A falta de peixe que se verifica nos últimos meses nos mercados do país tem a ver com o não cumprimento das medidas do governo que obrigam os barcos de pesca a desembarcarem só uma parte do pescado para o consomo nacional
Numa entrevista á Rádio Sol Mansi (RSM) o director do Centro de Investigação Pesqueira, Vitorino Incada, em nome de o ministro das pescas, a margem de a abertura do seminário de instalação do comité de seguimento de recursos marinhos, denuncia ainda que quando passam a licença uma parte em função de pescaria deve desembarcar uma certa quantidade de peixe para abastecer o mercado nacional.
“Tudo está explicado em função da pescaria. Já houve várias reuniões com os armadores para obriga-los a cumprir caso não cumprirem e vamos retirar as licenças da pesca”, ameaça.
Entretanto, também ouvido pela RSM, Mário Dias Sami, da Comissão Especializada para as Pescas da ANP, disse que é vergonha as pessoas se deslocarem a vizinha Senegal para comprar o peixe.
“O estado tem uma tarifa que dá aos nacionais para venderem. Então estas pessoas não desembarcam os pescados no país. Os únicos que desembarcam são os chineses. Então, teríamos que ter situações como estas. É vergonhoso quando temos que ter pessoas a irem ao Senegal comprar peixe que possivelmente saíram das nossas próprias águas”, lamenta Dias Sami, antigo Secretario de Estado das Pescas, que chama atenção na necessidade de haver uma banca de combustível, uma frota nacional e o investimento sério no apoio as pescas artesanais.
A Guiné-Bissau é considerada um dos países com mais recursos pesqueiros da África ocidental, no momento em que a população continua sem acesso a peixe de qualidade para consumo nacional e os preços do pescado estão elevados.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes com Conosaba/MO
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