A Direcção-geral da Pesca Artesanal, no quadro
do “Projecto Rias do Sul” financiado pelo IBAP, vai, este ano, apoiar
financeiramente à 1500 mulheres para uma melhor conservação do pescado
através de fumagem.
Esta garantia foi dada hoje pelo novo titular desta Direcção-geral, Carlos Nelson Sanó, em entrevista exclusiva à ANG sobre as acções prioritárias deste subsector público das pescas, para os próximos tempos.
Carlos Sanó que realçou a importância das actividades das
mulheres na fileira do pescado, desde a sua captura até ao consumo,
disse que os seus serviços estão empenhados na materialização deste
projecto que, considera “importante” para a economia das respectivas
famílias e do país.
Este responsável que enaltece o papel deste subsector dentro do ramo pesqueiro, afirma que o país tem condições para a “regeneração” dos seus recursos haliêuticos, mas adverte que se “exige um trabalho de boa gestão” para que se possa garantir a “perenidade” dos mesmos.
Este responsável destacou o acordo com o Fundo das Nações Unidades para Agricultura (FAO)
através do qual se lançou o projecto de apoio as mulheres ligadas à
pesca artesanal, que tornou possível a conservação e comercialização do
pescado em melhores condições.
Segundo Sanó, o referido projecto encerrou as suas actividades em
Março ultimo mas a na sua avaliação chegou-se a conclusão de que teve
um impacto positivo na vida dos beneficiários.
Por isso, acrescenta, a FAO esta disposto a estender esse projecto para outras partes do território nacional.
No quadro do referido projecto, as mulheres das regiões de Biombo e Cacheu receberam nomeadamente, arcas solares para conservação do pescado, que segundo Nelson Sano representa uma inovação, em termos de conservação e na produção da chamada “energia limpa”.
Também, segundo ele, com o propósito de evitar nomeadamente, a
“devastação do mangal para lenha” e, ainda no âmbito deste projecto, as
mulheres das diferentes povoações destas duas regiões, beneficiaram de
fornos melhorados a carvão para a fumagem de peixe.
“Estes fornos funcionam com pouca quantidade de carvão, fumando grande quantidade de peixe para a sua comercialização”,
explicou, para acrescentar que antes, as mesmas receberam formações
avançadas de conservação e transformação do pescado, através de um
perito internacional contratado pelo FAO para o efeito.
Para além das mulheres, Nelson Sanó disse igualmente, que “os próprios pescadores” destas
zonas receberam treinamentos, no domínio da segurança da navegação
marítima, técnicas de pesca, assim como os materiais de actividade
pesqueira e de segurança de navegação.
De acordo com as estatísticas do país, os sectores das pescas e de cajú ocupam oitenta por cento do total da exportação da Guiné-Bissau, sendo a União Europeia a principal parceira no domínio pesqueiro.
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