O presidente de Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Luís Nancassa disse na passada segunda-feira que a sua organização não vai aderir a greve decretada pelo Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF).
Nancassa afirmou que a decisão do SINAPROF não visa a defender o interesse de alguém mas sim a honrar o compromisso assumido com a ministra no sentido de fazer que a paz prevaleça este ano no sector educativo.
Falando durante uma conferência de imprensa realizada na sede da sua organização em Bissau, Nancassa defendeu negociações com o governo antes de ir para greve.
“Ainda não falamos com a ministra da educação e com o primeiro-ministro, portanto para o SINAPROF é preciso ir ao encontro deles para depois entregar o pré-aviso de greve a fim de termos a razão”, justificou o sindicalista.
Perante os jornalistas, o líder do SINAPROF explicou que o governo pagou os salários dos professores doentes até Dezembro de 2014 e disse ter a plena certeza que a dívida sobre a diuturnidade está em via de pagamento pelo que não vê o motivo de ir para greve neste momento.
Sobre o entendimento com o governo, Nancassa informou que uma comissão foi criada com o propósito de analisar as reivindicações apresentadas pelos professores e esta comissão ainda não apresentou um relatório e por isso a SINAPROF não tem razões para greve.
Questionado se esta divergência não vai comprometer o relacionamento entre os dois sindicatos dos docentes, este sindicalista afirmou que ela não vai pôr em causa a relação. Referiu que cada parte tem a sua forma de interpretar a questão, sublinhando que a via do diálogo não está esgotada.
Durante a conferência de imprensa, Luís Nancassa entregou aos jornalistas um documento que comprova que Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) já enviou um montante de 153.576.735 CFA para BAO, 34.306.276 CFA para o ORABANK e 120.501.624 CFA para o BDU a fim de proceder a pagamentos dos professores.
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