O Governo da Guiné-Bissau desmentiu, este
fim-de-semana as informações, segundo as quais militares gambianos envolvidos
na alegada tentativa de golpe de Estado naquele país teriam sido detidos em
Bissau pelas autoridades nacionais.
Em comunicado de imprensa, o executivo guineense
garantiu que não se registou e muito menos se encontra sob sua alçada qualquer
militar gambiano, tendo acrescentado ter reforçado as medidas de controlo ao
nível da fronteira norte do país.
“O governo guineense condena e repudia veementemente
este “triste acontecimento” que decorreu em Gâmbia”, lê-se na nota.
“Reafirmamos a nossa firme convicção na defesa de
princípios universalmente reconhecidos contra golpes de Estado”, refere o
governo da Guiné-Bissau.
No entanto, o embaixador da Gambia residente no país,
Abdou Diedjou, agradeceu as autoridades do país pela solidariedade demonstrada
para com as autoridades gambiana durante este “momento difícil”.
Abdou Diedjou, manifestou se contente pela posição do
governo da Guiné-Bissau, no decurso de uma conversa telefónica mantida com o
presidente da república, José Mário Vaz.
Segundo Diedjou, o presidente Mário Vaz terá
telefonado logo na manhã da terça-feira, a partir de Casablanca ao caminho do
Brasil, demonstrando a sua solidariedade e preocupação relativamente à situação
em Gâmbia.
“Transmiti a mensagem do presidente da Guiné-Bissau ao
nosso presidente da república da Gambia que pediu para agradecer ao povo da
Guiné-Bissau por esse ato de irmandade para com o povo da Gambia”, informou.
Quanto a situação de desordem verificada na Gambia
Diedjou afirmou que não se trata de um golpe de Estado mas sim de um ataque
terrorista, porque não foi perpetrado por corpos pertences às Forças Armadas
Gambianas mas sim por dissidentes das Forças Armadas radicados na Alemanha,
Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Alguns órgãos de comunicação social estrangeiras
noticiaram que quatro elementos do grupo que tentou, sem sucesso, derrubar o
regime de Yaya Djemé se encontram detidos na Guiné-Bissau.
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