«JORNALISMO» "LIBERDADE SIM, MAS INSULTO NUNCA", DEFENDEU PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU




V Encontro da Plataforma das Entidades Reguladoras de Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa”. 

O sector da Comunicação Social da Guiné-Bissau debate neste fórum os desafios da comunicação no online. O Conselho Nacional de Comunicação Social, tem neste encontro uma enorme oportunidade para troca de experiências, colher ensinamentos e estreitar laços de cooperação com as suas congéneres da CPLP.



GUINÉ-BISSAU: PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU PEDE AOS JORNALISTAS MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE 

Bissau/Banculém - O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu hoje, segunda-feira, aos jornalistas a moderação e responsabilidade em prol da liberdade de imprensa e de opinião.

O líder guineense fez o apelo na abertura de um seminário internacional promovido pelo Conselho Nacional de Comunicação Social do país para, entre outros temas, falar da regulação editorial na Internet.

O encontro, que decorre até quinta-feira, junta pelo menos 100 pessoas, na maioria jornalistas guineenses e alguns peritos portugueses.

O Presidente da Guiné-Bissau afirmou que é pela total liberdade dos jornalistas, mas desde que haja moderação e responsabilidade, sob pena de se colocar em causa a própria estabilidade social.

"A classe política, a sociedade civil, mas, sobretudo, os órgãos de comunicação social devem poder fazer o seu trabalho, de informar e formar a opinião pública, de forma livre, sem serem incomodados", referiu.

José Mário Vaz ressalvou que se as liberdades "não forem exercidas com moderação e responsabilidade, existe o risco de se transformar em instrumentos de manipulação e de destabilização".

Liberdade sim, mas insulto nunca, defendeu ainda o Presidente guineense.

"O contraditório é saudável na justa medida em que discordar não significa insultar e pôr em causa a dignidade da pessoa com quem não concordamos. A dignidade humana e institucional deve ser respeitada", enfatizou José Mário Vaz.

O Presidente guineense destacou o facto de, durante os dois anos do seu mandato, nenhum jornalista ter sido perseguido a mando do chefe do Estado.

"Desde o início do meu mandato, pautamo-nos sempre por respeitar e fazer respeitar todas as liberdades estabelecidas na nossa Constituição e demais leis da República, tanto assim é que nenhum profissional da comunicação social foi incomodado", nem "espancado ou torturado por causa do exercício da sua profissão", disse Mário Vaz.

A profissão deve ser exercida por "técnicos capacitados e conscientes do poder da comunicação", defendeu ainda José Mário Vaz.

Sobre a importância do encontro, o Presidente guineense disse ser uma oportunidade para a troca de experiências e estreitar os laços de cooperação entre os profissionais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Conosaba com a Lusa/MO

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