Caso Cabo Verde anima os debates.
Cerca de uma centena de jornalistas e gestores de órgãos da comunicação social da Guiné-Bissau estão a discutir estratégias para libertar os profissionais da dependência dos interesses políticos e económicos.
O caso de Cabo Verde está a ser estudado como ponto de partida para o debate no Fórum Nacional dos Media.
Num mercado pequeno e frágil, os gestores e jornalistas da imprensa privada da Guiné-Bissau consideram que tem havido concorrência desleal, quando os órgãos estatais vão ao mercado publicitário, não obstante serem subsidiados pelo Governo.
Outro tema que está a suscitar um forte debate é saber se é aconselhável ou não um jornalista ser gestor de uma empresa de comunicação social.
Sobre este particular, Salvador Gomes, jornalista e director da Agência de Informação Guineense, aponta a vantagem de um profissional de imprensa ser gestor de uma empresa de comunicação.
“Não significa que sendo jornalista a pessoa fica complemente impossibilitada de fazer uma gestão que possa ter resultado positivo. O problema é ter a vontade de aprender. Há vantagem do jornalista estar a dirigir um órgão porque tem sensibilidade e pode dar pistas sobre os problemas de fundo”, argumenta Gomes.
Cabo Verde é uma das experiências que está a animar os debates com a presença do gestor da Inforpress, Agência Cabo-verdiana de Notícias, Carlos Santos.
Júlia Alhinho, do Escritório das Nações Unidas em Bissau, entidade co-organizadora do Fórum, falou das razões que motivou a ONU a apoiar este encontro de gestores e jornalistas guineenses:
“Faz parte do nosso mandato apoiar a boa governação e a promoção da democracia e os media têm um papel fundamental para a boa saúde da democracia guineense, e este evento ajudar o Ministério da Comunicação Social a encontrar contributos para uma política nacional para o sector”, concluiu Alhinho.
O encontro termina amanhã, 14, em Bissau.
Voa com Conosaba/MO
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