
Só depois do encontro de família a que se juntou a mulher é que Bubo enrolou uma bandeira da Guiné-Bissau ao pescoço e saiu da viatura, gerando-se uma comoção que arrastou centenas de pessoas durante duas horas, até o antigo líder militar conseguir chegar a um hotel na baixa da cidade.
"Bubo, Bubo", foi o grito da multidão, com muitos jovens e vários atropelos: valeu de tudo para tentar chegar perto dele - enquanto o próprio assistia a momentos de tensão entre os militares que o protegiam por não se entenderem sobre como sair do aeroporto.
A custo, conseguiu entrar num carro que em poucos segundos ficou coberto de gente aos pulos e a bater palmas.
"Estou muito emocionado", gritou Samuel Enfada, ao tentar abraçar o "tio Bubo".

Quanto à condenação por tráfico de droga, "foi um problema particular" e "político", que foi "resolvido na América, que decidiu libertá-lo", referiu.
Já no quarto de hotel, Bubo na Tchuto abriu a porta aos jornalistas para dizer apenas que "a viagem foi longa" e agora era tempo de descansar.
De etnia balanta, José Américo Bubo Na Tchuto, conhecido como general do povo, entrou nas fileiras das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP, designação oficial das forças armadas guineenses) a 02 de maio de 1963, com 14 anos.

Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Acabaria condenado a 04 de Outubro por um tribunal de Nova Iorque a quatro anos de prisão por tráfico de droga, sendo libertado poucos dias depois.
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