Dia 24 de setembro que não seja só o dia da festa mas também da reflexão!


Por, JAMES WILBONH FLORA

Dia 24 de setembro de 1974-2014
Que não seja só o dia da festa mas também da reflexão!
Como Cidadão, e alguém que a sua alma vibra para uma Guiné-Bissau Positiva, nesta data Histórica, entendi que a minha contribuição podia ser aquela também de partilhar as minhas reflexões para com todos Guineenses em Festa.

Este dia Simbólico que representa o Primeiro objectivo da Luta (acabar com qualquer tipo de exploração ou dominação imperialista na Guiné-Bissau e Cabo Verde), como dizia Amílcar L Cabral. Dizia eu, além da Festa, era também importante, Cada um de nós como Cidadão e sobretudo as classes dirigentes actuais e anteriores (detentores ainda de uma influencia política), Sociedade Civil e religiosa em geral, todos refletindo sobre se realmente este Primeiro objectivo da Luta foi cumprido em pleno.

Eu tenho a minha opinião, mas acho que o importante hoje, não são apenas as nossas opiniões. Acho que o refletir desejável, devia basear em avaliar no que fizemos desde 1974 para consolidar estes objectivos. Baseando nisso, queria simplesmente abordar aqui o conceito daquela Independência em que Amilcar Lopes Cabral, quis referir na sua parábola.

A Independência (no seu todo), como primeiro objectivo para construção da nação Guineense, implicava uma Independência total contra todas formas da exploração e descriminação.

Implicava também Criação do Homem Guineense novo, Livre, capaz de pensar com a sua própria cabeça.

Também esta Independência, preconizava Reorganização Social isento de preconceitos, baseado nos consensos entre diversos tipos das sensibilidades etnoculturais que constituem o Mosaico étnico Guineense, num único substrato Social homogéneo, base fundamental de edificação da nova entidade Social Guineense Genuína que em outra palavras reflita a nossa GUINENDADI.

Cabral lembrava que a base da luta e a sua logística em geral, foi conseguida em larga maioria pelo Sacrifício do Povo, sobretudo nas zonas em que às frentes da Luta era mais dura, no Sul de País (Quinará e Tombali).Aí onde por motivo da Guerra, não havia construído qualquer tipo de infraestrutura. E por sendo zonas com alta potencialidade Agrícola, teria urgente prioridade em termos de criação das infraestruturas para combater as assimetrias das oportunidades (estradas, escolas, saúde).

A nossa Independência, contemplava também a instituição do Poder Popular, o poder do Povo. Através do seu descentralização (autarquias, comités de Tabancas...) para que a autoridade do Estado seja sentida nas remotas aldeias do País.

Agora a nossa reflexão Hoje devia centrar sobre estes aspecto que Cabral pensava sobre o que seria o depois da Independência...

Queria convidar a todos fazer uma analise profunda de consciência, se realmente hoje estes aspectos são ou foram salvaguardados. E se não, qual será a nossa contribuição como Cidadão, para ajudar diminuir o sofrimentos dos mais desfavorecidos?

Antes de passar para Objectivo numero dois como dizia Cabral, Vamos pensar todos em conjuntos, qual seria a melhor forma ou rumo a seguir para poder atingir estes objectivos...Vamos tentar, até porque todos temos uma obrigação desde moral até o dever patriótico.

Quanto ao Segundo Objectivo da Luta, é ligado a Parábola da Ponte de N’SALMA:

Que tudo quanto fizemos até a Independência era centrada em expulsar os exploradores do nosso território. E que Partindo da N’SALMA, que simbolizava a passagem da fase da Luta para fase da Reconstrução e Governação Administrativa do Pais, o panorama da governação do País seria entregue aos Quadros Técnicos Capacitados na base da Meritocracia.

E que cada Combatente da Liberdade da Pátria, teria que ser reorientado enquadrado na Administração, segundo a sua competência Técnica.

Também nunca falou em Quotas étnicas nem coisa de género, assim como referencia em instituição dos Poder dos Régulos, pois pensou que isso refletia a ineficiência do Estado, e que a nossa Sociedade é uma mista em que a realidade dos Régulos, não era transversal a todas etnias. Falou sim da Criação dos Comités de Tabancas.

E para aqueles Combatentes da Pátria que não tivesse Capacidades técnica na Administração, seria Criado condições para sua Reforma condigna (se assim entenderem), ou novas oportunidades que proporcione uma vida condigna.

Dito isso, ou melhor feito isso Cabral também chamou atenção sobre a linha a seguir, em termos da orientação Política. Ele preconizava duas Vias.

--Seguir o caminho que o País tem vindo a seguir, Lutando contra exploração e qualquer dominação Estrangeira em favor do Povo.

--Ou enveredar pela outra ao contraio deste.

Hora, ai esta, aqui queria deixar a minha segunda Reflexão Hoje. Saber, se cumprimos com o Segundo objetivo que o Cabral propôs? E entre duas vias qual é aquela que escolhemos?

Mas antes de acabar, Cabral tinha deixado um Conselho! Ele dizia, que para Qualquer Político convicto, com visão sobre o que é uma revolução para melhorar as condições da vida do Homem, só há uma via a seguir, ou seja aquela que converge com o supremo interesse do Povo. Avisou que vai haver muitas Guerras para desviar os objectivos da Luta, mas Pessoalmente Ele aconselha continuar o caminho já traçado.

Portanto fica um Convite para Todos cidadãos Guineenses, como ato da Cidadania refletir Profundamente sobres estes Objectivos da Luta da Libertação Nacional, virados para melhorar as condições da vida Humana do Homem Guineense. 

Abraço a todos Guineenses nos quatro Cantos do Mundo e um Bom aniversário pela Independência.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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