26 de fevereiro.

Lusa\\Conosaba/MO

O tráfico dos "Meninos talibés" passando pela G-Bissau


COM A DEVIDA VÉNIA UM TRABALHO DE, MÁRIO CRUZ




JOVEM BINHAM EM PORTUGAL PELA PRIMEIRA VEZ 'PARA DESFOLHAR' O ÁLBUM "LIFANTE PUPA"



GUINÉ-BISSAU: ONU APELA PARA REFORÇO DE FINANCIAMENTO DA MISSÃO DE PAZ NO PAÍS


O embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, António Patriota

Nações Unidas, EUA, - O embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, António Patriota, que preside ao Grupo de Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz na ONU, pediu esta quarta-feira, em Nova Iorque, aos membros do Conselho de Segurança para o financiamento da missão de paz da África Ocidental no país, noticiou a Lusa

"Acreditamos que é de extrema importância que o Conselho de Segurança apoie a continuidade da missão da CEDEAO além do fim do seu mandato, em Junho. Peço aos membros deste conselho e outros países que garantam suficiente apoio político e financeiro para a extensão do ECOMIB", disse Patriota, num encontro do Conselho de Segurança.

A ECOMIB é a força de manutenção de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, que tem tido problemas de financiamento.

Na sua comunicação, Patriota falou ainda da situação política no país. "O falhanço da classe política em alcançar um consenso em determinados assuntos que colocariam a Guiné-Bissau no caminho da estabilidade gerou um indesejado e longo período de incerteza", disse o diplomata.

O brasileiro disse ainda que a situação "é igualmente decepcionante e lamentável porque as condições de estabilidade no país forçaram os parceiros internacionais a adiar consideráveis ajudas financeiras que ficaram prometidas na conferência de parceiros", que aconteceu em Março do ano passado, em Bruxelas.

"É desanimador ver que o entusiasmo conseguido no ano passado está a perder vapor", acrescentou.

Patriota sublinhou, no entanto, que a instabilidade política ainda "não se traduziu em violência nas ruas" e que "as forças armadas têm respeitado e mantido a ordem constitucional".

O diplomata defendeu ainda que "as dificuldades de governação não devem impedir o país de avançar com oportunidades cruciais de desenvolvimento" e que, para acelerar esse processo, o Grupo de Contacto Internacional para a Guiné-Bissau deve reunir-se em breve.

Patriota falou depois de o Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, ter informado publicamente os membros do conselho sobre a situação no país.

Na sua comunicação, Trovoada apresentou as conclusões do último relatório da ONU sobre a Guiné-Bissau.

No documento, o secretário-geral mostra-se preocupado com a situação no país, pede a renovação do mandato da missão da ONU, Uniogbis, que termina este mês, e aborda o tema do financiamento da missão da CEDEAO.

"Quero também reconhecer o importante papel do ECOMIB e pedir aos estados membros que considerem prestar à CEDEAO a assistência financeira que lhe permita continuar a
desenvolver a sua missão", escreve o secretário-geral.

Após estas conclusões terem sido apresentadas, os membros do Conselho de Segurança prosseguiram para um encontro à porta fechada.

O Conselho de Segurança deve votar a extensão do mandato da Uniogbis a 26 de Fevereiro.

“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA

  Não dá para acreditar mas leia a notícia para tirar ilações. “Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de fr...