Estudantes da Universidade Lusófona pedem demissão da ministra da Educação


Os Estudantes da Universidade Lusófona da Guiné exigiram a demissão da ministra da Educação, em consequência da decisão do Governo em mandar suspender três cursos naquela instituição universitária. 


Uma medida que foi alvo esta segunda-feira, 16 de Março, de ataques durante uma manifestação promovida pelos estudantes ao longo da Avenida principal da capital, sob um expressivo cordão policial.

Mantém-se o braço de ferro entre a Reitoria desta Universidade e a Tutela governamental, que ordenou o encerramento de três cursos, nomeadamente o de Direito, Enfermagem Superior e Engenharia Informática, alegando falta condições materiais e cientificas. Um argumento que a Universidade alega ser falso, afirmando que a decisão está carregada de “má-fé” por parte da ministra da Educação.

Esta segunda-feira os estudantes decidiram sublinhar que «tudo não passa de uma campanha de difamação contra a Universidade Lusófona da Guiné, com o propósito de potenciar a Estatal «Amílcar Cabral».

Durante a marcha, centenas de estudantes, num universo de cerca de cinco mil alunos que fazem parte desta instituição universitária, percorreram a avenida principal da capital guineense. Não foram recebidos na sede do Governo mas foram acolhidos na Assembleia Nacional Popular e na Presidência da República, onde expuseram a pretensão de ver a ministra da Educação Nacional fora do Governo.

Os alunos prometem ainda sair à rua até que as suas exigências sejam atendidas. A 25 de Março, dia em que vai ter lugar a tão esperada Mesa Redonda, em Bruxelas, os manifestantes prometem dirigir-se à sede da União Europeia para testemunharem a situação.

De olhar atento sobre o desenrolar desta questão, o Presidente do partido da oposição Movimento Patriótico, José Paulo Semedo, é da opinião que o Estado deve analisar cautelosamente o interesse dos estudantes. Em gesto de solidariedade esteve presente na marcha, onde ouviu a preocupação dos estudantes.
No entanto, o Ministério da Educação Nacional mantém a posição de encerar os referidos cursos e outros centros de formação, que diz não reunirem condições para o funcionamento.


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